sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Médio Solimões entre indígenas e garimpeiros

Garimpeiros no Rio Mutum. Foto: Arquivo Opan
A presença de garimpeiros na Terra Indígena Rio Biá, em Jutaí, Amazonas, a 630 km de Manaus, não é novidade. A extração ilegal do metal ocorre por lá pelo menos desde a década de 80, sem que o problema tenha sido resolvido pelas autoridades. Mas desta vez as denúncias dos índios Katukina, que vivem na região, tem agravantes. Segundo informações recebidas pela organização indigenista Operação Amazônia Nativa (Opan), a entrada de garimpeiros foi facilitada por servidores do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Solimões e conta com a conivência de índios da Aldeia Boca do Biá.

O maior grupo de garimpeiros está no Rio Boia, vizinho à Terra Indígena Rio Biá, uma região cotada para ser transformada em Reserva de Desenvolvimento Sustentável. Segundo relatos obtidos pela Opan, ribeirinhos que denunciaram a extração ilegal de ouro chegaram a receber ameaças de morte.

Em Manaus, o superintendente regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Odney Rodrigues, não se surpreendeu com a informação e preferiu não se manifestar. Em Tabatinga, o escritório da Funai não sabia das denúncias. Já a Secretaria Especial de Saúde indígena considerou a acusação é gravíssima, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não recebeu denúncias contra servidores. E, enquanto nenhuma providência é tomada a este respeito, o garimpo continua na terra indígena.

Em 2005 o poder público entrou em ação. Após denúncia sobre a presença de garimpeiros e outras atividades ilegais, como extração de madeira e captura de quelônios, no Rio Mutum, na divisa da Terra Indígena Rio Biá e RDS Cujubim, uma operação do Ibama resultou em multas de mais de 500 mil reais aos responsáveis pelos crimes. Na operação, foram encontrados barcos fornecedores de combustível para as dragas no rio Mutum e na foz do rio Biá. Os fiscais apreenderam também motores, compressores, bombas de sucção, geradores de energia elétrica, mercúrio, combustíveis, ferramentas e outros materiais utilizados no garimpo.


Danos à biodiversidade

Os garimpeiros usam dragas para retirar cascalho do fundo do rio, onde o ouro está misturado. Depois, utilizam mercúrio para separá-lo do restante do material. Além de causar destruição no leito do rio, este método provoca a contaminação do solo e das águas devido ao uso do mercúrio, um metal pesado que em grande concentração no organismo pode levar a graves problemas neurológicos.

Na água, o mercúrio pode contaminar também os peixes e entrar na cadeia alimentar das populações da região, colocando os índios em risco. Além disso, índios e ribeirinhos estão preocupados com as conseqüências desta contaminação para os investimentos que realizam no manejo e comercialização do pirarucu.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Menino encontra diamante em parque estadual dos EUA

Menino encontra diamante em parque estadual dos EUA

Michael Dettlaff disse que viu 'jujuba' no chão no parque do Arkansas.
Diamante tem 5,16 quilates e pode valer até US$ 15 mil.


Diamente encotnrado tem 5,16 quilates (Foto: Divulgação/ Parque estadual do Arkansas)Diamente encontrado tem 5,16 quilates (Foto: Divulgação/ Parque estadual do Arkansas)
Um menino da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, encontrou um diamante de mais de cinco quilates no parque estadual do Arkansas, após 10 minutos de estadia no local. "Nós estávamos provavelmente há cerca de 10 minutos e eu estava olhando ao redor no chão e o encontrei", disse Michael Dettlaff ao site "ABCNews.com".
A descoberta feita pelo menino de 12 anos ocorreu na Cratera de Diamantes do parque estadual - o único parque do mundo com uma mina de diamantes aberta ao público. Os visitantes podem ficar com as pedras que encontrem na área do parque, que tem mais de 150 mil metros quadrados. Mais de 75 mil diamantes já foram encontrados no local.
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Michael Dettlaff segura o diamante encontrado no parque (Foto: Divulgação/ Parque estadual do Arkansas)Michael Dettlaff segura o diamante encontrado no parque (Foto: Divulgação/ Parque estadual do Arkansas)
Michael relatou que encontrou uma pedra muito pequena e que a sua família nem sabia realmente o que era. "Quando eu trouxe esta pedra e mostrei, um dos funcionários que estava no local ficou com olhos esbugalhados e disse: 'Espere um segundo. Eu preciso levar isso para a sala de volta'", disse Michael à ABC. "Então as pessoas começam a chegar de todos os lugares e eles falavam 'Oh! É um grande diamante'", completou.
A "jujuba" de 5,16 quilates chamada de "Diamante da Glória de Deus" (nome dado pelo menino) pode valer até US$ 15 mil.
"Se ele pode ser cortado e é valioso, eu acho que provavelmente gostaria de cortá-lo e vendê-lo", disse Michael. "Se não for, bem, então é uma lembrança", finalizou.
Diamante pode valer até US$ 15 mil (Foto: Divulgação/ Parque estadual do Arkansas)Diamante pode valer até US$ 15 mil (Foto: Divulgação/ Parque estadual do Arkansas)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mistérios da Geologia: As rochas que movem

Mistérios da Geologia: As rochas que movem

 

Um dos  fenômenos geológicos que fascina e intriga a muitos é o das rochas que se movem  em Racetrack Playa, no Vale da Morte. O Vale da Morte é um lugar onde as  temperaturas altíssimas, acima de 57 graus, e condições meteorológicas extremas  acontecem. Esta depressão, localizada no Deserto de Mojave  tem, o seu ponto mais baixo, a 86m abaixo do nível do mar. Do ponto de  vista da geologia é um dos bons exemplos no mundo de um basin and range. O Vale  da Morte hospeda grandes jazimentos de boratos e, é claro, o lago seco de  Racetrack Playa onde o fenômeno das rochas deslizantes ocorre.
Foi  neste lago seco com 1.131m  acima do mar,  que foram observadas rochas, de tamanhos  variados, podendo atingir mais de 300kgs, que nitidamente deslizaram por metros  a centenas de metros na superfície plana do lago, cheia de mud cracks, deixando  um rastro inequívoco e nítido.
As  fotos abaixo ilustram o fenômeno que intriga os geólogos e cientistas. A  pergunta que todos fazem é: como essas rochas, geralmente dolomitos das  encostas,  se movem?
rocha que move
Rocha de grande proporção que sofreu movimento
A causa  é ainda, fruto de muitos debates nos meios científicos. As explicações foram as  mais variadas e exóticas, passando por extraterrestres até movimentos  oscilatórios causados por mini terremotos.
rocha 2
Até o  momento ninguém conseguiu filmar uma dessas rochas em movimento. No entanto esse  fenômeno já é  observado desde 1915  quando o prospector Joseph Crook o descreveu pela primeira vez. Eme 1948  McAllister & Agnew publicaram um artigo no Geological Society of America´s  Bulletin que é considerado o primeiro trabalho científico sobre o fenômeno.
rocha 3
Os  geólogos observaram que as marcas de arrasto se deram sobre um sedimento  argiloso saturado em água, o que causa as mud cracks. Isso sugere que o fenômeno  deve ocorrer logo após uma das raras chuvas que caem na região. A precipitação  anual é de apenas 8cm e pode se dar em apenas uma ou duas chuvas.
Em 1972  foi feito um monitoramento que durou 7 anos. Quase todas as rochas estudadas se  moveram poucos centímetros até o máximo de 252m. Algumas não se moveram.
Em 1995  pesquisadores confirmaram que o gelo é importante no processo e que o vento, no  inverno, poderia atingir velocidades de até 145km/h. A maior velocidade ocorre,  próximo ao chão, nos primeiros centímetros, o que poderia iniciar o movimento  das rochas. Uma vez que o movimento esteja iniciado os ventos necessários para  manter a rocha em movimento são consideravelmente mais fracos: o fenômeno físico  da inércia.
Outros  pesquisadores sugerem que a influência de bactérias e algas podem aumentar a  lubrificação do solo facilitando o deslizamento.
Um dos  primeiros experimentos bem sucedido foi feito pelo cientista da NASA , Ralph  Lorenz, que conseguiu mover uma rocha envolta por gelo em uma lâmina de 2,5cm de  água sobre um fundo arenoso. Um sopro  não muito forte fez a rocha se mover sobre o fundo deixando um rastro similar ao  de Racetrack Playa. Estudos semelhantes, em ambiente bem mais controlado,  mostram que nestas condições (gelo, água  e vento)  é possível mover rochas sobre o  fundo argilo-arenoso. A relação entre a massa do gelo e a da rocha bem como a  área da rocha exposta aos ventos irão determinar quais as rochas que sofrerão o  maior transporte.
Mesmo  assim, muitas pessoas ainda preferem a explicação extraterrestre para esse belo  fenômeno geológico.
E você?  O que acha disso?

Toda a delicadeza da morganita

Toda a delicadeza da morganita


Apesar de sua tonalidade rosada única encantar os amantes da joalheria no mundo todo, a morganita ainda não é muito conhecida pelo público em geral. Outros membros de sua família, como a esmeralda e a água-marinha, que também pertencem ao grupo dos berilos, ganharam toda a fama, mas não conseguiram ofuscar totalmente o seu brilho.
Há algumas décadas, a morganita foi redescoberta, e muitas joalherias passaram a usá-la na composição de suas peças. Isso aconteceu porque apesar de essa gema ter surgido há milhares de anos, foi somente em 1911 que ela foi nomeada e reconhecida pelos gemólogos, que antes a tratavam apenas como uma simples variação do mineral berilo.
Legenda
Morganita lapidada. Foto: © Gemological Institute of America. Reprinted by permission.
Foi o famoso gemólogo G.F.Kunz que enxergou todo o seu potencial e sugeriu um novo nome, uma homenagem ao bancário e colecionador de minerais John Pierpont Morgan, que considerava essa pedra a sua favorita.
Os berilos são silicatos de alumínio e berílio, que em sua forma pura são incolores. A presença de outros elementos em sua estrutura faz com que ele adquira diferentes tonalidades, transformando-se em cobiçadas preciosidades.
Os que apresentam Cromo e Vanádio na composição possuem uma cor verde incomparável e são conhecidos como esmeraldas. Já os com Ferro são azuis e chamados de águas-marinhas.
Se o berilo possuir o elemento manganês em sua estrutura, será uma morganita, com tons que variam do rosa claro, passando pelo rosa alaranjado até o lilás. Para determinar a qualidade dessa gema, a cor é o principal fator levado em consideração, e quanto mais intensa, maior o seu valor.
Legenda
Morganita em sua forma bruta. Foto: © Gemological Institute of America. Reprinted by permission.
A morganita não é usada na joalheria em tamanhos pequenos, já que apenas a partir de uma determinada dimensão sua cor é totalmente revelada. Por isso a lapidação também é muito importante, pois somente cortes de altíssima qualidade feitos por especialistas poderão exibir toda a sua beleza.
Encontrada em jazidas no Brasil, Madagascar, Afeganistão e Estados Unidos, essa gema preciosa é a máxima expressão da feminilidade e delicadeza. E foi por essas características que ela foi escolhida para integrar dois modelos de brincos da linha Rock Spring, da nova coleção da H.Stern, a Rock Season:
Brincos Rock Spring de ouro rosé, diamantes cognac e morganita
Brincos Rock Spring de ouro rosé, diamantes cognac e morganita
Inspiradas na primavera, as joias dessa linha são representadas pela borboleta, feita de ouro rosé e adornada por diamantes cognac. Nestes pares de brincos particularmente, ela possui um acabamento escurecido, que contrasta com os tons mais suaves da morganita, do ouro e dos diamantes. Uma verdadeira obra de arte, não acham?

Andalusite

Andalusite


Andalusite
AndalousiteTyrol.jpg
Andalusite, Tyrol Austria.
General
Category Nesosilicates
Formula
(repeating unit)
Al2SiO5
Strunz classification 09.AF.10
Crystal symmetry 2/m 2/m 2/m - Dipyramidal
Unit cell a = 7.7980 Å b = 7.9031 Å c = 5.5566 Å; Z = 4
Identification
Color Pink, violet, yellow, green, white, gray; in thin section, colorless to pink or green
Crystal habit As euhedral crystals or columnar aggregates having nearly square cross sections; fibrous compact to massive
Crystal system orthorhombic
Twinning On {101}, rare
Cleavage Good on {110}, poor on {100}
Fracture uneven to subconchoidal
Mohs scale hardness 6.5 - 7.5
Luster Vitreous
Streak White
Diaphaneity Transparent to nearly opaque with inclusions
Specific gravity 3.17 (+/- .04)
Optical properties double refractive, biaxial negative; chiastolite has anomalous aggregate reaction.[1]
Refractive index nα = 1.629 - 1.640 nβ = 1.633 - 1.644 nγ = 1.638 - 1.650
Birefringence δ = 0.009 - 0.010
Pleochroism Weak
2V angle 71 - 86°
Dispersion r < v strong
Ultraviolet fluorescence non-fluorescent
References [1][2][3][4]
Andalusite is an aluminium nesosilicate mineral with the chemical formula Al2SiO5.
The variety chiastolite commonly contains dark inclusions of carbon or clay which form a checker-board pattern when shown in cross-section.
A clear variety first found in Andalusia, Spain can be cut into a gemstone.[5] Faceted andalusite stones give a play of red, green, and yellow colors that resembles a muted form of iridescence, although the colors are actually the result of unusually strong pleochroism.
It is associated with mica schist which increases alkali content in ultimate product and so it has not been exploited economically so far.

Occurrence

Andalusite is a common regional metamorphic mineral which forms under low pressure and low to high temperatures. The minerals kyanite and sillimanite are polymorphs of andalusite, each occurring under different temperature-pressure regimes and are therefore rarely found together in the same rock. Because of this the three minerals are a useful tool to help identify the pressure-temperature paths of the host rock in which they are found. An example rock includes hornfels.
It was first described and named after the type locality in the Ronda Massif, Málaga, Andalusia, Spain in 1789.[3][4]