terça-feira, 18 de agosto de 2015

Minério de ferro: explosões em Tianjin poderão afetar importações e preços

Minério de ferro: explosões em Tianjin poderão afetar importações e preços


O Terminal de Tianjin atingido pelas fortes explosões que causaram a morte de mais de 114 pessoas, poderá ficar sem operação por um longo período de tempo. O terminal dispõe de enormes equipamentos para o desembarque de dezenas de milhões de toneladas de minério de ferro. A BHP informa que a área de descarga não foi afetada, mas que as operações de minério de ferro do porto foram.

O mesmo ocorreu com a Fortescue e com a Rio Tinto.

As empresas ainda estão avaliando os estragos que poderão afetar a importação e o fluxo de minério de ferro da China.

Se isso ocorrer, o que é muito provável, veremos uma nova escalada nos preços do minério de ferro que está em torno de US$56/t.

A bolsa de futuros de Dalian já atinge um patamar elevado em decorrência do acidente.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Investimentos recentes podem mudar situação do Brasil no setor de diamantes

Investimentos recentes podem mudar situação do Brasil no setor de diamantes

País já foi o maior produtor do mundo e hoje é insignificante no mercado. Especialista diz que Brasil tem imenso potencial ainda inexplorado

Stephane de Sakutin/AFP
 Brasília – Diamantes dão brilho ao roteiro de um filme ou de uma telenovela. E também podem se destacar nos relatos da formação de um país. Quando se descobriram os primeiros exemplares desse mineral na região onde hoje fica Diamantina (Vale do Jequitinhonha), em 1725, só se tinha visto algo semelhante extraído de minas da Índia.

As pedras foram levadas por um padre para a corte portuguesa, que tratou de regulamentar e incentivar as lavras no Brasil. “A história dos diamantes se confunde com a do país”, resume Francisco Valdir Silveira, chefe do departamento de recursos minerais da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Surgiram garimpos nas Gerais, na Chapada Diamantina, da Bahia, e em tantos outros lugares. O Brasil foi, durante muito tempo, o maior produtor mundial. Até que se descobriu o minério na África. Primeiro, no leito dos rios, como aqui, depois, no início do século passado, em depósitos primários subterrâneos.

Diamante deixou de ser apenas algo que se consegue peneirando cascalho. E o peso do país foi encolhendo. De acordo com os dados mais recentes, respondemos por apenas 0,04% da produção global, apesar de termos a sexta maior indústria de mineração do mundo quando se levam em conta o ferro, a bauxita e outros itens. “Para um geólogo de diamantes, o Brasil é o país mais frustrante do mundo”, relata Mark Van Bockstael, chefe de inteligência de mercado da Antwerp World Diamond Center (AWDC), uma fundação na cidade belga que concentra 50% do mercado de diamantes brutos do mundo e 84% dos lapidados.

Ele se refere ao imenso potencial ainda inexplorado no país. Segundo a CPRM, há 1.325 depósitos de kimberlitos ou minerais associados, onde podem ser descobertos os depósitos primários de diamantes — de onde são levados para os rios pela erosão. “Desses, provavelmente 20 são economicamente viáveis”, afirma Silveira.

A primeira mina do país em um depósito primário, a Braúna, vai começar a operar em Nordestina (BA) no começo de 2016.  Em outubro, ela deverá estar funcionando experimentalmente. É um processo bem diferente da coleta de cascalho dos rios, o garimpo de aluvião, que também pode ser mecanizado. As lavras subterrâneas serão exploradas por explosões.

As rochas trituradas mergulham em ferro-silício, em que partículas mais densas, incluindo diamantes, decantam. Dali, seguem para uma câmara onde recebem laser, que destaca os diamantes. Funcionários que estão fora do compartimento enfiam a mão em luvas semelhantes às de laboratórios de doenças altamente contagiosas, acessando o interior do compartimento blindado para separar os diamantes. Não serão usados produtos químicos e 98% da água será reciclada.

A mina de diamantes baiana, a primeira na América Latina, é resultado de um investimento de R$ 80 milhões de belgas e chineses, comerciantes de gemas que criaram uma mineradora, a Lipari, ao decidir enveredar por esse ramo. O total de recursos empregados no projeto deve chegar a R$ 200 milhões.

BARREIRA
O alto custo é um grande obstáculo para o aumento da exploração, explica Silveira, da CPRM. “Mas, duas ou três pedras grandes, se forem encontradas, pagam tudo isso”, diz. No mercado de diamantes, não há padrões tão rígidos quanto no do ouro. Um quilate (medida de peso padrão nesse setor, equivalente a 0,2 gramas) pode valer US$ 200, no caso de uma pedra pequena. Mas chega a US$ 5 mil, no caso de uma pedra grande e de qualidade — ou muito mais. Cores valorizam: os diamantes rosas estão entre os mais caros do mundo.

Fábio Borges, diretor financeiro da Lipari, está entre os que apostam que a exploração de diamantes subterrâneos no Brasil pode crescer muito. “O Canadá não tinha nenhuma mina no início dos anos 1990. Hoje, tem nove. E lá é muito mais difícil de implantá-las porque as reservas estão em locais remotos, no meio do gelo”, compara. Em sete anos, a Braúna poderá atingir a produção de 360 mil quilates, 7,5 vezes a produção total do país no ano passado.

Para o diretor de fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Walter Arcoverde, o câmbio poderá impulsionar investimentos em novas lavras subterrâneas de diamantes. “A valorização da moeda nacional frente às estrangeiras faz diminuir o garimpo”, analisa.

Mineração: por que devemos investir no diamante do Brasil?

Mineração: por que devemos investir no diamante do Brasil?

O tempo de comprar é “quando houver sangue nas ruas”. Esta é a frase de um banqueiro, o Barão de Rotschild, feita no século 18 após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo.
Ele estava certo e ganhou fortunas se beneficiando do pânico que seguiu a derrota da França.
Nós hoje estamos chegando a mais um momento de quase pânico entre os investidores que não sabem o que fazer com o seu precioso dinheiro.
De um lado temos a guerra dos preços do minério de ferro que está arrasando, a nível global, projetos, minas e mineradoras. Do outro os preços do petróleo, também em queda, fazem o mesmo com as empresas de energia e com as economias exportadoras.
Empresas como a Petrobras, que já foi uma das três maiores do mundo, podem virar lixo, um penny stock com preços abaixo de US$5 por ação sendo listadas somente em bolsas especiais para as empresas nanicas…
No meio deste tiroteio os investidores correm, atabalhoadamente, para o ouro na expectativa de que as quedas possam ser revertidas em 2016.
Será que isso vai ocorrer?
Entretanto, a maioria esquece que o diamante está se consolidando como um dos melhores investimentos da década e que nós no Brasil temos uma gigantesca região cratônica, favorável, que produziu milhões de quilates onde ainda não existem minas primárias de diamante.
O que faz o diamante tão interessante?
Simples. A produção mundial está caindo (veja o gráfico) e o consumo mundial só faz aumentar criando um descompasso que faz os preços subirem exponencialmente (veja o gráfico do preço do diamante de 1 quilate).
No gráfico de preços por tamanho observa-se que os preços sobem em função da procura por um específico tamanho de pedra. De 2010 para cá as pedras com tamanho entre 3 a 4 quilates foram as que mais subiram. São elas que irão propiciar a lapidação de diamantes de 1 a 2 quilates tão procurados pelas joalherias, cujas pedras atingem, quando excepcionais, até US$33.000 por quilate.
Preço diamante por tamanho
Os diamantes pequenos, que são quase todos lapidados na Índia também estão tendo uma grande procura.
O mais interessante é que esta tendência não está sendo revertida, pois para que isso ocorra, é preciso que as novas descobertas consigam superar a demanda: isso está muito longe de acontecer.
Quando observamos  a localização dos principais produtores do mundo vemos que 70% deles estão na África (Congo,Botswana, Angola, Zimbabwe, África do Sul e Namíbia), o restante no Canadá, Rússia e na Austrália.
Produtores de diamante
No mapa mundi vemos, com clareza, que a produção de diamante mundial está, principalmente associada às regiões cratônicas.
São nessas regiões geologicamente estáveis e frias que ocorrem na África, Canadá, Austrália, Rússia e Brasil que o foco da exploração e pesquisa mundial para diamantes está concentrado. Em todas essas regiões, com exceção do Brasil  existem importantes minas primárias de diamante.
Por que não no Brasil?
É que as empresas que investiram na exploração mineral (De Beers e Rio Tinto) e que descobriram a grande maioria dos mais de 1.500 kimberlitos brasileiros, mesmo tendo encontrado vários pipes com teores econômicos, nunca evidenciaram um depósito que elas considerassem de classe mundial.
Ou seja, o que elas descobriram foi, na época, considerado pequeno.
As grandes multinacionais, é lógico, também não tinham nenhum interesse em colocar em produção novas minas brasileiras que iriam competir com as suas próprias minas já em produção. Era muito mais interessante “sentar em cima” do que desenvolver. Foi o que a Rio Tinto e a De Beers fizeram.
Eventualmente elas foram embora do Brasil deixando para trás inúmeros kimberlitos interessantes sem um bom trabalho de detalhamento. Somente agora, que a crise de 2008 passou,  e os preços subiram, alguns poderão ser lavrados economicamente.
É o caso do kimberlito Braúna descoberto, muitas décadas atrás, pela De Beers na Bahia, em um cluster com outros 21 corpos. O Braúna foi retomado pela junior Lipari e, somente agora, está sendo promovido à mina.
O Braúna deverá produzir em torno de 225.000 quilates de diamantes por ano, por 7 anos e será o primeiro kimberlito a ser lavrado em toda a América do Sul.
Casos similares ocorrem em todas as regiões cratônicas do Brasil, onde são produzidos anualmente grandes quantidades de diamantes, quase todos fora do radar do DNPM. Para o Brasil se tornar um grande produtor de diamantes primários é só uma questão de fomento e investimento.
É óbvio que algumas coisas deverão ser mudadas na legislação, com a aprovação de um novo Código Mineral justo, que fomente e incentive a pesquisa mineral no país, mantendo os direitos de prioridade e protegendo aqueles que investem.

Minerador inglesa vai explorar diamante em Goiás

Minerador inglesa vai explorar diamante em Goiás


A mineradora Five Star, com sede em Londres, vai operar uma mina para exploração de diamantes no Estado de Goiás, com investimento de R$ 190 milhões.
A unidade ficará localizada entre os municípios de Catalão e Ouvidor (distante cerca de 300 quilômetros da capital), em uma mina desativada, e será a primeira em funcionamento da empresa, fundada no ano passado.
O Brasil foi escolhido por causa do potencial de exploração e pela segurança política do país.
“Pelo fato de a maioria das minas estarem relacionadas a problemas de guerrilha e ditadura na África, os investidores buscam fontes limpas do diamante”, diz Luís Maurício Azevedo, diretor-executivo da Five Star no Brasil.
Todo o aporte será destinado à aquisição de maquinários –80% deles nacionais– para fazer, por exemplo, a captação e a identificação do mineral por meio de raio-x e a separação das pedras.
A unidade deverá entrar em operação ainda neste ano, com 60 funcionários, e projeta produzir até dezembro 3.000 quilates.
A partir de 2016, a mineradora prevê que a produção anual atinja 400 mil quilates, dos quais cerca de 60% serão destinados à exportação.
A empresa pretende atuar somente no Brasil, com foco em Goiás, entretanto, tem sondagens em andamento também no Pará e na Bahia.

Five Star investe R$ 183 Mi para extrair diamantes em Goiás

Five Star investe R$ 183 Mi para extrair diamantes em Goiás



A Five Star Mineração, que tem um projeto de diamantes na região de Catalão, assinou em meados de junho um protocolo de intenções com o governo do Estado de Goiás para o investimento de R$ 183 milhões.