domingo, 15 de março de 2015

Brasil terá mina primária de diamantes

Brasil terá mina primária de diamantes


Brasil terá mina primária de diamantes
[Imagem: CPRM]
Mina primária de diamante
Embora não apareça entre os grandes fornecedores mundiais de diamantes, o Brasil pode voltar em breve ao clube dos exportadores da gema.
O Brasil foi o maior produtor mundial de diamantes durante 150 anos, mas perdeu a posição em 1866, com a descoberta das minas primárias de diamante -kimberlitos - na África do Sul.
Até hoje, o Brasil só produz diamantes de aluvião, aqueles que rolaram da rocha primária desgastada pela erosão e agora estão depositados no fundo dos rios - a exploração é feita sobretudo por garimpeiros.
Mas, segundo o pesquisador Jurgen Schnellrath, do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), geólogos brasileiros já começam a trabalhar para lavrar o diamante na rocha primária, ou seja, na rocha onde o diamante foi originalmente formado.
Os kimberlitos são rochas formadas a grandes profundidades, geralmente a mais de 100 km da superfície. O elevado calor e a alta pressão permitem que o carbono presente nessas rochas se cristalize na forma de diamante.
Braúnas e Coromandel
Em 2015 será feita a primeira operação de lavra na rocha primária no município de Braúnas, na Bahia, controlado pela empresa Lipari Mineração, de origem canadense.
O pesquisador do Cetem informou que há outros locais favoráveis para a lavra do diamante em rocha primária no Brasil - a declaração foi feita durante ainauguração de um moderno laboratório de gemologia, no Rio de Janeiro.
Segundo Schnellrath, a região mais promissora para a exploração de diamantes de kimberlitos fica no município de Coromandel, região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais.
Em Coromandel, foram encontrados em áreas secundárias, de aluviões, os maiores diamantes do Brasil, com 500 e 800 quilates (diamante Presidente Vargas), mas só recentemente foram descobertos depósitos de rochas primárias.

Rubi

Rubi


Rubi é uma pedra  vermelha, uma variedade do mineral corindon (óxido de alumínio) cuja cor é causada principalmente pela presença de crômio. Os rubis naturais são excepcionalmente raros As gemas de rubi são valorizadas de acordo com várias características incluindo tamanho, cor, claridade e corte. Todos os rubis naturais contêm imperfeições. Por outro lado, rubis artificiais podem não conter imperfeições. Quanto menor o número e menos óbvias as imperfeições, mais caro é o rubi - a menos que não tenha imperfeições (i.e., um rubi "perfeito") - então ele é suspeito de ser fabricado artificialmente e seu status de gema, seu preço não é garantido. Alguns rubis manufaturados têm substâncias adicionadas a eles para que possam ser identificados como artificiais, mas a maioria requer testes gemológicos para determinar a sua origem. Alguns rubis mostrar um ponto, ou 3 ou 6 pontos  ou "estrela". Esses rubis são cortados em cabochão para mostrar o efeito.

Dureza

  Dureza 9 na escala de Mohs
 Forma cristalina

Gema. rubi lapidada


                                                          gema. rubi bruta




Geralmente, a qualidade da gema colorindo em todos os tons de vermelho, inclusive rosa, são chamados de rubis.   No entanto, nos Estados Unidos, uma saturação de cor mínimo devem ser atendidos para ser chamado de rubi, caso contrário, a pedra será chamado de safira rosa .   Esta distinção entre rubis e safiras rosa é relativamente nova, tendo surgido por volta do século 20. Se é feita uma distinção, a linha que separa um rubi de uma safira rosa não é clara e altamente debatido.   Como resultado da dificuldade e subjetividade de tais distinções, as organizações comerciais, como a International Colored Gemstone Association (ICA) têm adotado a definição mais ampla de rubi, que engloba as suas tonalidades mais claras, incluindo rosa.

 jazidas

Rubis historicamente têm sido extraído na Tailândia , a Pailin e Distrito Samlout do Camboja , Birmânia , Índia , Afeganistão e no Paquistão. No Sri Lanka , tons mais claros de rubis (muitas vezes "safiras rosa") são mais comumente encontradas. Após a Segunda Guerra Mundial,depósitos de rubi foram encontrados em Tanzânia , Madagascar , Vietnã , Nepal , Tajiquistão e Paquistão . foram encontradas poucos rubis nos EUA . Mais recentemente, grandes depósitos de rubi foram encontrados sob a plataforma de gelo se afastando da Groenlândia .

O rubi pode ser confundido Spinelli , outra pedra preciosa vermelha, às vezes é encontrado junto com rubis no cascalho.pode ser confundido   rubi ​​por aqueles com pouca  experiência com pedras preciosas. No entanto, os melhores Spinelli vermelho pode ter um valor que se aproxima muito do rubi .

                                                                Lapidação


Formas sigerida para lapidar ruis

Na antiga Índia afirmava-se que a posse de muitos rubis ajudava a pessoa a acumular mais pedras preciosas. 

Exploração de água-marinha é retomada

Exploração de água-marinha é retomada

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EXPLORAÇÃO - A mineração de água-marinha e de scheelita volta a ser praticada em escalaA exploração de água-marinha, pedra preciosa de grande interesse do mercado mundial de jóias, é retomada no Rio Grande do Norte 20 anos após as principais jazidas deixarem de produzir. A retomada ocorre no município de Tenente Ananias, na região Oeste potiguar, na divisa com o estado da Paraíba. Cerca de 200 trabalhadores voltam ao antigo garimpo, símbolo de riqueza até 1986, em uma área onde estão as melhores águas-marinhas do país.

A pedra é uma variedade azulada do berilo. O projeto de reativação do garimpo de Tenente Ananias, desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), será implantado no próximo mês a partir da instalação de 40 banquetas que custaram R$ 337 mil. O coordenador de recursos minerais da Sedec, o geólogo Otacílio Oziel de Carvalho, afirma que o mais importante é retomar a atividade. No segundo momento, quando os trabalhadores estiverem estimulados, é que os órgãos governamentais ligados ao setor devem iniciar as adequações.

Otacílio de Carvalho diz que não se pode falar em valores, nem comparar uma pedra de água-marinha a outras classificadas como preciosas, porque cada uma tem suas particularidades e interesses de mercado. Mas citou como exemplo uma única pedra extraída do garimpo de Tenente Ananias, apenas na fase de limpeza da área para iniciar os trabalhos, comercializada por R$ 6 mil.

O projeto de revitalização do garimpo de água-marinha prevê além da reativação das banquetas, a legalização das áreas de exploração e a compra de equipamentos e material de consumo utilizado na exploração. Para Juciê da Rocha Formiga, garimpeiro há mais de 30 anos e presidente da Associação de Garimpeiros de Tenente Ananias, o incentivo governamental é fundamental para a organização dos trabalhadores locais.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Simas, afirma que há outros projetos em fase de elaboração com foco para outros municípios, mas na área de mineração. Para o coordenador de Recursos Minerais da SEDEC, Otacílio Oziel, a reativação da exploração de água marinha em Tenente Ananias vai além da recuperação da sua principal vocação econômica, pois é como “Terra da Água Marinha” que o município é conhecido no Brasil e no mundo. A participação entre as pessoas envolvidas na exploração do garimpo de tenente Ananias ocorre da seguinte forma: 10% de tudo que é produzido e comercializado fica com o proprietário da terra onde está a jazida; 50% com os trabalhadores que exploram e 40% com a Associação.

Berilo

Berilo


:: BERILO (BERYL) :: Be3Al2Si6O18 :: Sistema Hexagonal :: Ciclossilicatos ::

Berilo (variedade água-marinha) com quartzo - Tenente Ananias, Rio Grande do Norte, Brasil 

Mineral acessório em rochas ígneas ácidas, pegmatitos e rochas metamórficas (micaxistos e gnaisses). É a principal fonte de berilo (Be) para a indústria, além de apresentar variedades gemológicas como: esmeralda (verde); goshenita (incolor); morganita (rosa); heliodoro (amarelo); água-marinha (azul) e bixyíta (vermelho).

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

Mas, para encontrar pedra preciosa, é preciso sorte e dedicação.
Mineral é encontrado apenas em Pedro II e na Austrália.


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Na pequena cidade de Pedro II, no norte do Piauí, a opala extra, pedra encontrada apenas nessa região e no interior da Austrália - que faz o mineral ser considerado precioso e chega a custar três vezes mais que o ouro - é o que move a economia local. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Divulgação/Sebrae)Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Marcelo Morais/Sebrae)

Tamanho é o valor do mineral que um garimpeiro chega a “achar” - com sorte e muita insistência - até R$ 60 mil em pedras em um mês. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra com tanta frequência. No entanto, segundo José Cícero da Silva Oliveira, presidente da cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, a atividade tem se desenvolvido, e o setor vem mantendo boas expectativas de crescimento - sustentável. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.

Na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas, que não castigam a cidade, diferente de muitos municípios do Nordeste, Pedro II tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Piauí. A população de Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.
Opala bruta (E) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Opala bruta (esq.) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)


Pedro II tem se consolidado, nos últimos anos, como um polo de lapidação de joias. “Além da opala, também usamos pedras de outros estados do Sudeste, do Sul. Compramos essas pedras, lapidamos e fazemos as joias”, contou a presidente da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, Surlene Almeida. Esse tipo de atividade é desenvolvida há cerca de oito anos.

Em relação ao tempo em que as minas de opala são exploradas, a transformação das pedras em joias é recente, mas está evoluindo. Na cidade, já foi instalado um centro técnico de ensino de lapidação, design e joalheria, segundo Surlene. “É como se fosse um curso técnico mesmo, onde as pessoas se especializam nessa atividade.”

Apesar de o forte da economia de Pedro II ser a mineração, a cidade também vive da agricultura familiar. Durante o inverno, que tem períodos mais chuvosos, muitos garimpeiros migram para esse outro tipo de sustento.