terça-feira, 6 de maio de 2014

Diamante: plantas com baixa recuperação, a alegria dos mineradores mais eficientes

Diamante: plantas com baixa recuperação, a alegria dos mineradores mais eficientes
A mineração de diamantes pode ser cruel. Nela a falta de qualidade de alguns, enche os cofres de outros. A baixa recuperação de diamantes de algumas plantas antigas transferiu grandes fortunas dos kimberlitos para os rejeitos...
É o que está ocorrendo na África do Sul onde a mineradora Mwana Africa está tendo um sucesso superlativo reprocessando os rejeitos de minas como a Marsfontein. Essa mina é uma operação a céu aberto sobre um kimberlito de alto teor, nas proximidades de Mokopane.
A Mwana aproveitou os defeitos da planta da Marsfontein e já recuperou 12.383 quilates somente no primeiro trimestre de 2014.
A mesma situação está sendo reportada na mina de Klipspringer onde a Mwana está trabalhando rejeitos com 0,77 quilates por tonelada: um teor muito elevado para um rejeito.
Erro de uns alegria de outros...

Você conhece a labradorita?


Você conhece a labradorita?
Esse mineral extraordinário (foto) de cores fortes, azuladas, esverdeadas e amareladas é chamado labradorita.
Tecnicamente falando a labradorita é uma variedade de feldspato, um plagioclásio, um dos minerais mais comuns na Terra. No entanto, essa variedade, que ocorre, principalmente, em rochas ígneas máficas como os gabros e anortositos é rara e pode ser muito preciosa.
O que faz da labradorita um mineral único e precioso é a forma como a luz é refletida dentro do mineral retornando aos nossos olhos as cores vívidas que a tornam extraordinária.
É o efeito iridescência também chamado de labradorescência, causado pela luz refletida nas geminações internas do mineral. Na foto menor as geminações, ou maclas, são realçadas dando à labradorita um aspecto bandado.

macla labradorita
Como o nome indica as primeiras labradoritas foram descobertas em 1770 na região do Labrador, na Ilha de Paul, no Canadá. Labradoritas espetaculares, que são denominadas espectrolitas, estão sendo produzidas, também, na Finlândia, Madagascar e Rússia.
O mineral é muito procurado por joalheiros, colecionadores e por pessoas em busca do seu poder metafísico, que segundo se fala, aumenta a autoconfiança, perseverança e a intuição.
Na joalheria a labradorita é cortada e polida, geralmente em cabochons. A sua dureza 6,5 na escala de Mohs indica que é uma pedra que exige cuidado para não ser arranhada ou fraturada.

Alguns anortositos apresentam o efeito da labradorescência disseminado na rocha e estão sendo lavrados em grande escala. Eles estão recebendo o nome de granito azul ou granito a labradorita e, quando usado na fachada de prédios criam um efeito de rara beleza.
E no Brasil? Será que os nossos anortositos tem inclusões de labradoritas que nós ainda desconhecemos?
Pense nisso.

Vale: depois de cinco anos de disputa projeto Carnalita poderá entrar em produção



A briga entre duas cidades do Sergipe, literalmente paralisou o maior projeto do Brasil de cloreto de potássio: o Projeto Carnalita.
Carnalita tem reservas de 4,7 bilhões de toneladas de cloreto de potássio, um sal utilizado como adubo, fundamental na agricultura. O potássio do Brasil é quase todo importado e somente 8% é proveniente da produção interna.
Carnalita deverá receber R$4 bilhões em investimentos.
O motivo da briga entre as duas cidades, Capela e Japaratuba é, como o leitor deve ter adivinhado, a divisão do ICMS e dos impostos que totalizarão mais de R$100 milhões por ano.
Japaratuba foi escolhida pela Vale para sediar o processamento, mas a vizinha Capela tem, no seu subsolo a maioria dos recursos de Carnalita. Esta disputa, que durou 5 anos, foi, finalmente solucionada com uma decisão salomônica:  R$30 milhões para Capela que tem a maior parte das jazidas e R$5 milhões para Japaratuba.
Estes valores deverão aumentar assim que o novo CEFEM for aprovado juntamente com o novo código mineral. Agora é só receber as licenças e o projeto poderá se desenvolver a pleno vapor. Carnalita será o maior investimento do Estado de Sergipe e deverá empregar mais de 10.000 pessoas nos próximos anos. Os moradores das duas cidades já estão se cadastrando para ocupar parte das vagas.

Minério de ferro à venda pela internet

Minério de ferro à venda pela internet
No dia 12 de maio o Departamento de Minas e Geologia de Goa, na Índia, irá leiloar via internet, 600.000 toneladas de minério de ferro. Os leilões eletrônicos são feitos com a supervisão da Suprema Corte.
Em 2014, já foram leiloados 1,62 milhões de toneladas em dois leilões eletrônicos.
O minério está no pátio das empresas autuadas e em portos diversos e faz parte de um total de 15 milhões de toneladas confiscadas em Goa.
A lavra de minério de ferro em Goa e Karnataka estava proibida, graças à baixa qualidade do minério de ferro. A proibição deixou de existir em 21 de abril, quando a Suprema Corte permitiu, novamente, a garimpagem, contanto que a produção anual não exceda 20 milhões de toneladas.
O dinheiro a ser arrecadado no leilão irá pagar 50% dos salários dos trabalhadores demitidos desde que as operações foram suspensas.

Chineses vão às compras: Baosteel faz oferta hostil de US$1 bilhão pela Aquila Resources

Chineses vão às compras: Baosteel faz oferta hostil de US$1 bilhão pela Aquila Resources
Após o Governo Chinês ter decidido que a estratégia atual é adquirir, pelo menos, 50% do que a China produz de minério de ferro, os grandes grupos chineses saíram às compras. Como o minério chinês é de baixo teor e elevado custo é muito pouco provável que esse plano venha a ocorrer com as minas do gigante asiático.
É por isso que o grupo liderado pela Ansteel já está avaliando possibilidades de compra no exterior.
No entanto, quem larga na frente é a gigante da siderurgia chinesa a Baosteel que, junto com parceira Australiana, já fez a primeira oferta pela Aquila resources. Trata-se de uma compra hostil, pois a Baosteel já tem uma participação de 20% na Áquila.
O interesse da Baosteel não são só os projetos de carvão da Áquila, de 959 Mt, mas o seu mega projeto de minério de ferro West Pilbara, com recursos Jorc de 2,2 bilhões de toneladas. West Pilbara deverá exportar 30 milhões de toneladas por ano de minério fino (57% Fe) sem valor agregado. O CAPEX inclui uma ferrovia e um porto.