sábado, 12 de julho de 2014

AngloGold utiliza software para reduzir custos em mina de ouro em Minas Gerais

AngloGold utiliza software para reduzir custos em mina de ouro em Minas Gerais
A AngloGold Ashanti pretende diminuir em 7%, até o final deste ano, os custos operacionais da mina de ouro Lamego, em Sabará (MG), através de um software de gestão e controle de operações, chamado Smart Mine Underground. A mineradora investirá, até 2016, R$ 16 milhões no levantamento de dados e extração de amostras de minério para estender a vida útil da mina até 2027.

O Smart Mine Underground foi criado em parceria com a empresa Devex e permite que toda a operação da mina seja acompanhada da superfície, por meio de uma espécie de painel de controle. “Por ele, sabemos onde estão todas as máquinas e funcionários. Se uma máquina precisa de outra, se elas estão posicionadas corretamente”, explica Luiz Fernando Zanotti, responsável pela implantação do programa em Lamego.

O sistema é capaz de habilitar e desabilitar à distância cada um dos 23 ventiladores instalados na mina. O controle individual dos equipamentos foi capaz de economizar R$ 40 mil mensais, desde maio do ano passado, o equivalente a R$ 560 mil até junho deste ano.

A AngloGold Ashanti investiu na geração da própria energia para reduzir os custos. A empresa gera, anualmente, 60 mil megawatts/hora, por meio do Sistema Hidrelétrico de Rio de Peixe. O complexo é formado por sete Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e quatro barragens artificiais, construídas na década de 30.

Entre o dia 5 de setembro de 2011 e o último dia 13 de junho, houve uma queda de 33% na cotação do ouro, que passou de US$ 1.895 para US$ 1.277,08 a onça troy."Quando isso acontece, há uma verdadeira reviravolta nas empresas do setor. E é isso que tentamos evitar”, afirma Alexandre Heberle, gerente da mina de Lamego.

As operações em Lamego, que tiveram início em 2004, representam 12% da exploração da AngloGold Ashanti, em Minas Gerais. Atualmente, é possível extrair 420 mil t/ano de minério, com 1,5 t de ouro.

Um novo cinturão aurífero no cráton de São Luís

Um novo cinturão aurífero no cráton de São Luís

Luna Gold possui 15 depósitos alvo, duas minas em operação e quatro projetos greenfield na região

Destinada à exploração, e desenvolvimento de projetos de ouro no Brasil, a Luna Gold mantém suas atividades no cráton de São Luís (MA), empregando aproximadamente 730 funcionários na Mineração Aurizona, subsidiária brasileira da companhia. Em 2012, a mineradora obteve a marca recorde de 74.269 onças de ouro produzidas, 4.000 a mais do que o esperado nos relatórios do início do ano passado, e cash cost anual por onça de US$ 734.

Com lucro líquido de US$ 19 milhões em 2012, a mina da Aurizona deixou de terceirizar sua frota e completou a transição para um sistema 100 % com equipamentos próprios que consiste de 12 caminhões articulados  CAT 740B e três escavadeira CAT 374, além de equipamentos de suporte.

Com melhorias e novos investimentos, a Aurizona espera produzir esse ano entre 95.000 e 105.000 onças com cash cost entre US$ 705 e US$ 715 por onça e, em 2015, atingir a marca de 125.000 onças. Esse aumento produtivo se dá em razão da primeira fase de expansão realizada em setembro do ano passado, sendo que a próxima ampliação no projeto elevará a capacidade da planta para 300.000 onças de ouro por ano.

No momento são mais de 45.000 m de sondagens realizadas pela empresa, esse investimento em pesquisa proporcionou à mineradora o aumento das suas reservas indicadas, que chegam a 78 milhões t com 1,26 g/t de ouro, ou seja, cerca de 3,17 milhões de onças. A pesquisa geológica realizada aumentou em 250 % as reservas da empresa em comparação com a estimativa publicada em janeiro de 2009.

Dois grandes depósitos minerais são explorados no momento pela Aurizona, são eles: Piaba, comissionada em 2009 e com método de lavra a céu aberto; e Tatajuba, depósito distante 2,4 km de Piaba, contendo reservas indicadas de 1,55 milhão t com 1,31 g/t de ouro.

Além das duas atuais minas, levantamentos geológicos com pesquisa magnética e programas de perfuração descobriram mais 15 alvos mineralógicos próximos aos depósitos atuais. São eles: Agenor; Barriguda; Boa Esperança; Conceição; Ferradura; Ferradura Sul; Genipapo; Juiz de Fora; Lúcio; Micote; Pico; São Lourenço; São Lourenço do Sul; Tatajuba Leste; e Tatajuba Oeste. No segundo trimestre de 2012, a Aurizona completou em Boa Esperança, Ferradura e Conceição, as pesquisas de sondagem iniciais que totalizaram 7.478 m de furos.

A mineradora ainda possui Areal, Ceara e Arete,  Onix e Touro, quatro projetos greenfield, todos também no cráton de São Luís e, com base em estudos detalhados e aquisições desde 2008, agora detém mais de 200.000 ha de licenças de exploração cobrindo um novo cinturão de ouro no País.

Areal se trata de uma área descoberta em 2011 pela Luna Gold, localizada a 21 km ao sudoeste das minas da Aurizona, e as pesquisas geológicas mapearam 1,7 km de extensão de depósito com 1,6 g/t de ouro no local.

Onix, assim como Ceara e Arete, também se localiza a sudoeste e teve exploração de garimpo na década de 1980, possuindo agora três pontos alvos espalhados em 2 km², a 6 km de Areal. Por fim, a empresa faz trabalhos de pesquisa mineral em Touro, localizada a 17 km das operações atuais da Aurizona.

A área dos depósitos geológicos tem fácil acesso devido a uma série de estradas secundárias que ligam a região. No entanto, a falta de grandes afloramentos visíveis, combinado com pouca infraestrutura local, fez com que até a chegada da Luna Gold, em 2007, a região não tenha sido beneficiada com projetos de exploração de grande porte. Contudo, isso contribuiu para que a mineradora visse na situação uma vantagem estratégica, acabando por controlar esse novo cinturão.
Devido aos investimentos em pesquisa na região, a Luna Gold tem descoberto depósitos rentáveis com reservas expressivas de ouro para produção e instalação de projetos que podem se assemelhar aos da África Ocidental e da Guiana.


Mineradora estima produção de até 105 mil onças de ouro em 2013 e 125 mil onças em 2015

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Peru será o segundo maior produtor de cobre em dois anos

Peru será o segundo maior produtor de cobre em dois anos
Em apenas dois anos o Peru irá duplicar a sua produção anual de cobre. Para que esse enorme crescimento ocorra o país andino terá que produzir 1,4 milhões de toneladas a mais em 2016, tornando-se o segundo maior produtor do planeta atrás, apenas, do vizinho Chile.

São várias minas de cobre gigantes como Las Bambas, Constância, Toromocho e a ampliação de Serro Verde, que ao entrar em produção irão impulsionar a indústria peruana.



Em 2016, segundo o Ministro de Minas peruano, o país vai produzir 2,8 milhões de toneladas de cobre. Com esse feito o Peru passa os Estados Unidos (1,15Mt) e fica atrás do Chile que produziu, em 2013, 5,79 milhões de toneladas de cobre. 

Fortescue bate recorde de produção em junho

Fortescue bate recorde de produção em junho
A Fortescue a terceira mineradora de ferro da Austrália teve uma produção recorde de minério de ferro em junho. O grupo embarcou 38,7 milhões de toneladas, 54% acima do mesmo período de 2013. Nos 12 meses até junho a mineradora já produziu 160M de toneladas, um outro recorde, fruto de um investimento de 9,2 bilhões de dólares.

O CEO da Fortescue acredita que a empresa deve se beneficiar do momento e que os preços caminham, gradativamente, para os US$100/t.

Mesmo assim a empresa não está tão segura quanto as suas três grandes concorrentes, já que ela produz a um preço médio de US$70/t, que no nosso entender é muito alto e torna o produto da Fortescue pouco competitivo.

Minerio de ferro a US$97/t. Mas, nem todos choram...

Minerio de ferro a US$97/t. Mas, nem todos choram...
Como na fábula de La Fontaine, as formigas, que se prepararam para o inverno, começam a colher frutos...

O preço do minério de ferro 62% Fe subiu ligeiramente no mercado spot chinês estabilizando-se próximo dos US$97/t.

  Estes preços reduzidos do minério estão criando uma reviravolta na mineração, fortalecendo as três grandes mineradoras que produzem com custos baixos e quebrando as demais.

  Mas nem todos estão sendo penalizados pela crise. Algumas empresas se prepararam para ela, reduzindo custos, otimizando e vendendo ativos de baixa qualidade. Várias siderúrgicas compraram as suas próprias minas de minério de ferro e até minas de carvão, reduzindo exponencialmente a sua dependência e exposição.

Como na fábula de La Fontaine eles se prepararam para o inverno que , com certeza, viria.

 Estes grupos estarão navegando em águas mais calmas deixando de lado a turbulência da crise e, muito provavelmente, irão sobreviver e prosperar.