quarta-feira, 8 de julho de 2015

Maior jazida de esmeraldas já mapeada no país fica em MG


Maior jazida de esmeraldas já mapeada no país fica em MG


O grupo canadense Seahawk Minerals anunciou a descoberta de uma reserva de 740 mil toneladas de esmeraldas, numa área de 312 hectares dos municípios de Itabira e Nova Era, no Vale do Aço (MG). Segundo a Seahawk, é a maior jazida de esmeraldas já mapeada no Brasil e sua exploração comercial terá início em 2015. A multinacional está concluindo seu plano de desenvolvimento das minas, após três anos de pesquisas e investimento de US$ 5 milhões.
Com a descoberta, a subsidiária brasileira Piteiras Mineração Ltda. passa a ser o carro-chefe das atividades de pesquisa e desenvolvimento de minas do grupo Seahawk no mundo. Além da matriz em Montreal, a companhia mantém explorações de ouro nos Estados Unidos, Guiana Inglesa e Brasil (Rio Grande do Sul e Pará).
Segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos, o mercado internacional de pedras coradas, que não inclui o diamante, é de US$ 6,5 bilhão por ano. O Brasil participa oficialmente com 4% desse mercado, abastecido especialmente por pequenos e médios garimpos.
O grupo Seahawk é dono de 9.5 mil hectares de alvarás de pesquisas nas regiões Sudeste, Sul e Norte do país.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Preços e teores baixos fecham a mina de diamantes Ellendale, a maior produtora do diamante amarelo fancy do mundo

Preços e teores baixos fecham a mina de diamantes Ellendale, a maior produtora do diamante amarelo fancy do mundo



 
Ellendale, na Austrália, é uma mina histórica. Foi o primeiro lamproito a ser encontrado e lavrado economicamente. Depois da descoberta dos pipes lamproíticos do cluster Ellendale é que foi descoberto o maior depósito individual do mundo, também, em lamproitos: Argyle.

Ellendale, em operação desde 1976, se caracterizou pela extraordinária produção de diamantes amarelos (foto): uma marca registrada.

Apesar de novas pesquisas feitas nos últimos meses os teores e os tamanhos pequenos dos diamantes encontrados se somaram aos preços deprimidos o que pulverizou as expectativas dos geólogos e coloca um ponto final na história de Ellendale.

A mina deverá ser fechada pela operadora Kimberly Diamond Company e será encerrado um importante capítulo da história do diamante primário.

Se você tem ou produz diamantes amarelos de qualidade fancy prepare-se, pois os preços destes irão subir com a parada de produção de Ellendale.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Ouro. Qual o melhor método de lixiviação: tiosulfato ou cianetação?

Ouro. Qual o melhor método de lixiviação: tiosulfato ou cianetação?



 
A lixiviação de ouro com o uso do cianeto de sódio (NaCN) diluído em água, até hoje, é o método favorito da grande maioria das mineradoras do mundo.

O cianeto tem a capacidade de oxidar e dissolver o ouro produzindo um sal solúvel a base de ouro, sódio e cianeto. O ouro é, posteriormente adsorvido em filtros de carvão ativado, extraído, purificado e fundido.

O uso da cianetação nas minas é extensivo e a produção mundial de cianeto de sódio supera as 500.000 toneladas ao ano.

Infelizmente o cianeto de sódio é um composto altamente tóxico e pode ser letal ao homem e ao meio ambiente.

O cianeto é facilmente oxidável quando exposto ao meio ambiente e a certos minerais e compostos químicos, chamados, apropriadamente de cianicidas. É por isso que na cianetação a mistura tem que ser constantemente regenerada, recebendo adição de cianeto e cal para não perder o efeito. Este processo de regeneração é o principal custo da maioria das minas, custo esse que aumenta na presença do ar, do cobre e de materiais carbonosos.

O cianeto, quando jogado no meio ambiente tende a se oxidar em alguns dias, formando o cianato um produto menos tóxico que reage com carbonatos e é posteriormente neutralizado.

Apesar do cianeto ser degradado à luz do sol em poucas horas o mesmo não ocorre com os cianatos e tiocianatos que podem permanecer por anos poluindo, em menor extensão, o meio ambiente liberando continuamente metais tóxicos às águas subterrâneas.

Por causa de sua toxidade e potencial efeito devastador o uso do cianeto é altamente debatido e possíveis substitutos estão sendo mais e mais analisados.

É o caso do uso de compostos como o tiossulfato (S2O32-), a tiuréia (SC(NH2)2) e outros produtos a base de iodo e bromo.

A lixiviação de ouro com o uso do tiossulfato já é conhecida há décadas e, finalmente, está sendo utilizada em grande escala por um grande minerador de ouro.

A principal vantagen do tiossulfato é a sua baixa toxidade e grande eficiência no uso em minérios ricos em carbono e em elementos cianicidas. Estes deletérios costumam “roubar” o cianeto aumentando o custo operacional ou inviabilizando totalmente o uso da cianetação.

É quando o tiossulfato passa a ser uma solução economicamente viável.

Um método de lixiviação a base de tiossulfato com extração de ouro por resina em polpa foi desenvolvido pelo SGS. Este novo método coloca o tiossulfato como uma alternativa econômica ao cianeto em muitos jazimentos.

O método tem recuperações elevadas como a cianetação e não é afetado pelos materiais carbonosos e outros cianicidas. Nestes casos a recuperação de ouro é muito superior aos métodos tradicionais de cianetação.

Um dos fatores positivos do uso de tiossulfato é o de reduzir significativamente o impacto ambiental quando comparado com a cianetação. Na realidade os principais componentes do método são o tiossulfato de amônia ou cálcio e o sulfato de amônia: também usados como fertilizantes.

Isso significa que os rejeitos das minas podem ser utilizados como fertilizantes na agricultura. Uma verdadeira revolução no conceito de processo.

Infelizmente nem tudo é tão simples no método do tiossulfato.

O processo é mais complexo e difícil de operar e a manutenção da concentração da solução requer grandes cuidados e precisão. O método não é econômico em todos os tipos de minério e deve ser usado em minérios de alto teor, refratários onde o uso do cianeto é antieconômico.

Em 2013 a Barrick começou a estudar o processo e em 2014 usou-o em larga escala na sua mina Goldstrike.

Goldstrike (foto abaixo) é uma das muitas minas de ouro tipo Carlin, em Nevada, que tem o chamado minério refratário onde os métodos convencionais não são eficientes.

Planta de tiosulfato - Goldstrike
Em novembro de 2014 a Barrick foi a primeira grande mineradora a produzir o primeiro lingote de ouro recuperado pelo método da lixiviação por tiossulfato.

O processo substitui o circuito de cianetação tipo CIL por um que usa o tiossulfato de cálcio, um fertilizante e resina que atrai o complexo de ouro e tiossulfato formado na lixiviação.

Posteriormente a resina é regenerada quimicamente e o tiossulfato regenerado termicamente.

A mina Goldstrike no Carlin Trend é, então, o primeiro projeto bem sucedido de lixiviação a tiossulfato. Somente nela a Barrick irá extrair 2,25 milhões de onças de ouro, o equivalente a US$2,6 bilhões, com o novo método.

A partir de agora a lavra de minérios refratários ricos em carbono passa a ser economicamente viável e, em breve, outras minas de ouro do Carlin Trend e no resto do mundo também usarão o método da Barrick.

O uso de tiossulfato vai, também, reduzir os inúmeros desastres ambientais causados pelo despejo de soluções ricas em cianeto na natureza.

Lara Exploration tem excelente intersecção em Curionópolis

Lara Exploration tem excelente intersecção em Curionópolis



A junior canadense Lara Exploration reporta uma intersecção de 27 metros com um teor médio de cobre de 4,37% e 0,4g/t de ouro.

A intersecção foi feita em um alvo do Projeto Curionópolis denominado Galpão. Outros furos no mesmo alvo não foram tão espetaculares e a melhor intersecção foi de 2m @ 5,2% Cu.

O alvo já foi garimpado no passado e a zona mineralizada é composta por alteração de carbonato e sílica sobre rocha a base de anfibólio-magnetita.

A corrupção na Petrobras causou um prejuízo muito maior do que estimado

A corrupção na Petrobras causou um prejuízo muito maior do que estimado




A conta da corrupção da Petrobras não podia bater.

Os R$6,2 bilhões lançados pela estatal no balanço sempre nos pareceu minimalista quando víamos um arraia miúda como Pedro Barusco amealhando R$300 milhões em propinas declaradas.

Nesta equação faltavam os números da corrupção de todos os operadores, doleiros, Duque, Vaccari, políticos corruptos cuja lista é quilométrica, dos imensos valores abocanhados pelos partidos políticos e, finalmente do superfaturamento feito pelas empreiteiras, que obviamente, não gastaram nenhum centavo do seu próprio bolso.

Uma boa parte deste dinheiro deve ser somado aos rombos bilionários das grandes obras da Petrobras que totalizam mais de 100 bilhões de reais e que seguramente alimentaram o propinoduto e a cleptocracia brasileira. .

Veja abaixo:


-superfaturamento na compra da refinaria Pasadena em 2006: três bilhões de reais

-superfaturamento da Abreu e Lima cujo custo estimado inicialmente em US$2,5 bilhões decolou, magicamente, para US$18 bilhões: R$48,5 bilhões

-superfaturamento Comperj: R$48,8 bilhões.

-usinas do Sul, onde existem fortes suspeitas de superfaturamento em uma compra de usinas no Paraná e Rio Grande do Sul: R$165 milhões.

Como se vê os números da corrupção são maiúsculos e muito superiores aos minguados seis bilhões lançados, para abafar a revolta popular, no balanço de 2014 da Petrobras.

Esta nova realidade é, naturalmente, percebida pela equipe de Sérgio Moro e do pessoal da Lava a Jato. O promotor Carlos de Santos Lima, após as últimas delações de Zelada, já garante que o número final será muito maior do que o oficial.

O que nós sabemos é que o número final será muito, mas muito menor do que o real.

Esta percepção não é só nossa: um político influente de Brasília nos confidenciou que os totais jamais poderiam ser divulgados sob pena de existir uma forte reação popular.

Ele quis realmente dizer: uma revolta violenta causada pela raiva e desesperança.