Você conhece esta feição topográfica?
Quem vê essa topografia repleta de pequenos lagos, logo imagina que se
trata de uma região de calcários com topografia tipo karst.
Se
foi essa a sua impressão, não ficou tão longe da realidade. A rocha do
subsolo é, realmente, um calcário. No entanto a topografia é moderna e
está sendo estudada como um fenômeno recente denominado “bombturbation”.
Isso mesmo essa região foi devastada durante a primeira guerra mundial
sofrendo intensos bombardeios que penetraram no solo e simplesmente
destruíram a geologia original. As bombas caíram na região de Verdun, na
França em ambas as guerras mundiais. Foram milhares delas, muitas do
tipo que penetrava no subsolo destruindo as estruturas e texturas das
rochas subjacentes.
O resultado é uma região cheia de cicatrizes onde o solo teve um desenvolvimento anômalo.
Os geógrafos e geólogos estão propondo novos nomes para a topografia e para a erosão que se sucedeu.
Regiões similares ocorrem em vários lugares do mundo como o Vietnã onde
os americanos “despejaram” 14 milhões de toneladas de bombas...
Com
as bombas vieram as crateras onde a matéria orgânica foi decomposta por
ação das bactérias que destruiu, mais ainda, as estruturas das rochas
remanescentes aumentando exponencialmente os processos erosivos.
É o homem afetando geologia e o meio ambiente...
Brazil Minerals vai lapidar seus diamantes no Brasil
A mineradora americana Brazil Minerals Inc. informa que construiu uma
área de lapidação e polimento para os seus diamantes produzidos pela
subsidiária Mineração Duas Barrras.
Com esse processamento a empresa espera adicionar valor aos diamantes
antes destes serem vendidos. O fator multiplicador pode chegar até 10
vezes.
A empresa integrará a mineração de ouro e diamantes até a produção e
comercialização de pedras lapidadas, mantendo internamente, toda a
margem de lucro que antes era dos intermediários.
Os diamantes estão sendo produzidos em um jazimento aluvionar com 2,7
milhões de metros cúbicos com 0,16 quilates por metro cúbico e 0,182g/m3
de ouro.
Minério de ferro: preços baixos são comemorados por indianos
Existem, sempre, vários ângulos em um mesmo problema.
Enquanto mineradores do mundo inteiro choram a queda dos preços do
minério de ferro e começam a fechar as suas minas, na Índia, muitos
celebram o mesmo fato.
É que, com os preços baixos do mercado internacional, não será viável
aos importadores, as siderúrgicas, importar minério estrangeiro como
vinham fazendo. Agora ficou mais fácil e barato comprar o minério local.
A região de Odisha, que produz anualmente 135 milhões de toneladas de
minério de ferro tornou-se, consequentemente, muito atrativa.
O minério de ferro de Odisha, com 62%Fe, é vendido na boca da mina, por US$41,5/t.
Mesmo depois de somados os royalties, impostos, taxas e custos de
transporte até a planta a tonelada não passará de US$74,80, o que dá uma
grande margem ao comprador quando comparada ao minério importado.
Bons para uns...
Esta situação particular da Índia causa um reflexo interessante no
mercado internacional. Serão retirados, deste mercado, um mínimo de 135
milhões de toneladas ou o equivalente a produção anual de dez grandes
minas o que vai desequilibrar mais uma vez as relações de oferta e
procura.
Centaurus Metals não consegue financiamento e ações despencam
As ações da australiana Centaurus Metals já
despencaram 75% desde novembro de 2013.
Mais recentemente elas entraram em queda livre (veja o gráfico), quando a
mineradora não conseguiu nenhum comprador para o minério de ferro do
seu principal projeto: Jambreiro.
Sem um contrato de offtake, onde o comprador paga adiantado, a mineradora não tem como se financiar no curto prazo.
O principal projeto da Centaurus no Brasil, Jambreiro, é um projeto de
pequeno porte, com reservas de apenas 116.5Mt com teor de ferro bastante
baixo, em torno de 26%. Apesar de existirem soluções econômicas como o
minério friável e zonas de mais alto teor, o que falta em Jambreiro é,
simplesmente, tamanho.
É um projeto tão pequeno, em um universo de bilhões de toneladas, que
não atrai nenhum dos grandes players de bolsos profundos e enorme
apetite...
Onça Puma sob ataque
Desde quinta-feira a mina de níquel da Vale, Onça
Puma, está cercada pelos índios da etnia Xikrin. São mais de 400 índios
que já restringiram, na semana passada, a liberdade de 50 funcionários
da mineradora. A Vale informou que seus funcionários foram feitos
reféns por três dias. Os índios negam.
Hoje os índios ameaçaram colocar fogo nas instalações da mina,
localizada no Município de Ourilândia no Pará. Eles querem que a Vale
cumpra os compromissos assumidos no passado que se referem à compensação
por impactos causados pela mineração com o repasse de recursos para as
comunidades indígenas afetadas.
O projeto Onça Puma é o maior depósito de níquel laterítico da Vale no Brasil e custou mais de US$2,3 bilhões.