domingo, 7 de setembro de 2014

Tonga larga na frente e é o primeiro país do mundo a regular a mineração no fundo do mar

Tonga larga na frente e é o primeiro país do mundo a regular a mineração no fundo do mar


O governo de Tonga está criando e negociando, com as empresas de mineração, as leis que irão regular a mineração do fundo do mar e seus impactos ambientais.

Mesmo alguns anos longe do início da lavra, Tonga mostra que um bom planejamento não é coisa só das grandes economias.

O pequeno arquipélago na Oceania, com pouco mais de 107.000 habitantes, está na frente dez anos e cria um precedente aos outros países.

O que ocorre em Tonga passa a ser uma referência aos países, como o Brasil, que são banhados pelos oceanos e que, mais cedo ou mais tarde, terão que enfrentar e normatizar a lavra dos seus fundos oceânicos. 

Encontro em Brasília visa eliminar o uso do mercúrio

Encontro em Brasília visa eliminar o uso do mercúrio



Representantes do Brasil e de países da América do Sul estão reunidos em Brasília para erradicar o uso do mercúrio na “mineração”.

É importante esclarecer que a mineração não usa mercúrio na recuperação do ouro há décadas.

Quem usa o mercúrio indiscriminadamente são os garimpeiros nos processos rudimentares de recuperação. Isso ocorre, principalmente, pela desinformação e pela ausência de suporte técnico-financeiro das autoridades.

Se os garimpeiros não fossem quase que totalmente desassistidos pelas autoridades a poluição pelo mercúrio não existiria já que outros métodos de recuperação do ouro, mais eficientes, poderiam ser implantados.

Não adianta banir o mercúrio, pois isso só vai fortalecer o contrabando do metal líquido, que continuará a ser queimado nos milhares de garimpos.

É preciso transformar o garimpo em mineração onde são usadas técnicas modernas, equipamentos de alta recuperação e métodos de lavra e metalurgia que não agridem o meio ambiente.

O que falta é inteligência política para resolver o assunto e, naturalmente, financiamentos e assessorias técnicas que transformem o garimpeiro em um minerador de fato.

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Molibdênio: Chile aumenta a produção

Molibdênio: Chile aumenta a produção


O Chile deverá produzir 44.900t de molibdênio em 2014. Trata-se de um aumento de 16% em relação a 2013.

O maior motivo deste excelente desempenho é o aumento da produção da Codelco e de Collahuasi.

Nos próximos anos o volume de molibdênio produzido irá aumentar mais ainda, graças à entrada em produção de grandes minas e expansões como Sierra Gorda, Caserones e Collahuasi.

Minério de ferro em baixa recorde: grandes mineradoras podem controlar mais de 70% do mercado

Minério de ferro em baixa recorde: grandes mineradoras podem controlar mais de 70% do mercado




É guerra!

Dúzias de minas chinesas, com custos superiores a US$90/t, estão fechando enquanto o preço do minério de ferro cai e atinge US$85,24, o menor em 5 anos.  

Este é o código para que as três maiores mineradoras de minério de ferro do mundo acelerem a sua estratégia de guerra e comecem a expandir e inundar o mercado com minério barato e de alta qualidade, arrasando e fechando as minas pouco competitivas.

Nesta guerra ninguém vai carregar os feridos...

 Até 2015 o triunvirato irá produzir 175 milhões de toneladas adicionais que antes eram produzidas pelos competidores.

As três gigantes continuam inflexíveis colocando minério com custos totais abaixo de US$60/t nos portos chineses. Elas inundam o mercado através de expansões e novas minas em produção.

A Rio está expandindo para 330 milhões de toneladas em 2015, a Vale, ainda a maior produtora de minério de ferro, expandirá para 348Mt/a enquanto que a BHP aumentará a sua produção em 8,9%.

Até a Fortescue, a terceira maior do mundo, que produz minério de ferro acima de US$70/t está expandindo em 25%, possivelmente acreditando que os preços deverão subir antes dela entrar no vermelho.

Essa estratégia torna o resultado dessa guerra totalmente previsível.

Em breve a maioria das minas de minério de ferro do mundo, que produzem a custos elevados, já estará fechada.

Mas, à medida que as minas menos competitivas forem fechando, as relações de oferta e procura se reequilibrarão fazendo com que os preços subam novamente.

Quando isso ocorrer o mundo verá apenas três empresas, talvez quatro, controlando mais de 70% do comércio do minério de ferro do planeta: o sucesso de uma das mais ousadas e devastadoras estratégias de mercado.

Resta saber quem, além do triunvirato é claro, conseguirá sobreviver...

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Petrobras ou PetroBraX?

Petrobras ou PetroBraX?



Após a desintegração dos ativos tóxicos do Grupo X o mercado volta suas especulações à Petrobras. Todos falam sobre a gigantesca dívida, o não reajuste dos preços dos combustíveis e sobre as taxas de câmbio que penalizam a petroleira. Mas, aos poucos, alguns começam a falar sobre assuntos estruturais mais sérios como poços em exaustão sem substituição por novas descobertas, sobre a capacidade da Petrobras de aumentar a produção e, finalmente, sobre as VERDADEIRAS reservas de petróleo da Petrobras. Será que o pré-sal é tudo isso que a Petrobras e o Governo estão dizendo?  Essa é a pergunta de bilhões de dólares que pode afundar o Brasil.
Será que o pré-sal contém vários poços tipo “Tubarão Azul”, o execrado poço que a OGX dizia ter 900 milhões de barris e que se tornou inviável? O que nós vimos ocorrer com a OGX, que é fruto da falta de uma certificação séria das reservas e recursos de petróleo, pode estar ocorrendo, nas mesmas proporções, com a Petrobras. Afinal, estamos no mesmo país e sob as mesmas leis. O que nós vemos sobre o pré-sal é uma propaganda governamental ufanista que ressalta as maravilhas e grandezas do pré-sal. Todos queremos que isso seja verdade.
Mas, temos que acreditar em tudo que se escreve?
Talvez não, pois esses dados parecem não ter o respaldo de um cálculo de reservas feito por auditoria externa competente, dentro dos padrões aceitos pelas bolsas internacionais. É incrível, mas todos estamos comprando o pré-sal pelo que a mídia publica sem vermos nenhum relatório de auditoria externa de porte mundial. Muito o que se fala e publica é altamente preliminar e sem uma base concreta. Não basta ter um relatório. Esse relatório tem que ser calcado em grande densidade de dados certificados e de alta qualidade.
Ou, de outra forma, teremos apenas recursos inferidos os quais podem, como o Tubarão Azul, se esvanecer no futuro...neste caso teremos o efeito PetroBraX: mais um imenso calote, que neste caso, será pago pelo povo brasileiro.