sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Petrobras tem a maior perda em 2013 e 2014 pode ser pior

Petrobras tem a maior perda em 2013 e 2014 pode ser pior
A Petrobras foi a empresa brasileira, listada em bolsa, que teve a maior desvalorização em 2013. A queda do seu valor de mercado foi de 34,1 bilhões de dólares. Em segundo lugar ficou a megamineradora Vale, com 15,6 bilhões de dólares de desvalorização.
Os problemas da Petrobras são muitos e de difícil solução. Poços secos ou com produção em queda, poços paralisados em manutenção, dívida estratosférica, produção em queda, importação em alta, pouco dinheiro em caixa, preços de combustíveis defasados no mercado interno, Governo fazendo política demagógica em ano eleitoral, alta do dólar que faz a dívida ficar mais premente, venda de ativos por preços espúrios, muito abaixo do valor lançado nos balanços e mais uma série de fatores fazem da Petrobras uma péssima aposta para 2014.
Por mais otimistas que tentamos ser o ano de 2014, por ser eleitoral, tem tudo para ser muito ruim para a Petrobras que necessita urgentemente de caixa para sobreviver. Como conseguir esse aporte se as suas vendas e leilões não estão atraindo os investidores nas proporções alardeadas? Como efetuar o ambicioso plano de investimentos de mais de 200 bilhões de dólares se os preços dos combustíveis estão atrelados a uma política governamental demagógica que não vê a empresa e os acionistas, mas sim os votos?
Como crescer se a empresa se recusa a entrar no óleo e gás dos folhelhos desconsiderando completamente a experiência dos Estados Unidos que está revolucionando a economia em menos de 10 anos?
Tudo leva a crer que a Petrobras terá mais um ano terrível.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2013, um ano para ser esquecido

2013, um ano para ser esquecido

Por Pedro Jacobi  
LinkedIn  


 

O ano de 2013 não foi um bom ano para a mineração brasileira.
Os mineradores estiveram, o ano todo, sob intenso fogo cerrado. Em meio as más notícias destacaram-se pulverização da OGX, as sequelas da crise mundial, a ameaça do novo Marco Regulatório da Mineração e a paralisação da emissão de concessões pelo DNPM.   

Um ano sem pesquisa mineral a espera do Código que não veio  

O ano viu a pesquisa mineral atingir o seu pior momento da história da mineração brasileira. Graças a uma decisão absurda, feita em 2011, de paralisar as concessões dos alvarás de pesquisa e de lavra o Brasil viu um verdadeiro apagão mineral que arrasou o setor, em 2013, como um tsunami.  

Vários projetos, onde seriam investidos bilhões de reais, foram jogados em um limbo, a espera do decreto de lavra que não vinha, atolado nos escritórios do MME.
Em 2013 centenas de empresas de pesquisa mineral de porte pequeno a médio, as junior companies, viram a sombra da incerteza cobrir os seus horizontes.   
Quando o DNPM paralisou a emissão dos alvarás de pesquisa as dezenas de milhares de processos que tramitavam no órgão começaram a virar pó. Pouquíssimos alvarás foram concedidos, a maioria graças a ações na justiça e todos os investimentos feitos na pesquisa mineral que antecederam os requerimentos possivelmente foram para o ralo.    

Hoje, com o Código remendado e ainda não aprovado, resta a dúvida se essas dezenas de milhares de alvarás retidos serão, algum dia, considerados.   

Tudo leva a crer que não! 

É sempre importante lembrar que sem alvarás de pesquisa não há pesquisa mineral no Brasil. Ao paralisar a concessão dos alvarás, desde o ano de 2011, o Governo simplesmente inviabilizou a pesquisa mineral no Brasil. Vimos o setor ser sucateado enquanto eram adiadas as descobertas de riquezas minerais e a produção de muitas minas.   
Em 2013 a população brasileira não viu os benefícios dos impostos decorrentes dessas descobertas e da arrecadação da nova CFEM contida no novo Código Mineral.  

Todos perdemos.

 A grande maioria das junior companies, que fazem a pesquisa mineral e as descoberta de jazidas no Brasil,  já estão deixando o Brasil onde investiam mais de 1 bilhão de reais por ano na pesquisa mineral gerando impostos, empregos e riquezas. O efeito cascata deste desinvestimento demoliu o setor. Os laboratórios demitiram e fecharam assim como as empresas de sondagem e as centenas de empresas prestadoras de serviços nas áreas da geologia e da mineração.   

Uma verdadeira catástrofe se abateu sobre o setor colocando milhares de famílias no desespero.  

A implosão do Grupo X
 
O ano de 2013 vai ser lembrado pela implosão do Grupo X que causou a maior perda financeira da história do planeta.   
No centro deste ciclone financeiro o empresário Eike Batista viu a sua fortuna de dezenas de bilhões de dólares, a sétima maior do planeta, virar pó e a sua empresa OGX perder 99% do seu valor de mercado em poucos meses.  

Com a explosiva desvalorização do Grupo X ficou claro a falta de controle que o Governo e a Bolsa de Valores têm sobre as informações veiculadas ao público e aos investidores. O sistema falhou gravemente e as auditorias externas se mostraram incapazes de detectar a falta de veracidade das afirmativas da OGX quanto as suas reservas e    previsões de produção.
O sistema apresentou as suas falhas que permitiram a catástrofe da OGX e das demais empresas de Eike.  

Não há como culpar os investidores por colocar o seu dinheiro em ativos de alto risco. Temos que culpar a OGX e seus executivos, os analistas, os auditores internos e externos e a própria Bovespa que não filtrou adequadamente as notícias. Fica muito claro que faltam dispositivos sérios como o NI-43-101 ou o Jorc, usados pelas grandes bolsas de valores do mundo que, quando seguidos à risca, protegem os investidores de situações como essa.  

O que fica de 2013?

Pouco.
Talvez a esperança de que em 2014 o novo Código Mineral seja aprovado rapidamente, com as emendas redigidas por Quintão, que devolvem o direito de prioridade ao requerente. Só assim teremos neste país a volta das empresas de pesquisa mineral.  
Que venha 2014!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O maior diamante do universo

- O maior diamante do universo
Sobre os diamantes

ORIGEM DO NOME: Diamante, do grego 'adamas', significa invencível e 'diaphanes', que significa transparente. Durante a Idade Média, acreditava-se que um diamante podia reatar um casamento desfeito. Era usado em batalhas como símbolo de coragem.
Os antigos o chamavam de pedra do sol, devido ao seu brilho faiscante e os gregos acreditavam que o fogo de um diamante refletia a chama do amor.
Sugere, portanto, a força e a eternidade do amor.


»» SAIBA COMO NASCE UM DIAMANTE

O DIAMANTE COMO JÓIA: Só a partir do século XV, o diamante foi caracterizado como a jóia da noiva. Sendo Mary de Burgundy a primeira mulher a receber um colar de diamantes como um símbolo de noivado com o Arqueduque Maximilian da Austria em Agosto de 1477. Dos séculos XVII a XIX, usavam-se argolões como anéis de noivado. No século XX, ficou em moda o estilo "chuveiro", mais tarde o anel fieira. Depois o solitário, o estilo mais usado atualmente.

EXPLORAÇÃO: A exploração das minas de diamante começou na Índia, entre os anos 800 e 600 A.C. Durante 2.000 anos, o Oriente produziu todos os diamantes conhecidos, incluindo o "Koh-i-Noor", o russo "Orloff", o "Esperança" e outros diamantes célebres. O seu uso era reservado às cortes reais e aos dignitários da igreja. As espadas, os colares das ordens, os cetros e as coroas usadas nas cerimônias eram ornadas de diamantes.


OS MAIS FAMOSOS DIAMANTES DO MUNDO:
O CULLINAN, o maior dos diamantes já encontrados, pesava 3.106 quilates quando bruto e originalmente um pouco menos de 1 libra e meia. Ele foi cortado em 9 pedras principais e 96 pedras menores.

O Estrela da África é a maior das pedras cortadas do Cullinan. é um dos doze mais famosos diamantes do mundo e pertence à COROA INGLESA. Ele pesava 530,20 quilates, tem 74 facetas e ainda é considerado como o maior diamante lapidado do mundo.

KOH-I-NOOR ("Montanha de Luz") Foi mencionado pela primeira vez em 1304, pesando 186 quilates. Uma pedra de corte oval. Acredita-se ter estado, certa vez, engastado no famoso trono de pavão do Xá Jehan como um dos olhos do pavão. Relapidado no reinado da Rainha Vitória, encontra-se hoje em dia entre AS JÓIAS DA COROA INGLESA e pesa atualmente 108,93 quilates.


O Olho do Ídolo Uma pedra no formato de pêra achatada e do tamanho de um ovo de galinha. O seu tamanho lapidado é de 70,20 quilates. Um outro diamante famoso que uma vez foi colocado no olho de um ídolo antes de ter sido roubado. A lenda também diz que ele foi dado como resgate da Princesa Rasheetah pelo "Sheik" da Kashmir ao Sultão da Turquia qua a tinha raptado.


O Excelsior A segunda maior pedra já encontrada é o Excelsior, que era de 995,2 quilates quando bruto. Alguns dizem que o Braganza é a segunda maior pedra já encontrada, mas não há registros de sua existência e muitos acreditam ser mitológico ou nem mesmo um diamante.

O Regente Um diamante verdadeiramente histórico descoberto em 1701 por um escravo índio perto de Golconda, pesava 410 quilates quando bruto. Quando pertencente a William Pitt, primeiro-ministro inglês, foi cortado em um brilhante no formato de uma almofada de 140,5 quilates e, até ter sido vendido para o Duque de Orleans, Regente da França, quando Luís XV ainda era uma criança em 1717, era chamado de "O Pitt". Foi então rebatizado como "O Regente" e colocado na coroa de Luís XV para a sua coroação. Após a Revolução Francesa, foi possuído por Napoleão Bonaparte que o colocou no cabo de sua espada. Atualmente está exposto no Louvre.

O Blue Hope (Esperança Azul) Mais famoso do que qualquer outro diamante, o Hope foi uma vez possuído por Luís XV, sendo oficialmente designado de "o diamante azul da coroa". Roubado durante a Revolução Francesa, tornou a aparecer em Londres, em 1830 e foi comprado por Henry Philip Hope, razão pela qual atualmente tem esse nome. Foi em poder da família Hope que este diamante adquiriu a reputação horrível de trazer azar. Toda a família morreu na pobreza. Uma infelicidade similar ocorreu com um proprietário posterior, Sr. Edward McLean. Atualmente, encontra-se na Instituição Smithsonian em Washington.


O Grande Mogul foi descoberto no século XVII. A pedra tem esse nome em homenagem ao Xá Jehan, que construiu o Taj Mahal. Quando bruto, diz-se ter pesado 793 quilates. Atualmente encontra-se desaparecido.

O "Sancy" pesava 55 quilates e foi cortado no formato de uma pêra. Primeiramente pertenceu a Charles, o Corajoso, Duque de Burgundy, que o perdeu na batalha em 1477. A pedra de fato tem esse nome devido a um dono posterior, Senhor de Sancy, um embaixador francês na Turquia no final do século XVI. Ele o emprestou ao rei francês Henry III que o usou no gorro com o qual escondia sua calvície. Henrique VI da França, também pegou emprestado a pedra de Sancy, mas ela foi vendida em 1664 a James I da Inglaterra. Em 1688, James II, último dos reis Stuart da Inglaterra, fugiu com ele para Paris. O "Sancy" desapareceu durante a Revolução Francesa.

Taylor - Burton Com 69,42 quilates, este diamante no formato de uma pêra foi vendido em leilão em 1969 com a pressuposição de que ele poderia ser nomeado pelo comprador. Cartier, de Nova York, com sucesso, fez um lance para ele e imediatamente o batizou de "Cartier". Entretanto, no dia seguinte, Richard Burton comprou a pedra para Elizabeth Taylor por uma soma não revelada, rebatizando-o de "Taylor-Burton". Ele fez seu debut em um baile de caridade em Mônaco, em meados de novembro, onde Miss Taylor o usou como um pendente. Em 1978, Elizabeth Taylor anunciou que o estava colocando à venda e que planejava usar parte da renda para construir um hospital em Botswana. Somente para inspecionar, os possíveis compradores tiveram que pagar $ 2.500 para cobrir os custos de mostrá-lo. Em junho de 1979, ele foi vendido por quase $ 3 milhões e a última notícia que temos dele é que se encontra na Arábia Saudita.

O Orloff Acredita-se que tenha pesado cerca de 300 quilates quando foi encontrado. Uma vez foi confundido com o Grande Mogul, e atualmente faz parte do Tesouro Público de Diamantes da União Soviética em Moscou. Uma das lendas diz que "O Orloff" foi colocado como olho de Deus no templo de Sri Rangen e foi roubado por um soldado francês disfarçado de hindu.

Hortensia Esta pedra cor de pêssego, de 20 quilates, tem esse nome em honra de Hortense de Beauharnais, Rainha da Holanda, que era filha de Josephine e a enteada de Napoleão Bonaparte. O Hortensia fez parte das Jóias da Coroa Francesa desde que Luís XIV o comprou. Junto com o Regente, atualmente está em exposição no Louvre, em Paris.

Entre os mais novos diamantes famosos está o "Amsterdã", uma das pedras preciosas mais raras do mundo, um diamante totalmente negro. Proveniente de uma parte do Sul da África, cujo local se mantém em segredo, tem peso bruto de 55.58 quilates. A belíssima pedra negra tem um formato de uma pêra e possui 145 faces e pesa 33.74 quilates.

Belo Sun Drills 49.50 Meters Grading 5.04 g/t Au at Northwest Extension of Ouro Verde Deposit, Brazil

TSX: BSX

The LARGEST developing
GOLD PROJECT in BRAZIL

Subscribe to our email list

News

Belo Sun Drills 49.50 Meters Grading 5.04 g/t Au at Northwest Extension of Ouro Verde Deposit, Brazil


TORONTO, ONTARIO--(Marketwire ) - Belo Sun Mining Corp. (TSX:BSX) (the "Company" or "Belo Sun") is pleased to announce assay results from 14 additional drill holes from the diamond drilling program at its Volta Grande Gold Project located in Para State, Brazil. The complete results and selected cross sections are presented below. The results being released include 12 drill holes from the Ouro Verde deposit and 2 drill holes from the Grota Seca deposit. These holes are part of the 2012 drilling program to upgrade and expand the project estimated mineral resources which will be the basis of the definitive feasibility study. There are several very significant intercepts in this round of results as follows:
--  Hole VVGD-339 (located at Ouro Verde Cross Section 875 NW) has
    intersected multiple mineralized zones such as 49.50 meters grading 5.04
    g/t Au (from 184.90 meters) including 8.33 meters grading 21.79 g/t Au
    (from 188.12 meters).
--  Hole VVGD-327 (located at Ouro Verde Cross Section 875 NW) has
    intersected multiple mineralized zones such as 44.20 meters grading 1.90
    g/t Au (from 206.80 meters) including 7.27 meters grading 6.54 g/t Au
    (from 221.85 meters).
--  Significant down dip intercepts in the same region also includes VVGD-
    331 (Ouro Verde Cross Section 925 NW) with 27.70 meters grading 3.57 g/t
    Au (from 146.00 meters) including 11.35 meters grading 7.56 g/t Au (from
    146.00 meters) and VVGD-340 (Ouro Verde Cross Section 825 NW) with 29.25
    meters grading 2.21 g/t Au (from 214.00 meters) including 9.50 meters
    grading 4.50 g/t Au (from 217.00 meters).

Since April 2010 Belo Sun has completed 107,969 meters of drilling and expects to release a new mineral resource estimate update later this quarter followed by a full report to be issued and filed on SEDAR in due course.
Helio Diniz, the Vice President, Exploration for Belo Sun, stated, "It is very encouraging that the drilling continues to extend the Ouro Verde deposit with such significant intercepts. It demonstrates that the Volta Grande Project north block deposits are part of a major mineralized system that continues to expand beyond the currently known dimensions of about 300-400 meters wide and 4-5 km long. The drilling has shown that the mineralization extends to at least 500 meters from surface. Moreover it is open in all directions".
A complete summary of assays are listed below. To date, Belo Sun has completed 364 drill holes at the Volta Grande Gold Project, of which assays remain pending for 24 holes. The current drilling program is designed to upgrade and expand the existing mineral resource estimate and further results will be released as they become available.
The geological map of the Volta Grande Gold Project, with diagrams setting out the main deposit locations, is included below.
                  TABLE 1 - DIAMOND DRILLING ASSAY RESULTS

 The widths reported below represent the core width of the intercepts; true
       widths are expected to range between 85-95% of the core width.
          --------------------------------------------------------
                             Ouro Verde Deposit
          --------------------------------------------------------
           Hole #       From (m)     To (m)  Width (m)     Au g/t
          --------------------------------------------------------
           VVGD-318        76.30      79.30       3.00       1.31
           and            105.00     108.70       3.70       0.56
           and            157.60     165.60       8.00       0.51
          --------------------------------------------------------
           VVGD-319        89.20      96.85       7.65       5.10
           and            141.50     144.55       3.05       2.88
           and            149.60     164.00      14.40       0.96
           and            192.80     197.00       4.20       0.82
           and            217.00     231.00      14.00       4.94
           and            245.55     256.45      10.90       2.14
           and            261.50     264.55       3.05       0.68
           and            334.70     340.50       5.80      10.16
          --------------------------------------------------------
           VVGD-323         0.00       4.14       4.14       0.66
           and            143.28     148.32       5.04       0.62
           and            205.20     212.93       7.73       1.61
           and            236.00     239.62       3.62       0.87
          --------------------------------------------------------
           VVGD-324         0.00       5.00       5.00       0.67
           and             16.00      22.00       6.00       0.90
           and             66.00      82.00      16.00       0.82
           and            155.00     161.20       6.20       1.34
           and            165.00     196.60      31.60       1.47
           including      180.00     190.00      10.00       2.76
           and            202.00     206.00       4.00       1.54
          --------------------------------------------------------
           VVGD-327        63.20      70.00       6.80       3.22
           and            145.00     155.00      10.00       5.82
           and            206.80     251.00      44.20       1.90
           including      221.85     229.12       7.27       6.54
           and            273.00     284.00      11.00       0.55
           and            293.00     296.41       3.41       0.76
           and            336.00     340.65       4.65       1.14
           and            387.00     394.00       7.00       1.00
          --------------------------------------------------------
           VVGD-328         0.00       6.00       6.00       0.53
           and            131.40     135.20       3.80       0.84
           and            158.90     163.60       4.70       2.25
          --------------------------------------------------------
           VVGD-330        15.00      18.00       3.00       0.52
           and             23.69      28.00       4.31       0.60
           and             53.15      58.30       5.15       0.54
           and            124.75     129.33       4.58       0.92
           and            178.90     193.00      14.10       0.98
          --------------------------------------------------------
           VVGD-331        34.00      41.00       7.00       3.85
           and             98.00     101.00       3.00       0.69
           and            146.00     173.70      27.70       3.57
           including      146.00     157.35      11.35       7.56
           and            182.00     190.17       8.17       1.45
           and            208.45     221.00      12.55       5.15
           including      209.00     215.00       6.00       9.76
           and            285.00     289.40       4.40       0.60
           and            303.00     308.00       5.00       0.72
          --------------------------------------------------------
           VVGD-333        83.90      87.10       3.20       0.76
           and             92.00      99.20       7.20       0.62
           and            183.00     202.30      19.30       2.69
           including      193.45     201.30       7.85       4.22
           and            271.00     277.00       6.00       1.64
          --------------------------------------------------------
           VVGD-335         1.00       6.00       5.00       0.81
           and             26.00      31.00       5.00       0.64
           VVGD-338       107.10     113.00       5.90       0.52
          --------------------------------------------------------
           VVGD-339        28.00      32.10       4.10       0.59
           and            135.00     138.85       3.85       1.73
           and            153.29     158.38       5.09       0.54
           and            184.90     234.40      49.50       5.04
           including      188.12     196.45       8.33      21.79
           and            278.00     287.48       9.48       0.61
           and            304.85     308.00       3.15       0.82
          --------------------------------------------------------
           VVGD-340        70.10      74.10       4.00       1.69
           and             89.90      98.25       8.35       2.32
           and            112.10     115.10       3.00       0.76
           and            167.00     173.00       6.00       6.78
           and            191.00     200.00       9.00       0.94
           and            214.00     243.25      29.25       2.21
           including      217.00     226.50       9.50       4.50
           and            249.00     259.00      10.00       0.96
           and            272.00     275.45       3.45       0.54
           and            287.00     291.00       4.00       0.60
           and            346.44     354.60       8.16       5.75
           and            365.80     371.00       5.20       0.55
           and            394.19     398.70       4.51       0.57

Exploração de minério: o surgimento de um novo Carajazão. Entrevista especial com Rogério Almeida

Exploração de minério: o surgimento de um novo Carajazão. Entrevista especial com Rogério Almeida

“É o maior empreendimento de mineração de ouro a céu aberto do país e deverá retirar 50 toneladas de ouro no prazo de 12 anos.  Um prazo curtíssimo”, constata o pesquisador.
O projeto Belo Sun, a ser executado no estado do Pará, “é o maior empreendimento de mineração de ouro a céu aberto do país e deverá retirar 50 toneladas de ouro no prazo de 12 anos”, informa Rogério Almeida, em entrevista à IHU On-Line, concedida por e-mail.
Segundo ele, a empresa Belo Sun “tomou posse dos antigos garimpos Grota Seca, Galo e Ouro Verde, que existem desde os anos 1940. Isso já provoca estranheza num cenário marcado pela desordem fundiária, onde a maioria das terras é tutelada pela União. Ali vivem os povos indígenas Juruna e Arara e outros povos isolados, além de lavradores, extrativistas e pescadores que sofrem com a espoliação e a expropriação promovidas pela Belo Monte”.
Almeida relata que há seis meses os garimpeiros estão “impedidos de operar nas antigas áreas”, e a empresa prometeu reassentar mais de mil famílias. No entanto, ressalta, “na Ressaca e na Ilha da Fazenda, que ficam bem próximas, o clima é de incerteza e insegurança. As populações já socializam a desordem que a usina de Belo Monte provoca. É ali que o Xingu terá a sua vazão reduzida em perto de 80%. É um impacto absurdo e tem implicações no deslocamento das pessoas, nas fontes de recursos que a natureza possibilita. As pessoas não sabem informar sobre o reassentamento. Parte da Ressaca é de projeto de assentamento da reforma agrária”.
Rogério Almeida é graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Maranhão e mestre em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pela Universidade Federal do Pará, com a dissertação intitulada Territorialização do campesinato no sudeste do Pará, a qual foi laureada com o Prêmio NAEA/2008. Atualmente leciona na Faculdade de Tecnologia da Amazônia.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Em que consiste a atividade da Belo Sun e desde quando a empresa atua no Brasil?
Rogério Almeida – Tomei conhecimento da existência da Belo Sun no Brasil agora, em visita às comunidades da Vila da Ressaca e da Ilha da Fazenda, que serão impactadas pelo projeto da hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu, no território do município de Senador José Porfírio.
Conforme o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA apresentado à Secretaria de Meio Ambiente do Pará – SEMA, trata-se de uma subsidiária brasileira da Belo Sun Mining Corporation, pertencente ao grupo Forbes & Manhattan Inc., um banco mercantil de capital privado que desenvolve projetos de mineração em todo o mundo.
A Belo Sun passa a integrar a aquarela de grandes corporações de mineração que operam no estado do Pará, competindo com a Vale, a estadunidense Alcoa, a suíça Xstrata, a francesa Imerys, a Reinarda, subsidiária da australiana Troy Resourses, a norueguesa Norsk Hydro e a chilena Codelco.
IHU On-Line – O que é o projeto Belo Sun?
Rogério Almeida – É o maior empreendimento de mineração de ouro a céu aberto do país e deverá retirar 50 toneladas de ouro no prazo de 12 anos. Um prazo curtíssimo. Localiza-se numa região que será profundamente impactada pela usina de Belo Monte. A Belo Sun tomou posse dos antigos garimpos Grota Seca, Galo e Ouro Verde, que existem desde os anos 1940. Isso já provoca estranheza num cenário marcado pela desordem fundiária, onde a maioria das terras é tutelada pela União. Ali vivem os povos indígenas Juruna e Arara e outros povos isolados, além de lavradores, extrativistas e pescadores que sofrem com a espoliação e a expropriação promovidas pela Belo Monte. O futuro das pessoas que moram na Volta Grande do Xingu é incerto pelo conjunto de impactos que os dois projetos irão produzir. A mineração do ouro usa cianeto, dragas e dinamite, e deixará uma montanha de resíduos ali. Externalidades negativas é uma matriz da mineração. O projeto aprofunda ainda mais a condição econômica da Amazônia como uma grande província exportadora de recursos naturais. Uma colônia baseada em commodities. Há perto de 500 pedidos de prospecção protocolados junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM somente na Volta Grande do Xingu, e, desse total, 228 possuem foco no ouro.
IHU On-Line – Como está ocorrendo a exploração de minério no Pará?
Rogério Almeida – O minério é o principal item da balança comercial do estado, responde por quase 100% do Produto Interno Bruto – PIB. Em todo o território existe minério, de seixo a ouro. O ferro da província de Carajás, explorada desde a década de 1980, continua sendo o principal. O estado é duplamente saqueado, por conta da renúncia fiscal da Lei Kandir (lei complementar federal nº 87, de 13 de setembro de 1996). Ela desobriga as empresas de recolher o Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviço – ICMS dos produtos primários e semielaborados. Literalmente fica somente o buraco.
Ao longo dos anos da mineração em Carajás, os péssimos indicadores socioeconômicos não sofreram alteração. A fronteira agromineral consolidou o sul e o sudeste do Pará como os que mais desmatam, mais assassinam camponeses na luta pela terra no Brasil, e com municípios nos primeiros lugares entre os mais violentos do país e de vulnerabilidade para a população jovem. Nenhum município tem renda per capita que alcance um salário mínimo por mês. O município vizinho da mina de Carajás, Curionópolis, tem a renda per capita de R$ 108,15, quase a mesma da pequena Palestina do Pará, R$ 106,64.
IHU On-Line – Quem são os garimpeiros da Vila da Ressaca? Como eles atuavam antes da entrada da Belo Sun no Pará?
Rogério Almeida – Conforme informações da cooperativa dos garimpos da Vila Ressaca, são perto de 600 garimpeiros. Eles trabalham em condições marcadas pela precariedade, sem vínculo empregatício. Ficavam somente com 20% do ouro encontrado. O “patrão”, o dono do local da exploração, bancava com máquinas e combustível o processo, e ficava com 80%.
IHU On-Line – Em que consiste o conflito deles com a Belo Sun?
Rogério Almeida – Há seis meses os garimpeiros estão impedidos de operar nas antigas áreas. Eles explicitam que perderam a principal fonte de renda. A vila, hoje, tem um aspecto de cidade fantasma. As áreas foram negociadas com a Belo Sun, como falei antes, num ambiente marcado pela ilegalidade fundiária.
IHU On-Line – Qual é a proposta de reassentamento das famílias da Vila Ressaca, Galo e Ouro Verde, feita pela Belo Sun?
Rogério Almeida – Em documento formal a empresa afirma que promoverá o reassentamento de mil famílias. No entanto, na Ressaca e na Ilha da Fazenda, que ficam bem próximas, o clima é de incerteza e insegurança. As populações já socializam a desordem que a usina de Belo Monte provoca. É ali que o Xingu terá a sua vazão reduzida em perto de 80%. É um impacto absurdo e tem implicações no deslocamento das pessoas, nas fontes de recursos que a natureza possibilita.
As pessoas não sabem informar sobre o reassentamento. Parte da Ressaca é de projeto de assentamento da reforma agrária.
IHU On-Line – Qual a atual situação da exploração mineral em Carajás?
Rogério Almeida – Carajás vivencia uma grande inflexão com o desenvolvimento do maior projeto de mineração da Vale ao longo dos seus 40 anos de vida, o Projeto de Mineração da Serra Sul (S11D), localizado no município de Canaã dos Carajás, e que vai explorar ferro. O S11D desponta no cenário atual como uma representação do Grande Carajás no século XXI.
Um novo Carajazão, como o foi a primeira versão da década de 1980. O mesmo consiste em profundas alterações nos cenários econômicos, sociais e políticos em Carajás, que compreende desde a mina até o porto, em São Luís, no Maranhão, pressionando reservas ambientais, vilas, territórios ancestrais e projetos de assentamentos rurais. O S11D encontra-se nos limites dos municípios a sudeste do Pará, Canaã dos Carajás e Parauapebas.
Com o projeto, a mineradora vai incrementar a produção de ferro em 90 milhões de toneladas por ano, mas com capacidade de dobrar a produção. O mercado asiático tem sido o destino do minério de ferro de excelente teor das terras dos Carajás, em particular a China e o Japão. A previsão é que a usina inicie as operações até 2016. A iniciativa, que inclui mina, duplicação da Estrada de Ferro de Carajás – EFC, ramal ferroviário de 100 km e porto, está orçada em US$ 19,5 bilhões.
Os recursos estão distribuídos da seguinte forma: a logística consumirá US$ 14,1 bilhões; US$ 8,1 bilhões serão usados na mina e na usina; enquanto US$ 2 bilhões serão usados durante o ano.
Como em outros empreendimentos na Amazônia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES é o responsável por parte dos recursos, ao lado do banco japonês Japan Bank International Cooperation – JBIC. O projeto é maior ou equivalente à primeira versão do Programa Grande Carajás – PGC, iniciado há quase 30 anos.
O minério que sairá da Serra Sul é considerado ainda de melhor teor que o extraído da Serra Norte, avaliado como excelente. O teor da S11D é de 65%. A Vale é, atualmente, a líder mundial no mercado de ferro, responsável por 310 milhões de toneladas por ano. Como em outros casos registrados na região, o início do projeto mobiliza uma série de alterações na cidade que abriga a mina e em municípios do entorno.
IHU On-Line – Fala-se de um possível aumento de conflitos no Pará por conta da exploração de ouro. O senhor vislumbra algo nesse sentido?
Rogério Almeida – Faz-se necessário uma leitura sobre o contexto dos grandes projetos na Amazônia, em consonância com obras de infraestrutura do estado para que os mesmos possam ser viabilizados. Esse conjunto coloca em oposição populações locais e as grandes corporações. É uma luta desigual, marcada pela derrota dos primeiros, que ao longo dos séculos são os penalizados com todo tipo de desrespeito, expropriação, espoliação e morte. Não tem ocorrido nenhuma alteração.
IHU On-Line – Como o estado do Pará se manifesta diante da atuação da empresa na região?
Rogério Almeida – Ele garante as condições para o empreendedor detentor de capital, ou que se capitaliza com os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que se constitui como o principal financiador das grandes corporações na Pan-Amazônia.
Soma-se a isso um xadrez no campo jurídico que busca fragilizar algumas garantias das populações consideradas tradicionais, como indígenas e quilombolas, entre outras. Para não falar nos bastidores das negociatas típicas de vésperas de pleitos eleitorais.