domingo, 9 de agosto de 2015

Como funciona uma mina de diamantes?

Como funciona uma mina de diamantes?


Na maioria dos casos, máquinas gigantes escavam em busca das pedras preciosas, que são separadas do cascalho pelo peso e identificadas por um sofisticado sistema de raios x. As minas são criadas em regiões com alta concentração de um tipo de rocha, denominado pelos geólogos de kimberlito. Esse material é formado pelo resfriamento do magma, que chegou até a superfície há milhões de anos, carregando elementos de regiões profundas da Terra. Feitos de carbono submetido a altíssima pressão, os diamantes foram forjados até 200 km abaixo da superfície há pelo menos 3 bilhões de anos. O tipo mais comum de mina é o de poço aberto – como a representada no infográfico a seguir –, baseada na escavação do kimberlito, e a maioria delas está na África. No Brasil, a produção se concentra em minas formadas por erosão de kimberlito. As águas de rios e lençóis freáticos carregam pedras, que se concentram em áreas superficiais e passam a ser exploradas por mineradores. As 26 toneladas de diamante produzidas no mundo movimentam US$ 13 bilhões. O maior comprador é a China.
MUNDOESTRANHO-131-46
TRABALHO ÁRDUO
Supermáquinas, explosivos e alta tecnologia são usados para vasculhar toneladas de rocha.
Amaciando a terra
Após encontrar provas geológicas da presença de diamantes, os mineiros escavam o kimberlito. Mas a ferramenta deles não é picareta, não: os caras colocam explosivos em buracos de até 17 m de profundidade feitos pela perfuradora. O objetivo é fazer a rocha dura virar cascalho.
Trio parada dura
Três máquinas gigantes fazem o trabalho pesado: a perfuradora abre buracos na rocha para a colocação de explosivos, a escavadora movimenta até 50 toneladas de rocha por minuto e o caminhão mineiro leva 100 toneladas de material para o beneficiamento.
Buraco fundo
Com o avanço da escavação, o poço fica mais afunilado, chegando a centenas de metros de profundidade e a quilômetros de largura. A maior mina de diamantes em operação, com 600 m de profundidade e 1,6 km de diâmetro na parte mais larga, é a Argyle Diamond, na Austrália.
Plano B
Quando a escavação afunila demais, é preciso cavar um túnel paralelo ao poço. Do túnel principal, partem túneis perpendiculares para extrair a rocha mais profunda. No subterrâneo, são usadas versões menores das máquinas empregadas na superfície.
Coisa fina
O material extraído da mina vai para o processamento. O cascalho é triturado duas vezes, lavado e peneirado. Em seguida, as pedrinhas – de 1,5 a 15 mm – vão para um tanque de flotação. As pedras mais pesadas, com potencial de ser diamantes, ficam no fundo e as mais leves são descartadas.
Catando milho
Uma máquina de triagem equipada com raios X identifica os diamantes. Ao rolarem na esteira e serem atingidos pela radiação, eles ficam fluorescentes. Um sensor registra essa luz e aciona um jato de ar, que separa o que importa do restante das pedras. Por último, rola uma checagem manual.
Feitos para brilhar
Cerca de 30% dos diamantes são gemas, ou seja, têm características ideais para se tornar joias: cor, claridade, tamanho e possibilidade de lapidação. O restante é usado na indústria para a produção de peças de corte, como brocas, discos, serras e bisturis. Como transmitem calor rapidamente, diamantes também são usados em termômetros de precisão.
VALE QUANTO PESA
Cada tonelada de terra extraída rende 1 quilate de diamantes (0,2 g)
Valor de mercado
Um caminhão carregado rende até 20 diamantes de 1 g. Pedras usadas em joias valem, em média, US$ 1 mil/quilate. Para uso industrial, paga-se em torno de US$ 10/quilate.
Além do brilho
O valor do diamante é baseado em cor, claridade, tamanho e lapidação. Gemas azuis, laranja, vermelhas e rosa são raras. Brancas e amareladas são mais comuns (98% do total).
Joia da coroa
O maior dos diamantes foi extraído na África do Sul em 1905. A pedra bruta tinha 3,1 mil quilates e foi lapidada em nove. As duas maiores (Cullinan I e II) foram dadas à realeza britânica.
- Em 1714, foi encontrado o primeiro diamante no brasil, em um garimpo de ouro próximo a Diamantina, MG.
- O diamante mais caro do mundo foi leiloado em Londres por US$ 46 milhões. O Graf Pink pesa 24,78 quilates e tem coloração rosada.
 

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Oito especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, mapearam e identificaram dezenas de novas áreas potencialmente ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
Essa iniciativa faz parte do projeto Diamante Brasil, cujas pesquisas de campo começaram em 2010. Desde então, os geólogos visitaram cerca de 800 localidades em diversos estados, recolheram amostras de rochas e efetuaram perfurações para descobrir mais informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
O ponto de partida para as expedições foi uma lista deixada ao governo pela empresa De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes que prestava serviços para o Brasil na área de mineração. Neste documento, constavam as coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitos kimberlitos*. Apesar das informações sobre as possíveis localidades dessas jazidas, não havia detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras, impulsionando o trabalho de campo dos geólogos.
O objetivo principal dos pesquisadores era fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro, visando atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. Essas medidas podem trazer um aumento na produção de diamantes em território nacional e coibir as práticas ilegais relacionadas a essas pedras preciosas.
Atualmente, o Brasil conta principalmente com reservas dos chamados diamantes industriais e de gemas (para uso em jóias). Os de gemas são os que fazem girar mais dinheiro, considerando que um diamante desses pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Já o valor da pedra lapidada pode chegar à R$ 20 milhões.
Os detalhes dos achados ainda são mantidos em sigilo. Com o fim do trabalho de campo, os geólogos do Diamante Brasil darão início à descrição dos minerais encontrados e as análises das perfurações feitas pelas sondas. A intenção dos pesquisadores é divulgar todos os dados em 2014.
*O que é um Kimberlito?
De acordo com Mario Luiz Chaves, doutor em geologia pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da UFMG, kimberlitos são rochas hibridas, ígneas ultrampaficas, potássicas e ricas em voláteis, com origem a mais de 150km de profundidade e que chegam a superfície por meio de pequenas chaminés vulcânicas ou diques. Normalmente, os diamantes são encontrados neste tipo de rocha. Confira uma foto:

Os cinco maiores diamantes lapidados do mundo

A obra Diamante: a pedra, a gema, a lenda, de autoria do professor doutor Mario Luiz Chaves e do doutor em engenharia de minas Luís Chambel, aborda aspectos geológicos e de mineração relacionados aos famosos minerais e traz diversas curiosidades para os leitores. Abaixo separamos uma lista baseada no livro com dados sobre os maiores diamantes do mundo e fotos incríveis de cada um deles.
1)    Cullinan I
Essa pedra foi encontrada em 1905 na África e recebeu o nome de Cullinan em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan. É considerado o maior diamante já encontrado e pesa 3.106 quilates. Atualmente, adorna o Cetro do Soberano, propriedade real da Inglaterra.
2)    Incomparable
O Incomparable, ou Imcomparável, tem uma história curiosa: foi encontrado em 1984 por uma garota em uma pilha de cascalho próxima à mina MIBA Diamond, no Congo. Considerado inútil pela administração da mina, o cascalho foi descartado com a pedra, e a menina acabou descobrindo o segundo maior diamante bruto do mundo, com 890 quilates. O corte do diamante gerou 14 gemas menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.
3)    Cullinan II
O Cullinan II, conhecido como Pequena Estrela da África, foi encontrado no mesmo ano e local que o Cullinan I. Com 317.4 quilates (63.48 g) é o terceiro maior diamante lapidado do mundo, e foi colocado na coroa imperial, também pertencente à realeza da Inglaterra.
4)    Grão Mogol
Encontrado na Índia em 1550, pesa 793 quilates. A pedra deu nome a um município em Minas Gerais. O paradeiro atual desta preciosidade é desconhecido.
5)    Nizam
O Nizam é o diamante mais antigo desta lista e foi descoberto na Índia em 1830. A pedra tem 227 quilates e já adornou coroas e joias reais (Elizabeth). Atualmente ninguém sabe ao certo qual foi o seu último destino.

Opala: preciosidade do Sertão ganha o mundo

Opala: preciosidade do Sertão ganha o mundo

Pedra brasileira alcança prestígio internacional e amplia os negócios de ourives em Pedro II, no Piauí

Ernesto de Souza
Sobre a pedra bruta de onde são extraídas, estãos expostas gemas de opala (esq.) e peças já lapidadas que serão usadas em joias (dir.)
A paisagem árida do interior do Piauí esconde a riqueza que a região oferece. Em Pedro II, no norte do estado, no entanto, ela está estampada já no portal da cidade, onde se lê que o lugar é a “terra da opala”.

Essa pedra preciosa, ainda pouco valorizada no país, movimenta a economia local e chega a render para os ourives até R$ 70 mil por mês. O município tem a única reserva de gemas nobres de opala no Brasil, que é a segunda maior do mundo – a primeira está na Austrália, que explorou minas brasileiras na década de 1970.

Afastada a desorganização e a mineração desenfreada, a cidade tomou as rédeas do negócio e foram criadas associações ligadas ao garimpo e à lapidação, estruturando o mercado da pedra.
Ernesto de Souza
Juscelino Souza, há 24 anos como lapidário em Pedro II, no Piauí
O lapidário Juscelino Araújo Souza, pioneiro no segmento de joalherias, conta que quando começou, há quase 24 anos, o setor não estava organizado. “Tinha a pedra, mas não tinha quem fizesse o trabalho”, diz. A falta de mão de obra especializada o estimulou a abandonar as feiras livres, onde era ambulante, e procurar um curso de lapidação promovido pelo governo na época. Em 1992, Juscelino inaugurou a primeira empresa de lapidação de Pedro II e, em 2000, implantou ali uma área dedicada à joalheria.
Exportação e mercado interno
Assim como a empresa de Juscelino, outras 30 se estabeleceram na região. Atualmente, elas são responsáveis pelo beneficiamento de 5 quilos de pedra bruta por mês, que resultam em 30 quilos de joias, já com valor agregado da prata ou do ouro utilizados na confecção das peças.

Cerca de 30% das opalas garimpadas são de alta qualidade e seguem para exportação, movimento que chega a render até R$ 500 mil anuais para lapidários do município. Os principais compradores são os Estados Unidos e a Alemanha, além de França e Suíça, que também valorizam o produto. Os 70% restantes ficam na região de Pedro II e são utilizados na produção de joias artesanais comercializadas no próprio Nordeste e em alguns estados brasileiros.

Para reconhecer uma gema de valor é preciso estar atento à intensidade de cores que ela apresenta. Quanto maior o jogo de cores, mais valiosa é a pedra. A opala pode ser classificada, em ordem decrescente, como extra, média, fraca ou leitosa. Os garimpeiros chegam a vender as mais preciosas por até R$ 200 o grama, enquanto o grama da opala comum vale cerca de R$ 5.
Indicação Geográfica
Segundo estimativas dos garimpeiros, ainda há jazidas inexploradas na região. Hoje existem cerca de 30 minas locais, e estudos sugerem que apenas 10% da reserva foi explorada. Com a organização do setor, as associações receberam o suporte que faltava para se desenvolverem. Em 2005, foi criado o Arranjo Produtivo da Opala, projeto que ajudou a reestruturar o mercado das pedras de Pedro II.
Ernesto de Souza
Peças feitas em mosaico utilizando resíduos da lapidação de opala
Marcelo Morais, coordenador dos trabalhos, afirma que o negócio está mais orientado e hoje aspira até ao registro do selo de Indicação Geográfica, que já está em análise pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A expectativa é de que até o fim do ano a indicação acompanhe o nome das opalas da cidade.

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

Mas, para encontrar pedra preciosa, é preciso sorte e dedicação.
Mineral é encontrado apenas em Pedro II e na Austrália.


Na pequena cidade de Pedro II, no norte do Piauí, a opala extra, pedra encontrada apenas nessa região e no interior da Austrália - que faz o mineral ser considerado precioso e chega a custar três vezes mais que o ouro - é o que move a economia local. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Divulgação/Sebrae)Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí.

Tamanho é o valor do mineral que um garimpeiro chega a “achar” - com sorte e muita insistência - até R$ 60 mil em pedras em um mês. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra com tanta frequência. No entanto, segundo José Cícero da Silva Oliveira, presidente da cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, a atividade tem se desenvolvido, e o setor vem mantendo boas expectativas de crescimento - sustentável. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.
“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.
Na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas, que não castigam a cidade, diferente de muitos municípios do Nordeste, Pedro II tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Piauí. A população de Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
Opala bruta (E) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Opala bruta (esq.) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II.


Pedro II tem se consolidado, nos últimos anos, como um polo de lapidação de joias. “Além da opala, também usamos pedras de outros estados do Sudeste, do Sul. Compramos essas pedras, lapidamos e fazemos as joias”, contou a presidente da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, Surlene Almeida. Esse tipo de atividade é desenvolvida há cerca de oito anos.

Em relação ao tempo em que as minas de opala são exploradas, a transformação das pedras em joias é recente, mas está evoluindo. Na cidade, já foi instalado um centro técnico de ensino de lapidação, design e joalheria, segundo Surlene. “É como se fosse um curso técnico mesmo, onde as pessoas se especializam nessa atividade.”

Apesar de o forte da economia de Pedro II ser a mineração, a cidade também vive da agricultura familiar. Durante o inverno, que tem períodos mais chuvosos, muitos garimpeiros migram para esse outro tipo de sustento.

Opala de Pedro II para o mundo

Opala de Pedro II para o mundo

Pedra brasileira alcança prestígio internacional e amplia os negócios de ourives em Pedro II, no Piauí.
A paisagem árida do interior do Piauí esconde a riqueza que a região oferece. Em Pedro II, no norte do estado, no entanto, ela está estampada já no portal da cidade, onde se lê que o lugar é a “terra da opala”.
Essa pedra preciosa, ainda pouco valorizada no país, movimenta a economia local e chega a render para os ourives até R$ 70 mil por mês. O município tem a única reserva de gemas nobres de opala no Brasil, que é a segunda maior do mundo – a primeira está na Austrália, que explorou minas brasileiras na década de 1970.
Pedra preciosa movimenta a economia local e chega a render para os ourives até R$ 70 mil por mês.
Afastada a desorganização e a mineração desenfreada, a cidade tomou as rédeas do negócio e foram criadas associações ligadas ao garimpo e à lapidação, estruturando o mercado da pedra.
O lapidário Juscelino Araújo Souza, pioneiro no segmento de joalherias, conta que quando começou, há quase 24 anos, o setor não estava organizado. “Tinha a pedra, mas não tinha quem fizesse o trabalho”, diz. A falta de mão de obra especializada o estimulou a abandonar as feiras livres, onde era ambulante, e procurar um curso de lapidação promovido pelo governo na época. Em 1992, Juscelino inaugurou a primeira empresa de lapidação de Pedro II e, em 2000, implantou ali uma área dedicada à joalheria.
Exportação e mercado interno
Cerca de 30% das opalas garimpadas são de alta qualidade e seguem para exportação.
Assim como a empresa de Juscelino, outras 30 se estabeleceram na região. Atualmente, elas são responsáveis pelo beneficiamento de 5 quilos de pedra bruta por mês, que resultam em 30 quilos de joias, já com valor agregado da prata ou do ouro utilizados na confecção das peças.
Opala do Piauí chega a render até R$ 500 mil anuais para lapidários do município.
Quanto maior o jogo de cores, mais valiosa é a pedra.
Cerca de 30% das opalas garimpadas são de alta qualidade e seguem para exportação, movimento que chega a render até R$ 500 mil anuais para lapidários do município. Os principais compradores são os Estados Unidos e a Alemanha, além de França e Suíça, que também valorizam o produto. Os 70% restantes ficam na região de Pedro II e são utilizados na produção de joias artesanais comercializadas no próprio Nordeste e em alguns estados brasileiros.
Segundo estimativas dos garimpeiros, ainda há jazidas inexploradas na região. Hoje existem cerca de 30 minas locais, e estudos sugerem que apenas 10% da reserva foi explorada. Com a organização do setor, as associações receberam o suporte que faltava para se desenvolverem. Em 2005, foi criado o Arranjo Produtivo da Opala, projeto que ajudou a reestruturar o mercado das pedras de Pedro II.
Opala lapidada e pronta para ser vendida.
Marcelo Morais, coordenador dos trabalhos, afirma que o negócio está mais orientado e hoje aspira até ao registro do selo de Indicação Geográfica, que já está em análise pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A expectativa é de que até o fim do ano a indicação acompanhe o nome das opalas da cidade.
Juscelino, que também é o presidente da Associação para a Indicação Geográfica da Opala, diz que com a obtenção do selo a demanda deverá aumentar, o que pode elevar o preço final da joia em até 30%. Enquanto aguardam reconhecimento nacional, as associações se preparam para criar uma escola profissionalizante que começará a funcionar ainda em 2011. “O espaço irá atender o aumento da produção e oferecer formação para os jovens do município”, afirma.
Pedra Opala do Piauí