Mineradora Paraíba Tourmaline é interditada por invasão subterrânea
A mineradora Paraíba Tourmaline que pertence ao Deputado João Henrique (DEM-PB) foi interditada.
O motivo é que a mineradora estava invadindo, pela mina subterrânea, a área da concorrente Parazul Mineração.
A Paraíba Tourmaline e a Parazul estão disputando na justiça uma mineralização de turmalina paraíba.
Segundo o relato da polícia a Mineração Paraíba Tourmaline está
trabalhando ininterruptamente para atingir, pelas galerias subterrâneas,
a área mineralizada que pertence à Parazul.
Em 2009 iniciou uma investigação da Polícia local e Federal que
comprovou indícios de lavagem de dinheiro, contrabando, evasão de
divisas e usurpação de patrimônio. Era a operação Sete Chaves que ainda
subsidia as provas contra a mineradora.
Descobriram que as turmalinas extraídas ilegalmente eram levadas para
uma mina em Parelhas/RN onde eram legalmente certificadas.
Em função dos crimes cometidos o Ministério Público Federal decidiu
interditar a Paraíba Tourmaline. Caso a interdição seja descumprida a
empresa será multada em R$50.000 por dia.
Berílio: um metal do futuro
Berílio é um desses metais que todos sabem que existe, mas poucos sabem quais são os seus usos.
Os berilos são a principal fonte do metal. Esses belos minerais
hexagonais são originados nos pegmatitos de Minas Gerais e são amostras
fundamentais em coleções de minerais. (foto).
Por ser muito leve, não magnético e maleável o berílio (Be) é usado em
várias ligas, principalmente com alumínio e cobre que são usadas em
várias aplicações. À medida que os avanços tecnológicos se acentuam mais
aplicações para o berílio foram descobertas, aumentando
exponencialmente o interesse da indústria.
Hoje o metal já é considerado um produto estratégico usado na telefonia
celular, mísseis, indústria aeroespacial e reatores nucleares.
Apesar de sermos um dos maiores produtores de berilo, uma das principais
fontes do berílio, não temos nenhuma planta de processamento do metal
no Brasil. As principais estão nos Estados Unidos, Cazaquistão e China.
A Rússia deverá ser o mais novo membro deste clube e se prepara para
produzir o metal, que vale US$500.000 por tonelada, no Siberian Chemical
Combine.
Os russos já iniciaram um investimento cujo Capex deverá superar os US$40 milhões. Eles esperam produzir ainda em 2020.
As reservas mundiais de berilo e bertrandita ainda são especulativas.
Esses minerais são mais abundantes no Brasil, Madagascar, Rússia e
Estados Unidos. Segundo cálculos altamente inferidos os recursos atingem
400.000t.
Que tal achar uma nova jazida de berilo no Brasil? As minas de
esmeraldas talvez ainda tenham um grande volume de esmeralda (variedade
de berilo) sem valor econômico, rejeitada, que pode interessar a
compradores...
Interessado em explorar a Lua? Fale com a China
O Governo Chinês está desenvolvendo um programa de exploração lunar muito ambicioso.
Na nova fase deste programa eles estarão abrindo o acesso a todas as empresas privadas interessadas.
Se a sua empresa tem interesse direto na exploração lunar ou fabrica
algum equipamento que possa ser utilizado no próximo programa chinês, o
Chang’e 4 , é só entrar em contato com a State Administration of Science
da China.
Além de oxigenar o programa com novas ideias e equipamentos os chineses
querem, também, quebrar o monopólio americano das conquistas espaciais e
acelerar as inovações tecnológicas.
A última nave chinesa a pousar na Lua foi a Chang’e 3 (foto) em dezembro de 2013.
A bordo da nave existiam câmeras, espectrômetros e radar de penetração.
Até agora a nave já mapeou 9 camadas de “solo” lunar que foram
evidenciadas pelo radar de penetração. As camadas lunares já haviam sido
identificadas pela Nasa que as descreveu como paleo-regolito.
No entanto, segundo os chineses a maioria destas camadas parecem estar
relacionadas a ejecta de impactos de meteoritos que atingiram a
superfície lunar.
O programa chinês continua e com ele a busca de concentrações
econômicas do precioso hélio-3 que os chineses acreditam existir.
Se jazidas de hélio-3 forem descobertas poderemos ver a corrida
desenfreada à Lua. Esta possibilidade levanta um bom número de
questionamentos como:
A quem pertencem os minerais da Lua? Quem pode explorar e lavrar as rochas lunares?
Os chineses e os americanos acreditam que eles pertencem a quem os descobrir e explorar...
Você concorda?
Surpresa! A geologia ativa de Plutão
As últimas imagens do planeta anão Plutão liberadas pela NASA são espetaculares.
A imagem ao lado, feita em close-up, mostra uma superfície irregular,
repleta de altas montanhas de gelo e planícies quase sem marcas de
impactos. As montanhas da imagem têm mais de 3.000 metros de altura e
podem ser compostas por água, nitrogênio e metano congelados que parecem
ser os principais componentes da crosta de Plutão.
Os geólogos se surpreenderam com a falta de impacto de meteoritos em
algumas áreas, aparentemente planas o que deve sugerir que existem
intensos processos geológicos, possivelmente relacionados a fontes de
calor, ainda em atividade.
Plutão era tido como um planeta frio e estático, quase sem nenhuma
atividade, mas o que se vê derruba essa hipótese e sugere um planeta
vivo com grande atividade geológica.
Na imagem vê-se rochas de idades e texturas diferentes, cortadas por uma
falha de rejeito direcional sinistrógira que atravessa a cadeia de
montanhas e desaparece na planície.
Uma imagem que poderia vir da nossa Terra.
Um planeta com potencial astrobiológico.
Possivelmente serão vistos, nos próximos meses atividades de geyseres e vulcões emitindo plumas e gelo na rara atmosfera.
No momento acredita-se que a água congelada é uma componente importante das feições topográficas mais importantes.
Qual serão os processos geológicos por trás da formação dessas montanhas?
Qual será a fonte termal escondida, o motor da geologia de Plutão? Radioatividade? Marés?
Será que o planeta ainda abriga um mar líquido embaixo da camada de gelo?
Os geólogos terão um período atribulado, à medida que as novas fotos e
medições forem processadas. Segundo a NASA a totalidade dos dados
acumulados pela New Horizons nesta aproximação irá demorar um ano e
quatro meses para chegar à Terra.
A New Horizons, movida a plutônio, ainda tem 15 anos de vida pela frente
e os cientistas não definiram quais serão os seus próximos objetivos.
Almahata Sitta: os diamantes que vieram do espaço
Quando o carbono é submetido a imensas pressões e temperaturas elevadas
ele pode se transformar em diamante. É assim no nosso planeta, em
profundidades maiores que 120km de crosta quando as condições para a
formação dos diamantes existem. É o chamado campo de estabilidade do
diamante (veja o gráfico).
Esses diamantes são trazidos à superfície por rochas vulcânicas formadas
a grandes profundidades: os kimberlitos e os lamproitos.
Aqui na Terra a quantidade de diamantes formada em profundidade é
relativamente pequena, o que é confirmado pelos teores achados nos
kimberlitos que geralmente são medidos em poucos quilates em cada cem
toneladas de rochas.
No entanto, ao contrário da Terra, os astrônomos acreditam que alguns
corpos celestes possam ter um núcleo formado quase que exclusivamente de
diamante.
Em caso de explosão ou choque esses corpos poderiam “semear” meteoritos a base de diamantes por todo o sistema solar.
Imagine só encontrar um meteorito de diamante maciço...
A possibilidade da existência desses meteoritos diamantíferos é elevada e
alimenta algumas empresas como a Planetary Resources, que planejam
lavrá-los no espaço.
De volta a Terra, os geólogos sabem que diamantes podem, também, ser
formados no impacto de meteoritos contra a superfície do planeta. Esses
diamantes são extremamente pequenos e, muitas vezes são descritos como
micro ou nanodiamantes.
Existem uns agregados de diamantes de baixa qualidade chamados
carbonados que, por não terem associação com kimberlitos ou lamproitos
podem ter uma origem extraterrena. Os carbonados encontrados na Bahia
são os maiores agregados de diamantes jamais encontrados, atingindo mais
de 3.000 quilates.
Era assim que os cientistas contavam a história dos diamantes vindos ou
não do espaço: até a queda do meteorito Almahata Sitta em 7 de outubro
de 2008.
Este meteorito foi o primeiro a ser detectado antes do choque e caiu no
deserto do Sudão causando uma explosão cuja luz foi vista a 1.400km de
distância.
As buscas foram intensas e os pesquisadores acharam centenas de
fragmentos de um acondrito ureilítico com grãos carbonosos, espalhados
em quilômetros de deserto (veja a foto).

Até então o Almahata Sitta era uma história corriqueira: mais um
meteorito descoberto. Foi quando descobriram que os fragmentos do
meteorito continham diamantes.
Não eram os tradicionais nanodiamantes, mas diamantes muito maiores do
que os encontrados em meteoritos. A explicação genética para esses
diamantes aponta para uma formação similar aos dos nossos diamantes
terrestres: em grandes profundidades dentro de um corpo planetário
(planetesimal) que se fragmentou nos primórdios do sistema solar.
Os resultados do estudo feito na Universidade de Hiroshima no Japão
mostra que os diamantes foram fraturados em cristais menores que estão
orientados da mesma maneira. Ou seja os diamantes eram parte de pedras
maiores fraturadas no impacto.
A descoberta deste meteorito aumenta as expectativas das novas empresas
de mineração espacial que, no momento, buscam financiamentos para serem
lançadas.
Em breve veremos mais uma emocionante etapa da exploração mineral: a do espaço sideral.