terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Busca por vida abaixo da capa de gelo na Antártica é paralisada

Busca por vida abaixo da capa de gelo na Antártica é paralisada
Os glaciologistas da Antártica tiveram, neste final de ano, uma péssima notícia. O projeto de sondagem em andamento no lago subglacial Ellsworth foi paralisado graças a problemas na sondagem. A tecnologia de sondagem utilizada, que usa água quente para penetrar no gelo, não permitiu atravessar a espessa camada de gelo que capeia o lago subglacial. Acredita-se que demorará anos até que eles tenham um equipamento capaz de atravessar o gelo e coletar as amostras de água do lago.
O Lago Ellsworth é um dos muitos lagos totalmente cobertos por gelo, que estão isolados a milhões de anos da superfície. Os geólogos e cientistas acreditam que eles devem abrigar formas de vida ainda desconhecidas do homem. O projeto foi planejado por uma década e custou 12 milhões de dólares e, agora, teve que ser paralisado para desgraça dos pesquisadores. Durante a fase inicial foram feitos estudos de radar que mostram um lago de 15km com 156m de profundidade coberto por uma camada de gelo de 3.000m de espessura.
Mas nem tudo está perdido.
Em 2012, cientistas russos conseguiram sondar e amostrar a água do Lago Vostok, também coberto pelo gelo, usando uma sonda a querosene. No entanto, as amostras foram contaminadas por bactérias superficiais e os estudos feitos pela equipe russa estão sendo contestados e desmerecidos por cientistas ocidentais. Ocorre que nem tudo recuperado pela sondagem foi de vida microbiana e, com certeza, os seres multicelulares não foram introduzidos por contaminação.
O Lago Vostok, (veja o diagrama) que foi selado pelo gelo a 15 milhões de anos, se mantém líquido por atividade geotérmica na sua porção mais profunda. As amostras coletadas durante a sondagem mostram vários organismos, que ainda estão sendo estudados, como fungos, bactérias, artrópodes, pulgas dágua e moluscos. Os cientistas russos acreditam que ainda existem peixes vivos no lago coberto por 3.700m de gelo.
Diagrama por: Shtarkman et al.

Será que a Coréia do Norte vai virar, de cabeça para baixo, o mercado mundial de terras-raras?

Será que a Coréia do Norte vai virar, de cabeça para baixo, o mercado mundial de terras-raras?
As notícias vindas de Jongjiu na Coréia do Norte estão deixando muitos americanos de cabelo em pé. Os Estados Unidos precisam das terras-raras para a sua indústria bélica, seus smartfones, TVs, mísseis, imãs de alta performance, catalizadores e para se manter a frente da tecnologia mundial.
  A descoberta de o que está sendo chamado de o maior jazimento de terras-raras do mundo com um potencial de 6 bilhões de toneladas ou de 65 trilhões de dólares de valor pode mudar completamente o cenário das TR do mundo. Se esse depósito for confirmado ele terá seis vezes mais terras-raras do que a China que já controla 95% da produção e das reservas  mundiais.
A empresa das Ilhas Virgens a SRE Minerals Limited tem uma joint venture com o Governo da Coréia do Norte para a exploração dessas terras-raras. No momento ainda não foram feitos os estudos definitivos de cálculos de reservas que certifiquem o tamanho real dos depósitos. Portanto os números falados ainda são especulativos mas tudo leva a crer que os jazimentos de Jongju sejam fora de escala. O que a SER Minerals publica é que o alvo tem um potencial para 6,02 bilhões de toneladas de minério com 216,2 milhões de toneladas contidas de TREO (total de óxidos de terras-raras) conforme abaixo:
-664.9 Mt @ >9.00% TREO,
-634.0 Mt @ >5.70 ≤ 9.00% TREO,
-2.077 Bt @ >3.97 ≤ 5.70% TREO,
-340.4 Mt @ >1.35 ≤ 3.97% TREO,
-2.339 Bt @ ≤1.35% TREO
Um jazimento dessa proporção ainda não havia nem sido sonhado.
Em abril de 2014 começam os 96.000m de sondagem que serão seguidos por mais 120.000m da fase 2 que irão criar uma certificação no padrão Jorc, aceito internacionalmente. O interessante é que ainda existem vários outros alvos que poderão aumentar ainda mais os recursos coreanos.
Se esse jazimento for confirmado e entrar em produção é possível que a China seja fortalecida nessa equação. Afinal a China é o único país a sustentar, auxiliar e proteger a Coréia do Norte nos últimas décadas. Além disso é a China que detém a tecnologia e o mercado mundial das TR o que a Coréia do Norte, um país pobre e de baixa tecnologia, está longe de ter.
É complexa a situação da SER Minerals que ficará pressionada entre a Coreia do Norte e a China. Possivelmente a SRE Minerals Limited  e a Pacific Century serão engolidas pelas estratégias políticas que irão ditar todos os passos do projeto à distribuição das TR em Jongju.
A empresa tem a concessão por 25 anos e poderá colocar uma refinaria como parte do negócio.

Aço e o Japão: houve uma época...

Aço e o Japão: houve uma época...
Houve uma época que o Japão era um dos maiores produtores de aço do mundo e que o Brasil era o seu maior fornecedor. Foi nessa época que a Vale se estabeleceu como uma grande mineradora e exportadora de minério de ferro.
Essa época passou e hoje, para comparação, a China produziu em 2013, nada mais nada menos do que, sete vezes mais aço do que o Japão. Em 2013 o mundo todo produziu 1,6 bilhões de toneladas de aço e a China, a maior produtora, foi responsável por 48% desse montante. Foram 780 milhões de toneladas de aço produzidos em 2013, 7,2% acima da produção de 2012.
Números maiúsculos que mostram que a revolução chinesa continua em andamento.
O Chairman da Sumitomo Metal Corp  Shoji Muneoka diz que a China está aumentando a sua produção acima da demanda mundial. Enquanto isso o Japão está paralisado em 100 milhões de toneladas de aço nos últimos 20 anos uma evidente prova de que a economia japonesa já estabilizou.
Mas nem tudo está perdido na indústria do aço japonês. Apesar de uma produção equivalente a 7% do mercado mundial o aço japonês tem vantagens competitivas pela qualidade e por produtos com grande valor agregado. Essa diferença compensa, parcialmente, o não crescimento da indústria.
Os japoneses encontraram nichos onde eles tem pouca competição. Eles estão concentrando em placas de ferro especiais para a indústria automobilística e criando novas plantas na Tailândia e México, além de expandir algumas plantas antigas como a Yawata Works no Japão. É devido a essa vantagem competitiva, dentro de um nicho de mercado, que os japoneses acreditam estar livres da competição das siderúrgicas chinesas nos próximos 5 anos, afirma o Presidente da Kobe Steel Hiroya Kawasaki.
Nós achamos que o Sr. Kawasaki está um pouco otimista demais quando o assunto é aço e China. Os chineses já mostraram inúmeras vezes, que eles, quando querem, podem mudar e quebrar todos os paradigmas. Vamos aguardar.
Foto: wudli

First Quantum vai investir US$6,4 bilhões no Cobre Panamá

First Quantum vai investir US$6,4 bilhões no Cobre Panamá O Projeto Cobre Panamá, um enorme cobre pórfiro, localizado a 120 km de Panama City, tem um total de 4,2 bilhões de toneladas com 0,35% Cu, e traços de ouro, prata e molibdênio. Trata-se de um corpo granodiorítico afetado por um stockwork e intensa alteração hidrotermal. A zona de alteração afeta o granodiorito e as encaixantes vulcânicas formando um corpo de 9.000m x 4.500m.
A canadense First Quantum, que comprou em 2013 o controle do Projeto Cobre Panamá da Inmet Mining, informa seus planos de investir um CAPEX  de US$6,4 bilhões. O mina deverá ter uma capacidade de 70 milhões de toneladas por ano nos primeiros dez anos passando para 100 milhões de toneladas até o final da vida útil, em 2050.
A empresa está investindo em outros 4 projetos de cobre, níquel, ouro, zinco e PGM em locais distintos como a Zâmbia, Peru e Panamá.

Petra Diamonds recupera diamante azul raro

Petra Diamonds recupera diamante azul raro
A mineradora Petra Diamonds recuperou em sua mina de Cullinan na África do Sul um raro diamante azul de 29,6 quilates. Espera-se que os preços deste diamante lapidado irá valer em torno de 3 milhões de dólares o quilate.
A mina de Cullinan lavra o kimberlito de Premier que é conhecido por ter produzido o mais famoso diamante do mundo Cullinan. Este diamante, também azul, foi descoberto em 1905 e tinha 3.106 quilates. Hoje, lapidado, o Cullinan está em Londres na Coroa Inglesa. A mina já produziu outros diamantes importantes como a Estrela de Josephine que foi vendido por 9,49 milhões de dólares em 2008.