quinta-feira, 1 de maio de 2014

Chineses entram na corrida para explorar o leito marinho

Chineses entram na corrida para explorar o leito marinho
A China assinou hoje, em Pequim, um contrato de 15 anos para a exploração do leito marinho com a International Seabed Authority  .
A entidade chinesa que irá conduzir os trabalhos em uma área de 3.000 quilômetros quadrados é a China Ocean Mineral Resources Research and Development Association .
Segundo o contrato a empresa detentora deverá reduzir a área, após dez anos, para um terço da inicial. É o primeiro contrato com um país e permite à China a exploração de nódulos polimetálicos, sulfetos polimetálicos e crostas de ferromanganês e cobalto.

China: a “bolha do ferro” prestes a estourar

China: a “bolha do ferro” prestes a estourar
Antigamente minério de ferro em pátio portuário era minério a caminho do forno. Isso mudou. Hoje, a maioria das siderúrgicas chinesas estão usando o minério para alavancar posições e financiamentos junto aos bancos. Tudo muito parecido com o que ocorreu, recentemente, nas crises ocidentais que penalizaram o mundo.
É a bolha do ferro chinês.
Tudo estaria razoavelmente bem se essa bolha não estivesse prestes a explodir como parece estar.
Enquanto os preços caíram 17% em 2014 os estoques não param de subir atingindo o máximo histórico em 25 de abril: 109,55 milhões de toneladas.
Se os bancos cobrarem os empréstimos só restará às siderúrgicas que contraíram estes, vender os estoques a preço de mercado (baixo) para saldar as dívidas. Essa situação poderá criar, artificialmente, um colapso dos preços do minério de ferro o que levará à falência várias empresas na China e, por conseguinte, no resto do mundo.
Quem diria que ouviríamos as palavras alavancagem e bolha, geralmente vinculadas ao sistema capitalista moderno ocidental, associadas à novíssima economia chinesa...antes sóbria, esclerosada e comunista.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

GARIMPOS

Definição

Garimpos são explorações manuais ou no máximo semi-mecanizadas de substâncias minerais valiosas, como ouro, diamantes, cassiterita, tantalita-columbita,ametista e outros tipos de minérios.(Amaral, 2010)
Esta exploração de minérios, geralmente valiosos, por meios mecânicos, pneumáticos, manuais e/ou animais, é muitas vezes feita sem nenhum planejamento e com a utilização de técnicas consideradas predatórias ao meio ambiente. A atividade do garimpo pode ser desenvolvida a céu aberto nos aluviões ou rochas mineralizadas aflorantes, ou ainda em galerias escavadas na rocha. Se não for refeito o meio ambiente o garimpo é uma atividade predatória ao meio.

Desvio de rio provocado por garimpo ilegal
O maior problema da atividade garimpeira na extração de ouro, é a utilização do mercúrio para possibilitar a amálgama com o ouro, de forma a recuperá-lo nas calhas de lavação do minério. Tanto o mercúrio metálico perdido durante o processo de amalgamação, como o mercúrio vaporizado durante a queima da amálgama, para a separação do ouro são altamente prejudiciais à vida. Alguns insetos metabolizam o mercúrio metálico em dimetilmercúrio, o qual é altamente tóxico para os seres vivos.Como esses insetos fazem parte da cadeia alimentar, o mercúrio orgânico acaba por ser ingerido pelo ser humano. O mercúrio vaporizado, ao ser inalado também é altamente tóxico. As maiores seqüelas pela intoxicação por mercúrio se dão no sistema nervoso, podendo levar à perda da coordenação motora, e se ingerido ou inalado por grávidas, haverá a possibilidade de geração de fetos deformados, sem cérebro, etc.
O garimpo é uma atividade de extração mineral existente já há muito tempo no mundo. Os primeiros sinais dessa atividade datam do século XV, com os europeus que partiam em busca de novas terras para conquistar suas riquezas minerais. No Brasil, os garimpos começaram a despontar com maior destaque no século XVIII, com as campanhas em busca de ouro e diamantes no estado de Minas Gerais.
Para melhor entendimento, o garimpo é uma forma de extrair riquezas minerais (pedras preciosas e semipreciosas são mais comuns) utilizando-se, na maioria das vezes, de poucos recursos, baixo investimento, equipamentos simples e ferramentas rústicas. Segundo a legislação brasileira vigente sobre mineração, a atividade garimpeira é considerada uma forma legal de extração de riquezas minerais desde que atenda a determinadas regras e obrigações. É facultado a qualquer brasileiro ou cooperativa de garimpeiros que esteja regularizado no Departamento Nacional de Produção Mineral órgão no país que controla e fiscaliza todas as atividades de mineração.

Definição Pública

O Código de Mineração, Decreto-Lei N° 227/67 em seu artigo 70, considera a garimpagem como:
"O trabalho individual de quem utiliza instrumentos rudimentares, aparelhos manuais ou máquinas simples e portáteis, na extração de pedras preciosas, semipreciosas e minerais metálicos ou não metálicos, valiosos, em depósitos de eluvião ou aluvião, nos álveos de cursos d'água ou nas margens reservadas, bem como nos depósitos secundários ou chapadas (grupiaras), vertentes e altos de morros, depósitos esses genericamente denominados garimpos".

Origem do nome


Monumento aos garimpeiros em Boa Vista (Roraima)
A denominação - garimpeiro - veio de um vocábulo pejorativo - Grimpeiro.
Os grimpeiros subiam as grimpas no passado, fugindo ao fisco. Eram os grimpeiros, mais tarde garimpeiros. O nome hoje não tem mais o sentido pejorativo. É o nome de homens arrojados que lutam na extração de pedras preciosas, ou de ouro, nos terrenos de aluvião ou quebrando cascalhos para a busca de metais preciosos.
O garimpeiro muda a fisionomia da paisagem em que trabalha, por causa dos desmontes. A técnica extrativa ainda é muito primária. Muitos garimpeiros são explorados. Pagam taxas altas. Quando não tem ferramentas nem capital recorrem ao meia-praça, pessoa que financia e fica com 50% do que é encontrado. Existe também o sistema de sujeição: picuá-preso, a pessoa que faz o empréstimo tem o direito da "primeira vista", de escolher o que quiser e pagar o preço que impuser.
Faiscação: é o termo usado na procura de ouro nos cursos d'água ou nas areias que faiscam à luz do sol, nos bicames (calhas) de madeira, que trazem na água as areias auríferas para os decantadores.
Os instrumentos usados são: batéias, pás, bicames, peneiras, canoas pequenas, agitadores, etc.

Você sabia que a China importou 3,2 milhões de toneladas de cobre metálico em 2013?

Você sabia que a China importou 3,2 milhões de toneladas de cobre metálico em 2013?
A China é a maior importadora de cobre do mundo. Em 2013 ela importou:
• 3,2 milhões de toneladas de cobre metálico
• 10,1 milhões de toneladas de minérios e concentrados de cobre
No mesmo ano, o consumo total chinês foi de 9,83 milhões de toneladas de cobre, o que corresponde a 47% da demanda global.

Ou seja, a China consome praticamente 50% de todo o cobre mundial.

Pois essa gigante está, agora, finalizando a compra da mina peruana de Las Bambas, pela bagatela de US$5,85 bilhões. A aquisição de Las Bambas faz parte da nova estratégia chinesa de comprar ativos no exterior reduzindo os seus custos e dependências. Somente a produção anual de Las Bambas corresponde 12,5% da chinesa, em 2013.
Apesar de ter recebido US$3,5 bilhões em investimentos Las Bambas consumirá um mínimo de US$2,4 bilhões adicionais. É claro que esse pequeno detalhe não é considerado um empecilho à estratégia de longo prazo chinesa.

Nautilus mais próxima da primeira lavra de cobre submarina

Nautilus  mais próxima da primeira lavra de cobre submarina 
A junior canadense Nautilus Minerals finalizou um contrato com o Governo de Papua Nova Guiné que permite a lavra submarina de depósitos de cobre e ouro no leito marinho. A operação irá ocorrer a 1.500m e está sendo planejada nos últimos 24 anos. Somente agora, com o acordo selado é que o projeto entrará na fase final. A Nautils espera iniciar em menos de 5 anos.
O Governo de Nova Guiné irá contribuir com US$120 milhões o que lhe garantirá 15% do empreendimento.
   A mineralização do projeto Solwara-1 será lavrada por uma escavadeira submarina robótica, controlada por um navio. A máquina já está construída e irá retirar somente a camada superior do leito marinho onde foi depositada uma lama metalífera de alto teor de cobre e ouro expelida de fumarolas vulcânicas submarinas (veja o diagrama). O interessante é que a lama continuará a ser depositada durante a lavra o que permitirá o retorno da operação após uma nova acumulação econômica de minério.
A lavra do leito do mar ainda está na fase inicial e, até hoje, somente 19 licenças foram emitidas pelo organismo responsável a International Seabed Authority.