sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Minério de ferro: acossada por altos custos e preços baixos a Fortescue pode ser a primeira gigante a tombar

Minério de ferro: acossada por altos custos e preços baixos a Fortescue pode ser a primeira gigante a tombar

A gigante australiana Fortescue é a terceira maior produtora de minério de ferro do mundo. Até pouco tempo atrás era uma empresa que atraia grandes investidores: uma das joias da constelação das mineradoras australianas.

Mas, nem tudo está bem no quartel general de Twiggy Forrest o conhecido Chairman da mineradora.

A Fortescue é uma produtora de apenas um produto: minério de ferro. Essa característica a faz extremamente vulnerável ao momento atual, onde os preços do minério começam a cair abaixo de US$80/t.

Cercada de grandes débitos a empresa tem o seu pior ano desde 2008.

O dilema de Twiggy é como pagar os débitos que somam mais de US$4 bilhões, e reestruturar a sua empresa, no momento que os preços despencam 41% e que seu all-in sustaining cost é de apenas US$73/t.

 Com uma margem de lucro minimalística, Twigy ainda tem que enfrentar um mercado que prefere comprar minérios de maior qualidade do que os que a Fortescue produz.

Mesmo assim a empresa expandiu a sua capacidade para 155 milhões de toneladas ano: uma jogada audaciosa que pode se tornar no seu pior pesadelo.

Brazil Minerals produz diamante raro

Brazil Minerals produz diamante raro




O Instituto Gemológico da América classificou um dos diamantes produzidos em Duas Barras como colorido tipo fancy. Diamantes com a classificação fancy são raros e, muitas vezes, caríssimos. Diamantes tipo fancy apresentam cores fortes, vívidas, saturadas que frequentemente ficam fora da escala normal de cores.

A própria avaliação dos fancy é um trabalho complexo e especializado, sendo preciso um avaliador altamente treinado.

No Brasil os diamantes fancy mais comuns são amarelos, rosas e azuis.

A Brazil Minerals é dona da maior planta de processamento aluvionar da América do Sul e pode estar entrando em uma nova era. Se os diamantes fancy recuperados na mina de Duas Barras forem estatisticamente importantes, o caixa da Brazil Minerals pode se escalar significativamente.

Esse foi o dramático efeito positivo que os pink Diamonds tiveram no fluxo de caixa da mina de Argyle na Austrália.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Quais gemas combinam com a tanzanita

Quais gemas combinam com a tanzanita

Quais gemas combinam com a tanzanita
Este cristal captura um dos muitos tons de índigo da tanzanita
Zedcor Wholly Owned/PhotoObjects.net/Getty Images
O nome da tanzanita deriva de seu país de origem, a Tanzânia. Os mineradores desenterraram os cristais azuis pela primeira vez em 1962, mas foi em 1968 que a empresa de jóias Tiffany & Company lançou uma campanha publicitária cara para promover a nova joia. A tanzanita muda de tonalidade dependendo de como a luz incide sobre ela. Encontrar as joias certas para complementar esta pedra incomum pode ser um desafio.

Gemas transparentes

Os diamantes transparentes complementam qualquer joia. Como eles refratam a luz em cores espectrais, contêm todas as cores e, portanto, combinam com as variações violetas e índigo da tanzanita. Os cubos de zircônia e safiras transparentes também combinam bem com a tanzanita, sendo alternativas mais econômicas ao diamante. A moissanita, outra gema transparente, tem a vantagem de ser uma escolha tão incomum como a pedra que destaca.

Gemas rosa

A morganita rosa fornece um nítido contraste com a profundidade e saturação da cor da tanzanita. A morganita, uma forma de berilo quimicamente relacionada com a esmeralda e água-marinha, tem um tom rosa suave que faz com que a cor da tanzanita pareça mais rica. A safira rosa tem um brilho que destaca a tanzanita sem competir com ela. A zorcônia natural rosa -- não a zircônia cúbica rosa -- também tem um brilho rosado suave que contrasta bem com o profundo índigo da tanzanita

Gemas amarelas

O amarelo fica oposto ao roxo na roda de cores, então contornar uma pedra roxa com gemas amarelas mostra o contraste entre elas. Enfatize a cor roxa da tanzanita com pedras como safira amarela, citrino ou berilo. Escolha pedras amarelas mais pálidas para evitar que compitam com a tanzanita central. Usar pedras amarelas com um leve tom de laranja destacará o azul na joia. Amarelos esverdeados destacarão os tons de roxo da pedra de forma mais drástica.

Gemas verdes

Verde e roxo são cores secundárias análogas; combine safira verde, chartreuse peridoto ou esmeraldas ricamente coloridas com tanzanita para uma peça atraente. A tanzanita e esmeralda partilham a necessidade de um tratamento delicado para evitar fraturas, de modo que usá-las juntas faz com que os cuidados com peças acabadas sejam mais simples. As esmeraldas também têm uma qualidade aveludada, nublada, que contrasta bem com o brilho de tanzanita.

Sobre a Tanzanita

Sobre a Tanzanita

A Tanzanita leva o nome do país do leste africano Tanzânia, o único lugar onde essa gema é encontrada. Dizem que ela foi descoberta em 1967 sob as sombras do Monte Kilimanjaro. A Tanzanita é uma variedade do mineral zoisita, o qual contém cálcio, alumínio, oxigênio, hidrogênio e silício, segundo o website "WebMineral". A zoisita recebe tratamento térmico para produzir um tom azul safira com reflexos roxos, normalmente associado às pedras de tanzanita. In natura, estas pedras podem variar de cor em tons de marrom, vermelho, azul e amarelo esverdeado. A Tanzanita não é exatamente uma pedra dura, portanto, ela deve ser usada com cuidado e protegida de impacto, além de evitar o uso excessivo.

Processamento da Tanzanita

Ainda que o reconhecível roxo azulado em algumas tanzanitas ocorra naturalmente, muitas gemas tem de ser tratadas para adquirir esta cor específica. Geralmente, as pedras são cortadas e polidas antes de ser aquecidas a uma temperatura de 371º C, de acordo com o website "TheGemSociety". Isto fixa a cor permanentemente. Supõe-se que todas as gemas de tanzanita comercializadas recebam tratamento térmico, mesmo que, às vezes, a natureza produza o aquecimento. Geralmente, as pedras maiores têm uma cor mais violeta, enquanto as menores produzem tons mais azulados.

Qualidade da Pedra

As tanzanitas mais valiosas são aquelas com uma cor mais rica e profunda, quer seja um roxo azulado ou um azul arroxeado. Pureza também é um fator importante, isto é, pedras sem marcas ou impurezas. Tanzanitas de cor azul mais pálido são frequentemente encontradas, mas estas não alcançam os altos preços das pedras de cor mais forte. Certifique-se de que a pedra que quer adquirir é uma tanzanita natural, verdadeira. As pedras criadas em laboratório, chamadas de tanzaniques, estão disponíveis no mercado e imitam a cor da tanzanita mas não são tão valiosas.

Comprando pedras

Como as tanzanitas são encontradas em apenas um lugar no mundo, compradores podem encontrar várias afirmações exageradas sobre sua raridade e valor. Sempre compre de negociantes de boa reputação com uma reputação sólida no mercado de pedras preciosas. As pedras maiores normalmente tem uma coloração melhor, então, prefira estas às menores sempre que possível. Tenha cuidado especialmente quando encomendar tanzanitas durante viagens. Pode ser difícil avaliar a reputação do vendedor. Cuidado com vendedores que usam os nomes das melhores companhias de pedras mas que não tem uma conexão verdadeira com elas.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Brasil abre espaço para a China

Os chineses ameaçariam, de fato, o mercado de pedras semi-preciosas brasileiras.

Isso porque o brasileiro parece pouco empenhado em defender esse setor e até manifesta um profissionalismo falho no comércio do produto para o exterior.
É muito difícil generalizar. Mas conversando com o atacadista suíço da área (Didier Rodelli, 35 anos de Waedenswil, perto de Zurique, talvez o maior da Suíça) tivemos a impressão de que os produtores brasileiros de pedras semi-preciosas deixam escapar um filão importante: o do trabalho de acabamento, limitando-se principalmente à produção de material bruto.

Didier Rodelli – que dispõe de uma área de 500 m2 repleto das mais diferentes pedras, procedentes dos 4 cantos do mundo (China, Austrália, Madagascar, África do Sul, Marrocos, Estados Unidos, Uruguai e Argentina), mas, principalmente do Brasil – deve com freqüência importar o produto brasileiro para a China. E uma vez que ele é trabalhado naquele país, importa para a Suíça, onde o coloca a disposição dos lojistas do ramo.

Seriedade em questão

Ele notou que o brasileiro não parece realmente querer defender um segmento da produção importante que dá mais valia ao produto. Quando ele faz encomendas específicas de produtos, de tal e tal dimensão, o que recebe corresponde geralmente apenas parcialmente ao estipulado e o acabamento deixa a desejar. E uma agravante: o prazo de fornecimento combinado é pouco respeitado. “Será no fim do mês, brinca o importador, mas não se sabe de que mês”.

Se o atacadista faz a mesma encomenda na China, tem a certeza de que irá receber o produto realizado segundo o que foi acertado no acordo. E tem a certeza também de que o prazo será observado à risca, afirma.

O chinês forneceria, portanto, o produto na medida exata estabelecida e no prazo fixado. E levaria uma outra vantagem sobre o brasileiro: o transporte China-Rotterdam-Zurique fica pelo mesmo preço que o transporte do produto brasileiro no trecho Rotterdam-Zurique, ou seja muito mais barato.

Brasil abre espaço para a China

Quem trabalha no comércio sabe que as leis do mercado são impiedosas. Quem quiser fazer negócios de certo vulto é preciso, por assim dizer, entrar no esquema.

Se, por exemplo, no ramo específico que abordamos, se atende a determinada demanda, o produto fornecido precisa ser uniforme.

Outra norma de referência para não assustar o cliente é que os preços sejam bastante estáveis. Não é o caso do Brasil, nesse setor. Da China, sim, observa Rodelli.

A conclusão de tudo isso é lógica: o brasileiro perde fatias do mercado, perde divisas, perde possibilidade de criar ou manter postos de trabalho. O Brasil, o maior produtor de pedras semi-preciosas deixa escapar oportunidades e acaba perdendo know-how no setor.

Fica a pergunta: a China é uma real ameaça? Só uma investigação mais aprofundada pode dar uma resposta. Mas que o Brasil perde terreno nesse campo, não restaria dúvida. Se não é que já tenha tomado consciência do problema.

Parodiando Drummond de Andrade: “no meio do caminho tinha uma pedra...”. No caso, muitas pedras...