terça-feira, 30 de junho de 2015

Junior Serabi produziu 18.452 onças de ouro no Palito

Junior Serabi produziu 18.452 onças de ouro no Palito



A mineradora Serabi, dona da Mina do Palito no Pará informa ter produzido 18.452 onças de ouro em 2014. A empresa planeja produzir 35.000 onças em 2015.

Segundo a Serabi o AISC (all-in sustaining costs) da operação ficou em torno de US$950/onça, ou seja, a mina teve um retorno econômico em 2014 já que os preços médios do ouro ficaram próximos a US$1.250 a onça.

Em 2014 foram extraídas 76.500 toneladas de minério com um teor médio de 9,95g/t de ouro. A recuperação da lixiviação no quarto trimestre melhorou, atingindo 90%.

A mineradora começa a tratar, também, 55.000 toneladas de rejeitos estocados cujo teor médio é de 2,25g/t. Este volume será processado até agosto de 2015.

O futuro do ouro está no AISC

O futuro do ouro está no AISC



Com o preço do ouro em queda, 40% abaixo do seu pico de 2011, muitos investidores procuram investimentos mais rentáveis.

Será verdade que os dias da mineração de ouro estão contados?

Com certeza não!

A mineração de ouro contribuiu, em 2014, com US$171 bilhões para a economia mundial segundo o World Gold Council. Uma indústria deste porte, que emprega centenas de milhares, e movimenta trilhões, não vai desaparecer.

Quem vão desaparecer são aqueles minas ineficientes que produzem o seu ouro a custos elevados e com baixa competitividade.

O que faz um empreendimento mineiro ser lucrativo pode ser sumarizado em apenas um acrônimo: AISC (all-in sustaining costs).

O conceito de AISC é bem mais amplo do que o do que os de cash costs, cut-off ou do break-even, que são os custos de empate que a empresa tem para produzir uma onça de ouro. O AISC leva em consideração não só os custos atuais mas, também, os custos futuros com manutenções, fechamentos de mina, taxações e reabilitações ambientais.

A mina que produz uma onça de ouro com AISC mais baixo que as competidoras está na vantagem e não será afetada caso o ouro caia ainda mais.

O problema é que as grandes empresas de mineração de ouro como a Barrick (AISC=US$865/onça) a Goldcorp (AISC=US$950/onça) ou a Newmont (AISC=US$1003/onça) tem, no seu portfólio um grande número de minas e, muitas, apresentam um AISC elevado o que faz a rentabilidade média da empresa cair.

O AISC médio das dez maiores mineradoras de ouro do mundo, em 2014, foi de US$956 por onça de ouro. Neste mesmo período o preço da onça variou entre US$1.350 e US$1.150 o que deu uma margem de lucro bem longe do espetacular as top 10.

Com o ouro em queda esses mineradores estarão, em muito breve, com margens apertadas e com minas no vermelho.

Muitos se perguntam se não é a hora de apostar em minas menores de alto teor e baixo custo.

De qualquer forma a hora é de baixar custos, concentrar nas jazidas de alto teor, vender ou fechar as minas marginais e concentrar em empreendimentos de alta lucratividade que são, coincidentemente, aqueles com AISC baixo e grande produção.

Quando o assunto é AISC quanto menor melhor!

A vendas de ativos de baixo AISC como a mina de ouro australiana Cowal cujo AISC é de apenas US$787/onça, vendida pela Barrick, serão considerada, em breve, grandes erros estratégicos.

O que vimos recentemente na guerra do minério de ferro pode se repetir com o ouro, basta o metal continuar em queda.

No momento a onça do ouro está sendo negociada a US$1.173,50 depois de estar a US$1.232 a 3 semanas atrás. Não falta muito para algumas grandes mineradoras entrarem no vermelho...

Peru e Brasil deverão suprir boa parte da demanda chinesa

Peru e Brasil deverão suprir boa parte da demanda chinesa de minerais



Depois de passar no Brasil e assinar acordos bilionários nas áreas da mineração, energia, alimentação e infraestrutura os chineses rumaram para o Peru.

O Peru é um dos maiores produtores minerais da América Latina. O país produz cobre, chumbo, zinco, prata e ouro compatíveis com os maiores produtores do mundo. Em breve o Peru estará produzindo mais de 1,2 milhões de toneladas de cobre o que o colocará na segunda posição atrás apenas do Chile.

Apesar disso o Peru, segundo o Fraser Institute é o trigésimo da lista de países que mais recebem investimentos na mineração.

Isto está para mudar, após a visita do Premier chinês Li Keqiang ao Peru.

Com um olho no cobre peruano, Li Keqiang ratificou o estudo de viabilidade econômica para a ferrovia Trans Oceânica entre Brasil e Peru. O Primeiro Ministro chinês fortaleceu os laços entre os dois países e semeou novos negócios e possibilidades.

O interesse chinês nos minerais peruanos não é de hoje. Já existem 12 empresas chinesas de mineração que estão investindo quase US$20 bilhões nos mais diversos projetos minerais no país andino.

O maior projeto chinês no Peru é o da mineração de cobre em Las Bambas.

Las Bambas um projeto com mais de 6,9 milhões de toneladas de cobre metálico, foi adquirido da Glencore pela chinesa MMG por US$5,85 bilhões. Quando em produção Las Bambas ficará atrás apenas de duas minas no mundo: Escondida e Cerro Verde.

Por trás das investidas chinesas na América Latina está um plano político muito bem elaborado. Os chineses estão enviando uma mensagem clara aos seus principais fornecedores mundiais de minerais: a Austrália.

Apesar de ser um grande parceiro econômico da China os australianos alinham, sempre, com os Estados Unidos e isso vem incomodando aos chineses que são os maiores responsáveis pelo crescimento econômico do país.

A mensagem foi recebida e os australianos, preocupados com o futuro da sua mineração, mergulham em debates.

Enquanto isso a China amplia a sua influência na América Latina e os Estados Unidos veem o seu antigo feudo, lentamente, desaparecer.

Desastre: importações chinesas de carvão caem 68% em maio.

Desastre: importações chinesas de carvão caem 68% em maio. Preços podem fechar a maioria das minas.



Os mineradores de carvão australianos não poderiam ter notícia pior.

As importações de carvão coqueificável da China caíram 68% em maio, em relação a 2014, atingindo o nível mais baixo desde março de 2009.

O total importado , 1,88 milhões de toneladas, foi quase 50% menor do que o de abril de 2015.

A gigantesca queda na importação mostra a fraqueza do setor do aço chinês, o protecionismo às minas de carvão locais e os problemas no frete que ocorreram em abril.

Os principais exportadores de carvão para a China, os australianos, estão em crise.

Em meio ao fechamento de minas e projetos os australianos veem o seu maior projeto de carvão o Carmichael ser paralisado em meio a debates políticos e ambientalistas.

As contratantes paralisaram os serviços de ferrovia, mina e porto por falta de financiamentos.

A mina de Carmichael, com um Capex de US$22 bilhões, deveria empregar 10.000 pessoas, pode estar ameaçada não só pelos ambientalistas mas, também, pela gigantesca queda nas importações chinesas.




O que assusta os australianos é que o preço do carvão praticado hoje já é igual ao preço do break-even de Carmichael. Ou seja: nos preços atuais Carmichael não terá lucros.

É o desastre!

Pensando no pior uma comitiva australiana está na Alemanha negociando a exportação de mais carvão para os alemães e europeus, cujas reservas estão rapidamente se exaurindo após os problemas com a Rússia.

Vale despenca com preços do minério de ferro

Vale despenca com preços do minério de ferro


As ações da Vale estão em forte queda (-4%) depois que os preços do minério de ferro voltaram a cair abaixo de US$60/t.

No ano as ações da Vale caíram mais de 19% e, tudo leva a crer, que as perdas poderão se intensificar, caso o preço do minério de ferro continue a cair.

Do outro lado do mundo os australianos, do Federal Department of Industry and Science cortaram a previsão dos preços do minério de ferro em 10%, para US$54/t.

A previsão do departamento australiano para 2016 é de US$52,10 e isso assuta, mais ainda os escaldados investidores.

O pessimismo australiano se deve à queda na produção de aço da China, e das importações de carvão que, com certeza, irá afetar, também, os preços do minério de ferro.


A tendência de baixa deve perdurar enquanto a construção civil chinesa permanecer incerta.

Mesmo assim a produção de minério de ferro da Vale e dos grandes mineradores australianos deve aumentar, criando mais uma pressão baixista o que leva muitos analistas a acreditar que o preço da tonelada pode chegar, mais uma vez, aos patamares de US$30, o que seria uma tragédia mundial.

Neste cenário desesperador pouquíssimas mineradoras irão sobreviver.

As sobreviventes terão que dizer adeus aos lucros gigantescos o que irá afugentar os investidores criando uma espiral de prejuízos.

Uma clássica situação onde todos perdem...