domingo, 15 de junho de 2014

Diamantes na cauda do Escorpião

Diamantes na cauda do Escorpião


Diamantes na cauda do Escorpião
O brilhante aglomerado estelar Messier 7, também conhecido por NGC 6475. Facilmente observado a olho nu próximo da cauda da constelação do Escorpião, este objeto é um dos aglomerados abertos mais proeminentes do céu e um importante alvo de investigação.[Imagem: ESO]
Aglomerados abertos
Uma nova imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, mostra o brilhante aglomerado estelar Messier 7.
Facilmente observado a olho nu, próximo da cauda da constelação do Escorpião, este objeto é um dos aglomerados abertos mais proeminentes do céu, o que o torna um alvo importante da investigação astronômica.
Também conhecido por NGC 6475, Messier 7 é um aglomerado brilhante com cerca de 100 estrelas, situado a aproximadamente 800 anos-luz de distância da Terra.
Nesta nova imagem, o objeto aparece sobre um fundo de centenas de milhares de estrelas mais tênues, situadas na direção do centro da Via Láctea.
Com cerca de 200 milhões de anos de idade, Messier 7 é um aglomerado aberto típico de meia-idade, com uma dimensão de cerca de 25 anos-luz. À medida que envelhecem, as estrelas mais brilhantes da imagem - uma população que vai até um décimo do número total de estrelas no aglomerado - explodirão de forma violenta como supernovas.
E, num futuro ainda mais distante, as estrelas mais tênues restantes, que são muito mais numerosas, irão afastar-se lentamente umas das outras, até não serem mais reconhecidas como fazendo parte de um aglomerado.
Os aglomerados abertos como Messier 7 são grupos de estrelas que nascem quase todas ao mesmo tempo e no mesmo lugar, a partir de enormes nuvens cósmicas de gás e poeira na sua galáxia hospedeira.
Estes grupos de estrelas têm bastante interesse para os astrônomos porque todas as estrelas aí presentes têm aproximadamente a mesma idade e composição química, o que as torna indispensáveis em estudos da estrutura e da evolução estelar.
Poeira perdida
Um aspecto interessante na imagem é que, embora densamente povoado por estrelas, o fundo não é uniforme e está claramente marcado por poeira. Muito provavelmente este fato deve-se a um alinhamento, por mero acaso, entre o aglomerado e as nuvens de poeira.
Apesar de ser bastante tentador supor que estas zonas escuras são os restos da nuvem a partir da qual o aglomerado se formou, na realidade a Via Láctea já deve ter feito praticamente uma rotação completa durante a vida deste aglomerado estelar, com a inevitável reorganização de estrelas e da poeira que resultou.
Por isso, a poeira e gás a partir dos quais Messier 7 se formou, e o aglomerado estelar propriamente dito, terão já tomado caminhos diferentes há muito tempo.
O matemático e astrônomo Claudio Ptolomeu foi o primeiro a referir-se a este aglomerado, no ano 130 AD, descrevendo o objeto como "uma nebulosa que segue o ferrão do Escorpião", uma descrição exata já que, a olho nu, o aglomerado parece uma mancha luminosa difusa sobre o fundo brilhante da Via Láctea.
Em sua honra, Messier 7 é às vezes designado por aglomerado de Ptolomeu. Em 1764 Charles Messier inclui-o como sétima entrada no seu catálogo.
Mais tarde, no século XIX, John Herschel descreveu a aparência deste objeto visto através de um telescópio como "um aglomerado de estrelas disperso", o que o sumariza com perfeição.

Concreto nobre é usado para fazer joias

Concreto nobre é usado para fazer joias


Concreto nobre é usado para fazer joias
As primeiras bijuterias com o concreto nobre são resultado de uma mescla de cimento com paládio.
Joias de concreto
Assim como existem os metais nobres, agora existe também o concreto nobre.
Mesmo ambos sendo metais, o ferro é usado na construção civil e o ouro em joias - e, infelizmente, se o metal nasce ferro não dá para transformá-lo em ouro.
No caso do concreto, porém, isso parece ser possível - com um pouco de cuidado, ele pode ir da construção civil para o joalheiro.
Johannes Kirnbauer e seus colegas da Universidade  de Viena, na Áustria, desenvolveram um concreto especial que pode ter diferentes propriedades físicas, dependendo da mistura.
O inesperado é que, na composição correta, e devidamente trabalhado e polido, ele adquire uma aparência digna de uma joia.
Para ser usado em joalheira, a composição do concreto deve atender ainda às exigências para sua adequada incorporação com os metais e ligas nobres, como o paládio, usado nos protótipos.
"O grande desafio que enfrentamos foi obter a viscosidade correta do concreto," comentou Kirnbauer. "Ele precisa ter uma viscosidade suficientemente baixa para fluir bem, mas também viscoso o suficiente para garantir que uma camada suficientemente sólida grude no anel."
Para isso, o concreto nobre não pode ser fornecido diretamente das caçambas giratórias de caminhões, ele precisou ser aplicado por aspersão sobre o metal, em camadas sucessivas.
Depois, é só entregar para o joalheiro para que ele faça o polimento final.
"Muitas pessoas pensam que uma joia de concreto deve ser muito pesada, mas na verdade é justamente o oposto," disse Thomas Hauser, o joalheiro que criou as primeiras peças artísticas com o concreto nobre.
O concreto pesa cerca de 2,3 gramas por centímetro cúbico - o mesmo volume de ouro pesa mais de sete vezes mais.

Descoberto um novo tipo de planeta: uma "mega-Terra"

Descoberto um novo tipo de planeta: uma "mega-Terra"


Astrônomos encontram um novo tipo de planeta: uma
O exoplaneta Kepler-10c - uma "mega-Terra" - em uma concepção artística. À distância, seu irmão anteriormente identificado, um planeta de lava chamado Kepler-10b
Mega-Terra
Astrônomos anunciaram a descoberta de um novo tipo de planeta, um exoplaneta rochoso pesando 17 vezes mais do que a Terra.
Eles acreditavam que seria impossível a formação de um planeta como esse porque qualquer coisa que começasse a se tornar tão pesado deveria capturar o gás hidrogênio conforme crescia e se tornar um gigante gasoso, como Júpiter.
Contudo, o novo planeta é bem sólido e muito maior do que as "super-Terras" anteriormente descobertas, inaugurando a nova classe das "mega-Terras".
A mega-Terra, chamada Kepler-10c, circunda uma estrela similar ao Sol uma vez a cada 45 dias, muito aquém da zona habitável.
O exoplaneta está localizado a cerca de 560 anos-luz da Terra, na constelação do Dragão.
O sistema também contém um planeta de lava, o Kepler-10b, com a mesma massa da Terra, mas ainda mais tórrido, orbitando a estrela uma vez a cada 20 horas.
A mega-Terra Kepler-10c tem um diâmetro de cerca de 29.000 km - 2,3 vezes maior do que a Terra - e há indícios de que o exoplaneta possua uma densa atmosfera gasosa.
Mais mega-Terras
O astrônomo Lars Buchhave, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, a mesma instituição da equipe que descobriu a mega-Terra, calculou que há uma correlação entre o período de um planeta - o tempo que ele leva para orbitar sua estrela - e o tamanho em que um planeta passa de rochoso para gasoso.
Isto sugere que mais mega-Terras serão encontradas conforme os caçadores de planetas estendam suas buscas para órbitas de pe

Petróleo e cobre estão longe de se esgotar, admitem cientistas

Petróleo e cobre estão longe de se esgotar, admitem cientistas


Pico do petróleo
Procure em qualquer livro-texto sobre o assunto, editado nos últimos 40 anos, e você encontrará referências ao famoso "pico da produção de petróleo".
A chamada "Teoria do Pico do Petróleo" parte do princípio de que, sendo um recurso não-renovável, sua exploração contínua chegaria a um valor máximo, quando então as reservas começariam a se esgotar e a produção começaria a diminuir.
Gráficos e previsões foram feitos à exaustão, afirmando que o começo do fim da era do petróleo estava para chegar a qualquer momento - todos falharam.
Nas últimas décadas, vários pesquisadores começaram a duvidar da teoria - afinal, uma teoria precisa produzir previsões verificáveis e corretas, o que não tem sido o caso do pico do petróleo.
Por irem contra a corrente, esses pesquisadores foram mantidos à margem da academia, considerados verdadeiros hereges - algo como um físico que duvide do Big Bang ou um ambientalista que duvide do aquecimento global.
Agora, os dados começaram a incomodar muito, e a teoria do começo do fim do petróleo parece ter chegado ao começo do seu próprio fim.
Pesquisadores das universidades de Stanford e Santa Cruz, ambas nos Estados Unidos, afirmam que a teoria está vindo abaixo porque se rompeu a histórica conexão entre crescimento econômico e uso de petróleo.
Os argumentos listados por eles incluem mudanças no padrão de consumo dos países ricos, maior eficiência dos equipamentos que consomem derivados de petróleo, combustíveis alternativos e aumento da urbanização.
Argumentos estranhos ante a explosão de vendas de automóveis em países como China, Brasil e Índia, além de vários outros em desenvolvimento, e o aumento da população mundial desde o início da exploração do petróleo.
Ou seja, os pesquisadores não dizem que a teoria estava errada, eles argumentam que ela deixou de ser válida - sem ter feito nenhuma previsão correta.
Pico do cobre
Outro alvo de preocupações similares era o cobre, que poderia acabar a qualquer momento, segundo os catastrofistas sempre a postos, devido à explosão de seu uso em eletricidade e eletrônica.
Uma equipe da Universidade Monash, na Austrália, colocou tudo na ponta do lápis e verificou que as reservas atuais de cobre poderão suprir as necessidades mundiais do metal por pelo menos um século.
Adicionando-se as minas que vão sendo descobertas ao longo do tempo, não há qualquer motivo de preocupação, afirmam eles.
"Embora nossas estimativas sejam muito maiores do que qualquer dado disponível anteriormente, elas representam um mínimo - na verdade, os números em alguns projetos de mineração já duplicaram, ou até mais do que isso, desde que terminamos nosso banco de dados," disse o Dr. Simon Jowitt, um dos autores do estudo.
Segundo os pesquisadores, o quadro geral da mineração é muito mais complexo do que parece, tornando sem validade alegações simplistas do tipo "restam x anos de suprimento" deste ou daquele bem mineral.
Eles planejam agora criar bancos de dados semelhantes para outros metais, como níquel, urânio, terras raras, cobalto e outros, a fim de pintar um quadro abrangente e mais preciso da disponibilidade de minerais em todo o mundo.

Quanto ouro existe no mundo?

Quanto ouro existe no mundo?


Quanto ouro existe no mundo?
Quanto ao ouro embaixo da terra, as estimativas são ainda mais difíceis de fazer.
Caixa forte
Se um supervilão quisesse roubar todo o estoque de ouro do mundo, escondê-lo não seria tão difícil como se poderia supor.
Cálculos anteriores, como o citado recentemente pelo megainvestidor americano Warren Buffet, sugerem que o ouro no mundo poderia caber em uma sala de 20 m de cada lado.
Os cálculos obviamente não consideram o ouro ainda embaixo da terra, mas apenas o que foi explorado e hoje está fundido em barras, em joias ou cobrindo antigos monumentos mundo afora.
Buffet não mencionou qual seria a altura do tal cubo dourado, mas os números da pesquisa anual sobre ouro da consultoria Thomson Reuters nos dão uma estimativa mais precisa.
Seriam 171,3 mil toneladas de ouro no mundo - ou seja, caberiam em uma sala quadrada com paredes de 20,7 metros de comprimento e 9,8 metros de altura.
Pouco ouro
Mas este está longe de ser um número definitivo: as estimativas sobre quanto ouro já foi explorado variam bastante, vão de 155 mil toneladas a 2,5 milhões de toneladas.
Os números são conflitantes porque o ouro vem sendo explorado há cerca de 6 mil anos, diz o historiador Timothy Green.
As primeiras moedas de ouro foram cunhadas em 550 A.C. pelo rei Creso, da Lídia, que ficava no que é hoje o sul da Turquia. Não demorou muito para que elas fossem aceitas por mercadores do Mediterrâneo.
A Thomson Reuters calcula que até 1492, ano em que Colombo aportou na América, cerca de 12,8 mil toneladas de ouro já haviam sido extraídas.
O investidor James Turk, especialista na comercialização de ouro, diz que os números são superestimados.
Ele diz que até a Idade Média as técnicas de mineração eram muito primitivas e calcula em 297 toneladas o montante explorado até a viagem de Colombo.
Turk, fundador da Gold Money, empresa que comercializa o metal, estima que haja hoje no mundo 155,2 mil toneladas - 10% a menos do que o calculado pela Thompson Reuters, uma diferença que vale US$ 950 bilhões.
Muito ouro
Jan Skoyles, da Real Asset Company discorda e diz que os números são subestimados.
"Só na tumba de Tutancâmon, o seu esquife pesa 1,5 tonelada de ouro. Imagine então o ouro de outras tumbas que foram saqueadas", argumenta. Moeda de ouro. BBC
O ouro tornou-se rapidamente a principal moeda de troca durante a Antiguidade
Skoyles diz ainda que os cálculos totais são equivocados e diz que a China, por exemplo, nunca deixou claro quanto de ouro possui.
Em países como a Colômbia, "há muita mineração ilegal", diz.
O Gold Standard Institute, por sua vez, fala em 2,5 milhões de toneladas. Mas a instituição reconhece que os cálculos se baseiam em indícios frágeis e são de alguma forma especulativos.
Quanto ao ouro embaixo da terra, as estimativas são ainda mais difíceis de fazer.
Mas o Serviço Geológico dos Estados Unidos se arrisca com uma cifra bem precisa, de cerca de 52 mil toneladas de ouro ainda por serem exploradas.
Reciclagem do ouro
Até hoje, a maior parte do ouro já extraído da terra vem sendo reciclado - peças fundidas e ganhando novo uso.
"Todo o ouro já extraído ainda existe. Isso significa que se você tem um relógio de ouro, parte desse ouro pode ter sido extraído pelos romanos há 2 mil anos", diz James Turk.
Mas não será assim no futuro. Hoje parte do ouro explorado vai para a indústria de tecnologia, usado em circuitos e chips.
Segundo o Serviço Geológica da Grã-Bretanha, essa demanda representa 12% da atual produção mundial.
Como são quantidades muito pequenas usadas em cada equipamento, esse ouro já não será reciclado. Ou seja, pela primeira vez na história estamos "consumindo" e não apenas usando e estocando o ouro.