sábado, 29 de agosto de 2015

Turmalina Paraíba

Turmalina Paraíba


GENUINAMENTE BRASILEIRA E PARAIBANA.
A gema mais cara que o diamante!




As turmalinas são pedras brasileiras com uma enorme variedade de cores. As Turmalinas Paraíba estão entre as gemas mais raras e cobiçadas do mundo. Um grama da turmalina paraíba pode custar mais de US$100 mil. Cada quilate chega a valer US$50 mil.
Mas, afinal, o que significa a palavra "paraíba"? Uma reportagem do jornal inglês "Financial Times" revela que sua coloração incandescente e única deve-se a uma combinação de traços de cobre e manganês dentro da pedra. Assim, "paraíba" tornou-se denominação de um tipo de azul neon único, no mineral encontrado por aqui.







A Turmalina Paraíba foi encontrada pela primeira vez no distrito de São José da Batalha, no interior da Paraíba. O Brasil é rico em turmalinas, de diversas cores, mas a variedade de um azul único surgiu da obstinação do mineiro Heitor Dimas Barbosa, que escavou durante sete anos, até que, em 1989, achou um punhado de turmalinas. Estranhou a cor e mandou para análise no maior laboratório de gemas do mundo, o "Gemological Institute of America". Eram pedras únicas no planeta. O Instituto ficou tão impressionado que publicou uma reportagem de nove páginas em sua revista. De um azul profundo e hipnotizante, dizem os entendidos que esse tipo de gema é capaz de acender à noite. Outra coisa interessante em relação à Turmalina Paraíba, é que comumente ela possui em seu interior uma boa quantidade de ouro. De qualquer forma é o cobre que dá à ela o seu brilho inconfundível e as cores azul turquesa e verde, enquanto os tons de violeta e vermelho são causados pela presença do manganês. É importante ressaltar que as turmalinas paraíba mostram a sua magnífica cor somente quando lapidadas.

A beleza e raridade dessas gemas fascinaram o mercado. O fundador da H.Stern, Hans Stern, falecido em 2007, tinha as turmalinas como suas pedras preferidas. Era tão aficcionado pela gema que deixou uma coleção particular de turmalinas, a maior e mais importante do planeta, aberta à visitação pública na matriz da joalheria, no Rio. Hans Stern era um caçador de turmalinas, investindo e rastreando até que a coleção chegasse às espantosas 971 pedras de hoje.




O mercado das gemas acreditava ser a Paraíba a única produtora do mundo, quando em 2001 apareceram no mercado as turmalinas lapidadas, oriundas da Nigéria, muito semelhantes às brasileiras, mas o nome "paraíba" foi mantido, por ser a primeira ocorrência desse tipo de pedra no estado de mesmo nome.








A turmalina paraíba é utilizada pela grifes brasileiras Arrigoni, Amsterdan Sauer e H. Stern, além das internacionais Dior e Tiffany & Co UK












Uma Turmalina Paraíba de 191,87 quilates e lapidação oval está aguardando a sua inclusão na edição 2011 do Guiness Book of World Records. Ao ser incluída neste livro seu valor irá dobrar (leia-se alguns milhões de dólares).



A TURMALINA PARAÍBA

A TURMALINA PARAÍBA





            A novela Flor do Caribe tornou conhecida de milhões de brasileiros uma gema da qual pouca gente ouvira falar até então, a turmalina Paraíba. Isso não é de estranhar, porque a principal característica dessa gema é a raridade.

            Para início de conversa, a turmalina Paraíba só se tornou conhecida em 1989, quando foi descoberta na Paraíba (daí seu nome), na localidade de São José da Batalha, município de Salgadinho. Nos anos seguintes, foi descoberta também no Rio Grande do Norte (a divisa com a Paraíba fica bem perto de São José da Batalha), em dois locais do município de Parelhas.

          
              Após mais algum tempo, descobriu-se que havia turmalina Paraíba também na África, na Nigéria e em Moçambique. E só. Por enquanto, é o que se sabe em termos de ocorrência, e com um agravante: as jazidas brasileiras estão esgotadas e as africanas, até onde eu sei, também estão acabando. O que me deixa desolado; são cada vez mais remotas as chances de eu ter uma turmalina Paraíba na minha coleção de gemas...

        Existem turmalinas azuis (indicolita), verdes (verdelita), rosa, vermelhas (rubelita), incolores (acroíta) e pretas (schorlita).  Os cristais de turmalina são prismáticos ou colunares e muitas vezes mostram metade com uma cor e a outra metade com cor diferente. Outras vezes são três as cores, uma em cada ponta e uma terceira no centro do cristal. Mas, tem mais: alguns cristais são verdes externamente e vermelhos no centro (turmalina-melancia). Com toda essa profusão de cores, o que menos se esperava era a descoberta de uma turmalina de cor diferente de todas as conhecidas. Pois a turmalina Paraíba surpreendeu exatamente por isso, com uma cor azul muito diferente, que vem sendo chamada de azul elétrico, azul néon ou azul fluorescente. Pode também ser verde ou verde-azulada, mas também em matizes diferentes daquele da verdelita ou da indicolita.

        Mas, não são só a escassa distribuição geográfica e a cor inusitada que tornam essa gema rara. Contribui também para sua raridade o fato de raramente aparecer com boa transparência, tendo geralmente abundantes fissuras. Além disso, forma cristais pequenos: a grande maioria deles pesa menos de um grama e o maior cristal com qualidade gemológica encontrado até hoje tinha apenas vinte gramas.


            Com tudo isso, não é de se admirar que a turmalina Paraíba seja uma gema tão cara. Para se ter uma ideia, gemas lapidadas pesando entre 5 e 10 quilates (1 a 2 gramas), de excelente qualidade custam até 120 dólares por quilate se foram turmalinas comuns de cor rosa; até 200 dólares por quilate se forem verde a verde-azuladas; até 300 dólares se forem vermelhas e até 350 dólares se tiverem cor azul. Já as turmalinas Paraíba verde néon de mesma faixa de peso e mesma qualidade (excelente) valem até 10.000 dólares por quilate e as de cor azul-néon podem atingir 20.000 dólares o quilate. Se tiverem 10 quilates, o preço dispara para 35.000 dólares por quilate. Lembremos que são necessários cinco quilates para totalizar apenas um grama...


          Na novela Flor do Caribe, antes de descobrirem as turmalinas, Cassiano e Duque encontraram, na mina, um veio de cobre.  As jazidas brasileiras não têm esse veio, mas ele não chega a ser um absurdo geológico, já que o que dá a cor verde e azul à turmalina Paraíba é a presença de pequena porcentagem daquele metal (até 1,92%). Se houver também manganês, com pouco cobre, a turmalina Paraíba fica violeta. 

            As duas primeiras fotos são de Marcelo Lerner e estão no excelente livro Minerais e Pedras Preciosas do Brasil, dos meus amigos Andrea Bartorelli e Carlos Cornejo, onde os interessados podem encontrar informações adicionais sobre a mais valiosa turmalina brasileira.  A segunda é uma turmalina da coleção de Luiz Alberto Dias Menezes.
            A ultima foto são anéis da griffe Yael.

Extração ilegal de turmalina na Paraíba movimentou R$ 2,5 mi, diz PF

Extração ilegal de turmalina na Paraíba movimentou R$ 2,5 mi, diz PF

Pedras saíam do Estado e eram destinadas ao mercado internacional
O esquema de extração ilegal da turmalina paraíba, desarticulado durante operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) nessa quarta-feira (27), movimentou mais de R$ 2,5 milhões entre os oito investigados. De acordo com a Polícia Federal, o potencial exploratório da mina era de cerca de 1 bilhão de dólares.Os detalhes da investigação, que teve início em 2009, foram divulgados em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em Cabedelo. De acordo com a Polícia Federal, seis pessoas foram presas, um suspeito está foragido, e outro, que mora no exterior, está sendo procurado pela Interpol.
Policiais federais do Nordeste também cumpriram oito mandados de sequestro de bens e 19 de busca e apreensão. Foram apreendidos carros de luxo, uma quantia em dinheiro não divulgada e algumas pedras de turmalina. Nenhuma das prisões realizadas na operação foi feita na Paraíba, segundo a polícia.
Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas. A operação ‘Sete Chaves’ ocorreu nas cidades paraibanas de João Pessoa, Monteiro e Salgadinho e também nos municípios de Parelhas e Natal, no Rio Grande do Norte, além de Governador Valadares (MG) e São Paulo (SP).
Durante a entrevista coletiva, a Polícia Federal apresentou um mapa  do caminho que as pedras faziam no esquema (veja abaixo). Segundo a PF, o esquema criminoso começava com a extração da pedra no distrito de São José da Batalha, em Salgadinho (PB). Uma empresa paraibana existente no local não possuía licença para extração da pedra, mas segundo as investigações, as pedras paraibanas eram extraídas pela empresa, ilegalmente, e enviadas para uma mina na cidade de Parelhas (RN), onde ganhavam certificados legais de exploração.
Do Rio Grande do Norte, as pedras seguiam para Governador Valadares (MG), para serem lapidadas. Lá, comerciantes enviavam as gemas para o exterior, em mercados na cidade de Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China e Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
"As pedras paraibanas são de maior qualidade e portanto atraem maior interesse de colecionadores e dos suspeitos. As pedras eram exportadas como sendo do Rio Grande do Norte, e assim declaradas com valor inferior, e só no mercado do exterior que os comerciantes diziam a real origem da pedra paraibana e portanto vendiam com preço elevado", disse a Polícia Federal.
A PF comentou que por causa da cor e da raridade da pedra, um quilate (0,2 gramas) da turmalina paraíba custa US$ 30 mil. Ainda de acordo com o delegado, a depender das características, o valor pode subir para US$ 800 mil. A turmalina paraíba só é encontrada em cinco minas em todo mundo, três estão na Paraíba e duas na África. As pedras extraídas na Paraíba são consideradas as mais valiosas entre as turmalinas.
Segundo a Polícia Federal, entre os integrantes suspeitos de participarem da organização criminosa estão diversos empresários e um deputado estadual, que utilizavam uma rede de empresas para realizar o suporte das operações bilionárias em negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
A polícia suspeita que um grande volume destas pedras esteja nas mãos de joalheiros e de pessoas no exterior. O nome da operação faz referência aos negociadores no mercado restrito da turmalina azul, que guardavam à ‘sete chaves’ o segredo

América do Sul vive nova corrida ao ouro

América do Sul vive nova corrida ao ouro


O comerciante colombiano Lucio Ruiz (Foto: João Fellet/BBC Brasil)
Lucio Ruiz observa as pilhas de ouro que serão negociadas com grupos empresariais de Medellín
A valorização de quase 100% no preço do ouro desde o início da crise econômica mundial, em 2008, está provocando uma nova corrida ao minério na América do Sul, com a reabertura de minas desativadas há décadas e a migração em massa para áreas de garimpo.
O fenômeno é sentido, em variados graus, em pelo menos nove países, segundo levantamento da BBC Brasil.
Enquanto tentam atrair investimentos estrangeiros para o setor, os governos da região vêm intensificando os esforços para combater a mineração informal.
Eles argumentam que a atividade destroi o meio-ambiente, sonega impostos e cria áreas sem lei, onde há problemas como a exploração sexual de mulheres. Além disso, dizem que grupos criminosos em alguns países sul-americanos estão se valendo da exploração de ouro para se financiar e lavar dinheiro.
Considerado um investimento seguro em tempos de instabilidade nas bolsas e forte oscilação de moedas, o ouro valia cerca de US$ 800 a onça (31 gramas) no fim de 2007.
Desde então, dobrou de preço, chegando a US$ 1.600. "Com o preço nesse nível, minas que não eram viáveis por terem baixo teor de ouro, hoje, se tornaram rentáveis, e minas já exploradas estão sendo reabertas", disse à BBC Brasil Arão Portugal, vice-presidente no Brasil da mineradora canadense Yamana.
No Brasil, entre as minas que serão reabertas está a de Pilar de Goiás, cidade fundada em 1741 durante o primeiro ciclo de ouro brasileiro. Outra é Serra Pelada, no Pará, que deve retomar suas atividades no início de 2013.

Migração

No Peru, principal produtor de ouro da América do Sul e sexto maior do mundo (os primeiros do ranking são China, Austrália e Estados Unidos), a alta do minério tem estimulado dezenas de milhares de moradores da região andina a tentar a sorte na Amazônia, onde há vastas reservas inexploradas sob a floresta.
Muitos deles se instalaram em barracas à beira da recém-inaugurada Interoceânica, estrada que liga o noroeste brasileiro a portos peruanos no Pacífico, para explorar ouro no entorno do rio Madre de Deus e de seus afluentes.
A BBC Brasil esteve em alguns desses garimpos, que se estendem na rodovia por ao menos 50 quilômetros e começam a surgir a cerca de 250 km da fronteira com o Brasil.
Ao redor dos acampamentos, áreas desmatadas e que tiveram o solo revirado expõem os efeitos colaterais da atividade, agravados à medida que a exploração avança pela floresta. Os danos ambientais incluem ainda a sedimentação dos rios e contaminação de suas águas por cianeto e mercúrio, usados no beneficiamento do minério.
Para combater a mineração informal, o governo peruano aprovou, no início do ano, um decreto que torna a atividade crime, com pena de até dez anos de prisão. Simultaneamente, passou a explodir dragas encontradas nos garimpos.
Em resposta, cerca de 15 mil mineradores, segundo estimativa da imprensa local, foram protestar em Puerto Maldonado, capital de Madre de Dios. O grupo se deparou com 700 policiais, que abriram fogo para dispersar a multidão. Os confrontos deixaram três mineradores mortos e ao menos 55 pessoas feridas, entre as quais 17 policiais.

Economia local

Confrontos em razão de restrições governamentais à mineração informal também têm ocorrido na Colômbia. Em dezembro, mineradores da região do Baixo Cauca, no noroeste colombiano, incendiaram pneus e fecharam vias na cidade de Caucasia. Eles protestavam contra o que consideram um tratamento prioritário dado pelo governo às multinacionais na concessão de licenças para mineração. As forças de segurança intervieram com bombas de gás lacrimogênio.
Garimpeiro (Foto: João Fellet/BBC Brasil)
Alta no preço do ouro provoca reabertura de minas desativadas e migração para áreas de garimpo
Segundo Carlos Medina, professor da Faculdade de Direito e Ciência Política da Universidade Nacional da Colômbia, o ouro começou a ser explorado no Baixo Cauca nos tempos coloniais. No entanto, a atividade foi reduzida drasticamente nas últimas décadas, porque deixara de ser rentável. Com a escalada nos preços, o ouro voltou a sustentar a economia local.
O lojista Davidson Garcez, que atua na compra e revenda de ouro em Caucasia desde 1986, calcula que nos últimos quatro anos houve um incremento de 40% no comércio do minério. Ele diz que, quando ingressou no mercado, os mineradores que empregavam retroescavadeiras tinham de encontrar três castelhanos (ou 13,5 gramas) de ouro por dia para cobrir seus custos. Hoje, devido à valorização, basta que encontrem 1 castelhano (4,5 gramas) ao dia.
"Minas que foram degradadas há 15, 20 anos voltaram a ser exploradas", disse ele!
Em sua loja, o vendedor Lucio Ruiz observa orgulhoso as pilhas de ouro que serão negociadas com grupos empresariais de Medellín, maior cidade da região. De lá, serão exportadas principalmente para a Europa, Ásia e Estados Unidos.
"Gosto de imaginar que logo este ouro poderá estar no pescoço de alguma mulher americana, ou quiçá nos cofres de um banco no Japão", afirma.

Combate

Em discurso em janeiro em Caucasia, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que buscaria coordenar esforços com países vizinhos que também estariam sofrendo com a mineração ilegal, entre os quais citou o Equador, o Peru e o Brasil.
"É um fenômeno que está acontecendo na região, entre outras coisas, pelo alto preço do ouro, mas também porque os grupos criminosos encontraram um filão onde às vezes os Estados demoram em ser efetivos em sua reação."
Nos últimos anos, governos da Venezuela, Bolívia e Equador também vêm adotando linha mais dura quanto à mineração informal, empregando inclusive as Forças Armadas em operações contra a atividade.
No Brasil, 8.700 militares atuam desde o último dia 2 numa megaoperação na Amazônia que busca, entre outros objetivos, combater garimpos ilegais nas fronteiras com a Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
A ação, denominada "Agata 4", mobilizará, por um mês, 11 navios, nove helicópteros e 27 aviões. A iniciativa se soma a três operações da Polícia Federal (PF) ocorridas desde o ano passado para combater o garimpo ilegal de ouro na região Norte.
O governo brasileiro vem sendo cobrado especialmente pela Guiana Francesa, Guiana e Suriname a controlar a ação de garimpeiros brasileiros na fronteira com esses países, atividade desenvolvida há décadas mas que ganhou novo fôlego com a alta dos preços.
No dia 25 de abril, num sinal da crescente tensão na região, cerca de cem mineradores brasileiros foram presos na Guiana.

Alta do ouro reativa produção em minas históricas brasileiras

Alta do ouro reativa produção em minas históricas brasileiras


Mina de ouro em Pilar de Goiás (Foto: João Fellet/BBC Brasil)
Brasil está recebendo investimentos bilionários para voltar à lista dos principais exploradores de ouro
Maior produtor mundial de ouro entre 1700 e 1850, o Brasil está recebendo investimentos bilionários para voltar à lista dos principais exploradores do minério.
Paralelamente, o governo está intensificando o combate ao garimpo ilegal de ouro na Amazônia, foco de atritos em regiões de fronteira, num esforço que também visa formalizar o setor para tirar proveito dos altos preços do minério.
Hoje na 11ª posição do ranking dos produtores, segundo o Serviço Geológico Americano (USGS), o país pode subir ao 7º posto caso os planos do governo de dobrar a extração de ouro até 2017 se concretizem. Para cumprir a meta, espera-se que o setor receba US$ 2,4 bilhões em investimentos entre 2011 e 2015.
A meta do governo, expressa no último Plano Nacional de Mineração, se sustenta nos preços do minério, que dobraram desde o início da crise econômica mundial, em 2008.
Considerado um investimento seguro em tempos de instabilidade nas bolsas e forte oscilação de moedas, o ouro valia cerca de US$ 800 a onça (31 gramas) no fim de 2007. Hoje está cotado em US$ 1.600. A valorização tornou rentáveis minas com baixo teor de ouro e outras já exploradas, antes tidas como esgotadas.
Entre as minas que serão reabertas está a de Serra Pelada, no sudeste do Pará. A mina atraiu milhares de migrantes nos anos 80 e fechou em 1992, em meio ao declínio da produção. Celebrizada pelas fotografias do "formigueiro humano" que abrigava, foi considerada o maior garimpo a céu aberto do mundo.
Outras minas que serão reabertas estão a de Riacho dos Machados, em Minas Gerais, e a de Pilar de Goiás.
Em 2011, segundo o USGS, o Brasil produziu 65 toneladas de ouro. A maior produtora mundial é a China, com 345 toneladas. Na América Latina, a produção brasileira é superada apenas pela do Peru, com 170 toneladas.

Incremento

Responsável por 26 das 65 toneladas de ouro extraídas anualmente no Brasil (17% do total), a mineradora canadense Yamana espera aumentar em 11 toneladas (40%) sua produção até 2014. O incremento virá de três novas minas na Bahia, Mato Grosso e Goiás.