domingo, 6 de setembro de 2015

Mineradora Paraíba Tourmaline é interditada por invasão subterrânea

Mineradora Paraíba Tourmaline é interditada por invasão subterrânea




A mineradora Paraíba Tourmaline que pertence ao Deputado João Henrique (DEM-PB) foi interditada.

O motivo é que a mineradora estava invadindo, pela mina subterrânea, a área da concorrente Parazul Mineração.

A Paraíba Tourmaline e a Parazul estão disputando na justiça uma mineralização de turmalina paraíba.

Segundo o relato da polícia a Mineração Paraíba Tourmaline está trabalhando ininterruptamente para atingir, pelas galerias subterrâneas, a área mineralizada que pertence à Parazul.

Em 2009 iniciou uma investigação da Polícia local e Federal que comprovou indícios de lavagem de dinheiro, contrabando, evasão de divisas e usurpação de patrimônio. Era a operação Sete Chaves que ainda subsidia as provas contra a mineradora.

Descobriram que as turmalinas extraídas ilegalmente eram levadas para uma mina em Parelhas/RN onde eram legalmente certificadas.

Em função dos crimes cometidos o Ministério Público Federal decidiu interditar a Paraíba Tourmaline. Caso a interdição seja descumprida a empresa será multada em R$50.000 por dia.

Berílio: um metal do futuro

Berílio: um metal do futuro



 
Berílio é um desses metais que todos sabem que existe, mas poucos sabem quais são os seus usos.

Os berilos são a principal fonte do metal. Esses belos minerais hexagonais são originados nos pegmatitos de Minas Gerais e são amostras fundamentais em coleções de minerais. (foto).

Por ser muito leve, não magnético e maleável o berílio (Be) é usado em várias ligas, principalmente com alumínio e cobre que são usadas em várias aplicações. À medida que os avanços tecnológicos se acentuam mais aplicações para o berílio foram descobertas, aumentando exponencialmente o interesse da indústria.

Hoje o metal já é considerado um produto estratégico usado na telefonia celular, mísseis, indústria aeroespacial e reatores nucleares.

Apesar de sermos um dos maiores produtores de berilo, uma das principais fontes do berílio, não temos nenhuma planta de processamento do metal no Brasil. As principais estão nos Estados Unidos, Cazaquistão e China.

A Rússia deverá ser o mais novo membro deste clube e se prepara para produzir o metal, que vale US$500.000 por tonelada, no Siberian Chemical Combine.

Os russos já iniciaram um investimento cujo Capex deverá superar os US$40 milhões. Eles esperam produzir ainda em 2020.

As reservas mundiais de berilo e bertrandita ainda são especulativas.

Esses minerais são mais abundantes no Brasil, Madagascar, Rússia e Estados Unidos. Segundo cálculos altamente inferidos os recursos atingem 400.000t.

Que tal achar uma nova jazida de berilo no Brasil? As minas de esmeraldas talvez ainda tenham um grande volume de esmeralda (variedade de berilo) sem valor econômico, rejeitada, que pode interessar a compradores...

Interessado em explorar a Lua? Fale com a China

Interessado em explorar a Lua? Fale com a China



 
O Governo Chinês está desenvolvendo um programa de exploração lunar muito ambicioso.

Na nova fase deste programa eles estarão abrindo o acesso a todas as empresas privadas interessadas.

Se a sua empresa tem interesse direto na exploração lunar ou fabrica algum equipamento que possa ser utilizado no próximo programa chinês, o Chang’e 4 , é só entrar em contato com a State Administration of Science da China.

Além de oxigenar o programa com novas ideias e equipamentos os chineses querem, também, quebrar o monopólio americano das conquistas espaciais e acelerar as inovações tecnológicas.

A última nave chinesa a pousar na Lua foi a Chang’e 3 (foto) em dezembro de 2013.

A bordo da nave existiam câmeras, espectrômetros e radar de penetração. Até agora a nave já mapeou 9 camadas de “solo” lunar que foram evidenciadas pelo radar de penetração. As camadas lunares já haviam sido identificadas pela Nasa que as descreveu como paleo-regolito. No entanto, segundo os chineses a maioria destas camadas parecem estar relacionadas a ejecta de impactos de meteoritos que atingiram a superfície lunar.

O programa chinês continua e com ele a busca de concentrações econômicas do precioso hélio-3 que os chineses acreditam existir.

Se jazidas de hélio-3 forem descobertas poderemos ver a corrida desenfreada à Lua. Esta possibilidade levanta um bom número de questionamentos como:

A quem pertencem os minerais da Lua? Quem pode explorar e lavrar as rochas lunares?

Os chineses e os americanos acreditam que eles pertencem a quem os descobrir e explorar...

Você concorda?




Surpresa! A geologia ativa de Plutão

Surpresa! A geologia ativa de Plutão




As últimas imagens do planeta anão Plutão liberadas pela NASA são espetaculares.

A imagem ao lado, feita em close-up, mostra uma superfície irregular, repleta de altas montanhas de gelo e planícies quase sem marcas de impactos. As montanhas da imagem têm mais de 3.000 metros de altura e podem ser compostas por água, nitrogênio e metano congelados que parecem ser os principais componentes da crosta de Plutão.

Os geólogos se surpreenderam com a falta de impacto de meteoritos em algumas áreas, aparentemente planas o que deve sugerir que existem intensos processos geológicos, possivelmente relacionados a fontes de calor, ainda em atividade.

Plutão era tido como um planeta frio e estático, quase sem nenhuma atividade, mas o que se vê derruba essa hipótese e sugere um planeta vivo com grande atividade geológica.

Na imagem vê-se rochas de idades e texturas diferentes, cortadas por uma falha de rejeito direcional sinistrógira que atravessa a cadeia de montanhas e desaparece na planície.

Uma imagem que poderia vir da nossa Terra.

Um planeta com potencial astrobiológico.

Possivelmente serão vistos, nos próximos meses atividades de geyseres e vulcões emitindo plumas e gelo na rara atmosfera.

No momento acredita-se que a água congelada é uma componente importante das feições topográficas mais importantes.

Qual serão os processos geológicos por trás da formação dessas montanhas?

Qual será a fonte termal escondida, o motor da geologia de Plutão? Radioatividade? Marés?

Será que o planeta ainda abriga um mar líquido embaixo da camada de gelo?

Os geólogos terão um período atribulado, à medida que as novas fotos e medições forem processadas. Segundo a NASA a totalidade dos dados acumulados pela New Horizons nesta aproximação irá demorar um ano e quatro meses para chegar à Terra.

A New Horizons, movida a plutônio, ainda tem 15 anos de vida pela frente e os cientistas não definiram quais serão os seus próximos objetivos.

Almahata Sitta: os diamantes que vieram do espaço

Almahata Sitta: os diamantes que vieram do espaço



 
Quando o carbono é submetido a imensas pressões e temperaturas elevadas ele pode se transformar em diamante. É assim no nosso planeta, em profundidades maiores que 120km de crosta quando as condições para a formação dos diamantes existem. É o chamado campo de estabilidade do diamante (veja o gráfico).

Esses diamantes são trazidos à superfície por rochas vulcânicas formadas a grandes profundidades: os kimberlitos e os lamproitos.


Campo de estabilidade do diamante
Aqui na Terra a quantidade de diamantes formada em profundidade é relativamente pequena, o que é confirmado pelos teores achados nos kimberlitos que geralmente são medidos em poucos quilates em cada cem toneladas de rochas.

No entanto, ao contrário da Terra, os astrônomos acreditam que alguns corpos celestes possam ter um núcleo formado quase que exclusivamente de diamante.

Em caso de explosão ou choque esses corpos poderiam “semear” meteoritos a base de diamantes por todo o sistema solar.

Imagine só encontrar um meteorito de diamante maciço...

A possibilidade da existência desses meteoritos diamantíferos é elevada e alimenta algumas empresas como a Planetary Resources, que planejam lavrá-los no espaço.

De volta a Terra, os geólogos sabem que diamantes podem, também, ser formados no impacto de meteoritos contra a superfície do planeta. Esses diamantes são extremamente pequenos e, muitas vezes são descritos como micro ou nanodiamantes.

Existem uns agregados de diamantes de baixa qualidade chamados carbonados que, por não terem associação com kimberlitos ou lamproitos podem ter uma origem extraterrena. Os carbonados encontrados na Bahia são os maiores agregados de diamantes jamais encontrados, atingindo mais de 3.000 quilates.

Era assim que os cientistas contavam a história dos diamantes vindos ou não do espaço: até a queda do meteorito Almahata Sitta em 7 de outubro de 2008.

Este meteorito foi o primeiro a ser detectado antes do choque e caiu no deserto do Sudão causando uma explosão cuja luz foi vista a 1.400km de distância.

As buscas foram intensas e os pesquisadores acharam centenas de fragmentos de um acondrito ureilítico com grãos carbonosos, espalhados em quilômetros de deserto (veja a foto).

Almahata Sitta o meteorito
Até então o Almahata Sitta era uma história corriqueira: mais um meteorito descoberto. Foi quando descobriram que os fragmentos do meteorito continham diamantes.

Não eram os tradicionais nanodiamantes, mas diamantes muito maiores do que os encontrados em meteoritos. A explicação genética para esses diamantes aponta para uma formação similar aos dos nossos diamantes terrestres: em grandes profundidades dentro de um corpo planetário (planetesimal) que se fragmentou nos primórdios do sistema solar.

Os resultados do estudo feito na Universidade de Hiroshima no Japão mostra que os diamantes foram fraturados em cristais menores que estão orientados da mesma maneira. Ou seja os diamantes eram parte de pedras maiores fraturadas no impacto.

A descoberta deste meteorito aumenta as expectativas das novas empresas de mineração espacial que, no momento, buscam financiamentos para serem lançadas.

Em breve veremos mais uma emocionante etapa da exploração mineral: a do espaço sideral.