domingo, 12 de abril de 2015

Rubi

Rubi



Uma aura de mistério e fascinação envolve o rubi, a variedade vermelha do mineral coríndon e uma das mais encantadoras gemas. Seu nome deriva do latimruber, em alusão a sua cor, sendo a exuberante tonalidade vermelha levemente purpúrea, denominada sangue de pombo, a mais apreciada.
Sua cor deve-se ao elemento cromo, presente como impureza, ainda que em proporções diminutas; e o rubi se constitui de óxido de alumínio (Al2O3), possuindo dureza muito elevada, inferior apenas à do diamante.
O rubi pode apresentar um fenômeno óptico denominado asterismo ou efeito-estrela, que consiste no aparecimento de 3 raios sedosos e ondulantes, dando lugar a uma estrela de 6 pontas, devido à reflexão total da luz em inclusões do mineral rutilo.
As principais fontes de rubis, tanto atuais como históricas, estão situadas no Oriente e, em particular, em Mianmar, a antiga Birmânia, onde são encontrados os exemplares de melhor qualidade, principalmente nas localidades de Mogok e MongHsu, além do Cambódia e da Tailândia. As gemas procedentes da Índia e da África (Tanzânia, Quênia e Madagascar) destinam-se à produção de cabochões, por geralmente serem menos transparentes.
O rubi adquire cor mais intensa mediante diversos tipos de tratamentos, corriqueiramente realizados nos próprios países de origem, sobretudo na Tailândia, seu principal centro de comercialização. Estes tratamentos provocaram um forte impacto no mercado de rubis, uma vez que praticamente toda pedra bruta pode a eles ser submetida, o que tem ocasionado um excesso de oferta e conseqüente queda de preços.
O rubi é obtido também por síntese, desde 1904, e exemplares desta natureza são vistos com enorme frequência no mercado de gemas sintéticas brasileiro, apesar de não serem produzidos no país. Os rubis sintéticos são produzidos por vários métodos e o principal deles fornece exemplares que se diferenciam dos naturais pela presença de linhas de crescimento curvas e bolhas de gás nos primeiros.

Safira

Safira



As safiras de melhor qualidade ocorrem nas montanhas da Cachemira, região de conflito entre a Índia e o Paquistão, e têm uma cor azul aveludada absolutamente incomparável às de quaisquer outras procedências.As safiras ocorrem regularmente também na Tailândia, Cambódia, Vietnã, Mianmar, Sri Lanka, Tanzânia, Madagascar, Austrália, EUA (Montana) e China.O Brasil não tem tradição na exploração de safiras.Há ocorrências com qualidade para joalheria em Minas Gerais (Malacacheta e Indaiá, perto de Caratinga) e Mato Grosso do Sul, no entanto a produção é pequena e irregular.As safiras são frequentemente tratadas para intensificação de suas cores por meio de diversas técnicas, além de serem sintetizadas desde 1910.

Esmeralda

Esmeralda

Mais nobre variedade do mineral berilo, notabiliza-se pela luminosa cor verde-grama, devida aos elementos cromo e vanádio, bem como por sua relativa fragilidade e elevada dureza. Seu nome deriva do sânscritosamârakae deste ao gregosmaragdos.
A esmeralda já era explorada pelos egípcios por volta de dois mil anos antes de Cristo, nas proximidades do Mar Vermelho. Famosas desde a Antiguidade eram também as esmeraldas das minas egípcias de Zabarahque ornavam Cleópatra.
Quimicamente, a esmeralda se constitui de silicato de berílio e alumínio e, em estado bruto, apresenta a forma de um prisma hexagonal.
Em raros casos é inteiramente límpida, apresentando um cenário de inclusões conhecido como jardim das esmeraldas. Procuradas desde a chegada dos portugueses ao Brasil, sobretudo pelas expedições dos bandeirantes ao interior do país nos séculos XVI e XVII, as fontes de esmeraldas de aproveitamento econômico foram encontradas em nosso país somente no século XX.

Os mais belos espécimes de esmeralda do mundo procedem da Colômbia, onde são extraídas de rochas xistosas nas famosas minas de Muzo, Coscuez e Chivor.
Na África, há importantes países produtores, destacando-se principalmente a Zâmbia, 2º produtor mundial, o Zimbabwe e Madagascar.
O Brasil é atualmente o terceiro produtor mundial e as gemas provêm dos Estados de Minas Gerais (Garimpo de Capoeirana, em Nova Era; e Minas deBelmont e Piteiras, em Itabira); Goiás (localidades de Santa Terezinha e Porangaru), Bahia (localidades de Carnaíba e Socotó) e Tocantins.
Historicamente, o tratamento empregado com mais frequência em esmeraldas é o preenchimento de fraturas com óleos ou resinas naturais, com a finalidade de torná-las menos perceptíveis. Atualmente, as resinas artificiais, sobretudo o produto Opticon, têm substituído os tradicionais óleos e resinas naturais.
Esmeraldas obtidas por síntese são comercializadas desde 1956, empregando-se dois diferentes métodos. Elas se diferenciam das esmeraldas naturais principalmente pelas inclusões e/ou estruturas de crescimento.

Granada

Granada

Grupo de minerais no qual as espécies raramente ocorrem em forma pura na natureza, mas sim misturadas umas às outras.

A cor mais comum das granadas é a vermelha, em vários tons, embora elas possam ocorrer em todas as cores, exceto azul.
As granadas ocorrem como minerais acessórios em rochas conhecidas como pegmatitos e estão amplamente distribuídas em todos os continentes, mas principalmente na África (Namíbia, Nigéria, Madagascar e Tanzânia) e Ásia (Índia, Sri Lanka e Rússia).
No Brasil, as granadas são obtidas principalmente nos Estados de Tocantins, Rio Grande do Norte, Paraíba, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais (Galileia, São José da Safira e Resplendor).
As granadas não requerem quaisquer tratamentos para melhorar seu aspecto e não possuem equivalentes sintéticos.

Coral

Coral

A imensa maioria das gemas possui origem mineral, portanto inorgânica. Uma parcela menor deste vasto universo das gemas, materiais com atributos especiais que permitem sua utilização como adorno pessoal, é formada com a participação de seres vivos. São as denominadas gemas orgânicas, das quais o coral é um dos principais representantes.
O coral é constituído de uma mistura de carbonato de cálcio e matéria orgânica, segregados por organismos marinhos primitivos, os pólipos, para formar armaduras, sobre cujas superfícies eles vivem.
Ocorrem no mar, em recifes e atóis, em águas tranqüilas e temperadas (~ 13 a 18oC), a pequenas profundidades (menos de 40 metros), onde os pólipos formam extensas colônias ramificadas, que vão aumentando de tamanho à medida que novos indivíduos nelas se estabelecem.

Em razão dessas restrições, só é encontrado em estreitas faixas que abrangem principalmente o Mar Mediterrâneo (Itália – Nápoles, Sicília, Calábria e Sardenha -, França – Córsega -; Espanha – Catalunha -; Tunísia; Argélia e Marrocos), o Arquipélago Malaio, Japão e Austrália. Historicamente, o maior centro mundial de lapidação de coral é Porto de Torre delGrecco, no Golfo de Nápoles.
As cores do coral variam de rosa claro, comercialmente conhecida como pele-de-anjo, a vermelha escura, denominada sangue-de-boi. As variedades marrom amarelada, designada coral dourado, preta, conhecida como coral negro, azul e branca são bem menos comuns.
O coral é utilizado como gema, em estado bruto ou lapidado (usualmente em cabochão ou em contas), ou mesmo na forma de camafeus, mosaicos e esculturas. Deve ser limpo com detergente neutro a levemente alcalino, pois é sensível aos ácidos e ao calor.