domingo, 28 de dezembro de 2014

A Era do Ouro - 1/2

Novo modelo de exploração garimpeira proíbe uso de PCS e dragas no rio Tapajós

Novo modelo de exploração garimpeira proíbe uso de PCS e dragas no rio Tapajós

Prefeita Eliene Nunes, secretário José Colares e Jandira Rodrigues, durante reunião em Itaituba

Prefeita Eliene Nunes, secretário José Colares e Jandira Rodrigues, durante reunião em Itaituba
Prefeita Eliene Nunes, secretário José Colares e Jandira Rodrigues, durante reunião em Itaituba
Após sucessivas reuniões com debates, críticas e propostas, na noite de quinta-feira, dia 07, Itaituba criou um divisor de águas virando uma página que em sessenta anos de garimpagem ainda mantém um modelo de exploração arcaico e que agora entra em linha de vanguarda com uma visão mais ampla e de futuro.
Foi repassada par a Semma Estadual proposta de instrução normativa para a nova fase de exploração da atividade garimpeira no Tapajós. O documento foi elaborado por várias entidades de classe representativas da categoria, assim como também a Prefeitura, Câmara de vereadores, CDL, Associação Comercial e outros. O documento foi oficialmente assinado pelo Secretário de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), Davi Leal; por José colares, Secretário de Estado de Meio Ambiente (Semma); Jandira Rodrigues, Secretária de Meio Ambiente e produção de Itaituba; DNPM, Prefeitura e mais doze entidades de classes de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso.
A proposta objetiva a normatização da atividade garimpeira no Tapajós com a meta de minimizar impactos ambientais, e ajustar a conduta para que se torne viável a obtenção ou renovação de Licença Ambiental, que no documento ficou definida nas categorias, garimpo de com a utilização de escavadeiras hidráulicas (conhecida por PC), garimpo por meio de equipamento flutuante (dragas, balsas, Chupadeiras, balsinhas). De acordo com o secretário de estado José Colares, da Semma, a medida foi resultado de um pacto com Itaituba através dos representantes da garimpagem e outros segmentos empresariais, políticos, enfatizando que o Estado honrará o acordo, mas será rigoroso também para que tudo que foi estabelecido na instrução normativa seja também respeitado pelo setor  mineral.
Em sua primeira parte a instrução normativa traz orientações gerais para todos os tipos de garimpos onde será exigida daqui pra frente saúde e segurança do trabalhador, uso obrigatório de equipamentos de proteção individual, em área de garimpeiro sequeiro deve ser obrigatoriamente construído latrina e local para absorver resíduos sólidos com aterramento do lixo co distância mínima de 40 metros após o limite legal das Áreas de Proteção Permanente (APP).
Estabelece, ainda, que seja dado tratamento adequado ao resíduo reciclável (tais como óleo, pilha e outros, assim como também água fervida e filtrada para efeito de consumo. Os garimpos que utilizam bico jato e chupadeira (par de máquinas) deverá usar bico jato a uma distância mínima respeitando a área de amortecimento da Área de Proteção Permanente (APP), correspondente a margem do rio, de acordo com o que estabelece o Código Florestal.
Pepita de ouro pesando mais de 1 kg, extraída ilegalmente, numa prova de que é possível estender a legalidade para um universo maior de garimpeiros
Pepita de ouro pesando mais de 1 kg, extraída ilegalmente, numa prova de que é possível estender a legalidade para um universo maior de garimpeiros
Fica expressamente proibido a garimpagem com par de máquina em todos os afluentes diretos e indiretos do rio Tapajós, com a extração com par de máquina obedecendo várias recomendações entre elas dimensões máximas dos barrancos 20 x 20, avanço de lavra (exploração do barraco seguinte) só será permitido com a recuperação concomitante ao barranco anterior, sendo em um dos seus treze artigos também obrigatória a recuperação do relevo com reflorestamento da área total alterada após exaustão da atividade. Além do mais deverá ser apresentado um técnico responsável com ART para extração mineral e recuperação ambiental. Em relação ao garimpo que explora ouro com equipamentos flutuantes (dragas, balsas chupadeiras, barcos, escariantes, balsinha, chupão e outros) foram estabelecidas 9 condicionantes ficando proibido a utilização dos equipamentos flutuantes em todos os afluentes direto e indiretos do rio Tapajós. Por outro lado os equipamentos flutuantes para serem usados no rio tapajós deverá ser cadastrado com vistas ao controle e vistorias pela Semma e os órgãos de competência, deve atuar em uma distância mínima de 1000m de um equipamento flutuante para outro, ficando também mil metros distante da margem do rio Tapajós.
Também o equipamento flutuante só poderá usar bomba de especificação de até 16 polegadas. O estudo ambiental deve descrever o número de equipamentos flutuantes a serem utilizados na PLG atendendo as distâncias estabelecidas acima no rio Tapajós, sendo que será aceita apenas a quantidade de 40 equipamentos flutuantes. Sobre o uso de mercúrio o mesmo dever ser controlado em circuito fechado ou com equipamento sem utilização de mercúrio a ser estabelecido em regulamentação específica para o mercúrio, também deve ser apresentado um técnico responsável com ART para extração mineral.
Para as PCs torna-se obrigatório o cadastramento desse tipo de máquina com apresentação de documentos comprobatórios de nota fiscal de origem da PC junto ao órgão ambiental, pois o uso de escavadeiras hidráulicas só será permitido para o desenvolvimento de lavra em tiras”Strip mine” obedecendo as dimensões máximas de 15 x 50m. Também se faz necessário separar meio metro da capa do lacral para melhor recuperação do solo, sendo que o avanço de lavra (exploração da tira seguinte) só será permitido com a recuperação concomitante da tira anterior. Também deve ser apresentado um técnico responsável com ART para extração mineral e recuperação ambiental.
A assinatura do documento aconteceu por volta das 19 horas no auditório da Prefeitura onde os secretários de Estado, prefeita Eliene Nunes, representantes de sindicatos, cooperativas e associações assinaram o documento se comprometendo em cumprir os acordos estabelecidos em propostas tiradas de várias reuniões e também fizeram discursos reiterando o compromisso feito entre o Município, Estado e União para um evento considerado por eles como “histórico”.

Vale brilha menos e recebe grau BBB

Vale brilha menos e recebe grau BBB




A mineradora que um dia foi a segunda maior do mundo tem hoje um valor de mercado de US$42 bilhões.

O crescimento da Vale nos últimos quatro anos, mesmo quando o minério de ferro estava em ascendência, é negativo. As ações da empresa, que hoje valem $18 eram negociadas por $52 em janeiro de 2011. Uma queda de 65%.

É uma história de horror que trouxe enormes prejuízos para seus acionistas.

Hoje a Morningstar colocou a Vale no nível de crédito BBB. Isto significa, ao investidor, que a empresa já apresenta um risco moderado de não conseguir pagar os seus débitos.

Para uma empresa que já esteve no topo esse nível de risco, considerado por muitos como próximo de junk, é mais um fator para afugentar investidores.

Mesmo com todos esses problemas a Vale, uma empresa multinacional de capital aberto listada nas bolsas internacionais, sem consultar aos seus acionistas, agiu de forma estranha e foi uma das maiores doadoras da campanha de Dilma, junto com as suspeitíssimas  Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Odebrecht, OAS e Camargo Correia que hoje são acusadas na operação Lava a Jato.

Algo a ser considerado ou apenas mais um ato de mau gerenciamento do dinheiro dos acionistas?

sábado, 27 de dezembro de 2014

Angola deve faturar US$1.3 bilhões na venda de diamantes em 2014

Angola deve faturar  US$1.3 bilhões na venda de diamantes em 2014



Segundo o Ministro de Geologia e Mineração de Angola o país africano faturou US$1,2 bilhões na venda de seus diamantes até novembro deste ano. Parece que será fácil bater a meta de US$1,3 bilhões para o ano todo.

A principal produção de Angola vem do kimberlito de Catoca, a quarta maior mina de diamantes primários do mundo. O kimberlito de Catoca é controlado pelo consórcio formado pela  estatal Angolana Endiama, a russa Alrosa e pela Brasileira Odebrecht.

Petrobras a um passo do rebaixamento

Petrobras a um passo do rebaixamento



A agência de risco Moody´s colocou a Petrobras na fila para um possível rebaixamento. Isto ocorre uma vez que a Petrobras ainda não auditou o seu balancete, atrasado desde o fim do terceiro trimestre.

 Se isso ocorrer o grau atual de Baa2 pode se transformar em Baa3 ou até pior, o que, neste caso seria o fim do grau de investimento já que a petroleira está apenas dois níveis acima das empresas sem confiabilidade.

Isso afastará, imediatamente, os grandes fundos de ações que são proibidos de investir em empresas pouco seguras.

 As vendas de ações, resultantes do rebaixamento, forçariam novas quedas desvalorizando mais ainda as ações da estatal. Com um rebaixamento maior a Petrobras terá imensa dificuldade em se financiar no futuro próximo.