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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Petróleo em queda: o que estamos perdendo?
Petróleo em queda: o que estamos perdendo?
Muitos países estão em celebrando a forte queda do preço do petróleo, que em poucos meses despencou 50%, atingindo o preço mais baixo em 5 anos.
Não é para menos.
Nestes países a população está economizando como nunca, a economia cresce e a inflação cai.
Os preços dos combustíveis estão caindo, a alegria dos motoristas. Os custos do transporte em queda fazem com que vários produtos da cesta básica comecem, também a cair. As passagens aéreas estão sendo reajustadas para baixo acelerando o turismo. Enfim, toda a economia está em festa com redução de custos e aumento nas vendas, já que a população passa a ter um dinheiro extra não planejado.
É como se um novo salario estivesse sendo distribuído à milhões.
Na Austrália o impacto desta redução no preço do petróleo irá significar uma queda de 1,8% na inflação anual, calculam os economistas locais.
Infelizmente os motivos que estão sendo celebrados nestes países não atingem a população brasileira. Aqui no Brasil o preço dos derivados de petróleo não está alinhado com o preço internacional e vem sendo utilizado pelo Governo, nos últimos anos, como moeda político/eleitoreira. Esta ingerência do Governo prejudicou imensamente a Petrobras e ao povo brasileiro que não usufrui de momentos como este.
Enquanto lá fora o preço do petróleo despenca, aqui no solo tupiniquim os combustíveis sobem.
Muitos países estão em celebrando a forte queda do preço do petróleo, que em poucos meses despencou 50%, atingindo o preço mais baixo em 5 anos.
Não é para menos.
Nestes países a população está economizando como nunca, a economia cresce e a inflação cai.
Os preços dos combustíveis estão caindo, a alegria dos motoristas. Os custos do transporte em queda fazem com que vários produtos da cesta básica comecem, também a cair. As passagens aéreas estão sendo reajustadas para baixo acelerando o turismo. Enfim, toda a economia está em festa com redução de custos e aumento nas vendas, já que a população passa a ter um dinheiro extra não planejado.
É como se um novo salario estivesse sendo distribuído à milhões.
Na Austrália o impacto desta redução no preço do petróleo irá significar uma queda de 1,8% na inflação anual, calculam os economistas locais.
Infelizmente os motivos que estão sendo celebrados nestes países não atingem a população brasileira. Aqui no Brasil o preço dos derivados de petróleo não está alinhado com o preço internacional e vem sendo utilizado pelo Governo, nos últimos anos, como moeda político/eleitoreira. Esta ingerência do Governo prejudicou imensamente a Petrobras e ao povo brasileiro que não usufrui de momentos como este.
Enquanto lá fora o preço do petróleo despenca, aqui no solo tupiniquim os combustíveis sobem.
A dura vida dos pesquisadores de diamantes primários
A dura vida dos pesquisadores de diamantes primários
A pesquisa de diamantes em fontes primárias como kimberlitos e lamproitos, não é para qualquer um. É um trabalho altamente técnico, incrivelmente caro e se não for adequadamente conduzido, há o risco de se perder uma jazida ou de investir onde não existe depósito econômico.
Quando os teores são baixos, o que é o caso da maioria dos kimberlitos, uma amostra de pequeno volume não tem nenhuma representatividade e qualquer que seja o teor obtido não deve ser considerado. Para entender essa premissa é necessário ler os próximos parágrafos.
A concentração dos diamantes na rocha fonte é, frequentemente muito pequena, de apenas algumas miligramas por tonelada. Isso obriga o pesquisador fazer verdadeiras minas piloto para obter dados fidedignos como teor, qualidade, preço e tamanho médio dos diamantes.
Um bom exemplo é a mina de Letseng no Lesotho. Ela é uma das mais importantes minas de diamante primário do mundo.
No kimberlito de Letseng o teor médio é de apenas 3 quilates (600 miligramas) por tonelada de minério.
Com teores tão baixos as amostras pequenas, de 50kgs, por exemplo, irão quase sempre dar resultados negativos para diamante. Se você fizer esse erro poderá simplesmente perder uma jazida de bilhões de dólares. Ou, gastar muito em um prospecto sem nenhum valor...
A pergunta que se deve fazer é: qual o tamanho mínimo de uma amostra que seja representativa do teor, qualidade, preço e tamanho do diamante de Letseng?
Lembre-se que o investimento em Capex para uma mina destas pode chegar e ultrapassar a 1 bilhão de dólares, o que nos obriga a ter muita confiança nos dados obtidos na pesquisa. Na realidade antes da viabilidade econômica o nível de confiança deve estar próximo dos 97,5%, mas isso é uma outra história...
Sem entrar em cálculos estatísticos complexos a resposta mais utilizada pelos pesquisadores é que é necessário coletar um mínimo de 2.000 quilates de diamante (por amostra) para que essa tenha alguma representatividade de teor.
Por este cálculo simples seria necessário uma amostra mínima de 67.000 toneladas. Ocorre que em Letseng os diamantes médios são os maiores do mundo. Este kimberlito é o que produz mais diamantes acima de 10 quilates, o que faz o preço médio do diamante de Letseng ser um dos mais elevados.
Estas características fazem com que uma amostra representativa tenha que ser, no mínimo, de 1 milhão de toneladas.
Assustado?
Lembre-se que dependendo do kimberlito existem imensas variações faciológicas o que vai aumentar em muito o número de amostras a serem coletadas. O pior é que cada fácie tem um teor diferente e alguns, no mesmo pipe, podem ser estéreis.
Ou seja, é necessário uma verdadeira mina para que o investidor tenha a certeza de que o projeto é viável.
É por essas características da jazida que várias empresas amostraram o kimberlito e nunca conseguiram entender os teores, qualidade e tamanhos médios reais. Alguns anos atrás eu debati esse assunto com um “expert” em diamantes Sul-Africano. Ele me confidenciou que a empresa dele havia investido milhões em Letseng sem conseguir ver a viabilidade do projeto, pois nunca amostraram grandes volumes, como necessário.
Como se vê, essas particularidades fazem a pesquisa em Letseng ser caríssima. Foi por isso que entre a descoberta em 1957 e a mina se passaram 20 anos e muitos perderam dinheiro em uma das jazidas mais rentáveis da África.
A sorte é que a garimpagem feita ao longo destes 20 anos produziu dezenas de milhares de quilates o que permitiu, aos mais espertos, uma avaliação preliminar dos teores, qualidade, preço e tamanho.
O histórico de produção serviu como uma mina piloto e orientou os geólogos quanto ao tamanho mínimo da amostra de Letseng.
Lembre-se deste exemplo quando for avaliar os teores de um kimberlito. Talvez a resposta só seja possível se a sua empresa estiver disposta a investir dezenas de milhões na pesquisa.
A pesquisa de diamantes em fontes primárias como kimberlitos e lamproitos, não é para qualquer um. É um trabalho altamente técnico, incrivelmente caro e se não for adequadamente conduzido, há o risco de se perder uma jazida ou de investir onde não existe depósito econômico.
Quando os teores são baixos, o que é o caso da maioria dos kimberlitos, uma amostra de pequeno volume não tem nenhuma representatividade e qualquer que seja o teor obtido não deve ser considerado. Para entender essa premissa é necessário ler os próximos parágrafos.
A concentração dos diamantes na rocha fonte é, frequentemente muito pequena, de apenas algumas miligramas por tonelada. Isso obriga o pesquisador fazer verdadeiras minas piloto para obter dados fidedignos como teor, qualidade, preço e tamanho médio dos diamantes.
Um bom exemplo é a mina de Letseng no Lesotho. Ela é uma das mais importantes minas de diamante primário do mundo.
No kimberlito de Letseng o teor médio é de apenas 3 quilates (600 miligramas) por tonelada de minério.
Com teores tão baixos as amostras pequenas, de 50kgs, por exemplo, irão quase sempre dar resultados negativos para diamante. Se você fizer esse erro poderá simplesmente perder uma jazida de bilhões de dólares. Ou, gastar muito em um prospecto sem nenhum valor...
A pergunta que se deve fazer é: qual o tamanho mínimo de uma amostra que seja representativa do teor, qualidade, preço e tamanho do diamante de Letseng?
Lembre-se que o investimento em Capex para uma mina destas pode chegar e ultrapassar a 1 bilhão de dólares, o que nos obriga a ter muita confiança nos dados obtidos na pesquisa. Na realidade antes da viabilidade econômica o nível de confiança deve estar próximo dos 97,5%, mas isso é uma outra história...
Sem entrar em cálculos estatísticos complexos a resposta mais utilizada pelos pesquisadores é que é necessário coletar um mínimo de 2.000 quilates de diamante (por amostra) para que essa tenha alguma representatividade de teor.
Por este cálculo simples seria necessário uma amostra mínima de 67.000 toneladas. Ocorre que em Letseng os diamantes médios são os maiores do mundo. Este kimberlito é o que produz mais diamantes acima de 10 quilates, o que faz o preço médio do diamante de Letseng ser um dos mais elevados.
Estas características fazem com que uma amostra representativa tenha que ser, no mínimo, de 1 milhão de toneladas.
Assustado?
Lembre-se que dependendo do kimberlito existem imensas variações faciológicas o que vai aumentar em muito o número de amostras a serem coletadas. O pior é que cada fácie tem um teor diferente e alguns, no mesmo pipe, podem ser estéreis.
Ou seja, é necessário uma verdadeira mina para que o investidor tenha a certeza de que o projeto é viável.
É por essas características da jazida que várias empresas amostraram o kimberlito e nunca conseguiram entender os teores, qualidade e tamanhos médios reais. Alguns anos atrás eu debati esse assunto com um “expert” em diamantes Sul-Africano. Ele me confidenciou que a empresa dele havia investido milhões em Letseng sem conseguir ver a viabilidade do projeto, pois nunca amostraram grandes volumes, como necessário.
Como se vê, essas particularidades fazem a pesquisa em Letseng ser caríssima. Foi por isso que entre a descoberta em 1957 e a mina se passaram 20 anos e muitos perderam dinheiro em uma das jazidas mais rentáveis da África.
A sorte é que a garimpagem feita ao longo destes 20 anos produziu dezenas de milhares de quilates o que permitiu, aos mais espertos, uma avaliação preliminar dos teores, qualidade, preço e tamanho.
O histórico de produção serviu como uma mina piloto e orientou os geólogos quanto ao tamanho mínimo da amostra de Letseng.
Lembre-se deste exemplo quando for avaliar os teores de um kimberlito. Talvez a resposta só seja possível se a sua empresa estiver disposta a investir dezenas de milhões na pesquisa.
sábado, 3 de janeiro de 2015
Grupo canadense quer extrair ouro ao lado de Belo Monte
Grupo canadense quer extrair ouro ao lado de Belo Monte
O rio Xingu vai deixar de ser palco exclusivo de
Belo Monte, a polêmica geradora de energia em construção no Pará. Em
uma região conhecida como Volta Grande do Xingu, na mesma área onde
está sendo erguida a maior hidrelétrica do país, avança discretamente
um megaprojeto de exploração de ouro. O plano da mineradora já está em
uma etapa adiantada de licenciamento ambiental e será executado pela
empresa canadense Belo Sun Mining, companhia sediada em Toronto que
pretende transformar o Xingu no "maior programa de exploração de ouro
do Brasil".
O projeto é ambicioso. A Belo Sun, que pertence ao grupo canadense Forbes & Manhattan Inc., um banco de capital fechado que desenvolve projetos internacionais de mineração, pretende investir US$ 1,076 bilhão na extração e beneficiamento de ouro. O volume do metal já estimado explica o motivo do aporte bilionário e a disposição dos empresários em levar adiante um projeto que tem tudo para ampliar as polêmicas socioambientais na região. A produção média prevista para a planta de beneficiamento, segundo o relatório de impacto ambiental da Belo Sun, é de 4.684 quilos de ouro por ano. Isso significa um faturamento anual de R$ 538,6 milhões, conforme cotação atual do metal feita pela BM&FBovespa.
A lavra do ouro nas margens do Xingu será feita a céu aberto, porque "se trata de uma jazida próxima à superfície, com condições geológicas favoráveis". Segundo o relatório ambiental da Belo Sun, chegou a ser verificada a alternativa de fazer também uma lavra subterrânea, mas "esta foi descartada devido, principalmente, aos custos associados."
Para tirar ouro do Xingu, a empresa vai revirar 37,80 milhões de toneladas de minério tratado nos 11 primeiros anos de exploração da mina. As previsões, no entanto, são de que a exploração avance por até 20 anos. Pelos cálculos da Belo Sun, haverá aproximadamente 2.100 empregados próprios e terceirizados no pico das obras.
O calendário da exploração já está detalhado. Na semana passada, foi realizada a primeira audiência pública sobre o projeto no município de Senador José Porfírio, onde será explorada a jazida. Uma segunda e última audiência está marcada para o dia 25 de outubro. Todo processo de licenciamento ambiental está sendo conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará. O cronograma da Belo Sun prevê a obtenção da licença prévia do empreendimento até o fim deste ano. A licença de instalação, que permite o avanço inicial da obra, é aguardada para o primeiro semestre do ano que vem, com início do empreendimento a partir de junho de 2013. A exploração efetiva do ouro começaria no primeiro trimestre de 2015, quando sai a licença de operação.
Todas informações foram confirmadas pelo vice-presidente de exploração da Belo Sun no Brasil, Hélio Diniz, que fica baseado em Minas Gerais. Em entrevista ao Valor, Diniz disse o "Projeto Volta Grande" é o primeiro empreendimento da companhia canadense no Brasil e que a sua execução não tem nenhum tipo de ligação com a construção da hidrelétrica de Belo Monte ou com sócios da usina.
"Somos uma operação independente, sem qualquer tipo de ligação com a hidrelétrica. Nosso negócio é a mineração do ouro e trabalhamos exclusivamente nesse projeto", disse Diniz.
O "plano de aproveitamento econômico" da mina, segundo o executivo, ficará pronto daqui a seis meses. Nos próximos dias, a Belo Sun abrirá escritórios em Belém e em Altamira. Hélio Diniz disse que, atualmente, há cerca de 150 funcionários da empresa espalhados na Volta Grande do Xingu, região que é cortada pelos municípios de Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Altamira.
O local previsto para receber a mina está localizado na margem direita do rio, poucos quilômetros abaixo do ponto onde será erguida a barragem da hidrelétrica de Belo Monte, no sítio Pimental. A exploração da jazida, segundo Diniz, não avançará sobre o leito do rio. "A mina fica próxima do Xingu, mas não há nenhuma ação direta no rio."
Para financiar seu projeto, os canadenses pretendem captar recursos financeiros no Brasil. De acordo com o vice-presidente de exploração da Belo Sun, será analisada a possibilidade de obter financiamento no BNDES. "Podemos ainda analisar a alternativa de abrir o capital da empresa na Bovespa. São ações que serão devidamente estudadas por nós."
Segundo a Belo Sun, o futuro reservado para a região da mina, quando a exploração de ouro for finalmente desativada, será o aproveitamento do projeto focado no "turismo alternativo", apoiado por um "programa de reabilitação e revegetação". Na audiência pública realizada na semana passada, onde compareceram cerca de 300 pessoas, a empresa informou que haverá realocação de pessoas da área afetada pelo empreendimento e que a construção de casas será financiada pela Caixa Econômica Federal. A Belo Sun listou 21 programas socioambientais para mitigar os impactos que serão causados à região e à vida da população.
O projeto é ambicioso. A Belo Sun, que pertence ao grupo canadense Forbes & Manhattan Inc., um banco de capital fechado que desenvolve projetos internacionais de mineração, pretende investir US$ 1,076 bilhão na extração e beneficiamento de ouro. O volume do metal já estimado explica o motivo do aporte bilionário e a disposição dos empresários em levar adiante um projeto que tem tudo para ampliar as polêmicas socioambientais na região. A produção média prevista para a planta de beneficiamento, segundo o relatório de impacto ambiental da Belo Sun, é de 4.684 quilos de ouro por ano. Isso significa um faturamento anual de R$ 538,6 milhões, conforme cotação atual do metal feita pela BM&FBovespa.
A lavra do ouro nas margens do Xingu será feita a céu aberto, porque "se trata de uma jazida próxima à superfície, com condições geológicas favoráveis". Segundo o relatório ambiental da Belo Sun, chegou a ser verificada a alternativa de fazer também uma lavra subterrânea, mas "esta foi descartada devido, principalmente, aos custos associados."
Para tirar ouro do Xingu, a empresa vai revirar 37,80 milhões de toneladas de minério tratado nos 11 primeiros anos de exploração da mina. As previsões, no entanto, são de que a exploração avance por até 20 anos. Pelos cálculos da Belo Sun, haverá aproximadamente 2.100 empregados próprios e terceirizados no pico das obras.
O calendário da exploração já está detalhado. Na semana passada, foi realizada a primeira audiência pública sobre o projeto no município de Senador José Porfírio, onde será explorada a jazida. Uma segunda e última audiência está marcada para o dia 25 de outubro. Todo processo de licenciamento ambiental está sendo conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará. O cronograma da Belo Sun prevê a obtenção da licença prévia do empreendimento até o fim deste ano. A licença de instalação, que permite o avanço inicial da obra, é aguardada para o primeiro semestre do ano que vem, com início do empreendimento a partir de junho de 2013. A exploração efetiva do ouro começaria no primeiro trimestre de 2015, quando sai a licença de operação.
Todas informações foram confirmadas pelo vice-presidente de exploração da Belo Sun no Brasil, Hélio Diniz, que fica baseado em Minas Gerais. Em entrevista ao Valor, Diniz disse o "Projeto Volta Grande" é o primeiro empreendimento da companhia canadense no Brasil e que a sua execução não tem nenhum tipo de ligação com a construção da hidrelétrica de Belo Monte ou com sócios da usina.
"Somos uma operação independente, sem qualquer tipo de ligação com a hidrelétrica. Nosso negócio é a mineração do ouro e trabalhamos exclusivamente nesse projeto", disse Diniz.
O "plano de aproveitamento econômico" da mina, segundo o executivo, ficará pronto daqui a seis meses. Nos próximos dias, a Belo Sun abrirá escritórios em Belém e em Altamira. Hélio Diniz disse que, atualmente, há cerca de 150 funcionários da empresa espalhados na Volta Grande do Xingu, região que é cortada pelos municípios de Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Altamira.
O local previsto para receber a mina está localizado na margem direita do rio, poucos quilômetros abaixo do ponto onde será erguida a barragem da hidrelétrica de Belo Monte, no sítio Pimental. A exploração da jazida, segundo Diniz, não avançará sobre o leito do rio. "A mina fica próxima do Xingu, mas não há nenhuma ação direta no rio."
Para financiar seu projeto, os canadenses pretendem captar recursos financeiros no Brasil. De acordo com o vice-presidente de exploração da Belo Sun, será analisada a possibilidade de obter financiamento no BNDES. "Podemos ainda analisar a alternativa de abrir o capital da empresa na Bovespa. São ações que serão devidamente estudadas por nós."
Segundo a Belo Sun, o futuro reservado para a região da mina, quando a exploração de ouro for finalmente desativada, será o aproveitamento do projeto focado no "turismo alternativo", apoiado por um "programa de reabilitação e revegetação". Na audiência pública realizada na semana passada, onde compareceram cerca de 300 pessoas, a empresa informou que haverá realocação de pessoas da área afetada pelo empreendimento e que a construção de casas será financiada pela Caixa Econômica Federal. A Belo Sun listou 21 programas socioambientais para mitigar os impactos que serão causados à região e à vida da população.
Pesquisador descobre ouro no Pará
Pesquisador descobre ouro no Pará
O geólogo Ezequiel Costa pode ter descoberto uma mina de ouro. Não se trata de metáfora. O pesquisador identificou 54 alvos potenciais de ouro no Sudeste do estado e em 50 deles a presença do metal já foi comprovada. A descoberta faz parte de uma pesquisa de mestrado desenvolvida pelo Laboratório de Geofísica Aplicada da Universidade de Brasília, realizada nos últimos dois anos, e que pode revelar uma mina de ouro nos arredores da região de Rio Maria.
O achado foi possível graças a imagens geradas por sensores em um método de pesquisa que tem seduzido cada vez os cientistas. É a aerogeofísica de alta resolução. As áreas mapeadas serão exploradas pela empresa Reinarda Mineração, subsidiária da multinacional australiana Troy Resource, que detém concessão do subsolo da área desde 2007 e financiou parcialmente o estudo. Os primeiros sete furos nos alvos descobertos estão estimados em R$ 12 milhões, de acordo com o pesquisador.^
Emília Silberstein/UnBAgência
Ezequiel exibe amostra do ouro encontrado em um dos alvos descobertos
Ezequiel era geólogo da Reinarda Mineração, em 2007, quando o coordenador de exploração da empresa, Rodrigo Cortez, e o diretor da área, Augusto Mol, propuseram o desafio. A empresa tinha em mãos dezenas de imagens geradas pela aerogeofísica de alta resolução, em uma operação que custou R$ 800 mil e durou 30 dias, mas precisava de alguém que as decifrasse. O desafio era analisar e interpretar os dados e, partir deles, identificar exatamente onde fazer as escavações.
Ezequiel foi o escolhido. E a UnB a instituição apontada pela empresa como de maior referência no tema. “Como ele é geólogo formado pela UnB, a aposta não poderia ser melhor”, conta Cortez, que também desenvolveu sua dissertação pelo Instituto de Geociências.
Os 54 pontos foram identificados em uma área de 2,5 mil quilômetros quadrados, próxima à Rio Maria, cidade de 22 mil habitantes fundada em maio de 1982 e com atividade econômica marcada pela mineração e agropecuária. A área próxima a dos alvos descobertos já tem uma mina em exploração, chamada Mamão, e outra extinta, conhecida como Lagoa Seca.
MAPEAMENTO – O mapeamento que resulta nas imagens aerogeofísicas é produzido por sensores localizados nas asas de aviões. Em vôos de aproximadamente 100 metros de altura, as aeronaves detalham todo o terreno.
Ezequiel Costa/Divulgação
Análises em laboratório de rochas recolhidas pelo pesquisador identificaram a presença de ouro
O primeiro desafio de Ezequiel foi localizar nas imagens as chamadas zonas de alteração hidrotermal, regiões com rochas modificadas ao longo dos anos e que geralmente estão associadas ao ouro. Depois, ele foi a campo checar os alvos e recolher amostras de rocha e solo para análise em laboratórios. O trabalho contou com a colaboração e experiência das professoras Adalene Silva, orientadora do estudo, e Catarina Toledo, que auxiliou na orientação. Nesta etapa, Ezequiel confirmou a grande possibilidade de existir ouro no local.
O passo seguinte foi executar as escavações, ainda em fase inicial. Na região estudada pelo pesquisador, o metal é encontrado na superfície, mas também em profundidades em média de 50 metros.
O amarelo brilhante nem sempre é visto a olho nu. “O mais comum é estar escondido entre as rochas e associado com sulfetos. Nesse caso, somente com auxílio de microscópios é possível identificar a associação mineralógica e o ouro”, conta Ezequiel, enquanto aponta um minúsculo ponto brilhante na única amostra que ele afirma ter recolhido de um dos pontos onde o ouro foi confirmado, denominado Resende.
A amostra despertou a curiosidade de alguns dos 23 alunos e professores que acompanharam a defesa da dissertação de Ezequiel, em uma sala do Laboratório de Geocronologia, na tarde da última sexta-feira, 26 de agosto.
Diferentemente de muitas defesas, em geral assistidas por familiares e membros da banca, a plateia de Ezequiel incluiu professores como Nilson Francisquini, especialista na descoberta de metais, e Reinhardt Adolfo Fuck, pesquisador 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Não há dúvidas de que Ezequiel cumpriu as exigências para se tornar mestre”, elogiou José Carlos Sícole Seoane, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integrante da banca.
Emília Silberstein/UnBAgência
Adalene Silva orientou a pesquisa que pode revelar uma nova mina de ouro no Sudeste do Pará
A professora Adalene Silva destaca que o estudo é um exemplo real da inovação tão defendida nos discursos de acadêmicos e políticos como a meta científica mais importante para o país nesta década. “Os levantamentos aerogeofísicos têm permitido um salto nas pesquisas geológicas, porque mapeiam o subsolo com rapidez, precisão e menos impacto ambiental que outras técnicas”, explica. “Entretanto, como tem um custo altíssimo, a parceria com a iniciativa privada é indispensável”, diz. “Interpretar essas imagens é um trabalho dificílimo”, comenta a geóloga Márcia Abrahão Moura, decana de Graduação e uma das professoras de Ezequiel na graduação.
Segundo Adalene, o estudo de Ezequiel, somado a outros três já concluídos no estado do Pará sob sua orientação, e utilizando dados aerogeofísicos, trouxe informações geológicas importantes sobre o potencial aurífero do Sudeste do Pará. “O mapeamento fornece informações que indicam não só a presença de ouro, mas também de outros metais e minerais importantes, como o ferro. São resultados que podem estimular outros estudos e isso já está acontecendo”, conclui.
Ezequiel Costa identificou 54 alvos potenciais de ouro
no Sudeste do estado e em 20 deles a presença do metal já foi
comprovada. Exploração será feita por empresa que detém concessão de uso
da área desde 2007
O geólogo Ezequiel Costa pode ter descoberto uma mina de ouro. Não se trata de metáfora. O pesquisador identificou 54 alvos potenciais de ouro no Sudeste do estado e em 50 deles a presença do metal já foi comprovada. A descoberta faz parte de uma pesquisa de mestrado desenvolvida pelo Laboratório de Geofísica Aplicada da Universidade de Brasília, realizada nos últimos dois anos, e que pode revelar uma mina de ouro nos arredores da região de Rio Maria.
O achado foi possível graças a imagens geradas por sensores em um método de pesquisa que tem seduzido cada vez os cientistas. É a aerogeofísica de alta resolução. As áreas mapeadas serão exploradas pela empresa Reinarda Mineração, subsidiária da multinacional australiana Troy Resource, que detém concessão do subsolo da área desde 2007 e financiou parcialmente o estudo. Os primeiros sete furos nos alvos descobertos estão estimados em R$ 12 milhões, de acordo com o pesquisador.^
Emília Silberstein/UnBAgência
Ezequiel era geólogo da Reinarda Mineração, em 2007, quando o coordenador de exploração da empresa, Rodrigo Cortez, e o diretor da área, Augusto Mol, propuseram o desafio. A empresa tinha em mãos dezenas de imagens geradas pela aerogeofísica de alta resolução, em uma operação que custou R$ 800 mil e durou 30 dias, mas precisava de alguém que as decifrasse. O desafio era analisar e interpretar os dados e, partir deles, identificar exatamente onde fazer as escavações.
Ezequiel foi o escolhido. E a UnB a instituição apontada pela empresa como de maior referência no tema. “Como ele é geólogo formado pela UnB, a aposta não poderia ser melhor”, conta Cortez, que também desenvolveu sua dissertação pelo Instituto de Geociências.
Os 54 pontos foram identificados em uma área de 2,5 mil quilômetros quadrados, próxima à Rio Maria, cidade de 22 mil habitantes fundada em maio de 1982 e com atividade econômica marcada pela mineração e agropecuária. A área próxima a dos alvos descobertos já tem uma mina em exploração, chamada Mamão, e outra extinta, conhecida como Lagoa Seca.
MAPEAMENTO – O mapeamento que resulta nas imagens aerogeofísicas é produzido por sensores localizados nas asas de aviões. Em vôos de aproximadamente 100 metros de altura, as aeronaves detalham todo o terreno.
Ezequiel Costa/Divulgação
O primeiro desafio de Ezequiel foi localizar nas imagens as chamadas zonas de alteração hidrotermal, regiões com rochas modificadas ao longo dos anos e que geralmente estão associadas ao ouro. Depois, ele foi a campo checar os alvos e recolher amostras de rocha e solo para análise em laboratórios. O trabalho contou com a colaboração e experiência das professoras Adalene Silva, orientadora do estudo, e Catarina Toledo, que auxiliou na orientação. Nesta etapa, Ezequiel confirmou a grande possibilidade de existir ouro no local.
O passo seguinte foi executar as escavações, ainda em fase inicial. Na região estudada pelo pesquisador, o metal é encontrado na superfície, mas também em profundidades em média de 50 metros.
O amarelo brilhante nem sempre é visto a olho nu. “O mais comum é estar escondido entre as rochas e associado com sulfetos. Nesse caso, somente com auxílio de microscópios é possível identificar a associação mineralógica e o ouro”, conta Ezequiel, enquanto aponta um minúsculo ponto brilhante na única amostra que ele afirma ter recolhido de um dos pontos onde o ouro foi confirmado, denominado Resende.
A amostra despertou a curiosidade de alguns dos 23 alunos e professores que acompanharam a defesa da dissertação de Ezequiel, em uma sala do Laboratório de Geocronologia, na tarde da última sexta-feira, 26 de agosto.
Diferentemente de muitas defesas, em geral assistidas por familiares e membros da banca, a plateia de Ezequiel incluiu professores como Nilson Francisquini, especialista na descoberta de metais, e Reinhardt Adolfo Fuck, pesquisador 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Não há dúvidas de que Ezequiel cumpriu as exigências para se tornar mestre”, elogiou José Carlos Sícole Seoane, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integrante da banca.
Emília Silberstein/UnBAgência
A professora Adalene Silva destaca que o estudo é um exemplo real da inovação tão defendida nos discursos de acadêmicos e políticos como a meta científica mais importante para o país nesta década. “Os levantamentos aerogeofísicos têm permitido um salto nas pesquisas geológicas, porque mapeiam o subsolo com rapidez, precisão e menos impacto ambiental que outras técnicas”, explica. “Entretanto, como tem um custo altíssimo, a parceria com a iniciativa privada é indispensável”, diz. “Interpretar essas imagens é um trabalho dificílimo”, comenta a geóloga Márcia Abrahão Moura, decana de Graduação e uma das professoras de Ezequiel na graduação.
Segundo Adalene, o estudo de Ezequiel, somado a outros três já concluídos no estado do Pará sob sua orientação, e utilizando dados aerogeofísicos, trouxe informações geológicas importantes sobre o potencial aurífero do Sudeste do Pará. “O mapeamento fornece informações que indicam não só a presença de ouro, mas também de outros metais e minerais importantes, como o ferro. São resultados que podem estimular outros estudos e isso já está acontecendo”, conclui.
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A pequena cidade de Juína, no Mato Grosso, viu desde a década de 1990 o movimento em torno de seu subsolo ganhar tamanho e relevância, graça...