Five Star investe R$ 183 Mi para extrair diamantes em Goiás
A Five Star Mineração, que tem um projeto de
diamantes na região de Catalão, assinou em meados de junho um protocolo
de intenções com o governo do Estado de Goiás para o investimento de R$
183 milhões.
Uma planta piloto começou a ser instalada e deve
entrar em operação até setembro de 2015. Ainda este ano, devem ser
investidos cerca de US$ 3,6 milhões, montante já assegurado por
financiamentos privados. De acordo com informações da empresa, enviadas
com exclusivdade para o NMB, recursos adicionais estão previstos para
serem captados através de IPO em dezembro de 2015.
A mineradora, que pertence à australiana Five
Star Diamonds, iniciou o projeto em abril deste ano e furou 1.600 metros
em 60 dias. A previsão é completar essa fase de sondagem com 3.000
metros até agosto de 2015. A empresa fez um levantamento topográfico com
uso de drones e concluiu um levantamento magnético de superfície.
No ato de assinatura do protocolo, o governador
Marconi Perillo e o vice-governador José Eliton de Figuerêdo Júnior,
receberam da Five Star uma placa com amostra de kimberlito extraído de
Ouvidor (GO), onde a empresa realiza um programa de sondagem. O projeto
tem apoio do Governo de Estado de Goiás, da Prefeitura de Catalão e
Ouvidor, diz o comunicado da Five Star.
"Há 150 anos o Brasil era o maior produtor mundial
de diamantes. E ainda tem grande potencial", disse o diretor executivo
da Five Star, Matthew Wood, que esteve presente à assinatura do
protocolo, ao website Minesite, no fim de abril.
Segundo Wood, nenhuma grande chaminé de
kimberlito foi encontrado na região, embora tenham side achadas vários
chaminés menores economicamente viáveis, incluindo a chaminé que está no
centro dos 3,5 hectares da área da Five Star.
"Há pessoas que vêem diamantes como uma outra forma
de moeda. A De Beers [uma das maiores mineradoras do setor] disse que
até 2020 eles não sabem como a demanda será atendida”, declarou Woods.
Embora a chaminé da Five Star seja pequena,
isso não significa que não vai gerar caixa significativo. Matt diz que
tamanho não é tudo. "Diavik [mina da Rio Tinto no Canadá] é uma chaminé
de um hectare. Nós estamos procurando chaminés com gemas de alta
qualidade e teor", afirma ele.
A Five Star Mineração tem ao todo 52 direitos
minerários, sendo que 41 se referem ao grupo do diamante. De acordo com
dados do DNPM, a única autorização de pesquisa para diamantes da Five
Star é a do processo 861.479/2012, que pertencia à Lipari Mineração, que
tem um projeto de diamantes em construção na Bahia.