domingo, 6 de setembro de 2015

Minerais metálicos: Ocorrência e exploração no Brasil

Minerais metálicos: Ocorrência e exploração no Brasil

Os minerais metálicos são encontrados em estruturas geológicas muito antigas da era pré-cambriana (proterozoica). São recursos naturais não renováveis, isto é, que não podem ser repostos pela natureza. Representam aproximadamente 4% do território brasileiro. O Brasil possui grande extensão territorial e variadas formações vegetais e geológicas; sendo assim, nosso país conta com uma grande diversidade e quantidade de recursos vegetais e minerais. No caso dos recursos minerais, temos os minerais metálicos e não-metálicos.
Os minerais metálicos servem para a produção de metais puros para uso industrial. Os metais são classificados como bens industriais porque viabilizam a expansão de várias produções fabris, de bens de produção, como equipamentos (agrícolas, industriais e de transporte), e de bens de consumo, como os materiais metálicos usados em embalagens de muitos produtos.
A indústria extrativa mineral brasileira é bastante diversificada. Há pelo menos 55 minerais sendo explorados atualmente no Brasil, cada qual com uma dinâmica de mercado singular. O país possui uma das maiores produções mundial de váriosminérios; mas não somos autossuficientes em todos os recursos que utilizamos. A extração de minerais metálicos no Brasil é controlada pela Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce), empresa criada em 1942 por Getúlio Vargas e privatizada em 1997. Para explorar uma província mineral, as empresas dependem de uma autorização especial, fornecida pelo Ministério das Minas e Energia, que pode suspender a autorização a qualquer momento, em nome dos interesses nacionais.
Merecem destaque na produção brasileira:
O minério de Alumínio (Al) mais importante na crosta terrestre é a bauxita, que contém em sua composição química o óxido de alumínio, e funciona como a mais importante matéria-prima para a produção do alumínio metálico. O alumínio metálico é um dos produtos de uso mais diversificado no mundo moderno, pois com ele se fabrica desde uma latinha de cerveja, até partes fundamentais da produção de aviões. O Brasil possui 7,8% das reservas mundiais de alumínio e coloca-se em 3º. lugar na produção mundial. Principais Estados produtores: As reservas mais expressivas (93,5%), estão localizadas na região Norte, mais precisamente, no Estado do Pará, ocorrendo ainda reservas em Minas Gerais.
Chumbo (Pb): éum metal conhecido e usado desde a antiguidade.É tóxico, pesado, macio, maleável e mau condutor de eletricidade.É usado na construção civil, em soldas, em munições, proteção contra raios-X , e forma parte de ligas metálicas para a produção de soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos, materiais antifricção, metais de tipografia, etc. A participação do Brasil nas reservas e produção de chumbo no mundo é reduzida. Principais Estados produtores: Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Cobalto (Co): É utilizado para a produção de superligas usadas em turbinas de aviões, ligas resistentes a corrosão, aços rápidos, carbetos e ferramentas de diamante. O Co-60, radioisópoto, é usado como fonte de radiação gama em radioterapia e esterilização de alimentos. O metal não é encontrado em estado nativo, mas em diversos minerais, razão pela qual é extraído normalmente junto com outros produtos, especialmente como subproduto do níquel e do cobre. O Brasil contribui com apenas 1,6% na produção mundial, mas quantidade é suficiente para atender sua produção interna. Principais Estados produtores: como subproduto da mineração do níquel em Minas Gerais (3% da produção nacional) e Goiás (97% da produção nacional).
Cobre (Cu): Conhecido desde a antiguidade, o cobre é utilizado atualmente para a produção de materiais condutores de eletricidade (fios e cabos ), e em ligas metálicas como latão e bronze. O Brasil possui modesta participação no mundo em relação ao cobre, em um mercado dominado pelo Chile e Estados Unidos, tanto no que diz respeito às reservas como à produção. Principais Estados produtores: Rio Grande do Sul, Bahia, Pará, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
Cromo (Cr): O cromo é um metal bastante raro na crosta terrestre. Encontra-se, sobretudo no minério cromita e tem a propriedade de ser bastante resistente ao processo corrosão e oxidação. Por essa razão é usado no revestimento de objetos metálicos, e juntamente com o níquel, na produção de aços especiais. O Brasil, praticamente o único produtor de cromo no continente americano, continua com uma participação modesta, tanto em reservas como produção. Principais Estados produtores: Bahia (89,7%), Amapá (7,2%) e Minas Gerais (3,1%).
Estanho (Sn): Emprega-se o estanho principalmente em chapas, tubos e fios, por sua ductilidade, maciez e resistência à corrosão. É muito usado como revestimento de aço e cobre. Grande parte do estanho produzido no mundo é consumida no preparo da folha-de-flandres, usada em latas para a indústria de conservas. O Brasil possui cerca de 11% das reservas mundiais e um consumo de 3,2% do total mundial, é o sexto maior produtor mundial. Principais estados produtores: região Amazônica e Rondônia.
Ferro (Fe): É um dos elementos mais abundantes, o núcleo da Terra é formado principalmente por ferro e níquel (NiFe). Do ponto de vista econômico, é o mais importante dos recursos minerais encontrados na crosta terrestre, pois é utilizado como insumo básico na siderurgia, setor industrial responsável pela produção da liga metálica mais usada pela humanidade: o aço. O Brasil possui a sexta maior reserva de minério de ferro do mundo, além de ser osegundo maior produtor de minério de ferro. Principais Estados produtores: Minas Gerais (71%), Pará (26%) e outros (3%).
Manganês (Mn): Com relação à distribuição do manganês na crosta terrestre, verifica-se que, como no ferro, ele é relativamente abundante. O manganês é uma das ligas metálicas mais utilizadas pelo setor siderúrgico, pois tem a propriedade de tornar o metal mais duro, tenaz e resistente ao desgaste. O Brasil possui apenas 1% das reservas mundiais, mas a representa um grande produtor mundial - é o segundomaior produtor de minério de manganês. Principais estados produtores: Pará, Amapá, Minas Gerais e Bahia.
Nióbio (Nb): É um minério utilizadona composição deligas metálicas que requeremresistência e leveza. Estratégico para certos setores comoa indústria aeronáutica, naval e espacial, além da automobilística. O Brasil detém grande parte das reservas e produção mundial. Principais Estados produtores: Minas Gerais (97,0%) e Goiás (3,0%).
Níquel (Ni): O níquel é um metal raro na crosta terrestre. Aproximadamente 65% do níquel consumido são empregados na fabricação de aço inoxidável e 12%, em superligas de níquel. Os restantes 23% são repartidos na produção de outras ligas metálicas, baterias recarregávis, cunhagens de moedas, revestimentos metálicos e fundição. Principais Estados produtores: Goiás (74,0%), Pará (16,7%), Minas Gerais ( 5,1%) e Piauí (4,2%).
Ouro (Au): O ouro é utilizado de forma generalizada em joalheria, na indústria e em eletrônica, bem como reserva de valor. A produção brasileira é registrada em jazidas e na forma de aluvião (encontrado nos rios). Atende o mercado externo e interno. Devido a extração e comércio ilegal deste mineral, é difícil chegar-se a um registro preciso da produção. O Brasil participa com números oficiais de 3,7% das reservas e 2,1% da produção mundial. Principais estados produtores:Minas Gerais (48%), Pará (36,9%), Goiás (6,0%), Mato Grosso (3,6%), Bahia (3,0%) e outros (2,5%).
Titânio (Ti): É mais forte do aço e muito mais forte do que o ouro, a prata e a platina e ainda tem muito baixo peso (45% mais leve do que o aço). Polido, o titânio é muito semelhante à platina em brilho e aparência. É utilizado nas indústrias química, naval, aeronáutica, nuclear, bélica, metalúrgicas, implantes e outras. O Brasil possui 6% das reservas mundiais de titânio. Principais Estados produtores: Pernambuco, Goiás e Rio de Janeiro.
Zinco (Zn): Tem grande variação de utilização, destacando-se o processo de galvanização (anticorrosão) na proteção de peças metálicas, principalmente aço. Esse uso corresponde por 49% do consumo nacional. Mas o zinco também é matéria-prima para ligas metálicas, além de ser utilizado em pigmentos, pilhas secas e outros. O Brasil é o décimo segundomaior produtor de minério de zinco, com produção aproximada de 199 mil toneladas de concentrado. Este volume representa 1,8% da produção mundial. Principais Estados produtores: Minas Gerais (82,9%), Rio Grande do Sul (8,7%), Mato Grosso do Sul (2.5%), Bahia (2,3%), Paraná (2,6%) e Pará (1%).
Zircônio (Zr): É amplamente utilizado na indústria, seu maior uso está concentrado nas usinas nucleares: em virtude de sua baixa capacidade de absorção de nêutrons, o metal é utilizado para revestir internamente os reatores nucleares. É utilizado também na fabricação de joias (depois de polido assemelha-se a um diamante); é usado como material refratário na fabricação de cerâmicas e vidrarias laboratoriais, além de ser utilizado na fabricação flashes fotográficos. No Brasil, as reservas de minério de zircônio referem-se à zirconita e caldasito. As ocorrências apresentam-se associadas, principalmente, aos depósitos de areias de minerais pesados. As reservas brasileiras, oficialmente reconhecidas pelo DNPM, somam 5.335 mil toneladas. Principais Estados produtores: Amazonas, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba e, de forma menos expressiva, Tocantins e Bahia.

A era do diamante: rainha das pedras ganha novas aplicações


 


Belos, brilhantes e indestrutíveis, os diamantes estabeleceram uma aura de pedra preciosa ao longo dos milênios. O mineral raro era quase que somente aproveitado na indústria de jóias, mas recentes avanços na física e na nanotecnologia prometem torná-lo cada vez mais presente em nosso dia a dia.
Nos últimos anos, a pedra já era destaque em setores tão variados como instrumentos odontológicos e exploração de petróleo. Agora, surgiu em pesquisas sobre olhos biônicos, próteses, tipos inovadores de laser, comunicações à prova de hackers e terapias contra o câncer.


O diamante é a mais dura substância natural conhecida. Os gregos se referiam a ele como adamas (invencível, indestrutível). Recentemente, descobriu-se que o mineral conduz calor mais rapidamente do que qualquer outro material, o que o torna ideal para reduzir o desperdício de calor em aparelhos eletrônicos com consumo intensivo de energia. O diamante é ainda virtualmente transparente por um largo espectro de comprimentos de onda, desde o infravermelho até o ultravioleta. A luz tende a ser absorvida apenas pelas impurezas de boro ou de nitrogênio eventualmente contidas na precisa estrutura cristalina de átomos de carbono que constituem a pedra.


Os diamantes naturais foram formados há milhões de anos em ambientes quentes e de alta pressão, situados a mais de 100 quilômetros abaixo da superfície da Terra. Hoje em dia, porém, eles também podem ser produzidos artificialmente, usando-se um processo de laboratório denominado deposição química a vapor (CVD, na sigla em inglês), que envolve a ionização de uma mistura de gases, incluindo o metano. Liberado a partir do metano, o carbono forma o diamante em uma base material especialmente preparada aquecida a 800 °C.
Também é possível “dopar” o diamante adicionando à sua composição elementos como o boro ou o nitrogênio. Aliás, algumas das oportunidades mais interessantes da tecnologia quântica se baseiam na presença desses “intrusos” no diamante. Quando um único átomo de nitrogênio é apanhado na rede de átomos de carbono, ele se liga com o diamante de tal forma que um elétron é deixado “livre”.


Sucesso contra o câncer

Uma frente importantíssima recentemente aberta para o diamante (na verdade, para nanodiamantes com diâmetro entre dois e oito nanômetros) está na área da saúde. Pesquisadores norte-americanos conseguiram atacar tumores na mama e no fígado, em estágio avançado, ao “colar” um remédio quimioterápico, a doxorrubicina, em nanodiamantes.
De acordo com um estudo publicado na revista Science Translational Medicine, a técnica, testada em ratos, faz o remédio penetrar no tumor (o que não acontece na quimioterapia tradicional) e encolhê-lo. “O que é mais interessante é que quando administramos uma dose mais elevada do remédio, ela era tão tóxica que todos os animais morreram – não duraram nem o suficiente para completarmos o estudo”, disse o líder dos pesquisadores, Dean Ho, da Universidade Northwestern (EUA), à agência France Presse. “Entretanto, quando administramos a mesma dose elevada e a anexamos ao nanodiamante, não apenas todos os animais sobreviveram ao estudo como os tamanhos dos tumores eram os menores que havíamos visto no estudo.”
Outra novidade no campo da medicina é a perspectiva da criação de um olho biônico com matriz de diamante, a partir dos estudos do australiano Steven Prawer, físico do Instituto de Materiais da Universidade de Melbourne. Certas características do mineral o tornam talhado para fazer parte desse invento. Além de ele ser forte e resistente, os elétrons livres ligados às suas impurezas lhe possibilitam atuar como semicondutor – e como o carbono, presente no diamante, compõe 20% do corpo humano, não há risco de rejeição se ele for inserido no organismo.


Segundo Prawer, uma matriz de diamante seria implantada atrás da retina de pessoas que ficaram cegas por doenças degenerativas dos olhos, tais como retinite pigmentosa ou degeneração da mácula relacionada à idade. Emitido por uma câmera, um sinal eletrônico passaria através do diamante para estimular as células ganglionares (a saída de informações visuais da retina), devolvendo a visão ao cego. “Nosso objetivo é criar um conjunto de eletrodos com cerca de mil pixels (pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital), porque com isso você já pode reconhecer rostos e letras grandes”, diz o físico.
O setor de próteses também poderá se beneficiar do diamante. O desgaste sofrido por essas peças seria contido se elas fossem revestidas com uma fina camada do mineral, mas essa solução provocaria outro problema: na movimentação, o diamante poderia se revelar abrasivo para a carne. Uma solução teórica inesperada surgiu do físico norte-americano Alexander Wissner-Gross, da Universidade Harvard. Ele realizou simulações de computador que mostram que a adição de uma única camada de átomos de sódio ao diamante poderia criar uma superfície sobre a qual uma camada de gelo de apenas algumas moléculas de espessura resistiria à temperatura ambiente, podendo assim funcionar como um lubrificante.
A ideia do gelo que não derrete mesmo na temperatura do corpo parece inicialmente estranha. No entanto, explica Wissner-Gross, já existem diversos estudos teóricos que confirmam essa possibilidade em superfícies não muito diferentes da do tipo que ele e sua equipe estudaram.


Computadores quânticos

O físico quântico norte-americano David Awschalom, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, concentra sua pesquisa em um novo campo, a “spintrônica” – a manipulação do spin dos elétrons livres das impurezas do diamante por meio de micro-ondas. Em termos simples, spin é uma propriedade magnética de partículas elementares, em geral vista como uma orientação ou um sentido de giro. No caso do elétron, consideram-se habitualmente duas orientações, o spin up e o spin down, compatíveis com o código binário (0 ou 1) usado na computação convencional. Mas a mecânica quântica acrescenta uma dose de incerteza nesse estado com as micro-ondas, multiplicando as alternativas disponíveis entre 0 e 1. Com isso, a capacidade de armazenar dados e a velocidade para trabalhar com eles aumentam enormemente – exatamente a ideia por trás dos sonhados computadores quânticos, que processarão as informações super-rapidamente com o uso de efeitos quânticos.
O diamante representa uma vantagem nessas circunstâncias porque o cristal conserva seus elétrons estáveis e menos suscetíveis a influências ambientais por um tempo muito mais longo do que o observado em outros materiais. Mais um detalhe importante: tudo acontece à temperatura ambiente, sem necessidade de controles adicionais.
No primeiro semestre de 2010, Awschalom já havia conseguido alterar o estado quântico do elétron no ínfimo intervalo de um bilionésimo de segundo. Outro avanço ainda maior foi noticiado em novembro do mesmo ano, quando pesquisadores da Universidade Humboldt, em Berlim, anunciaram ter construído um sistema híbrido primitivo de computação quântica a partir do uso de estímulos eletrônicos em nanodiamantes e de nanoestruturas ópticas, denominadas cristais fotônicos. Para os cientistas alemães, o invento já seria o embrião de um computador quântico.


Laser superpotente

Enquanto um bom número de pesquisadores trabalha de olho no potencial das impurezas do diamante, outros preferem a pedra o mais impecável possível. É o caso do físico óptico australiano Rich Mildren, da Universidade Macquarie, em Sydney: a partir de diamantes artificiais com cerca de oito milímetros de comprimento, ele criou um laser inovador.
Em um diamante perfeito ou próximo disso, a passagem da luz através do material é facilitada porque há poucos resíduos (ou nenhum) a atrapalhá-la, e isso se reflete em potência maior. Outro detalhe favorável é a rápida taxa de condução de calor desse mineral (dissipar o calor é um problema sério dos aparelhos de laser convencionais). Somando-se as duas coisas, abre-se o caminho para a criação de lasers menores e bem mais potentes.

As pesquisas de Mildren revelaram que o laser de diamante consegue trabalhar com comprimentos de onda infravermelhos, inacessíveis aos aparelhos convencionais. Essa característica favorece, por exemplo, o uso em neurocirurgias nas quais sejam necessários cortes a laser ínfimos (entre seis e sete milionésimos de metro). A precisão no comprimento de onda também ajudaria na captação, a uma distância segura, de vapores emanados de explosivos em aeroportos e zonas de guerra: “O sinal de retorno do feixe de laser é afetado pela absorção de vapor, permitindo que qualquer ameaça potencial possa ser visualizada instantaneamente”, explica o físico.
Com um leque de aplicações que não para de crescer, as perspectivas futuras para os diamantes são extremamente promissoras. De olho nos cifrões que isso representa, Bryant Linares, presidente executivo da Apollo Diamond, uma das maiores fabricantes de diamantes artificiais do mundo, assegura: “Houve uma era do cobre e uma era do aço. A próxima será a do diamante.”



Preço cada vez mais caro

O interesse crescente da ciência e da indústria pelos diamantes sofre com uma barreira natural: a escassez das pedras, responsável pelo preço elevado que atingem. Em 2010, o diretor-geral da De Beers (o maior grupo produtor do mineral no planeta), Gareth Penny, anunciou que a produção mundial de diamantes cairia de 48 milhões de quilates em 2008 para cerca de 40 milhões de quilates naquele ano, como adequação à falta de novas jazidas e ao crescimento de demanda causado pelo aquecido mercado chinês. “Se continuarmos a produzir a mesma quantidade de diamantes de hoje, em 15 anos já não será possível extraí-lo em escala comercial”, disse Penny ao jornal italiano La Reppublica.  Com isso, o diretor calculava que os preços subirão cerca de 5% para os compradores.
E quanto aos diamantes sintéticos? Por enquanto, eles têm preços muito parecidos aos do mercado de pedras naturais. Mas acredita-se que, se a procura aumentar muito, a produção crescerá e, a partir de certo momento, baixará os preços.
Já os nanodiamantes são um caso à parte. Os usados na pesquisa da equipe de Dean Ho sobre tratamento de câncer eram resíduos de explosões, como as que ocorrem na mineração de carvão, ou de operações em refinarias de petróleo, e isso barateia seu valor.


Comunicação à prova de grampos

As impurezas do diamante são a base de uma revolucionária forma de comunicação desenvolvida pelo físico australiano Steven Prawer. A comunicação convencional utiliza pulsos ao longo de uma fibra óptica, cada qual composto por um grande número de fótons (partículas elementares de energia radiante). O trabalho de grampear uma ligação envolve basicamente “sugar” alguns desses fótons, o que pode passar despercebido tanto por quem liga quanto por quem recebe a chamada. A inovação do sistema de Prawer (que também funciona nas ligações com celulares) é que, ao usar apenas o elétron associado a uma impureza do diamante, ele trabalha com um único fóton por pulso – as informações são levadas na polarização (propriedade eletromagnética que restringe a uma as possibilidades de spin) desse fóton. Pela mecânica quântica, quem tentar alterar esse quadro mudará a polaridade dos fótons, o que vai destruir as informações transmitidas e informar aos interlocutores que há um intruso na sua conversa. A técnica já está sendo usada nas comunicações entre delegacias de polícia no Estado de Victoria, na Austrália

Mineradora Paraíba Tourmaline é interditada por invasão subterrânea

Mineradora Paraíba Tourmaline é interditada por invasão subterrânea




A mineradora Paraíba Tourmaline que pertence ao Deputado João Henrique (DEM-PB) foi interditada.

O motivo é que a mineradora estava invadindo, pela mina subterrânea, a área da concorrente Parazul Mineração.

A Paraíba Tourmaline e a Parazul estão disputando na justiça uma mineralização de turmalina paraíba.

Segundo o relato da polícia a Mineração Paraíba Tourmaline está trabalhando ininterruptamente para atingir, pelas galerias subterrâneas, a área mineralizada que pertence à Parazul.

Em 2009 iniciou uma investigação da Polícia local e Federal que comprovou indícios de lavagem de dinheiro, contrabando, evasão de divisas e usurpação de patrimônio. Era a operação Sete Chaves que ainda subsidia as provas contra a mineradora.

Descobriram que as turmalinas extraídas ilegalmente eram levadas para uma mina em Parelhas/RN onde eram legalmente certificadas.

Em função dos crimes cometidos o Ministério Público Federal decidiu interditar a Paraíba Tourmaline. Caso a interdição seja descumprida a empresa será multada em R$50.000 por dia.

Berílio: um metal do futuro

Berílio: um metal do futuro



 
Berílio é um desses metais que todos sabem que existe, mas poucos sabem quais são os seus usos.

Os berilos são a principal fonte do metal. Esses belos minerais hexagonais são originados nos pegmatitos de Minas Gerais e são amostras fundamentais em coleções de minerais. (foto).

Por ser muito leve, não magnético e maleável o berílio (Be) é usado em várias ligas, principalmente com alumínio e cobre que são usadas em várias aplicações. À medida que os avanços tecnológicos se acentuam mais aplicações para o berílio foram descobertas, aumentando exponencialmente o interesse da indústria.

Hoje o metal já é considerado um produto estratégico usado na telefonia celular, mísseis, indústria aeroespacial e reatores nucleares.

Apesar de sermos um dos maiores produtores de berilo, uma das principais fontes do berílio, não temos nenhuma planta de processamento do metal no Brasil. As principais estão nos Estados Unidos, Cazaquistão e China.

A Rússia deverá ser o mais novo membro deste clube e se prepara para produzir o metal, que vale US$500.000 por tonelada, no Siberian Chemical Combine.

Os russos já iniciaram um investimento cujo Capex deverá superar os US$40 milhões. Eles esperam produzir ainda em 2020.

As reservas mundiais de berilo e bertrandita ainda são especulativas.

Esses minerais são mais abundantes no Brasil, Madagascar, Rússia e Estados Unidos. Segundo cálculos altamente inferidos os recursos atingem 400.000t.

Que tal achar uma nova jazida de berilo no Brasil? As minas de esmeraldas talvez ainda tenham um grande volume de esmeralda (variedade de berilo) sem valor econômico, rejeitada, que pode interessar a compradores...

Interessado em explorar a Lua? Fale com a China

Interessado em explorar a Lua? Fale com a China



 
O Governo Chinês está desenvolvendo um programa de exploração lunar muito ambicioso.

Na nova fase deste programa eles estarão abrindo o acesso a todas as empresas privadas interessadas.

Se a sua empresa tem interesse direto na exploração lunar ou fabrica algum equipamento que possa ser utilizado no próximo programa chinês, o Chang’e 4 , é só entrar em contato com a State Administration of Science da China.

Além de oxigenar o programa com novas ideias e equipamentos os chineses querem, também, quebrar o monopólio americano das conquistas espaciais e acelerar as inovações tecnológicas.

A última nave chinesa a pousar na Lua foi a Chang’e 3 (foto) em dezembro de 2013.

A bordo da nave existiam câmeras, espectrômetros e radar de penetração. Até agora a nave já mapeou 9 camadas de “solo” lunar que foram evidenciadas pelo radar de penetração. As camadas lunares já haviam sido identificadas pela Nasa que as descreveu como paleo-regolito. No entanto, segundo os chineses a maioria destas camadas parecem estar relacionadas a ejecta de impactos de meteoritos que atingiram a superfície lunar.

O programa chinês continua e com ele a busca de concentrações econômicas do precioso hélio-3 que os chineses acreditam existir.

Se jazidas de hélio-3 forem descobertas poderemos ver a corrida desenfreada à Lua. Esta possibilidade levanta um bom número de questionamentos como:

A quem pertencem os minerais da Lua? Quem pode explorar e lavrar as rochas lunares?

Os chineses e os americanos acreditam que eles pertencem a quem os descobrir e explorar...

Você concorda?