sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Petrobras recebe um rating de lixo um dia após rebaixamento do Brasil

Petrobras recebe um rating de lixo um dia após rebaixamento do Brasil




A Standard & Poor´s rebaixou a Petrobras a junk (lixo).

A partir de agora a Petrobras perde o grau de investimento passando a ter o grau especulativo BB, das empresas menores de alto risco para o investidor.

A agência Moody´s já havia classificado as ações da Petrobras como lixo em fevereiro.

Com esses rebaixamentos os grandes fundos de investimentos não poderão mais investir na Petrobras, o que deverá criar um processo de vendas e a consequente queda nos preços das ações da estatal.

É um momento triste para a economia brasileira quando a maior estatal é considerada alto risco para investimentos, o mesmo grau especulativo que o Brasil também recebeu a menos de 24 horas.

Brasil é rebaixado para lixo. Quais as consequências na mineração?

Brasil é rebaixado para lixo. Quais as consequências na mineração?




O último desastre da Era Dilma se abateu como um gigantesco meteorito sobre o empobrecido Brasil.

O rebaixamento sofrido pelo nosso país é uma desgraça que reflete vários anos de total irresponsabilidade de um governo que teima em destruir tudo aquilo que foi conquistado à duras penas.

Lutamos por décadas para promover o Brasil e a sua imagem no exterior.

Todos nós que estivemos envolvidos em incontáveis reuniões na América do Norte, Europa e Ásia, com empresários, brokers, banqueiros, mineradores e uma gama de investidores sabemos o quão importante é a imagem do Brasil no exterior.

Uma imagem não se conquista da noite para o dia. Foram necessárias décadas de trabalho contínuo para convencer o investidor e apagar o estigma de corrupto, mau pagador e de inseguro que o nosso país tinha aos olhos da comunidade mineral internacional.

Os bilhões de dólares que buscamos no exterior, investidos em pesquisa mineral, era o prêmio evidente de um trabalho bem feito em um país que tanto nos orgulhava.

Nesta época os investimentos fluíam e a mineração e a exploração mineral brasileira vicejavam e adicionavam riquezas. Andávamos de cabeça erguida e tínhamos orgulho de ser brasileiros.

Foi quando o setor viveu o seu melhor momento.

Isto tudo é passado.

Nos últimos anos o Governo abandonou a mineração e a pesquisa mineral brasileira foi extinta e sucateada. O país, que era seguro para investimentos estrangeiros, deixou de ser.

Rasgamos os contratos e afugentamos os investidores e, como resultante, colhemos desemprego e a desesperança.

Hoje, em um desdobramento trágico, percebemos que o fundo do poço é, ainda, bem mais embaixo.

A corrupção endêmica, a cleptocracia de Brasília e a notória incompetência do governo fizeram a Standard & Poor´s rebaixar o rating do Brasil ao nível de junk, lixo para quem não conhece o jargão.

O Governo, representado pelo seu líder na Câmara, José Guimarães, bem conhecido pelo caso do “dinheiro na cueca” ao invés de pedir desculpas pelo gerenciamento irresponsável do nosso País, tentou minimizar este desastre com uma frase imbecilizante, chamando a Standard & Poor´s, uma das três maiores agências de risco do planeta, de “ uma agência do fim do mundo”.

O que o deputado propositalmente omitiu é que agora somos considerados grau especulativo . Fomos lançados na vala comum destinada ao mau pagador, caloteiro e sem confiabilidade.

Desgraçadamente hoje somos BB+

Na cabeça dos investidores o Brasil é alto risco!

Serão esses os rótulos que o Brasil irá receber daqui para frente e que nos irão anteceder em todas as nossas reuniões internacionais futuras.

A partir de agora o dinheiro será escasso e caro. Os investidores, que já fugiam do Brasil, irão se retrair mais ainda e só voltarão quando formos, novamente, confiáveis.

Mesmo quando esse infeliz governo passar teremos que remar tudo de novo para reconquistar a imagem perdida.

Na mineração perderemos, se tivermos sorte, uma década.

Hoje amanhecemos, dezenas de bilhões de dólares mais pobres, e os nossos geólogos mais longe dos seus sonhos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A Terra tem um umbigo: Mina Mir, a sugadora de helicópteros

A Terra tem um umbigo: Mina Mir, a sugadora de helicópteros

Pessoas curiosas geralmente fazem perguntas interessantes, e foi respondendo a uma dessas perguntas que Matthew Alice escreveu sobre a Mina Mir, um gigantesco buraco que você talvez nem saiba que existe, em sua coluna no San Diego Reader. Só para você ter ideia, a Mir tem quase 525 metros de profundidade por 1.200 de largura.
Se você já está espantado com o tamanho da coisa toda, lá vem outra informação que vai servir para que esse rombo gigantesco faça sentido: a Mina Mir fica na Sibéria, no município de Mirny, e é resultado de uma grande operação russa de extração de diamantes.

Proporções


A mina acabou ficando tão gigantesca e tão profunda que o governo russo precisou interferir no tráfego aéreo da região, alterando a frota de aviões que eventualmente acabassem sobrevoando o local. A medida foi tomada depois que alguns helicópteros acabaram sendo “engolidos” pela Mir. Esses acidentes provavelmente aconteciam devido às diferentes massas de ar criadas pelas variações de temperatura na superfície do buraco.
A construção da mina grandiosa teve início graças a um plano de Joseph Stalin, que via, na construção da mina, uma forma de proporcionar independência à União Soviética. Na época, a mina era monopolizada pela companhia de diamantes De Beers.
Os primeiros vestígios de diamantes foram encontrados no dia 13 de junho de 1955, quando alguns geólogos soviéticos encontraram traços da pedra vulcânica conhecida como Kimberlito, uma formação rochosa que geralmente está associada à presença de diamantes. A descoberta rendeu à Rússia o Prêmio Lenin, em 1957.

Estrutura


Quando a escavação realmente começou, os mineradores enfrentaram problemas principalmente por causa do inverno siberiano, que não apenas é extremamente frio como costuma durar longos períodos. No início, o solo estava congelado, o que dificultava ainda mais a escavação – só para você ter ideia, até mesmo o combustível e os pneus dos carros congelavam.
Para driblar o problema, os funcionários precisaram utilizar meios mais sofisticados de maquinários. Com a ajuda de dinamites, o gigantesco buraco era aberto aos poucos e, à noite, tudo precisava ser coberto para evitar o congelamento das máquinas.

Exploração


Apesar de toda a dificuldade de escavação, a mina rendia 10 milhões de quilates de diamantes por ano – desses, 20% eram considerados de alta qualidade. Depois de dez anos de exploração, a Rússia já tinha se tornado a terceira maior produtora de diamantes de todos os tempos.
O maior diamante descoberto na Mir foi encontrado no dia 23 de dezembro de 1980, quando uma pedra de 342,5 quilates pesando 68 gramas foi localizada. Nos anos de 1990, a mina passou a ser explorada pela empresa Sakha, que chegou a lucrar mais de US$ 600 milhões por ano com a venda das pedras preciosas.
Considerada o segundo maior buraco feito pelo homem em todo o mundo, essa mina é conhecida também como o “Umbigo da Terra”, devido ao seu formato. A Mir esteve em funcionamento de 1957 a 2001, quando foi fechada – ainda assim, é uma fonte de trilhões de quilates de diamantes, que poderiam suprir as necessidades do planeta por mais de um milênio.

NO CARIRI: São José da Batalha é o berço da turmalina azul

NO CARIRI: São José da Batalha é o berço da turmalina azul




Localizado no Cariri paraibano, o Distrito de São José da Batalha é o berço da uma das pedras mais belas e cobiçadas do mundo – a Turmalina Paraíba. De um azul intenso, a pedra registra cotação superior a dos diamantes por sua raridade, chegando a custar US$ 50 mil por grama.
Grifes como Dior, Tiffany e H.Stern chegaram a vender jóias de até R$ 3,07 milhões com apenas uma turmalina. Embora a pedra seja tida como escassa em São José da Batalha, a possibilidade de encontrar novas jazidas alimenta o sonho de muitos garimpeiros na região e é confirmada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
A Turmalina Paraíba, também chamada de turmalina azul, foi encontrada pela primeira vez há cerca de 25 anos. Seu descobridor, o mineiro Heitor Barbosa, é um dos detentores da lavra de São José da Batalha, juntamente com familiares do deputado João Henrique. Após a descoberta, a intensidade do azul apresentado pelas Turmalina Paraíba conquistou o mercado internacional, virando modismo principalmente na Europa. A raridade, cor e brilho da pedra são os principais responsáveis por sua alta cotação, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CRDM).

“A coloração incandescente e única deve-se a uma combinação de traços de cobre e manganês na estrutura cristalina deste mineral, tornando-se de um tipo de azul único encontrado por aqui”, afirma o diretor-presidente da CDRM, Geraldo Nobre. Hoje, no entanto, a mina de São José da Batalha está em fase de exaustão e a exploração está praticamente paralisada, conforme CRDM. Mas para o superintendente substituto do DNPM, José Toledo, há chances de haver jazidas inexploradas por conta da existência irregular de pegmatitos – rocha que é fonte da turmalina –, na região.
“A ocorrência de gemas preciosas em rochas pegmatíticas é errática e teoricamente não há como afirmar em ‘reservas esgotadas’. Se os pegmatitos existem, e ocupam uma grande região entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte, existe sempre a possibilidade de se encontrar gemas preciosas. Esta é a eterna esperança que move o garimpeiro”, afirma José Toledo.

Enquanto as novas jazidas não são descobertas, os mineradores buscam alternativas na Paraíba. Segundo a CDRM, a exploração dos pegmatitos da meso região do Seridó paraibano, está voltada atualmente para a extração de quartzo, feldspato e mica (minérios industriais). “A extração de metais e de gemas (principalmente nióbio, tântalo, estanho, águas marinhas e turmalinas), fica como uma atividade secundária”, explica o diretor-presidente da Companhia.
Outras gemas preciosas, incluindo variedades de turmalinas são também encontradas na Paraíba como água marinha, ametista e quartzo róseo.
Temos a maior produção de rutilo e ilmenita no Brasil
Das dunas de Mataraca, no litoral paraibano, sai a maior produção de rutilo e ilmenita – minerais aplicados na fabricação de tintas – do país. A multinacional Millennium Mineração Ltda é responsável pela extração do minério do grupo Cristal Global no Brasil. A mina, cuja produção de ilmenita foi iniciada em 1983, é explorada sem causar danos à natureza, segundo o diretor de operações da CRDM, José João Correia de Oliveira.

“Antes da descoberta desta mina, o Brasil importava este produto da Austrália. Agora, a multinacional manda estes minérios para a Bahia onde é processado junto às fábricas de tinta, abastecendo o mercado brasileiro”, informou o diretor de operações. Oliveira destaca ainda a produção de cimento paraibana, que é uma das maiores do Nordeste e está concentrada em João Pessoa, Bayeux e Caaporã. “Também produzimos a bentonita, que é utilizada na perfuração de poços de Petróleo, tendo a Petrobras como principal compradora”, destaca.
O diretor lembra que a existência de ouro em Princesa Isabel, onde uma tonelada e meia foi medida há 30 anos, ainda desperta interesses fora da Paraíba. “Este ouro era superficial, os garimpeiros foram tirando e chegaram a uma profundidade tal, que agora só é possível explorar através de sondagens. E existem várias empresas interessadas na área, uma delas é da Bahia”, revelou.

Outra grande variedade de minérios é destacada pelo superintendente substituto do DNPM, José Toledo. “A Paraíba produz argilas para a indústria cerâmica, bem como vermiculita e rochas ornamentais exóticas de grande aceitação no mercado. Além disso, pesquisas de minério de ferro vem sendo realizadas em diversos municípios paraibanos. Nos últimos cinco anos, com o aumento desta commodity no mercado internacional, o numero de áreas requeridas vem aumentado significativamente”, afirmou.
Diante de tantas potencialidades, Toledo lamenta a insuficiência de estudos que poderiam contribuir com o desenvolvimento do setor. “A economia mineral da Paraíba carece de maiores estudos para que possa apresentar dados atualizados, e acabar com a clandestinidade, bem como com as lavras ilegais o que somente beneficia os grandes consumidores, prejudicando o trabalhador”, afirma.

Tia Maria sob ataque

Tia Maria sob ataque



 
Desde maio deste ano o projeto da Southern Copper, Tia Maria está sob ataque.

O conflito com os habitantes locais é violento. Os locais acreditam que a mina irá drenar e acabar com a água, necessária à agricultura e poluir os suprimentos.

Tia Maria, no Peru, é um dos gigantescos jazimentos de cobre que ainda espera o desenvolvimento. O projeto é do interesse do Governo que participa ativamente das negociações.

Estima-se que Tia Maria tenha 641 milhões de toneladas a 0,39% Cu.

A proprietária, a americana Southern Copper, pretende investir US$1,4 bilhões em CAPEX e iniciar a produção ainda em 2018. No entanto os conflitos recentes estão atrasando as obras e, aos poucos, começam a inviabilizar o investimento.

Nas últimas manifestações três pessoas foram mortas. Apesar dos esforços dos negociadores não existem sinais de acordos ou paralisação das hostilidades no curto prazo.

Ao que tudo indica a mina de Tia Maria vai ser adiada por muito tempo...