BRICS, RICS ou CHIN? Será a hora de mudar o acrônimo BRIC retirando o B do Brasil?
O Brasil está desapontando, com a sua performance pífia, não só aos
brasileiros mas a toda uma comunidade internacional que contava com a
sua antiga pujança para vencer os obstáculos globais.
O acrônimo foi cunhado por Jim O´Neill e deveria representar aqueles
países emergentes que estavam crescendo muito acima da média e cuja
economia somada já representava uma das maiores potências econômicas do
mundo. Era a época do Brasil, Rússia, China, Índia e da África do Sul,
que caiu no colo dos BRIC, mais recentemente.
Muita coisa mudou nestes últimos três anos de gestão Dilma e o “B” dos
BRICS esmaeceu e, se nada mudar, tenderá ao desaparecimento.
O ano de 2015 será fundamental nesta equação. Se os planos do novo
Ministro Joaquim Levy não prosperarem o sonho dos BRICS será dissolvido
assim como boa parte da economia brasileira.
O que irá restar serão os RICs e, se a Rússia e a África do Sul também
tropeçarem, o que parece provável, só os CHIN (China + Índia)
sobreviverão...
Minério de ferro abaixo de US$60/t, o pior preço em 15 anos
O pior aconteceu. O preço do minério de ferro despencou mais ainda.
Agora ele foi cotado a US$59,73 em Qingdao, na China.
Em parte puxado pela previsão de um crescimento chinês de 7% e em parte
devido ao aumento da oferta causada pelo incremento da produção das
grandes mineradoras Vale, Rio Tinto e BHP, ele continua caindo até um
patamar desconhecido.
Apesar de tudo, os chineses estão aumentando a produção de aço em relação aos anos anteriores.
Somente nos primeiros dias de fevereiro a China aumentou a produção de aço em 8,14%.
A queda de 4,5% é prenúncio de mais mineradoras quebrando e paralisando.
A única coisa que sabemos é que no final desta guerra o mercado global será controlado por apenas três...
O Projeto de ouro Coringa já tem recursos calculados
A canadense Magellan Minerals está finalizando um estudo de viabilidade econômica em seu projeto Coringa oa Tapajós, Pará.
Coringa é uma mineralização de ouro associada a veios hospedados em
granitos e riolitos. A jazida será lavrada, principalmente, em uma
operação subterrânea. Segundo os estudos da Magellan o depósito Coringa
tem:
Reservas medidas: 0,93Mt @ 8,1g/t Au
Reservas indicadas: 1,29Mt @ 6,6g/t Au
Reservas inferidas: 2,7Mt @ 4,7g/t Au
O cut-off é de 2g/t ouro.
A parte do projeto que será lavrada a céu aberto tem uma reserva de 82.000 onças de ouro.
Recuperação da economia americana pode ser boa notícia para as junior companies
Quando uma economia de US$16,99 trilhões volta a
crescer mais de 5% ao ano os efeitos desse crescimento serão sentidos no
mundo inteiro.
É o caso dos Estados Unidos que vem se recuperando da crise de 2008 com
uma força avassaladora. Somente em janeiro de 2015 foram criados 257.000
novos empregos nos Estados Unidos. Um número bem maior do que o
esperado.
A matemática americana é maiúscula e o país segue criando mais de
200.000 empregos por mês nos últimos 11 meses, o maior ritmo de
crescimento desde 1997.
O despertar do gigante americano faz o dólar subir a níveis
estratosféricos, o que torna o investimento das empresas americanas fora
do país mais fácil e barato.
Até onde o crescimento americano é bom para as junior companies da mineração?
O melhor termômetro ainda é a TSX a Bolsa de Toronto. É lá que milhares
de empresas junior da mineração buscam financiamentos para continuar
investindo na pesquisa e desenvolvimento mineral no mundo.
Veja a seguir os reflexos do crescimento dos investimentos na mineração...
Recuperação da economia americana pode ser boa notícia para as junior companies. Continuação...
O ano de 2014 foi um ano duro para as juniors da mineração. Mas foi um ano melhor do que 2013.
As dificuldades para levantar financiamentos continuaram durante os anos
de 2013-14 e as 100 maiores junior companies haviam levantado apenas
$685 milhões, através de negócios e financiamentos com suas ações, entre
junho de 2013 a junho de 2014.
Mas, como dito anteriormente, o crescimento extraordinário da economia
americana vai afetar, direta ou indiretamente, o mercado das juniors da
mineração.
Afinal o dinheiro nunca fica parado e o mercado das juniors está
deprimido, mas atraente. É um mundo cheio de grandes oportunidades para
aqueles investidores de visão, que colocam as suas peças no tabuleiro
bem antes do jogo começar.
Nos últimos meses novos deals e novas fusões e aquisições estão se fazendo sentir mostrando que as coisas começam a mudar.
O ouro ainda é o metal com a maior atratividade entre as juniors.
É o caso da GoldCorp comprando a Probe Mines, Centerra em JV com a
Premier Gold Mines, a compra da Rio Alto pela Tahoe, o levantamento de
US$300 milhões para o Projeto Haile Gold ou o levantamento de $200
milhões da Osisko.
Já o minério de ferro, que antes movimentava a maioria dos
investimentos, caiu no limbo e deverá ficar em plano inferior por muito
tempo. É o fim dos sonhos de muitas mineradoras que investiram nesta
commodity.
Novas e antigas empresas se voltam para os minerais do momento como o
diamante, estanho, zinco, cobre, ouro, prata, níquel, urânio e terras
raras.
Aos poucos as empresas de serviços começam a sentir as vibrações de um
possível renascimento das junior companies, com algumas sondas sendo
contratadas e novos lotes de amostras analisados: é através do número de
sondas em funcionamento e da oferta de emprego que saberemos se a
pesquisa mineral vai ou não decolar.
Países andinos como o Peru, já se preparam com otimismo para a nova onda
que está se formando. Os peruanos acreditam que os financiamentos das
junior canadenses tem, muitas vezes, a sua origem nos Estados Unidos
onde se localizam os maiores fundos de investimentos.
No Peru existem mais de 400 projetos de exploração mineral controlados por junior companies.
Já aqui no Brasil um possível aumento nos investimentos das junior companies é tão esperado como água no Cantareira.
O Governo e o Ministério de Minas e Energia conseguiram afugentar os
investidores adiando indefinidamente a aprovação do “novo” Marco
Regulatório da Mineração.
Esta falta de sensibilidade e descaso com a mineração já dura quase
cinco anos e simplesmente arrasou com a pesquisa mineral do País.
Os números são trágicos.
E o que se vê é terra arrasada, desemprego, quebradeiras, e o
encolhimento catastrófico da pesquisa mineral, a principal geradora de
riquezas da mineração em qualquer país do mundo.
Se o mercado voltar e o novo Ministro de Minas e Energia tiver a
sensibilidade que faltou ao anterior talvez possamos começar,
finalmente, a recuperar os prejuízos colhidos ao longo de meia década de
abandono.
Mirabela ressurge das cinzas
A australiana Mirabela Nickel voltou a produzir concentrados de níquel.
No último trimestre de 2014 ela produziu 41,3% a mais do que em 2013: 3.714 toneladas.
Junto com a boa notícia veio também um plano de otimização e redução de
custos para 2015. Já em janeiro a mineradora reduziu o seu pessoal em
10%.
As ações da mineradora voltaram a ser negociadas e o mercado reagiu positivamente.
As ações quase dobraram em um dia, fechando em 89%.
Este fenômeno não é incomum na história recente da mineradora que vem
aos trancos e barrancos desde 4 de julho de 2014 quando a ação atingiu
$0.4. Hoje, apesar de uma subida extraordinária a ação fechou em
$0.06...