sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Diamantes: a revolução da indústria

Diamantes: a revolução da indústria

A queda do crédito que afeta a indústria do diamante está mudando completamente o cenário mundial.
A indústria do diamante sempre foi fechada e conservadora. Entretanto as rápidas mudanças na moda e até na forma como os diamantes estão sendo utilizados, obriga aos lapidadores e joalheiros do mundo a se adaptar rapidamente, o que nunca havia acontecido antes.
Com pouco crédito a indústria do diamante sofre para se reinventar principalmente agora que a China está comprando bem menos.
É uma revolução.
A pressão para acompanhar as novas tendências exige novos investimentos, mas apenas poucas empresas são suficientemente transparentes para ter acesso aos parcos recursos.
A situação se agrava com a queda nas vendas.
A mineradora Petra Diamonds, listada na Bolsa de Londres teve uma queda de 41% nas vendas dos seus diamantes neste primeiro trimestre. Esta queda é decorrente da falta de dinheiro dos compradores, lapidadores e joalheiros.
A De Beers, que perdeu o monopólio do diamante mundial, mas ainda controla 30% da produção, está endurecendo o crédito e introduzindo um novo contrato às 85 empresas autorizadas a comprar seus diamantes.
Muitas empresas não irão sobreviver.
A boa notícia para essas empresas é que a produção mundial está atingindo o seu máximo o que implicará em um aumento do preço do diamante bruto, já que a procura continua em alta.
A má notícia, que pode contrabalançar a anterior, é que os jovens nos Estados Unidos, que é responsável por 40% das vendas globais, estão preferindo presentes modernos como Smart Phones, Ipads e outros artigos de luxo ao invés do tradicional anel de diamantes…
Será que a frase “diamonds are forever” continuará verdadeira no futuro próximo?

Brio Gold avança para retomar projeto de ouro na Bahia


Brio Gold avança para retomar projeto de ouro na Bahia

Brio Gold - Mina_C1_Santaluz

A Brio Gold, subsidiária da Yamana Gold, informou hoje que os resultados dos testes metalúrgicos para avaliar processos alternativos de recuperação na mina de ouro C1 Santaluz, na Bahia, apontaram o potencial para produção de 100 mil onças por ano. A Brio terá que desembolsar cerca de US$ 47,9 milhões para colocar o projeto em operação.
A mineradora canadense disse que os dados dos testes metalúrgicos foram integrados ao estudo prévio de viabilidade econômica de C1 Santaluz, que possui uma nova estimativa de recursos minerais. As informações são de comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira.
Os resultados do estudo prévio de viabilidade econômica, segundo a Brio Gold, apontaram para um valor presente líquido (VPL), depois de impostos, positivo de US$ 199 milhões, com taxa de desconto de 5% e taxa interna de retorno (TIR) de 56%, com base nos recursos minerais da cava a céu aberto.
Com base no estudo, a Brio disse que C1 Santaluz, paralisada desde agosto do ano passado, pode produzir cerca de 100 mil onças por ano durante os dez anos de vida útil da mina, para uma produção total de 1,03 milhão de onças de ouro. A recuperação média de ouro é de 83,7%, e os custos operacionais globais de US$ 898 por onça.
O estudo prévio de viabilidade econômica de C1 Santaluz apontou, na cava a céu aberto, recursos indicados de 28,2 milhões de toneladas de minério, com teor médio de 1,61 grama de ouro por tonelada (g/t), para um total de 1,46 milhão de onças de ouro contido, e recursos inferidos de 1,5 milhão de toneladas de minério, com teor médio de 1,6 g/t de ouro, para um total de 79 mil onças de ouro contido.
A estimativa de recursos indicados subterrâneos apontou 2 milhões de toneladas de minério com 2,25 g/t de ouro, para um total de 144 mil onças de ouro contido, e recursos inferidos subterrâneos de 10,8 milhões de toneladas, com teor médio de 2,5 g/t de ouro, para um total de 865 mil onças de ouro contido.
Os testes metalúrgicos realizados em C1 Santaluz tiveram duração de cinco meses e foram realizados pela Brio Gold em conjunto com a Yamana. Os testes foram feitos pela Gekko Systems, na Austrália, pela Brio e Yamana, no Brasil, e pela Hazen Research, nos Estados Unidos. Os resultados obtidos foram organizados pela Gekko e pela Ausenco.
O novo método de recuperação metalúrgica, determinado com base nos testes e no estudo prévio de viabilidade econômica, elimina a necessidade de um circuito de flotação e do concentrado de sulfeto para lixiviação. O novo processo será um whole ore leach do material total para alimentar a planta de minerais carboníferos ou não carboníferos.
O capex de C1 Santaluz, no valor de US$ 47,9 milhões, inclui US$ 27,7 milhões com a construção da planta; US$ 4,9 milhões de contingência; US$ 5,4 milhões com barragem de rejeitos; US$ 1,8 milhão em custos com o proprietário; US$ 500 mil para retomar as atividades na cava; US$ 1,3 milhão para estudo prévio de viabilidade e estudos de otimização; US$ 6,3 milhões em custos relacionados à comunidade; e mais US$ 15,2 milhões definidos como “outros custos de capital”.
A Brio Gold foi criada pela Yamana no fim de 2014 e controla as minas Pilar, em Goiás, e Fazenda Brasileiro e C1 Santaluz, na Bahia, além do projeto de cobre e ouro Agua Rica, na Argentina.

Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do mundo?


Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do mundo?


Popigai é uma cratera de impacto de meteorito listada entre as mais famosas do  mundo. Ela se localiza a 880 km de Norilsk, outra estrutura de impacto famosa.  Popigai tem 100 km de diâmetro é a sétima maior cratera em tamanho.
O impacto ocorreu a 35 milhões de anos, no Eoceno, quando um meteorito  condrítico de 8km de diâmetro se chocou contra o solo causando uma enorme  devastação. O mais interessante é que este astroblema é tido como o maior depósito de  diamantes do mundo.
Muitos cientistas Russos afirmam que lá existem trilhões de quilates de  diamantes um número quase inimaginável em se tratando de um mineral raro como o  diamante. O diamante de Popigai já foi explorado no passado por prisioneiros dos Gulags  durante a época de Stalin e é cercado de mistérios e de controvérsias.
O diamante de Popigai foi formado no impacto do meteorito sobre um  granada-grafita-gnaisse Arqueano, rocha metamórfica que aflora regionalmente na  área e apresenta extensas evidências de impacto como shatter-cones, coesita,  stishovita e outras variedades de quartzo de altíssima pressão.
A pressão e temperatura geradas no impacto foram extraordinárias possivelmente  excedendo aquelas necessárias à formação do diamante, na zona do impacto.  Calcula-se que a energia liberada foi equivalente a milhões de artefatos  nucleares o que causou a fusão de 1.750 quilômetros cúbicos de rocha. Essa rocha  fundida é encontrada na área, 35 milhões de anos após o impacto, e é chamada de  tagamito.
O impacto, a uns doze quilômetros de distância do centro, transformou a grafita  dos gnaisses em diamantes. Esta transformação não ocorreu em toda a área  afetada, mas apenas na região cujas condições de P e T foram compatíveis com a  transformação da grafita em diamante. Mesmo com essas restrições um grande  volume de diamantes foi formado e, possivelmente, Popigai deve conter o maior  volume de diamantes do mundo como os Russos apregoam.
Infelizmente as condições para a formação do diamante não foram duradouras. Tudo  ocorreu em um tempo bastante pequeno o que não foi o suficiente para que o  diamante pudesse crescer e atingir tamanho e qualidade que caracterizam as gemas  de grande valor econômico. Estudos geoquímicos mostram que o agente controlador  da formação de diamantes nos tagamitos era a água e não necessariamente a  grafita. Quanto menor a quantidade de água na rocha maior a chance de formação  do diamante.
Os russos, ufanistas, imaginavam que Popigai iria mudar completamente o cenário  mundial do diamante e tentaram manter a informação sob segredo, desde as  primeiras expedições científicas em 1970. A maioria dos diamantes ainda tem o formato dos flocos de grafita e são muito  pequenos, abaixo de dois milímetros de diâmetro, sendo classificados como micro  diamantes.
Bons para abrasivos, mas não para a joalheria, os diamantes de Popigai tem características distintas dos demais sendo mais  duros e com uma cristalografia própria como os hexagonais (lonsdaleita)  descritos em meteoritos.

Mãe primária rica pode formar filhos secundários pobres e mãe pobre filhos ricos.

Mãe primária rica pode formar filhos secundários pobres e mãe pobre filhos ricos.

O ouro das aluviões vem dos primários (filões ou outros tipos), mas não há relação direta de teores, volumes e granulometria entre mãe primária e filhos aluvionares

A maior parte do ouro produzido no Brasil foi de aluvião. Quanto a este tipo de jazida há uma discussão a respeito da origem do ouro. Axell de Ferran verificou que na região do Lourenço, no Amapá, as drenagens que circundam o morro do Salamangone, eram auríferas. Ele pesquisou na biblioteca de Cayenne e observou que os aluviões foram trabalhadas por três vezes no período de 1894 a 1900. Nos anos 1930 ocorreu nova extração e nos anos 1980 com o boom do preço do ouro foram garimpados de novo. Os dados mostram que a mesma área foi trabalhada por três vezes em um século.
O autor destaca ainda que o ouro eluvial do salamangone tinha 50% ou mais de ouro finíssimo, de poucas micras, que não foi aproveitado mesmo que muitos processos tenham sido tentado. O ouro devido a forma lamelar das partículas flutua na lama nos equipamentos usados. Os outros 50% se referem a ouro de concentração residual, que foi aproveitado por jigagem e posteriormente por centrifugas Knelson.
O ouro que chega as drenagens deve ser oriundo em grande parte da fonte finíssima que forma um halo de dispersão no morro, pois, o ouro mas grosseiro está limitado às proximidades dos veios ( devido sua grande densidade ouro grosso não caminha muito).
Já o ouro dos aluviões é grosseiro, a parte finíssima representando menos de 30% do total.
A conclusão que se pode tirar é de que o ouro finíssimo alcança as drenagens e sofre aglutinação ( recristalização) em ouro  mais grosseiro, capturavel na bateia.
De acordo com Ziegers (comunicação verbal), haveriam áreas na África Equatorial onde o mesmo reconheceu o mesmo fenômeno de recristalização e regeneração de ouro em aluviões.
A observação do Salamangone permite se idealizar um modelo para aluviões, que pode ser descrito como, decomposição da jazida primaria, formação de ouro finíssimo no saprolito, carriamento em suspensão (ou dissolução) para os aluviões, e por fim nucleação ( recristalização, aglutinação) do ouro no aluvião.
Uma observação interessante referente ao modelo, é o caso das aluviões diamantíferas e auríferas no sul da Venezuela, próximo a Roraima. Há ouro junto com diamante na drenagem atual, porem, o diamante está concentrado apenas no cascalho da base do aluvião, diferente do comportamento do ouro que se distribui em toda a seção, embora a base seja mais rica, justamente por ser mais permeável. È de se admitir que se o ouro tivesse origem detritica, ele deveria apresentar comportamento de mineral pesado e se concentraria, junto com os diamantes, apenas na base do pacote, no cascalho.
Da mesma maneira, se observarmos os aluviões de grandes rios auríferos, como por exemplo, o Madeira, que atravessa regiões estéreis em ouro por centenas de quilômetros, não tem como não admitir que o ouro é transportado na forma finíssima em suspensão, ou na forma dissolvida na água do rio.
Quando comparado o ouro com minerais pesados como a cassiterita, por exemplo, vemos que enquanto a cassiterita anda na drenagem por centenas de metros até no máximo cerca de quatro quilômetros a partir da fonte, o ouro migra dezenas a centenas de quilômetros. Por este motivo não é raro no Brasil termos aluviões auríferos sem o menor vestígios de fonte primaria, como no caso do rio Piranga-MG, do Rio Madeira RO, Apuí AM.
A formação de pepitas é outra evidencia de precipitação química do ouro em condições físico-químicas favoráveis, principalmente em presença de manganês, como no caso das jacutingas de Minas Gerais e no caso de Serra Pelada. A formação de pepitas nos lateritos é também um fenômeno de concentração química, muito comum, por exemplo, na região do Gurupi, limite do Pará com o Maranhão.
Em conclusão, é defendido um transporte em suspensão/dissolução do ouro, com posterior precipitação e nucleação em pequenas pepitas, de preferência nas partes mais permeáveis do aluvião.
No caso dos aluviões, a formação de pepitas pode estar relacionada muitas vezes à presença de matéria orgânica, por esse motivo ocorrem pepitas junto às raízes da arvores. 
Porque estamos observando aluviões riquíssimas como o de Rosa de Maio no Tapajós e as pesquisas não encontram primários condizentes? Porque se o ouro primário for largamente distribuído e em teores baixíssimos na massa da rocha da bacia fonte das aluviões, não haverá primários econômicos, mas haverá imensa fonte para a drenagem do ouro ate as aluviões e se os primários mesmo ricos estiverem afastados dos cursos d´água, não levarão o ouro ate as aluviões 
e portanto não há relação direta entre mãe primária e filhos aluvionares


Quilate para ouro e Quilate para diamante: NADA HA VER!

Quilate para ouro e Quilate para diamante: NADA HA VER!

No que se refere a pedras preciosas, como o diamante, um quilate representa uma massa igual a duzentos miligramas. A unidade de massa foi adotada em 1907 na Quarta Conferência Geral de Pesos e Medidas. O quilate pode ser subdividido ainda em 100 pontos de 2 mg cada. Por isso, fala´se em diamantes de 50 pontos, 40 pontos, são menores de que 1 quilate
Aplicado ao ouro, entretanto, o quilate é uma medida de pureza do metal, e não de massa. É a razão entre a massa de ouro presente e a massa total da peça, multiplicada por 24, sendo cada unidade de quilate equivalente a 4,1666 % em pontos percentuais de ouro do total.
A pureza do ouro é expressa pelo número de partes de ouro que compõem a barra, pepita ou joia. O ouro de um objeto com 16 partes de ouro e 8 de outro metal é de 16 quilates. O ouro puro tem 24 quilates.
Exemplos:
·         Ouro 24 quilates = ouro puro - como é praticamente impossível o ouro ter uma pureza completa, o teor máximo é de 99,99% e assim chamado de ouro 9999. Impróprio para fabricação de joias por ser muito maleável.
·         Ouro 22 quilates = 22/24 = 91,6% de ouro, também chamado de ouro 916.
·         Ouro 20 quilates = 20/24 = 83,3% de ouro, também chamado de ouro 833.
·         Ouro 19.2 quilates = 19.2/24 = 80,0% de ouro, também chamado de ouro 800 ou Ouro Português.
·         Ouro 18 quilates = 18/24 = 75% de ouro, também chamado de ouro 750.
·         Ouro 16 quilates = 16/24 = 66,6% de ouro, também chamado de ouro 666.
·         Ouro 14 quilates = 14/24 = 58,3% de ouro, também chamado de ouro 583.
·         Ouro 12 quilates = 12/24 = 50% de ouro, também chamado de ouro 500.
·         Ouro 10 quilates = 10/24 = 41,6% de ouro, também chamado de ouro 416.
·         Ouro 1 quilate = 1/24 = 4,6% de ouro, também chamado de ouro 46.

Desta forma, o ouro 18 quilates tem 75% de ouro, e o restante são 
ligas metálicas adicionadas fundindo-se o ouro com esses metais num processo conhecido como quintagem, para garantir maior durabilidade e brilho à joia.
Os elementos dessas ligas geralmente adicionados ao ouro podem variar muito em função da cor, ou ponto de fusão desejados e em algumas joalherias, essa fórmula é mantida como segredo industrial. Os metais mais comuns utilizados nessas ligas são o cobre, a prata, o zinco, o níquel, o cádmio, resultando em um ouro com coloração amarela. Existe também o ouro branco, que é feito com ligas utilizando o paládio que tem efeito descoloridor, nesse caso o ouro branco no processo final de acabamento a joia é submetida a um banho de ródio.