domingo, 6 de julho de 2014

GARIMPEIROS INVADEM ÁREA DO GRUPO SADA EM CARBONITA-MG, ISSO É BRASIL!

GARIMPEIROS INVADEM ÁREA DO GRUPO SADA EM CARBONITA-MG, ISSO É BRASIL!

   Um grupo de cerca de 150 garimpeiros invadiram essa semana uma área de reserva ambiental da empresa SADA  em busca de um garimpo de CRISTAIS. O rico garimpo foi descoberto pela própria empresa, que quando foi criar uma cascalheira para retirar cascalho, acabou descobrindo as famosas pedras muito cobiçadas por garimpeiros da região, a cascalheira foi interditada imediatamente, mas a notícia se espalhou rapidamente pela região.
   A empresa reforçou a vigilância no local, com isso os garimpeiros começaram a trabalhar no local durante a noite, com isso a empresa chegou a contratar uma empresa de segurança de Montes Claros e fazer segurança armada no local 24 horas, mesmo assim não foi suficiente para segurar os garimpeiros, que invadiram o local essa semana com um grupo de 150 garimpeiros, número esse que vem crescendo a todo momento, hoje mais de duzentas pessoas se encontram trabalhando na area de preservação ambiental da empresa (SADA). Alguns garimpeiros ja chegara ma fazer no dia um montante de mais de R$100.000,00 ( Cem mil reais) com venda de pedras retiradas no local.
   O clima entre os garimpeiros é de tensão, pois temem uma represália por parte da empresa.Outra empresa que certamente está preocupada com tal situação é a Arcelor Mittal BioFlorestas, que faz divisa com a SADA na localidade, e a qualquer momento pode ter sua área de preservção invadida pelos garimpeiros, uma vez que ha boatos que o garimpo se estende até as suas áreas. Os garimpeiros disputam cada metro do local se espalhando aleatóriamente pela área.
   Dentro de uma semana o impacto pela procura dos cristais é surpreedente, cada centímetro da localidade é disputado entre eles, mas em meio a tanta gente, eles conseguem se organizar a tal ponto, de até o presente momento não ter constatado nenhuma evidência de conflito entre eles.










Top 10 pedras preciosas mais caras do mundo

Top 10 pedras preciosas mais caras do mundo



Algo que podemos verificar com bastante facilidade, é o fato de que há uma grande quantidade de pessoas que acabam por ter interesse em obter jóias, no entanto, acabam por não entender os seus valores que são bastante elevados, e é justamente por isto que iremos citar os valores e o nome das pedras preciosas mais caras do mundo para que assim você consiga entender os valores das jóias.
Grandes magnatas e sheiks pagam uma fortuna para ter pedras raras e, claro, ter a exclusividade de ter uma jóia com uma pedra de poucas quantidades descobertas no planeta. Os valores são inestimáveis para um mineral de proporções tão pequena. Confira:
10°

Jeremejevite

Jeremejevite pedra preciosa
A pedra preciosa que ficou em décimo lugar como a mais cara do mundo é a Jeremejevite sendo que a sua pronuncia correta seria Ye-Rem-ay-Ev ite e esta seria conhecida como uma pedra céu azul ou até mesmo incolor, sendo que possui uma alta qualidade e teria vindo da Namíbia. O seu preço médio é de 2000 dólares por quilate.

Opala Preto

opala preto
A nona pedra é a Opala Preto, sendo que esta teria vindo da Austrália, e é considero como o país clássico desta pedra, sendo o maior fornecedor, no entanto o seu preço médio é de aproximadamente U$ 2.355,00 dólares o quilate da pedra.

Esmeralda Beryl Red

Beryl Red Emerald
A oitava pedra mais cara do mundo seria a Esmeralda Beryl Red , sendo que se trata de um berilo vermelho, é encontrado principalmente na Faixa de Thomas nas montanhas de Utah, e o seu preço médio seria de aproximadamente U$10 mil por quilate. O valor é estimado por se tratar de uma pedra extraída de rochas vulcânicas sob baixa pressão e alta temperatura.

Musgravite

Pedra Musgravite
Já a sétima pedra seria a Musgravite, uma das pedras mais raras do mundo, pois se trata de um mineral de silicato sendo que a sua composição seria de berilo, magnésio e também alumínio, e o seu preço médio seria de aproximadamente 35 mil dólares por quilate.

Grandidierite

Pedra Grandidierite
A sexta pedra seria a Grandidierite, um mineral verde azulado que é encontrado principalmente em Madagascar, inicialmente seria confundida com um serendibite. A pedra possui um preço aproximado de U$50 mil por quilate da pedra.

Painite

Pedra Painite
A quinta pedra seria a Painite. Ela sempre foi considerada como o mineral mais raro da terra, mesmo com os avanços nas pesquisas de hoje, apenas três pequenos cristais foram encontrados até agora, porém, claro, sempre há a esperança de explorar e encontrar uma quantidade maior. A principal motivação é o preço médio é de aproximadamente U$50.000,00 a U$60.000,00 o quilate da pedra.

Garnet Azul

Garnet blue
O quarto lugar ficou reservado para a Garnet Azul, pedra valiosíssima que pode ser encontrada em diversas cores, no entanto, a mais rara de todas seria a azul, que foi descoberta em Madagascar, o seu preço médio de venda é de U$1.5 milhão o quilate. A pedra ficou conhecida após a venda de uma jóia de 4,2 quilates por U$6,8 milhões de dólares.

Serendibite

Pedra Serendibite
O terceiro lugar é da Serendibite, uma pedra na cor turquesa originaria do Sri Lanka, e a sua composição seria de cálcio, magnésio, alumínio, sílico e boro. Foram encontrados apenas 3 cortes da raridade até os dias atuais, e claro, o valor do quilate não poderia deixar de acompanhar a quase-exclusividade de se ter uma pedra preciosa dessa. O preço por quilate é de aproximadamente 1,8 milhões de dólares.

Red Diamonds

Red daimond diamante vermelho
O segundo lugar ficou reservado para o diamante vermelho ou Red Diamonds. Por se tratar de uma preciosidade de valor inestimável, já foi produto de roubo em diversos filmes de ficção na telinha. Poucas pessoas tiveram a oportunidade de apreciar a sua beleza, o seu brilho e a cor viva do vermelho arroxeado. É considerado como o diamante mais caro do mundo, e sua extração é de origem australiana. O seu preço médio é de 2,5 milhões de dólares por quilate.

Jadeite

pedra Jadeite
E para finalizar, a pedra mais cara do mundo é a Jadeite. O titulo é em razão do histórico leilão que a vendeu em um jóia de apenas 0,5 milímetros por 9.3 milhões de dólares em Hong Kong. Ela é considerada com uma pedra misteriosa, mistica por alguns, e sua origem seria da Guatemala, mas possui diversos exemplares que vieram da Califórnia, e a suas cores seriam branco ou então acinzentado. Sendo assim, podemos verificar que o quilate da pedra pode custar aproximadamente 3 milhões de dólares.

Paliovales do Rio Madeira

Paliovales do Rio Madeira

Estudo de Viabilidade Econômica para
Exploração de Ouro nos Paliovales

do Rio Madeira

 

Setor da Economia : Primário



1. Resumo histórico sobre o aparecimento, pesquisa e exploração de ouro no Estado de Rondônia e no Rio Madeira.
Em 1754,um grupo de Bandeirantes reportou uma fantástica ocorrência de ouro,chamada URUCUMACUÃ,que ficava a NW do Estado de Mato Grosso,perto da Serra do Norte e Chapada dos Parecis.
Sem indicações precisas acreditou-se que ficava entre os Rios Apidaiá e Corumbiara.
Em 1795,soldados enviados pelo Governador de Mato Grosso para destruir Quilombos e procurar novas ocorrências de ouro,disseram ter encontrado ouro no Rio Branco do Guaporé.
Ocorrências de Ouro Aluvionar no Rio Madeira,foram relatados por D'alincourt em 1826.
Francisco Moritz,em relatório de 1912 sobre uma expedição nesta região,fala sobre um Cascalho de Ouro Muito Rico do Rio Madeira.
As pesquisas tiveram início em 1968.A Mineração Treves da Amazônia,associada à I.B.Sabbá,trabalhou nos barrancos do Rio Madeira,entre Vila Murtinho e Araras.Conseguiram Teores Médios de 2,5 Gr. Au/Ton.
Alguns quilômetros abaixo,num lugar conhecido como Corte da Lata,outra empresa de mineração pesquisou e achou ocorrências de teor de 8,00 Gr./Ton,além de prata e palladium;uma reserva estimada de 2 ton/au ,somente num barranco de 800 m.
No início dos anos 70,a Mineração Rio Novo,uma subsidiária da Andrade Gutierrez S/A, pesquisou também no Araras do Abunã e encontrou uma média de teor de Au de 4,00 Gr./Ton. Na época, conseqüência de uma legislação ineficaz, as áreas foram invadidas por garimpeiros.
A Mineração Rio Novo achou aproximadamente 56,66 kg.de Au em 1 Km (333,334 m3) num barranco da margem direita do Rio Madeira.
Usando estas premissas e números como base de cálculo, e acreditamos poder fazê-lo, por pesquisas de outras empresas de mineração e resultados de exploração de garimpeiros, podemos deduzir que nesses 400 km de barrancos do Rio Madeira que permanecem virgens, temos um Potencial de Reserva de 22.664 kg.de Au, num volume de 133.333.600 m3 de areia, argilas e cascalho de ouro.
Estamos falando em mais de Us$ 270.000.000,00 (duzentos e setenta milhões de dólares).
Os Paliovales são antigos leitos de rio, que altera o curso no seu Movimento Migratório.
Uma tabela abaixo sobre a produção de ouro no leito do rio, por dragas - a extração de ouro Aluvionar no Rio Madeira começou pelos barrancos - nos dá mais uma idéia do potencial.
Devemos ressaltar que,com o trabalho das dragas,as jazidas sofreram um processo de Lavra Predatória,inviabilizando-as prematuramente (à profundidade atingida pelas lanças das dragas),por falta de um aproveitamento econômico total.Quando se diz que uma draga acertou uma DAMA-Bolsão de Alto Teor especificamente localizado-está se demonstrando a lavra desordenada e o conseqüente mau uso da jazida.
O método de lavra pelas dragas,foi completamente anárquico e irracional,espalhando ouro lamelar pela correnteza do rio,em quantidades que jamais poderão ser calculadas.
PRODUÇÃO DE OURO NO RIO MADEIRA EM KG.
Ano Kg. de Ouro Registrados Kg. de Ouro Estimado
 
79 177 1.500
80 238 1.200
81 817 2.400
82 1.350 4.500
83 3.454 8.000
84 1.931 4.000
85 1.481 5.000
86 466 5.500
87 3.902 10.000
88 6.426 18.000
89 8.020 16.000
90 9.910 NÃO DISPONÍVEL
91 5.606 “
92 4.285 “
93 3.424 “
94 3.400 “
95 1.935 “
96 NÃO DISPONÍVEL “
Fontes:DRF / DNPM / CPRM
Estes projetos foram observados pelo projeto ouro e gemas.
2. SITUAÇÃO ATUAL
Hoje a Atividade Garimpeira no Rio Madeira é insignificante,e em nada lembra a euforia de anos atrás.
A principal razão é o esgotamento das jazidas do leito até à profundidade que as lanças das dragas alcançaram.
O passo seguinte,passar do amadorismo ao profissionalismo,requer Recursos Financeiros altos e conseqüentemente de acesso restrito.
São necessários equipamentos sofisticados para pesquisar e extrair ouro de camadas mineralizadas que podem estar a profundidades entre os 30 m.e os 20m.
  Hoje em dia,as leis do Ministério das Minas e Energia-MME, e a Direção Nacional de Produção Mineral-DNPM,garantem a pesquisa e a lavra de áreas requeridas,sem invasão.
A revista Veja ( Editora Abril ) de 22 de Agosto de 2001, traz uma reportagem na rubrica “Ecologia”, sob o título “A Floresta dá Dinheiro” (Págs 76 a 81 ), que em síntese diz:
Hoje é possível ter uma avaliação científica para estimar quanto a Amazônia pode render, num futuro visível, se for feito o chamado aproveitamento racional, que busca tirar riquezas, preservando o ecossistema. Trata-se de uma montanha de dinheiro. O Brasil poderá tirar da Amazônia recursos no valor de Us$ 1,28 Trilhões por ano, mais de duas vezes o atual PIB-Produto Interno Bruto do País. Esse é o total a que se chega, somando:
Petróleo 650 Bilhões de Dólares
Medicina e Cosméticos 500 “ “
Agricultura e Extrativismo 50 “ “
Minérios 50 “ “
Carbono 19 “ “
Turismo 13 Bilhões de Dólares
Madeira 3 “ “
Total 1,28 Trilhões de Dólares
No que respeita a minérios, esse é o estoque já conhecido, e segundo especialistas, há muito mais minérios sob a floresta do que os recursos já registrados. O volume real de minérios da Amazônia é virtualmente desconhecido, diz o presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Umberto Raimundo da Costa. Com o início das operações dos aviões do SIVAM – Sistema de Vigilância da Amazônia, que serão capazes de sondar parte da camada de solo logo abaixo das raízes das plantas, os números podem aumentar em duas vezes. Com pesquisas mais profundas, é incalculável em até quanto pode ser majorado o cálculo das reservas.
3. PROPÓSITOS DESTE ESTUDO / PROJETO
Os Principais Propósitos deste projeto são:
-Localização e Identificação dos Paliovales de Maior Potencial,através de um Estudo Geomorfológico da Região – margens do Rio Madeira – e Interpretação de Fotos de Satélite.
-Pesquisa por Sondagem,dos Paliovales escolhidos e requeridos,para avaliação tão acurada quanto a tecnologia permitir,do teor e volume da reserva.
-Escolha dos Equipamentos de Exploração adequados à profundidade e espessura da camada mineralizada,no depósito identificado.
-Exploração Racional dos depósitos Bloqueados,através dos melhores métodos de trabalho e observando as leis e o respeito ao Meio Ambiente.
-Uso de Métodos Próprios,também na Apuração do ouro,visando aumentar o máximo possível os benefícios da atividade.
4. BASES DESTE ESTUDO
Este estudo tem como Bases as premissas dos itens anteriores,que se mostram verdadeiras no que se refere à exploração tanto no Leito do Rio,como nos Barrancos Explorados por garimpeiros – por exemplo o Barranco do Araras, pesquisado pela Andrade Gutierrez S/A.
Os 400 km. De Barrancos / Paliovales do Rio Madeira,continuam intactos.
5. INVESTIMENTO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL.
Todo investimento è destinado ao custeio de compra de equipamentos e despesas que visem exclusivamente colocar o projeto em andamento.
Todo o Ativo e Imobilizado ficará em nome dos Financiadores,Registrado em Contrato,até o total Pay Back do investimento,a partir do que ,a sociedade se regerá pelas leis normais.
A Participação Social,será de acordo com a decisão dos Investidores e Executores do projeto.
6. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO.
A escolha das Paliovales onde se iniciará a primeira sondagem,será com base no Estudo Geomorfológico da região,e interpretação de Fotografias de Satélites.
O método usado para a sondagem,será o de Malha,com furos a cada 100m.,com 25m.de profundidade,apertando a malha em torno dos locais onde a análise laboratorial das amostras se mostrar mais generosa.
Recorreremos também a estudos de geoquímica,geofísica e geodesia.
O tempo para iniciar a exploração,dependerá basicamente da Identificação da Primeira Jazida que,dependendo de circunstâncias diversas,pode demorar de 4 meses a 1 ano.
7. INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS.
Para os cálculos Econômicos e Financeiros,consideramos o Teor Médio de Au encontradas amostras retiradas das Paliovales do Rio Madeira,que é 0,34G./m3.
Também consideramos o preço do ouro em Porto Velho,que é hoje,12.dezembro.2000:Au 1,00gr = Us$ 9.12
Taxa de câmbio para o Dólar Comercial é hoje:Us$1,00 = R$ 2.00
8. INVESTIMENTOS EM MAQUINÁRIO, EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA.
•  Sonda Percussora Mecanizada 6” c/ todos
os acessórios – usada revisada ...................................................... Us$ 15,000.00
2-Veículo c/ tração para abertura de picadas e ajuda à sonda(jerico)..... Us$ 4,000.00
3-Itens para Acampamento,Equipamento para Sondagem
(baldes, peneiras cuias, motobomba,etc...)........................................Us$ 10,000.00
4-Laboratório de Análises,Capela de Apuração,Instalações de Escritório,
Abertura de Firma etc... ..................................................................Us$ 15,000.00
5-Equipamento de dragagem(motores,bombas,canos,mangueiras,
flutuação etc...) ..............................................................................Us$ 50,000.00
6-Viaturas de apoio c/ tração 4x4 (3 Jeeps Ford usados e revisados)....Us$ 18,000.00
7-Motoserra,Ferramentas,Grupo Gerador de 30 kwa,Máquina de Solda
400 amp,Macacos Mecânicos p/100 ton. ............................................ Us$ 11,000.00
8-Motor de Popa 40 hp,1 motor 15 hp Popa,1 voadeira Chatão em
alumínio 6m.- usados e revisados. .......................................................Us$ 6,000.00
9- 1 Carreta para Carga e 1 Carreta para Transporte de voadeira. ........ ..Us$ 4,000.00
10- Requerimento de áreas................................................................Us$ 20,000.00
TOTAL ..................................................................... Us$150,000.00
9. CUSTOS DE PRODUÇÃO E GERAIS – MÃO DE OBRA
9.1- ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
Equipe de Executores do Projeto,Representantes do Investidor.
Equipe do escritório,mais despesas do escritório ....................................Us$ 7.000,00
9.2- EQUIPE DE SONDAGEM
1 Geólogo ..........................................................................................Us$ 1.000,00
1 Operador de sonda .............................................................................Us$ 500,00
7 Ajudantes(2 abridores de picada ) Us$ 130.00........................................Us$ 910,00
1 Cozinheira ..........................................................................................Us$ 150,00
Us$ 2,560.00
9.3- EQUIPE DE DRAGAGEM
1 Coordenador/gerente ...........................................................................Us$ 500,00
4 Operadores x Us$ 200.00 .................................. ..................................Us$ 800,00
1 Mecânico/ soldador ...............................................................................Us$ 250,00
1 Cozinheira ..........................................................................Us$ 150,00
Us$ 2,100.00
9.4- EQUIPE DE APURAÇÃO
1 Coordenador/ Bateador ..........................................................................Us$ 250,00
3 Ajudantes x Us$ 100.00.........................................................Us$ 300,00
Us$ 550.00
9.5- OUTROS TRABALHADORES
1 Mineralogista/ analista ...........................................................................Us$ 1,000.00
1 Motorista ...............................................................................................Us$ 500,00
Us$ 1,500,00

TOTAL: Us$ 13,710.00

10. DIESEL, GASOLINA, ÓLEOS E MANUTENÇÃO.
•  Diesel:
Motor Scania DS11 ou similar,250l/hora x 450 horas/mês ..........................Us$ 40.000,00
•  Gasolina e Óleos:
Para Jeeps e Motor de Popa,5% preço diesel ................................................Us$ 2,000.00
•  Manutenção:
5% do custo com o diesel ....................................................Us$ 2,000.00
•  Alimentação e Higiene:
17 trabalhadores x 30 dias x 4 refeições x R$1,40 ...................................... Us$ 1,428 .00
TOTAL ....................................................................................................Us$ 45,428.00


CUSTO MENSAL TOTAL (Itens 9 e 10) Us$ 59,138.00 ou 6.684,00 gr/Au
11. CUSTOS TOTAIS EM 8 MESES – TEMPO ESTIMADO PARA A IDENTIFICAÇÃO DA 1ª JAZIDA E INÍCIO DE PRODUÇÃO.
11.1- Investimento Imobilizado ..................................................................Us$ 150.000,00
 
11.2- Despesas até à produção,itens 9.1,9.2 mais diesel,gasolina
óleos,manutenção(itens 10.2,10.3 e 10.4)mais impostos
(FGTS,etc...)-R$38.106,00 x 8 ...................................................................Us$ 119,904.00

TOTAL ......................................................................................................Us$ 269,904.00
Us$ 269,904.00 ou 29.594,73 gr/Au
12. PRODUÇÃO / RETORNO.
Para os cálculos de Produção,projetamos com um mínimo mensal de 36.225 m3 de polpa,com o teor de 0,39 gr.Au/m3
Uma bomba de 12” succiona 230m3/hora,sendo 35% de Polpa e 65% de Água,portanto 80,5m3 de Polpa/hora a 450 Horas/Mês.
O Teor de 0,39gr.Au/m3 é o teor médio.
36.225m3 x 0,39= 14.127,75 gr.Au
Produção Mensal:14,1 Kg/Au ou Us$ 128,845.08
13. PONTO DE EQUILÍBRIO.
A fórmula para encontrar o ponto de equilíbrio é :
BEP= CF
Pt – CVt
Onde:
BEP – Kilos de Ouro Produzido em 1 ano
CF - Total das Despesas em 1 ano
Pt - Preço do Ouro em Porto Velho
CVt - Custos médios Variáveis ao Ano (+-18%)
BEP = 650.436,00 = 650.436,00

9,12-1,63 7,49
BEP = 86.840,58 gr.Au
BEP = 86,8 kg/Ano ou 7,23 kg Au/ Mês
Para equilibrar o nosso Custo Anual, precisamos de produzir mais de 86,84 kg.Au/ano (7,23 Kg. Au/Mês).
Como pretendemos e temos condições de produzir mais de 14,1 Kg. Au/Mês ou 147.798,00 kg.au/Ano,e considerando que o investimento será de cerca de 29,59kg de Au nos primeiros 8 meses,calculamos que os financiadores podem ter o retorno do investimento em 4,30 mês ou 129 dias após INICIADA A PRODUÇÃO.
14. CONSIDERAÇÕES SOBRE CUSTO OPERACIONAL.
Em Mineração consideramos Custo Operacional(CO),todos os Custos Diretos da Mina:Gastos de Exploração,Depreciação,Amortização,Exaustão etc…apenas se excluem os valores pagos em Royalties.
O Custo Operacional mais baixo, é o de Mina de ARIAB, no Sudão,com um custo de Us$ 115,00 a Onça Troy (31,1gr.).
O Custo Operacional mais alto,é o da Mina de STIL-FONTEIN,na África do Sul,com um custo de Us$ 460,00 a Onça Troy.
A principal razão para tão grandes diferenças,é a qualidade da Jazida(teor e volume), tipo de Jazida,Método de Lavra etc…Para cálculo, para avaliação da viabilidade econômica,foi achado um Custo Médio de Us$281,44 a Onça Troy.
O custo Operacional para o Estudo de Exploração das Paliovales do Rio Madeira está calculado em cerca de Us$139,13 a Onça Troy,como demonstramos:
Produção Mensal – 14,1 kg.Au ou 450,0 Onças Troy.
Custo Mensal – Us$ 59,138.00
CM onde:CO- Custo Operacional
CO= CM- Custo Mensal
PM PM- Produção Mensal
CO = Us$ 59,138.00 = 131,41
450
15. Tratamento Fiscal do Capital Estrangeiro
Ao longo dos últimos anos, o Governo Federal Brasileiro, vem promovendo contínuos e profundos ajustes na sua política com relação ao Capital Externo,visando encorajar novos investimentos diretos em vários segmentos da economia Brasileira.
Conceito de Capital Estrangeiro: A Legislação básica que rege o capital estrangeiro no Brasil, está consubstanciada nas Leis nºs 4.131 de 1962 e 4.390 de 1964, regulamentadas pelo Decreto 55.762/65, diplomas legais estes complementados pela Lei 9.249 de Dezembro de 1995, que dispõe sobre a nova legislação para o Imposto de Renda.
O conceito legal de capital estrangeiro, é explicado pelos ativos, máquinas e equipamentos recebidos no Brasil do exterior, e destinados à produção de ativos e serviços. Também são considerados capital estrangeiro os recursos financeiros ou monetários introduzidos no Brasil para investimento na atividade econômica, cujos detentores – pessoas físicas ou empresas – residam, estejam domiciliados ou possuam sua matriz no exterior.
Uma vez internalizado, na forma da Lei, o capital estrangeiro aplicado em mineração, tem igual tratamento, legal ou fiscal, que os de origem nacional, sendo vedado, pela Constituição, qualquer descriminação.
O capital estrangeiro investido no Brasil, bem como os reinvestimentos e a remessa de divisas para o exterior, são registrados no Banco Central (BACEN ). O conceito de capital estrangeiro registrado é crucial para investimentos no Brasil.
O capital estrangeiro registrado, dá ao investidor o direito de converter moeda local, novamente em moeda estrangeira, quando o investimento é vendido ou quando gera dividendos.Não havendo o registro no Banco Central, não poderá haver remessa de capital ou de dividendos para o exterior.
O investidor estrangeiro pode remeter para o exterior os frutos do seu investimento, seja sob a forma de dividendos ou ganhos de capital. Os ganhos de capital são provenientes da redução do capital, liquidação ou venda do investimento no Brasil.
Não existe limite para o montante de lucros que podem ser remetidos como dividendos para o exterior, estando isentos do Imposto de Renda na Fonte de 15%.
O investidor estrangeiro pode remeter os ganhos de capital sem estar sujeito a tributação desde que não ultrapasse o montante de capital estrangeiro registrado. Remessas superiores a este valor estarão sujeitas a um Imposto de Renda Retido na Fonte, de 15%.
16. Sistema Nacional do Meio Ambiente
O IBAMA, autarquia sob jurisdição do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, é o órgão responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente a nível Federal.
De acordo com o Decreto nº 97.632/89, os empreendimentos de mineração estão obrigados, quando da apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental, a submeter o Pano de Recuperação de Área Degradada ( PRAD ) à aprovação do órgão estadual de meio ambiente competente ( IBAMA ).
Este plano, contempla a solução técnica adequada,visualizada pela empresa de mineração, à reabilitação do solo degradado resultante da atividade de extração, para uso futuro.
O PRAD aprovado, pode ser revisto ou alterado posteriormente, com a concordância do órgão ambiental competente, com vistas a incorporar inovações tecnológicas ou alternativas mais adequadas em razão do desenvolvimento dos trabalhos de lavra.
17. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Apenas um Trabalho de Prospecção Extenso e Detalhado nos pode dar uma idéia da realidade da reserva de ouro nos Paliovales.Mas estamos falando de 400 km de Floresta Amazônica ,o que torna o preço da pesquisa por si só inviável.
Esperar que uma pesquisa dessas venha a acontecer,estaremos abandonando um tesouro fantástico,até que alguém se decida a retirá-lo.
A estratégia deste projeto é o Auto-Financiamento,aumentando em Escala Aritmética as Frentes de Pesquisa,para cada Frente de Produção Operando.
Doze anos de trabalho em mineração de ouro no Rio Madeira, bem como os estudos técnicos para avaliação de áreas potenciais, nos dão uma idéia bem definida sobre áreas a serem requeridas para iniciar o trabalho.
Desde que se trabalha em exploração de ouro aluvionar no Rio Madeira,há, por parte dos produtores,a noção de uma perda difícil de mensurar, mas que se imagina superior a 60% do minério dragado.Trata-se do ouro de Granulometria superior a 30 MASH (Microscópio),que pelo tamanho e forma lamelar,não é retido nos tapetes comumente usados.
Novos Métodos de Apuração- Bactéria do ouro ou THIOBACILLUS Ferro-Oxidans- nos acenam com a possibilidade de aproveitamento do total do dragado,o que aumentará proporcionalmente o benefício da empresa produtora.
À medida que o projeto se for expandindo, com a abertura de mais frentes de pesquisa e produção, o custo operacional vai baixar significativamente, pois a empresa em pouco terá que aumentar a infra estrutura de apoio

Diagnóstico dos garimpos de topázio imperial no Alto Maracujá

Diagnóstico dos garimpos de topázio imperial no Alto Maracujá, Sub-bacia do rio das Velhas, MG




RESUMO
Esse estudo apresenta um diagnóstico dos garimpos de topázio imperial na cabeceira do rio Maracujá, denominada Alto Maracujá, em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, Minas Gerais. Há muitos anos atuante na região, o garimpo é acusado de afetar seriamente a infra-estrutura e o meio ambiente da região, com destaque para os impactos na drenagem e nas matas ciliares. Para realização do diagnóstico ambiental da atividade garimpeira na região, utilizaram-se técnicas de avaliação de impacto ambiental, visitas a campo, entrevistas, levantamento da literatura técnica e histórica da região e localização dos garimpos via GPS. O estudo apresenta os efeitos no meio ambiente e infra-estrutura, bem como a interação sócio-econômica da atividade na região.
Palavras-chave: topázio imperial, garimpos, avaliação de impacto.

ABSTRACT
This study presents a diagnosis of the imperial topaz artisanal mining (garimpo) at the head of Maracujá river, called high Maracujá, Cachoeira do Campo, district of Ouro Preto, Minas Gerais. Operating in this region for a long time, the garimpo is accused of seriously affecting the infrastructure and the environment of the region with emphasis on natural drainage and levee's forest impacts. To conduct the environmental diagnosis of the garimpos activity in the region it was used environmental assessment techniques, field trips, interviews, historic literature research and GPS survey of the garimpos. This study presents the effects on the environment and infrastructure as well as the socioeconomic interaction of this activity in the region.
Keywords: Imperial topaz, artisanal mining, environmental assessment techniques.



1. Introdução

Segundo Miranda et al. (1997), a atividade garimpeira é uma forma muito antiga de extração mineral. Provavelmente remonta ao século XV através do avanço dos europeus sobre terras desconhecidas como aconteceu no continente americano. Essa atividade pode ser considerada uma modalidade marginal à mineração, encarada pela sociedade como símbolo de desorganização, violência, insegurança, insalubridade, problemas sociais, degradação ambiental e a total falta de técnica para a explotação dos bens minerais. Os garimpos trazem sérios danos ao meio ambiente (IBRAM, 1992).


2. Material e métodos

A metodologia utilizada para a realização desse trabalho consistiu em observações de campo, análise de documentos, levantamento de bibliografia técnica e histórica, depoimentos de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao garimpo, entre outros expedientes que se fizeram necessários para melhor avaliação do problema.


3. Resultados
3.1 O topázio imperial
O topázio imperial é o principal objetivo da atividade garimpeira do Alto Maracujá. Trata-se de uma gema rara no mundo, de alto valor econômico, atualmente encontrada somente na região de Ouro Preto (Gandini, 1994). Castañeda et al. (2001) afirma que o topázio imperial foi descoberto por volta de 1772, no local denominado Morro de Saramenha, em Ouro Preto. Com o passar do tempo, a extração dessa gema foi evoluindo e diversos depósitos vêm sendo trabalhados dentro dessa região como as minas do Vermelhão em Saramenha e a do Capão do Lana (maior em produtividade e totalmente mecanizada), em Rodrigo Silva (Sauer et al., 1996). Outras áreas de ocorrência do topázio imperial se caracterizam pela presença de pequenos garimpos de aluvião, grande parte deles, ilegais. A Figura 1 mostra a localização das ocorrências e locais de extração de topázio imperial.
3.2 O Rio Maracujá
O rio Maracujá é afluente da margem esquerda do rio das Velhas, um dos principais afluentes do rio São Francisco. Formado pelos córregos Cipó, Arranchador e Caxambu, o Maracujá banha o maior distrito de Ouro Preto, Cachoeira do Campo. Trata-se de um rio de extrema importância para a região, dotado de grande valor histórico e físico, como atesta Ramos ([ 196_ ]).
3.3 Atividade garimpeira no Alto Maracujá
A atividade de mineração está muito presente no Alto Maracujá com os garimpos de topázio imperial. Pequenas empresas extrativas legais e garimpos individuais ilegais se estabeleceram no local, principalmente, a partir da década de 70 do século XX, quando houve uma intensificação dos garimpos de topázio na região de Ouro Preto.
3.4 Garimpos clandestinos
Os garimpos clandestinos ou manuais de topázio imperial podem ser divididos em dois tipos específicos: o garimpo de margem e o de leito. Entretanto, na maioria das vezes, esses tipos se confundem no campo. A seguir são descritos os diversos tipos identificados durante esse estudo.
3.4.1 Garimpo de margem
A Figura 2 mostra um esquema de um garimpo de margem. Primeiramente há o desmatamento para a retirada da camada de solo orgânico. Seqüencialmente, o decapeamento culmina com a remoção dos horizontes superficiais do solo, de modo a dar ao garimpeiro acesso às camadas mineralizadas e preparar a área para a lavra em profundidade. O decapeamento pode ser desenvolvido por meio de enxadas, enxadões e picaretas.

 
 
A abertura da frente de lavra é a fase posterior ao decapeamento, onde os garimpeiros procuram, conforme a necessidade, expandir horizontal e verticalmente sua área de atuação, escavando horizontes mais profundos de solo e as camadas mineralizadas denominadas cascalho. Essas camadas, mais resistentes ao avanço da lavra, são formadas pelas rochas com veios de quartzo onde há a ocorrência do topázio imperial. A profundidade das escavações, tomando-se como nível de referência o topo do horizonte A do solo, varia muito, podendo atingir de 2 a 7 metros em média. Os cortes são abertos em taludes de 90 graus ou taludes irregulares negativos. As ferramentas utilizadas nas aberturas das frentes de lavra são picaretas, enxadas, enxadões e a inusitada enxada-pá (cabo de enxada e na extremidade uma pá disposta em ângulo de 90 graus com o cabo). A Figura 3 ilustra uma frente de lavra na margem do córrego Cipó.

 
 
Para a retirada da água que se acumula nas frentes de lavra devido à proximidade do lençol freático, os garimpeiros usam, como subterfúgio, longas mangueiras de 10, 20 metros ou mais de comprimento com diâmetros de 1" e 1,5", estendidas em direção à jusante do córrego Cipó, para sugar a água da abertura produzida.
O cascalho mineralizado é retirado das frentes de lavra e transportado até as margens do córrego por meio de carrinhos de mão ou latas ou galões de plástico. Para a lavagem do cascalho, o garimpeiro se vale de uma peneira de pedreiro ou uma maior, construída por ele próprio com a finalidade de facilitar a cata do topázio imperial.
3.4.2 Garimpo de leito
Esse tipo de garimpo é executado diretamente no leito do córrego ou próximo à margem desse. A Figura 4 mostra a configuração de um garimpo de leito. Desconsiderando o desmatamento e o decapeamento, basicamente comporta as mesmas operações realizadas nos de margem. Tem como diferencial o maior volume de água acumulado nas frentes de lavra e a instabilidade dos taludes escavados no leito do córrego. A Figura 5 mostra uma frente de lavra no leito do córrego Cipó, no Alto Cipó.

 
 

 
 
Em outra forma de garimpo de leito são utilizadas dragas para aumentar o rendimento da produção. A Figura 6 ilustra como é feito o trabalho de dragagem. O cascalho, juntamente com lama e água, é dragado da área de escavação e jogado contra a superfície de uma peneira. O garimpeiro realiza a cata do topázio na superfície da peneira. A Figura 7 mostra uma frente de lavra no Alto Cipó com uso de draga abandonada temporariamente.






4. Discussão
4.1 Impactos ambientais
As operações que constituem um garimpo de topázio imperial trazem uma série de impactos para o ambiente de entorno. O desmatamento, o decapeamento e a abertura das frentes de lavra destroem ou alteram a diversidade da mata ciliar e interferem na fauna local. Além disso, o decapeamento e a abertura de frentes de lavra elevam os impactos negativos na drenagem do córrego Cipó a níveis preocupantes em escala local e regional. Pilhas de estéril ficam expostas à ação do escoamento superficial e ao transporte de sólidos sedimentáveis. Principalmente, no período das cheias, ocorre o deslocamento dos sólidos rumo à jusante do Cipó, acarretando um alto grau de assoreamento deste, como pode ser verificado na Figura 8.

 
 
Quando a lavra do topázio imperial é realizada por dragagem, a geração de sólidos sedimentáveis torna a operação extremamente danosa ao córrego Cipó, devido ao aumento expressivo do nível de turbidez das águas deste. Nota-se, também, uma contribuição considerável desse processo no assoreamento à jusante.
O esgotamento das águas acumuladas nas frentes de lavra, se feito por mangueiras, causa apenas impacto visual. Porém, se realizado com o auxílio de pequenas dragas, causa impactos imediatos ao curso d'água, devido ao aumento da turbidez deste.
Na lavagem do cascalho, a contaminação do curso d'água se dá pelo passante da peneira onde todo o material é manipulado, aumentando a concentração de finos e, conseqüentemente, o nível de turbidez das águas do córrego Cipó. Quando o garimpeiro se vale da construção de barramentos para o represamento das águas do córrego para posterior lavagem do cascalho, isto resulta na interferência do fluxo normal das águas e no impacto visual negativo.
A cata do topázio permite a formação de pilhas de rejeito compostas pelo descarte do cascalho, que contribuem para o assoreamento do córrego no período chuvoso. Seqüências de pilhas ao longo do leito do córrego interferem no fluxo normal de suas águas, na sua morfologia e contribuem para o impacto visual negativo no local.
O abandono temporário das frentes de lavra, seja na margem ou leito do córrego, é uma das ações mais freqüentemente efetuadas pelos garimpeiros. Em geral, costuma-se associar essa prática ao insucesso da lavra ou tática do garimpeiro para escapar da fiscalização ambiental. Os constantes abandonos e retomadas de frentes de lavra impedem a recuperação natural do local afetado.
4.2 Questões sociais, de saúde e de segurança
Além dos impactos diretos e indiretos ao meio ambiente, questões voltadas ao próprio garimpeiro e sua relação com a atividade e o entorno foram consideradas nesse estudo. Esse tipo de atividade predispõe o trabalhador a constantes ameaças à sua integridade física, tais como doenças ocupacionais, desmoronamentos, traumas, quedas, etc. Risco maior é exposto àqueles indivíduos não garimpeiros que circulam desavisados pelo local.
Conflitos entre garimpeiros e entre estes e indivíduos externos ao garimpo são freqüentes, em alguns casos, resultando em morte. Em muitos momentos, tensões com donos de terras ou órgãos fiscalizadores desencadeiam situações desagradáveis a ambas as partes, levando o local a um estado crítico.
Ameaças a obras civis na região também são fatos reais devido ao volume de impactos gerados nos garimpos de topázio imperial. São comuns erosões em estradas que tangenciam o córrego Cipó geradas a partir de desvios deste. O volume de sólidos sedimentáveis acarreta problemas de ordem estrutural em galerias, pontes e pequenos barramentos de sitiantes locais. Impacto de maior destaque se constitui na degradação da qualidade da água que abastece uma população de cerca de 6000 habitantes, comprometendo a eficiência da estação de tratamento de água de Cachoeira do Campo.
 
5. Conclusões
As atuais condições do garimpo de topázio imperial no Alto Maracujá comprometem o ecossistema da região e a infra-estrutura pública. Caso não ocorra uma organização da atividade sob a forma de cooperativa ou associação, torna-se impossível solucionar o problema e recomenda-se a paralisação imediata do garimpo.
Não há estudo que comprove a dependência econômica da atividade por todos os garimpeiros que atuam na região. Sabe-se que muitos são esporádicos e se beneficiam do garimpo como um instrumento de renda extra. Entretanto, outros têm, nessa prática extrativista, o sustento de suas famílias, já que a atual conjuntura econômica do país não oferece melhor sorte aos mesmos. Isto torna o problema ainda mais complexo. Saber avaliar o ponto exato de equilíbrio entre a necessidade humana de sobrevivência e a preservação ambiental é um desafio proposto a toda sociedade.

Boato sobre ouro forma um novo garimpo na divisa Pará-Maranhão

Boato sobre ouro forma um novo garimpo na divisa Pará-Maranhão

Famílias migram para a beira do rio Gurupi, na fronteira dos dois Estados, à procura do metal



Começou há menos de dois meses. O boato chegou a Aurizona (MA), Marabá (PA) e aos ouvidos de alguns velhos garimpeiros de Serra Pelada e do Suriname. A notícia é que tem ouro, muito ouro, perto da isolada Viseu (a 361 km de Belém, PA).
 
Bastou a remota possibilidade de enriquecer para que centenas de homens, mulheres e crianças migrassem para certo trecho da beira do rio Gurupi, na divisa do Pará com o Maranhão.
 
Não se sabe quem foi o primeiro a chegar. Nem quanta gente já se instalou sob os barracos de lona, montados com troncos das árvores derrubadas ali mesmo, ao lado da lama do mangue.
 
Alguns falam em 300 pessoas; outros, em 500. Em média, são dez garimpeiros que chegam a cada dia, em barcos fretados -a viagem dura cerca de uma hora e 15 minutos a partir de Viseu.
 
Para seus criadores, o garimpo que chamam de Arrecife (ou Samaúma, como outros dizem) é um dos mais promissores da Amazônia.
 
Mesmo sem usar máquina, um homem sozinho pode tirar até cinco gramas de ouro por dia -R$ 250.
 
Usam técnica ancestral: retiram e "lavam" a lama do fundo do rio, esperando o ouro se acumular no fundo das bateias ou nos degraus das caixas de madeira retangulares -as "cobrinhas".
 
"Já vieram duas vezes com motor para instalar aqui, mas não deixamos", disse Waldênio Monteiro, 40, que há um mês era segurança da Prefeitura de Viseu.
 
No ideal romântico da comunidade não cabem as máquinas, a bebida alcoólica, a prostituição, as armas de fogo ou o mercúrio -que facilita a busca pelo ouro, mas polui a água e corrói os nervos humanos.
 
Querem evitar os cenários de caos, violência e doença associadas às áreas de exploração minerária amazônica.
 
"Ninguém briga. Isso aqui é um garimpo família, que respeita o ambiente", disse Monteiro.
 
De fato, crianças e mulheres estão por toda parte. As mulheres cozinham e as crianças ajudam no trabalho.
 
Agora, com o final das férias escolares, os pais querem mandar os filhos de volta para morar com parentes em suas cidades de origem.
 
Como quase todo mundo, Ivaldo Barros, 50, é do Maranhão. Ele vê um futuro grandioso para quem souber garimpar no Arrecife, que, diz, é uma das raras áreas de exploração apenas manual.
Ele só teme duas coisas: jornalistas e o Ibama. Os jornalistas, dizem, são "alcaguetes", que espalham a fofoca do ouro e atraem de tudo, até a "bandidagem".
 
O Ibama é pior: pode interditar a área. "Todo garimpo precisa de licença para funcionar. Este ainda não tem."