quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Começa a produção de diamantes no kimberlito Karpinskogo-1

Começa a produção de diamantes no kimberlito Karpinskogo-1



A gigante russa Alrosa informa que iniciou a produção no kimberlito Karpinskogo-1, na região de Arkhangelsk. O pipe, que tem 6 pulsos kimberlíticos, vai produzir 600.000t ainda em 2014. Esta produção irá escalar para 2 milhões de toneladas em 2015.

Karpinskogo-1 tem uma reserva de 126 milhões de toneladas no padrão JORC.

A Alrosa é a maior produtora de diamantes do mundo e deverá produzir 36 milhões de quilates em 2014.



foto de Ptukhina Natasha

Brazil Minerals finaliza aquisição da mina de diamante Duas Barras

Brazil Minerals finaliza aquisição da mina de diamante Duas Barras


Segundo o CEO da Brazil Minerals Marc Fogassa a empresa comprou 100% de Duas Barras um jazimento de diamante aluvionar situado no norte de Minas Gerais.

A Brazil Minerals pagou US$200.000 em espécie e 2.142.857 ações na aquisição. 

Europeus convenientemente declaram que areias betuminosas canadenses não são “sujas”

Europeus convenientemente declaram que areias betuminosas canadenses não são “sujas”



Até hoje o óleo derivado das areias betuminosas canadenses, as oil sands, era considerado altamente poluente e “sujo” pela União Européia.

Tudo mudou, convenientemente, agora que o suprimento de hidrocarbonetos da Rússia está ameaçado pelas tensões na região.

Se as novas regras forem aprovadas, os importadores da UE terão apenas que relatar a quantidade de carbono dos produtos derivados das areias betuminosas que não mais serão consideradas “sujas”.

Será que essas mudanças hipócritas serão revogadas mais uma vez, se a situação da Ucrânia se normalizar?


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Diamante

Diamante

Generalidades   (1)
Imitações de diamante  (3)
Geologia do diamante   (2)
Preços   (3)
Diamante no Brasil  (2)
Comércio internacional   (3)
Coleção particular  (2)
Questões políticas    (3)
Diamante no mundo   (2)          
Seção infanto-juvenil   (3)
Diamantes famosos    (2)
Um diamante é para sempre   (3)
Diamantes sintéticos  (3)
Bibliografia   (3)
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      
Os diamantes são as lágrimas dos deuses.
Anônimo
  Generalidades - Definição: Carbono - C - cristalizado no sistema cúbico, geralmente em dodecaedros, octaedros, rombododecaedros, às vezes cubos ou outras formas, podendo mostrar arestas e faces encurvadas. Geralmente incolor ou com cor clara. Tem tanto mais valor quanto menos colorido for, exceto quando a cor é bem definida (fantasias ou fancy, em inglês). Pode ser amarelo, castanho, cinza, preto, leitoso, às vezes verde e raramente vermelho ou azul. Os tons amarelados são devidos a inclusões de nitrogênio. Tem brilho adamantino, clivagem octaédrica projetada e fratura conchoidal. É a substância mais dura que se conhece, com dureza 10,0 na escala de Mohs, sendo seguido pelo córindon, que tem dureza 9,0. Por essa razão, para lapidá-lo só se pode usar o próprio diamante. Embora muito duro, é frágil, sendo fácil de quebrar. Peso específico: 3,51-3,53. Pode mostrar fluorescência à luz ultra-violeta, geralmente em azul-claro. Índice de refração: 2,417-2,440. Dispersão muito forte: 0,044. É mau condutor elétrico, mas conduz o calor cinco vezes mais do que o cobre. Apresenta como inclusão mais frequente a olivina; as maiores, porém, são de diamante. As inclusões de diamante costumam ser tetraédricas ou octaédricas, parecendo-se com carvão. Outras inclusões que podem ser encontradas são de granada, cromodiopsídio e apatita. A presença de inclusões, embora diminua o valor da gema, contribui para sua identificação individual. Elas podem ser eliminadas pelo emprego de raios laser, o que traz o inconveniente de perfurar a gema de um extremo a outro, razão por que muitos gemólogos condenam o processo. Fonte: Branco, P.M. Glossário Gemológico Porto Alegre: Edit. da UFRGS, 1984.
- Variedades não-gemológicas: O diamante possui algumas variedades não-gemológicas: carbonado, bort e balas. A lonsdaleíta é um polimorfo hexagonal encontrado em meteoritos. Fonte: Idem, ib.
- Tratamento: O diamante pode ser colorido artificialmente com pigmentos azul-violáceos, removíveis em água quente, álcool ou ácidos. É transparente aos raios-X e, sob ação do brometo de rádio, pode adquirir superficialmente cor verde permanente, devida ao bombardeamento por partículas alfa. Com esse tratamento, o diamante fica radioativo mas, se aquecido a 450oC por algumas horas, perde a cor e a radioatividade. A alteração da cor é muito mais rápida se se usar radônio no lugar de rádio. Os diamantes irradiados verdes apresentam reflexos azuis, ao contrário dos que têm cor verde natural. Bombardeado em cíclotron, o diamante castanho ou amarelo fica verde superficialmente, passando depois a amarelo-ouro se aquecido a 800oC. Não fica, neste caso, radioativo. Em reatores (bombardeado por nêutrons), fica verde também, mas a cor se distribui por todo o cristal. Depois disso, se convenientemente aquecido, passa a amarelo-canário. As cores assim obtidas não podem ser distinguidas das naturais. Na natureza, deve ocorrer bombardeio natural similar ao obtido em laboratório mas que, por ser de fraca intensidade, só altera a porção superficial da pedra. Os diamantes irradiados oferecidos no comércio têm cor azul, verde, amarela, marron, avermelhada ou preta. A radioatividade do diamante pode ser constatada por um contador Geiger ou por exposição a uma película fotográfica, durante algumas horas. Quando o diamante é tratado em cíclotrons, ela persiste por apenas 1 ou 2 horas. Fonte: Idem, ib.
- Etimologia: Do grego adamás (indomável) por não se r riscad o por nenhum outro mineral. Fonte: Idem, ib.
- Representação cristalográfica do diamante
inside diamond diam structure diam frame
Por que o diamante é tão duro? Uma das razões é que a ligação química entre cada átomo de carbono que forma o diamante é extremamente forte. Outra é que os átomos formam uma estrutura rígida - cada átomo se conecta com outros quatro, formando uma rede muito regular. O diamante também é bom condutor de som, mas não de eletricidade, é um isolante e sua resistência elétrica, transmissibilidade ótica e inércia química são notáveis. Além disso, os diamantes dispersam a luz. Como resultado, a gema age como um prisma, separando a luz branca nas cores do arco-íris. Quanto maior a dispersão, melhor o espectro de cores que são obtidas. Esta propriedade dá origem ao "fogo" dos diamantes.
- Representação cristalográfica da grafita
graph1 structure graph hexagons graph structure
Os átomos de carbono na grafita estão arranjados de tal modo que constituem camadas. Estes átomos possuem dois tipos de interação entre si. No primeiro caso, cada carbono é ligado a três outros e dispostos nos vértices de uma rede de hexágonos regulares, formando um ângulo de 120 graus. Estes arranjos planos estendem-se em duas dimensões para formar uma espécie de tela de arame. Além disso, estes arranjos são presos entre si por forças mais fracas conhecidas com interações de empilhamento. Esta estrutura tridimensional explica as propriedades físicas da grafita. Ao contrário do diamante, a grafita pode ser usada como lubrificante ou em lápis porque as camadas se quebram com facilidade. A estrutura plana da grafita permite que os elétrons se movam facilmente dentro dos planos. Isso faz com que a grafita seja condutor de eletricidade e calor, assim como absorve a luz e, ao contrário do diamante, aparece com cor negra.

- Imagens de diamantes brutos

rough-diamonds-big    
- Espécimes de diamante bruto de vários países ou regiões
zaire1 afr_sul austr1 austr2
(1) Zaire - 5,65 quilates (ct); (2) África do Sul - 1,21 ct; (3) Austrália - 7,98 ct; (4) Austrália - 6,85 ct;

siber1 siber2
(5) Sibéria - 1,23 ct; (6) Sibéria - 1,33 ct.

- As formas - (1) e (2)
- Características de diamantes lapidados, também denominados de brilhantes
(de acordo com a De Beers)

Obs.: a) Visualize a diferença de cor entre os graus D e Z e explore melhor o conceito dos 4C no site Diamonds.com
b) Um brilhante redondo pesando um quilate tem 6,5 mm de diâmetro; 2 ct correspondem a 8 mm;
5 ct a 11,10 mm; quanto a brilhantes pequenos, 1 ponto corresponde a 1,30 mm; e 30 pontos a 4,27 mm.
              
                                        Diferentes Tipos de Corte          

  Premium Cut
Tolkowski Ideal Cut
Excellent Ideal Cut
Total Depth
58.8% - 63.8%
58.0% - 63.8%
59.2% - 62.4%
Table Size
58.0 - 61.0%
53.0% - 58.0%
52.5% - 58.4%
Crown Height
13.0% -17.0%
14.2% - 16.2%
--------------
Crown Angle
32.7° - 36.3°
33.7° - 35.8°
32.5° - 35.4°
Pavilion Depth
41.7% - 45.0%
42.2% - 43.8%
41.5% - 44.4%  
No início do século XX o matemático russo Marcel Tolkowski publicou os resultados do seu trabalho sobre o corte ideal do diamante. Esse trabalho (Diamond Design, London, 1919) tornou-se a base para o modelo conhecido hoje como o "Corte Ideal". Embora a preferência atual seja por "mesas" maiores que 53% do diâmetro total, durante quase sete décadas esta fórmula básica permaneceu como o padrão para o brilhante em todo o mundo.
     proportions  
   depth    shallow  ideal   deep
Observe as três imagens acima, no canto esquerdo. Se o corte for raso (imagem à esquerda) ou profundo demais (imagem à direita), os raios de luz saem por baixo ou lateralmente, ao atravessar o brilhante. Somente no corte ideal (imagem central) os raios de luz refletem no pavilhão e retornam para cima. As fotos retratam o mesmo fenômeno.
Este efeito assegura o brilho (ou o fogo) mais intenso da pedra, realçando a sua beleza. E o preço também...

Mali – Eldorado de urânio, ouro, petróleo e minerais

Mali – Eldorado de urânio, ouro, petróleo e minerais estratégicos …

mali (1)O governo francês declarou que:
vai enviar 2.500 soldados para apoiar soldados do Mali no conflito contra rebeldes islâmicos.
já enviou  cerca de 750 soldados para o Mali e transportadores franceses chegaram a Bamako, na manhã de terça-feira …..
Vai continuar a mobilização de forças em terra e no ar …..
Tem um objectivo. Garantir que quando saírem, quando terminarem a intervenção, Mali está seguro, tem autoridade legítima, um processo eleitoral e que não há mais terroristas a ameaçar o seu território
Esta é a narrativa oficial da França e dos que a apoiam, amplamente divulgada pelos meios de comunicação. A França é apoiada por outros membros da Nato. Leon Panetta, secretário da Defesa dos Estados Unidos, confirmou a oferta da inteligência para as forças francesas no Mali Canadá, Bélgica, Dinamarca e Alemanha, também apoiam a incursão francesa, prometendo apoio logístico na repressão aos rebeldes. 
Se olharmos só para essa narrativa, não veremos outras razões. Um olhar sobre os recursos naturais do Mali revela o que poderá estar  está em questão.
Recursos naturais do Mali  
mali
Ouro: terceiro maior produtor africano de ouro com explorações em grande escala e em curso. Mali é famoso pelo seu ouro desde os dias do grande império do Mali e da peregrinação do Imperador Kankou Moussa em 1324 a Meca, onde transportou mais de 8 toneladas de ouro na sua caravana! Mali tem sido, portanto, um país tradicionalmente mineiro por mais de meio milénio.
Mali tem actualmente sete minas de ouro operacionais que incluem: Kalana e Morila no sul do Mali, Yatela, Sadiola e Loulo a oeste e as minas que recentemente reiniciaram a produção Syama e Tabakoto. Projectos de exploração de ouro avançadas incluem: Kofi, Kodieran, Gounkoto, Komana, Banankoro, Kobada e Nampala.
Urânio: sinais encorajadores e exploração em pleno andamento por várias empresas, com claros indícios de depósitos de urânio no Mali.
Grande potencial de urânio localiza-se na área Falea, que cobre 150 km² do Falea-bacia do Norte Guiné, bacia sedimentar neoproterozóica marcada por significativas anomalias radiométricas. Estima-se que em Falea existam cerca de 5.000 toneladas. O projecto Kidal, na parte nordeste do Mali, com uma área de 19.930 km2, abrange a grande província L’Adrar Des Iforas. Estima-se que o depósito Samit na região Gao contenha  200 toneladas.
Diamantes: Mali tem potencial para desenvolver a sua exploração de diamantes: na região de Kayes  (região de mineração 1), foram descobertos 30  tubos de kimberlitos, dos quais oito mostram traços de diamantes. Cerca de oito  diamantes pequenos foram colhidos na região de Sikasso (sul do Mali).
Dentro do grupo das pedras preciosas, podemos encontrar no:
Círculo de Nioro e Bafoulabe: Granadas e raros minerais magnéticos
Círculo de Bougouni e Bacia Faleme: minerais pegmatíticos
Le Gourma – granada e corindo
L’Adrar des Ilforas – pegmatito e minerais em metamorfose
Hombori Douentza Zona: quartzo e carbonatos
Minério de ferro, bauxita e manganês: existem recursos significativos no Mali, mas ainda por explorar. Mali estima mais de 2 MT de minério de ferro, localizadas nas áreas de Djidian-Kenieba, Diamou e Bale.
Em termos de reservas de bauxita, estimam-se 1,2 MT localizados em Kita, Kenieba e Bafing-Makana. Traços de manganês foram encontrados em Bafing – Makana, Tondibi e Tassiga.