quarta-feira, 16 de abril de 2014

A SERAFINITA, UMA GEMA BONITA E DIFERENTE

A SERAFINITA, UMA GEMA BONITA E DIFERENTE
 
Uma pedra preciosa que provavelmente pouquíssima gente conhece é a serafinita. No entanto, ela possui uma beleza surpreendente, o que justifica seu nome, derivado de serafim. Segundo a Angelologia, na hierarquia celestial, os serafins são os anjos que estão mais perto de Deus, sendo superiores, portanto, aos arcanjos e aos querubins.
Trata-se de um silicato básico de magnésio e alumínio, com ferro, uma variedade de clinocloro, mineral do grupo das cloritas. Provém da Sibéria, na Rússia, onde ocorre na localidade de Korshunouskoye.
 
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Sendo uma clorita, tem, como era de se esperar, cor esverdeada, em tons variados, podendo ter porções de cor cinza. Sua dureza é muito baixa (outra característica das cloritas), entre 2 a 4. Apesar disso, modernas técnicas de polimento permitem obter gemas com brilho muito bom (do tipo nacarado).
 
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A serafinita não é transparente, daí ser lapidada em cabuchão ou outras formas não facetadas. Pode mostrar chatoyance.

O topázio

O topázio está entre as gemas mais tradicionais e de uso mais antigo. Pode ser encontrado em muitas cores – amarelo, rosa, azul, incolor, vermelho -, mas, por ser a amarela a mais valiosa, muitos pensam ser sempre esta sua cor.
A variedade amarela/alaranjada, comercialmente conhecida como topázio imperial, é particularmente importante para os brasileiros, pois nosso país é o único que a produz. Ele é extraído apenas em Minas Gerais e somente no município de Ouro Preto. Trata-se, pois, de uma gema de ocorrência muito restrita.
 
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O citrino, uma variedade de quartzo de cor semelhante à do topázio imperial, mas de menor valor, é freqüentemente vendido como se fosse esta gema. Estima-se que 80% da que é vendido como topázio são, na verdade, citrino. Isso explica o grande número de nomes comerciais enganadores dados ao quartzo amarelo: topázio da Boêmia, topázio de Salamanca, topázio Escocês, Topázio Hinjosa, topázio Madagascar, etc. No Brasil, já fo-ram muito usados os nomes topázio Rio Grande, topázio Bahia e topázio Palmeira, dos quais o primeiro pelo menos foi praticamente abandonado no Rio Grande do Sul, seu principal produtor.
 
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Esses nomes podem enganar o consumidor duplamente: primeiro por ser tratar de citrino e não de topázio; segundo porque muitas vezes a cor desse citrino foi obtida artificialmente, por tratamento térmico de ametista.
O quartzo amarelo assim obtido é muito apreciado e responde por boa parcela das exportações de gemas gaúchas. Mas, não se trata de nenhuma fraude, desde que ele seja vendido pelo que é, citrino e não topázio.
 
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Mas, como distinguir citrino de topázio imperial?
Se forem gemas brutas, a distinção não é difícil, bastando verificar a dureza (maior no topázio), clivagem (ausente no citrino) e morfologia dos cristais, por exemplo. Mas, se forem lapidadas, fica bem mais difícil e é preciso recorrer a equipamento gemológico que permita determinar propriedades como o índice de refração e a densidade (ambos mais altos no topázio).
 
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A água-marinha e o topázio azul também podem ser confundidos. Mas, neste caso o topázio é que é a gema menos valiosa e são raros os nomes enganadores, tipo água-marinha Nerchinsk (topázio azul).
 
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Uma gema muito bonita, mas pouco conhecida é o dioptásio.

Uma gema muito bonita, mas pouco conhecida é o dioptásio.
É um silicato hidratado de cobre – Cu6 Si6O18.6H2O – que geralmente forma cristais verdes, pequenos, prismáticos ou romboédricos, transparentes, de brilho vítreo a sub-adamantino.
É um mineral raro, transparente, que se assemelha à esmeralda. Ocorre na zona superficial dos veios de cobre, junto com calcita, malaquita, crisocola e outros minerais, principalmente em regiões desérticas.
É encontrado na Rússia (Sibéria), Chile, República Democrática do Congo, Cazaquistão, EUA e Namíbia. Deste último país vêm os melhores espécimens.
Por sua semelhança com a esmeralda, é também conhecido por esmeralda-do-congo e esmeraldina.
Joias com dioptásio não devem ser limpas com ultrassom, pois é uma gema bastante frágil.
 
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DRUSA DE DIOPTÁSIO 
 
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CRISTAIS DE DIOPTÁSIO
 
 
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DIOPTÁSIO DO KAZAKISTÃO

Os diamantes na Antártida

Um tipo de pedra, que muitas vezes pode conter diamantes, foi encontrado na Antártida sugerindo a existência de uma vasta riqueza mineral no continente gelado. Cientistas australianos, da Australian National University, em Canberra, acreditam na existência de diamantes na região, pois foram descobertos kimberlitos no Mount Meredith, no leste da Antártida. O kimberlito é uma rocha rara que pode conter diamantes. O seu nome é uma homenagem a cidade de Kimberley, localizada na África do Sul, região onde iniciou a corrida pelos diamantes, no fim do século XIX.
 
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Os diamantes são formados por carbono, sob intensa pressão e calor, em profundidades a cerca de 150 km abaixo da crosta terrestre. Eles chegam a superfície terrestre a partir de erupções vulcânicas, quase sempre acompanhados da rocha kimberlito. Portanto, a descoberta desta rocha pode ser evidência de significativos depósitos de diamantes no continente antártico. Mesmo assim, poucas são as vezes em que os kimberlitos vem acompanhados de diamantes.
 
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Mesmo que os diamantes sejam abundantes, a extração de recursos naturais no continente é proibida.  De acordo com o Tratado da Antártida, de 1959, o continente só pode ser explorado para fins pacíficos. Em 1991, o Tratado estabeleceu que a Antártida não pertenceria a nenhum país e que o direito de construir bases no continente tem a missão de avançar estudos científicos apenas. Na ocasião, os países signatários do Tratado decidiram prorrogá-lo até 2041, isto é, por mais cinqüenta anos. Até então, a Antártida será um patrimônio da humanidade.

 

A água-marinha

A água-marinha é uma das diversas variedades de berilo, “irmã” da esmeralda, da morganita, do heliodoro, da bixbita e da goshenita, outras variedades daquele mineral.
Ela tem particular interesse para nós, brasileiros, porque é considerada a pedra preciosa mais típica do Brasil.
Sua cor, como bem diz o nome, é a cor da água do mar, variando do azul ao verde, em tons claros. Mas, quanto mais azul ela for mais valiosa será, razão pela qual deve ser lapidada com a orientação cristalográfica correta, caso contrário ficará esverdeada.
O Museu Americano de História Natural, de Nova Iorque, possui um cristal de água-marinha no estado bruto, procedente do Brasil, com cerca de 15 cm de altura, que mostra uma cor azul belíssima.
O berilo é um silicato de berílio e alumínio de variadas aplicações industriais. A variedade água-marinha forma-se quando pequena quantidade de ferro entra como impureza na estrutura cristalina do mineral.
Essa gema pode ser encontrada em cristais muito grandes, com mais de 100 kg. Ficaram famosas várias águas-marinhas encontradas no Brasil, como a Marta Rocha, achada em 1955 e que tinha 33,9 kg; a Lúcia, encontrada no mesmo ano, com 61 kg, e a Cachacinha, um pouco maior, de 65 kg. Mas, em tamanho, elas ficaram muito aquém de outra, encontrada em Marambaia (MG), que pesou 111 kg,medindo 45 cm x 38 cm.
No Brasil, Minas Gerais é o estado que mais produz esse gema.
Ao contrário da esmeralda, que praticamente não fornece gemas límpidas, a água-marinha pode ser encontrada em cristais grandes e sem inclusões.


Ela pode ser confundida com várias outras gemas, principalmente o topázio azul, mas é menos densa que este (flutua no bromofórmio, enquanto o topázio afunda).
Segundo o gemólogo Maurício Favacho, mais de 90% das águas-marinhas existentes hoje no mercado internacional são berilos que passaram por tratamento térmico (aquecimento) para mudar a cor. As gemas que já