quarta-feira, 2 de abril de 2014

Estanho justifica aposta bilionária da Apple na Amazônia

Estanho justifica aposta bilionária da Apple na Amazônia

Fornecedores da Apple foram forçados a procurar estanho em outro lugar após a Indonésia ter restringido as vendas da mineração ilegal

Matt Craze, da
Getty Images
Amazônia
Amazônia: a produção de uma mina na Amazônia cresceu de 1.100 toneladas em 2010 para 4.200 toneladas em 2013
Santiago - Quando os preços do metal despencaram na véspera da crise financeira em setembro de 2008, a bilionária família Brescia, do Peru, pagou cerca de US$ 400 milhões para comprar o maior depósito de estanho do mundo na floresta amazônica.
Agora sua companhia de mineração Minsur SA está sozinha entre as rivais asiáticas em sua maioria como única produtora de importância de 2014 que pode aumentar a produção de um metal cada vez mais demandado, pois é misturado na solda para circuitos dos smartphones. O estanho é um dos dois únicos metais industriais que ficam mais caros neste ano.
“A única companhia com uma base boa para se expandir é a Minsur”, disse César Pérez, diretor de pesquisa do BTG Pactual em Santiago. “A família Brescia tem um grande senso de oportunidade”.
Os produtores de estanho não podem acompanhar o crescimento da demanda, uma alegação que as indústrias do cobre e do ouro não podem fazer. O caso era diferente em 2008, quando o diretor executivo Fortunato Brescia e o presidente Pedro Brescia lideraram a empresa em uma oferta para comprar a mina de Pitinga no Amazonas, em um contexto de uma queda de 54 por cento no preço do metal entre maio e outubro daquele ano.
Graças às aquisições, o grupo industrial e bancário fundado no século 19 pelo imigrante Fortunato, avô do executivo como mesmo nome, se tornou o maior produtor mundial de estanho depois da Yunnan Tin Co., da China, e da Malaysia Smelting Corp.
Os Brescia compraram a Minsur, com sede em Lima, na década de 1970. Sua mina de San Rafael no Peru é a maior do mundo, e a mina de Pitinga tem os recursos mais conhecidos, mostra uma apresentação da empresa.
Agora a Minsur está se preparando para abastecer um mercado que, segundo previsões, sofrerá uma escassez global, de acordo com o grupo de produtores ITRI Ltd.
 Os fatores fundamentais da indústria global são inigualáveis”, disse o CEO Juan Luis Kruger em entrevista por telefone de Lima, prevendo que a demanda continuará crescendo entre 3 por cento e 4 por cento por ano, ao passo que a oferta continuará restrita. “Continuaremos consolidando nossa liderança”.
Fornecedores da Apple Inc. e da Samsung Electronics Co. foram forçados a procurar estanho em outro lugar, pois a Indonésia, o maior produtor mundial, restringiu as vendas da mineração ilegal na ilha de Bangka em setembro.
As exportações da Indonésia cairão cerca de um terço para até 60.000 toneladas neste ano, disse Sukrisno, presidente da PT Timah, a maior produtora do país, em 24 de março em Jacarta.
A Minsur planeja aumentar em 25 por cento a produção de Pitinga neste ano e estabilizar o declínio da produção em San Rafael, disse Kruger, ex-vice-presidente executivo da Gold Fields Ltd. A produção da mina na Amazônia cresceu de 1.100 toneladas em 2010 para 4.200 toneladas em 2013, disse ele.
A mina subterrânea de San Rafael ainda possui cerca de sete anos de fornecimento e a Minsur planeja continuar perfurando locais perto do depósito para descobrir um ano de reservas todos os anos.
Preços triplicados
Os preços do estanho triplicaram nos últimos dez anos, pois a União Europeia baniu o uso de chumbo em dispositivos elétricos. A demanda também está aumentando para embalagens de alimentos, o segundo maior mercado final do estanho, conforme a consultoria de mineração CRU, com sede em Londres. A Barclays Plc prevê uma insuficiência de 5.000 toneladas para este ano.
“Durante o enorme excesso de oferta da década de 1980 muitas minas fecharam”, disse Peter Kettle, gerente de pesquisa do ITRI. “Durante um período muito

terça-feira, 1 de abril de 2014

Vale pode perder Simandou o maior projeto de minério de ferro ainda não desenvolvido do planeta

Vale pode perder Simandou o maior projeto de minério de ferro ainda não desenvolvido do planeta
Após ter iniciado o pagamento dos 51% da parte de Simandou que pertencia a BSG Resources, a Vale foi envolvida em um escândalo de suborno e corrupção na Guiné. Ocorre que, segundo as acusações liberadas à mídia, o bilionário Steinmetz, dono da BSGR, havia conseguido a posição em Simandou através de suborno. O caso foi para a justiça e para o FBI e alguns executivos da BSGR foram presos.
A Vale, que nada tinha a ver com o caso, viu o projeto entrar em compasso de espera, enquanto o caso era investigado pelas autoridades da Guiné. O projeto foi suspenso, já que existe a chance do Governo simplesmente cassar a concessão da BSGR o que trará um prejuízo total à Vale.
Agora a BSGR está querendo receber o resto das parcelas que totalizam 2,5 bilhões de dólares. Alegando que as metas não foram atingidas, a Vale se recusa a pagar. O caso vai ser decidido na justiça.
Se a Vale sair ela deverá perder os 507 milhões de dólares já pagos à BSGR e, possivelmente a BSGR perderá o resto. Ironicamente, neste cenário, Simandou estará, novamente,  ao alcance da Rio Tinto que foi a empresa lesada no caso de corrupção.
O jazimento de Simandou, localizado na floresta da Guiné, é controlado por duas empresas a Rio Tinto e a Vale (imagem do Google Earth). O bloco da Rio Tinto tem uma estimativa de 1,6 bilhões de toneladas com um teor médio de 66% de Fe. A Parte da Vale é estimada em mais de 1 bilhão de toneladas com alto teor (66-67% de Fe).

Petrobras, a menos rentável entre as grandes petroleiras mundiais

Petrobras, a menos rentável entre as grandes petroleiras mundiais
Segundo o Credit Suisse a nossa Petrobras é a petroleira de pior rentabilidade se comparada às grandes. Ela perde no refino, distribuição e revenda.
O principal motivo é que ela vende combustível com preços abaixo do que ela importa.
Esse é o legado que o Governo Brasileiro deixa na nossa maior petroleira, que se destaca nos outros quesitos como prospecção, descoberta e desenvolvimento de campos petrolíferos.
A Petrobras é a que mais investe em prospecção, desenvolvimento e produção ficando a frente das gigantes Exxon e Shell.
É fácil, portanto, entender essa matemática imposta: ela investe mais do que o fluxo de caixa desde 2007, endividando-se  sem parar.
Somem-se a isso as compras de ativos supervalorizados,  escândalos que inundam as páginas da mídia, e veremos o “modelo” de administração que impera, hoje, na Petrobras. O quanto é influência do Governo? 

Tem uma jazida para vender? Anuncie, pois o dinheiro das aquisições já está retornando à mineração

Tem uma jazida para vender? Anuncie, pois o dinheiro das aquisições já está retornando à mineração
Após um longo período com pouquíssimas aquisições o mercado vê várias empresas, bancos e grupos chegarem com a maleta cheia de dinheiro em busca de oportunidades na mineração. É o caso dos chineses capitaneados pela Ansteel que estão em busca de 200 milhões de toneladas por ano de minério de ferro o que pode ser traduzido na compra de umas 30 jazidas de grande porte. O último a aparecer é o CEO da Xtrata, Mick Davis que tem um bolso estufado com 3,75 bilhões de dólares só para a compra de novas minas.
Davis, um Sul Africano, quer reescrever a história da Xtrata adicionando novos e importantes jazimentos ao portfólio da mineradora. Outras empresas como as mineradoras  Barrick e Rio Tinto e alguns fundos já arregaçaram as mangas e foram às compras.
Se você ou sua empresa tem uma mina para vender não se acanhe. Anuncie, pois só assim será visto pelos grandes compradores. 

sábado, 29 de março de 2014

Petrobras: a estatal deve dar explicações sobre vários bilhões de dólares de prejuízos e em prováveis casos de corrupção

Petrobras: a estatal deve dar explicações sobre vários bilhões de dólares de prejuízos e em prováveis casos de corrupção
Agora que a oposição, TCU e polícia começam a mexer nas possíveis irregularidades da Petrobras surgem, como passe de mágica, inúmeros sinais de descaso, corrupção, mau gerenciamento, favorecimentos e de prejuízos bilionários.
A cada caso a ser investigado corresponde uma enorme conta paga, sempre, pelo povo brasileiro que vê estarrecido o mar de lama que parece existir nos subterrâneos escuros da nossa maior empresa estatal, a Petrobras.
Entenda o tamanho do prejuízo que está sendo levantado pela polícia e TCU:
-O caso Pasadena: A aprovação por parte do conselho da Petrobras da compra de uma refinaria, quebrada, nos Estados Unidos que custou 42,5 milhões de dólares 1 anos antes da Petrobras comprar por centenas de milhões em um prejuízo superior a 1 bilhão de dólares. A Presidente do Conselho da época era Dilma Roussef, atual Presidente do Brasil que alega ter baseada a sua decisão em documentos “falhos”...
-O caso Bolívia: A Petrobras viu a sua refinaria em solo boliviano, ser invadida por soldados bolivianos armados que expulsaram os brasileiros e confiscaram a refinaria. Segundo diplomatas americanos o Presidente Hugo Chavez incitou o boliviano Evo Morales a nacionalizar a Petrobras. O prejuízo foi superior a 1,6 bilhões de dólares e nunca foi cobrado pelo Governo que foi magnânimo com o dinheiro do povo brasileiro.  Mesmo assim a Petrobras voltou a investir na Bolívia em 2013, sete anos após a invasão armada.
-O caso Venezuela: A Petrobras levou um calote do governo venezuelano de 8 bilhões de dólares na construção da refinaria Abreu Lima em Pernambuco, um empreendimento orçado em 2,5 bilhões de dólares que foi  estranhamente “inflacionado” para 20 bilhões de dólares.
A Venezuela deveria arcar com 40% do empreendimento. O acordo foi feito em 2005, entre os “camaradas” Lula e Hugo Chavez, mas o Governo Venezuelano deu o calote e nunca assinou o contrato ou pagou um centavo sequer.
Quando os investimentos da Petrobras atingiam 18 bilhões de dólares a empresa simplesmente desistiu de cobrar o prejuízo, agindo, mais uma vez, magnanimamente com o dinheiro dos acionistas.
O caso está no Tribunal de Contas que identificou superfaturamentos  em contratos. A presidente da Petrobras Graça Foster diz que essa é uma “história a não ser repetida”.
-O caso das usinas Gaúchas e Paranaenses:  O TCU deverá iniciar investigação sobre a Petrobras Biocombustíveis no RS com suspeitas de superfaturamento em uma compra de usinas no Paraná e Rio Grande do Sul.  Segundo o Deputado Heinze do PP é possível construir duas usinas por 180 milhões de reais, mas a Petrobras pagou 255 milhões por 50% das duas...
Algo muito parecido com o caso Pasadena, mas, felizmente, com prejuízos menores. Sabe-se que os valores foram muito acima do valor de mercado o que tudo leva a crer em mais um caso de superfaturamento de, pelo menos 165 milhões de reais nas duas usinas compradas pela Petrobras.
-O caso de corrupção Lava a Jato:A Polícia Federal investiga vários casos de corrupção com pagamento de propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa .  
Costa já está preso mas as investigações continuam e um grande aparelho de lavagem de dinheiro está sendo desmontado.
Até o momento já foi identificado um valor de 8 milhões de reais distribuído em “comissões” a funcionários da Petrobras que eram pagos para favorecer licitações na refinaria Abreu Lima, a mesma que teve o orçamento “estourado” em nada mais nada menos de que 17,5 bilhões de dólares (veja acima).
Possivelmente o que se vê hoje, na operação Lava a Jato é apenas a ponta do iceberg, pois o prejuízo contabilizado é de bilhões e a PF só pegou 8 milhões... até o momento.