terça-feira, 20 de outubro de 2015

Veja quais são as pedras preciosas mais valiosas do mundo

Veja quais são as pedras preciosas mais valiosas do mundo

A Terra está recheada de pedras preciosas, estejam escondidas bem no fundo do oceano, nas correntes dos riachos ou nas entranhas dos terrenos mais inóspitos. Localizadas nos lugares mais improváveis, os homens já encontraram verdadeiras raridades, pedras tão preciosas que valem milhões e estão nas coroas e anéis de realezas. Veja quais são algumas dessas preciosidades brilhantes (a relação não está na ordem dos mais caros):

1 – Diamante Koh-i-Noor

Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
Esse é simplesmente um dos diamantes mais famosos do mundo, pertencente à Coroa Britânica. Trata-se de um diamante especial, não somente pelo altíssimo valor, mas por estar envolto em lendas e mistérios ao longo dos séculos. Nos séculos passados, o Koh-i-Noor pertenceu aos indianos, considerado por muitos um dos maiores diamantes do planeta.
Alguns textos religiosos hindus indicam que o diamante pode ter sido encontrado há mais de 5 mil anos. Quando a Índia foi anexada ao Império Britânico, a Rainha Vitória foi declarada Rainha Imperatriz do país asiático, recebendo em mãos o Koh-i-Noor. Atualmente, esse precioso e raro item histórico pesa 108 quilates e é um dos diamantes mais brilhantes do mundo.

2 – Safira Millennium

Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
A Safira Millennium, que é do tamanho aproximado de uma bola de futebol, é uma preciosidade esculpida com desenhos de figuras históricas famosas. Caso você se interesse, essa raridade está à venda por míseros US$ 180 milhões. Contudo, se você quiser comprar, é necessário colocar a peça em um local onde as pessoas possam contemplar a grandiosidade do objeto.
Essa peça valiosíssima foi esculpida pelo artista italiano Alessio Boschi, que concebeu a Safira Millennium como um tributo aos seres humanos mais geniais que já andaram entre nós. Entre as personalidades, é possível encontrar Shakespeare, Beethoven, Michelangelo, Einstein e muitos outros. A safira mede 28 centímetros e foi descoberta em Madagascar, em 1995.

3 – Aquamarine Dom Pedro

Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
O maior pedaço de pedra aquamarine (ou água-marinha) encontrado no mundo foi aqui no Brasil. A preciosidade foi batizada com o nome do antigo imperador do Brasil, Dom Pedro, encontrada em 1980. Atualmente, ela está em exposição permanente em um museu em Washington, nos Estados Unidos.
Essa joia foi polida pelo alemão Bernd Munsteiner, que esculpiu o material no formato que ele possui hoje. A principal beleza da Aquamarine Dom Pedro está no brilho, por ser translúcida e de um azul-claro profundo.

4 – Maior pérola do mundo

Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
Essa é a maior pérola do mundo, pesando seis toneladas e medindo 1.6 metros de diâmetro. Ela foi descoberta na China e vale, aproximadamente, US$ 300 milhões – na China as pérolas são mais valorizadas do que diamantes. A pedra é formada, basicamente, de minerais fluoritas, compostos de fluoretos de cálcio.
Apesar de o material em si não ser algo raro, a magnitude da formação é que chama a atenção do público. As pessoas que poliram essa raridade levaram mais de três anos para deixá-la nesse formato arredondado perfeito. Além disso, ela é capaz de brilhar no escuro quando é exposta por tempo demais a luz.

5 – Esmeralda Bahia

Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
A Esmeralda Bahia é uma das preciosidades que também foi encontrada aqui no Brasil. Hoje, ela está nos Estados Unidos, e muitos clamam ser os donos reais da raridade. Trata-se de uma pedra que possui inúmeras esmeraldas dentro de si, pesando cerca de 360 quilos. O valor? Mais de R$ 700 milhões.
Cilindros verdes e brilhantes podem ser encontrados na rocha, em estado bruto, o que é muito raro de ocorrer com esmeraldas. Ela já passou por várias mãos até chegar aos Estados Unidos, muitos a vendarem sem saber o real valor da peça. Hoje ela está em disputa no Tribunal de Justiça de Los Angeles, sem um dono definido.

6 – Diamante Moussaieff

Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
Esse é o maior diamante vermelho já encontrado no mundo – e também foi descoberto aqui no Brasil. Com quase um quilo, essa raridade possui um corte triangular característico, capaz de fazer com que ele emita mais brilhos e reflexos. Foi descoberto em 1990, nas Minas Gerais, na região de Alto Paranaíba.
O diamante vermelho foi comprado por William Goldberg, um famoso empresário no segmento de pedras preciosas. Originalmente, a preciosidade foi batizada de "Escudo Vermelho". Entretanto, a joia foi comprada em 2002 por Shlomo Moussaieff, que o rebatizou com o próprio nome.

7 – Turmalina Paraíba

Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
Realmente o Brasil é uma terra de muitas preciosidades. A Etheral Carolina Divine também foi encontrada em nossas terras, classificada com uma turmalina Paraíba. As turmalinas Paraíba são nomeadas desse jeito por serem encontradas com maior facilidade nesse estado do Nordeste, apesar de serem extremamente raras. O principal diferencial dessa pedra é o tom de cor, levemente azulado, que não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo.
A Etheral Carolina Divine vale aproximadamente US$ 100 milhões e já não se encontra no Brasil. Atualmente, o dono dela é o canadense milionário Vincent Boucher. Ela é a maior e mais preciosa turmalina Paraíba já encontrada no mundo.
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Fatores Que Determinam o Preço das Gemas

Fatores Que Determinam o Preço das Gemas

O termo gema designa, além de pedras preciosas, substâncias orgânicas (como pérola, âmbar, coral, madrepérola, marfim etc.), pedras sintéticas (cada vez mais numerosas) e artificiais (poucas). De todas elas, porém, as mais valiosas são as gemas minerais naturais.

O que torna um mineral valioso como adorno pessoal são basicamente duas características, a beleza e a raridade. Mas isso não significa que a gema mais rara é sempre a mais valiosa. O citrino e a ametista, por exemplo, ambos variedades de quartzo, têm preços diferentes; a ametista, embora mais comum, é mais valiosa.

Por outro lado, podem ocorrer alguns paradoxos. A andaluzita, por exemplo, é uma gema relativamente rara e, por isso, é pouco conhecida. Sendo pouco conhecida, é pouco procurada e, com pouca procura, acaba sendo relativamente barata.

Outro fator a ser considerado é a moda. Há épocas em que uma determinada gema é mais procurada, enquanto outras caem em relativo esquecimento. E há, enfim, a questão da abundância ou escassez local: a ametista e a ágata são muito mais baratas no Brasil, maior produtor mundial, do que na Europa.

O diamante, em vários aspectos a mais importante das gemas, tem seu valor muito influenciado por um fator extra: a produção e a venda dessa gema são em grande parte controladas por uma única empresa, a DeBeers Consolited Mines, que controla a oferta e dessa maneira influencia muito no preço final. Essa influência já foi maior e a tendência é diminuir ainda mais pela crescente presença dos diamantes sintéticos no mercado de gemas.

O valor de uma pedra preciosa em particular depende de quatro fatores:
Tamanho: uma gema de 1 quilate (200 mg), por exemplo, sempre valerá mais do que duas de meio quilate com mesma qualidade. Convém lembrar também que as gemas têm diferentes densidades (a opala é bem mais leve que o topázio), sendo assim gemas de mesmo tamanho podem ter pesos diferentes.
Cor: em princípio, quanto mais escura a cor, mais valiosa a gema. A turmalina verde é uma exceção; e o diamante, a menos que tenha cor bem definida, é tanto mais valioso quanto mais incolor for. É importante também que a cor seja uniforme.
Pureza: a ausência de inclusões (impurezas e fraturas) é sempre desejável. Esmeraldas, porém, só se mostram puras em gemas muito pequenas, pois é normal que sejam cheias de fraturas, preenchidas por impurezas.
Lapidação: gema de boa cor e boa pureza pode ter seu preço diminuído se não for bem lapidada. Isso é particularmente importante no caso do diamante, pois, sendo na grande maioria das vezes incolor, tem no brilho uma característica importante. E um bom brilho depende muito de uma boa lapidação.

Tudo isso torna bastante difícil elaborar uma lista das gemas mais valiosas, a menos que se considere puramente o valor de mercado. Então, basta ver a cotação atual em empresas especializadas, lembrando, porém, que os valores mudam de acordo com diversas variáveis, como as ditas acima, previsíveis em maior ou menor grau.

Levando em conta critérios técnicos e mercadológicos e usando o maior preço médio por quilate (1 quilate = 200 mg) pago no mercado internacional, as dez gemas mais valiosas hoje são as seguintes:
Esmeralda
Esmeralda
 Safira
Safira
 Rubi
Rubi
 Turmalina paraíba
Turmalina paraíba
 Diamante
Diamante

1º Diamante: até US$ 63.000 por quilate. Valor passível de influência pela presença crescente de diamantes sintéticos no mercado.

2º Turmalina paraíba: até US$ 15.000 por quilate. Descoberta inicialmente na Paraíba (daí seu nome), foi posteriormente descoberta também na África. As jazidas brasileiras, porém, já estão esgotadas e as africanas estão em vias de exaustão, o que deverá elevar esse preço (se já não elevou). Valor tão alto explica-se pela incomparável cor azul dessas gemas.

3º, 4º Rubi e safira: até US$ 12.000 por quilate. Rubi e safira são diferentes variedades de um mesmo mineral, o coríndon. O rubi é vermelho e a safira pode ter qualquer outra cor, sendo mais valiosa a azul.

5º, 6º, 7º Esmeralda, opala-negra e alexandrita: até US$ 9.000 por quilate.
O preço da esmeralda varia muito em razão das impurezas que pode ter;
 Topázio imperial
Topázio imperial
 Olho de gato
Olho de gato
 Demantoide
Demantoide
 Alexandrita
Alexandrita
  Opala negra
Opala negra
gemas puras são sempre de pequenas dimensões. Opala-negra é aquela que tem um fundo escuro, sobre o qual ficam ressaltadas suas numerosas cores. A alexandrita, além de muito rara, destaca-se por ter cor verde em luz natural e vermelha em luz artificial.

8º Demantoide: até US$ 5.000. O demantoide é uma rara granada de cor verde.

9º Olho de gato: até US$ 3.500. Variedade de crisoberilo, assim como a alexandrita, o olho de gato recebe esse nome por exibir chatoyance, faixa luminosa que lhe dá o aspecto de um olho de felino. Embora essa característica esteja presente também em outras gemas, nenhuma delas atinge preço tão alto.

10º Topázio-imperial: até US$ 2.000. Produzido apenas no Brasil, o topázio-imperial tem cor laranja, rosa, salmão ou avermelhada. Delas, a mais valorizada é a vermelha.



Fontes:
BRANCO, P. de M. Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São Paulo, Oficina de Textos, 2008. 806 p. il.
DILAGO, M. et al. Quais são as dez gemas mais valiosas do mundo? São Paulo, Mundo Estranho, janeiro 2007. p.46-47.
LINHARES, J. O azul mais lindo do mundo. São Paulo, Veja, 12.11.2008. p. 114-116.

Fotos:
Esmeralda, diamante, topázio-imperial e olho-de-gato: Jules Sauer - Brasil, paraíso de pedras preciosas. 
Turmalina paraíba: Veja.
Alexandrita, demantoide, rubi e safira: Walter Schumann - Gemas do Mundo.

Caçadores de esmeraldas

Caçadores de esmeraldas


Montanhas de beleza rara, vales que parecem não ter fim, rios que se espremem nos corredores de pedras. O conjunto de monumentos impressionantes foi criado pela natureza há 400 milhões de anos, quando a Terra ainda era criança. No coração da Bahia, as águas do inverno saltam dos pontos mais altos do Nordeste. Um espetáculo exuberante. A Queda d'Água da Fumaça, de quase 400 metros, parece que começa nas nuvens.Na Chapada Diamantina, a trilha das águas mostra o caminho das pedras. Pedras preciosas, que contam a história de muitos aventureiros. Carnaíba, norte da chapada. O vilarejo com cara de cidade atrai milhares de garimpeiros. As serras da região concentram a maior reserva de esmeralda do Brasil.
O empresário Alcides Araújo vive perseguindo a sorte há mais de 20 anos. Ele é um dos grandes investidores na extração da valiosa pedra verde. Alcides diz que ainda não encontrou a sorte grande. Do garimpo dele só saíram pedras de segunda. Mesmo assim não dá para reclamar.
"Já ganhei um dinheiro razoável no garimpo, produzi quase quatro mil quilos. Se tivesse essas pedras hoje, valeria R$ 300, R$ 200 o grama. Já ganhei mais de R$ 3 milhões", revela o empresário.
Boa parte desse dinheiro está enterrada na jazida que Alcides explora. O Globo Repórter foi ver como os garimpeiros vão atrás da esmeralda. Uma aventura que requer, além de sorte, muita coragem.

Na maior mina da região, a equipe foi a 280 metros de profundidade. Para chegar lá embaixo, o equipamento é um cinto de borracha conhecido como cavalo. Confira esse desafio em vídeo.Os garimpeiros são mesmo corajosos. No abismo dos garimpos, a vida anda por um fio. O operador da máquina que faz descer e subir o cabo-de-aço não pode vacilar. A água que cai do teto vem do lençol freático que o túnel corta. Parece uma viagem ao centro da Terra. Mas será que vale mesmo a pena correr tanto risco?
Foram quase seis minutos só de descida. Seis minutos de arrepios. A 280 metros a equipe chegou a um corredor estreito. No rastro da esmeralda, os garimpeiros abrem quilômetros de galerias. Calor, pouco ar, oito, dez horas por dia no estranho mundo subterrâneo. Esses homens vivem como tatus-humanos.
Alegria mesmo é quando o verde começa a surgir na rocha. Sinal de que pode estar por perto o que eles tanto procuram. É preciso detonar a rocha para ver se é mesmo esmeralda. O desejo de enriquecer é mais forte que o medo do perigo. Sem nenhuma segurança, eles enchem com dinamite os buracos abertos pela perfuratriz.
“Costumamos fazer até quatro detonações por dia. A cada detonação, são disparados de dez a quinze tiros", conta o fiscal de garimpo Klebson de Araújo.
Muita pedra desceu do teto da galeria. O trabalho agora era levar tudo lá para cima e examinar direito as pedras. E o dono do garimpo? Será que ele confia nos seus garimpeiros?
"Eles encontram e a gente fiscaliza. Se facilitar uma coisinha, eles botam dentro do bolso”, diz o garimpeiro Manoel.
“Tem várias formas de levar. Uns dizem que estão com sede, pedem uma melancia para chupar. Partem um pedacinho, colocam as pedrinhas lá dentro e levam a melancia”, denuncia Alcides.
Escondida ou não, esmeralda na mão é dinheiro no bolso. Nos fins de semana, a praça principal da cidade de Campo Formoso vira um mercado movimentado de pedras preciosas. No local, o que menos importa é a procedência. A esperteza sempre prevalece. Esmeralda de qualidade nunca é vendida na praça. Negócio com pedras valiosas é fechado dentro de casa, por medo de assalto.Os minérios da Chapada Diamantina fizeram fortunas e produziram histórias. Histórias como a de Herodílio Moreira que já viveu dias de glória.
“Já ganhei muito dinheiro com esmeralda. De comprar mercadoria e ganhar cinco carros de uma vez, de lucro. Hoje esses carros acabaram. Estou querendo dinheiro para comprar uma bicicleta velha”, conta o garimpeiro.
No mundo desses aventureiros, pobreza e riqueza dividem o mesmo espaço. O garimpeiro José Gomes, de 70 anos, também já viveu as duas situações, mas nunca perdeu a esperança.
“Quando vejo na joalheria uma esmeralda em forma de jóia, analiso o que perdi. Vejo as pedras nas lojas valendo milhões de dólares e eu sem nada", diz ele.

Até policiais trabalharam em garimpo ilegal na corrida pelo ouro em Pontes e Lacerda

Até policiais trabalharam em garimpo ilegal na corrida pelo ouro em Pontes e Lacerda

Até policiais trabalharam em garimpo ilegal na corrida pelo ouro em Pontes e Lacerda
Parte da população de Pontes e Lacerda (483 km de Cuiabá) subiu a Serra do Caldeirão nos últimos dias para procurar ouro em um garimpo ilegal que se instalou na região. Alguns largaram o emprego para entrar de cabeça na atividade. Outros dividiram o expediente na cidade com a extração do minério. A corrida pelo ouro atraiu aventureiros de estados vizinhos e até de países mais próximos. A reportagem do Olhar Direto constatou que até policiais se meteram na atividade ilegal, alguns atuando como segurança no garimpo.

Uma estrada de chão de aproximadamente 20 km separa o município do local invadido. Perto da serra, o garimpeiro tem três opções: deixar o carro em um ponto distante e encarar uma longa caminhada, pagar R$ 20,00 em um estacionamento e completar cerca de 600 metros a pé ou pagar R$ 50,00 e deixar o carro junto da serra. O valor é cobrado uma vez por dia e o motorista pode entrar e sair quantas vezes precisar. Ao chegar na porteira, não é difícil encontrar policiais à paisana. Na última quarta-feira (14), no período da manhã, um deles estava com uma camiseta preta escrito segurança. Por meio de um rádio, mantinha contato com os garimpeiros na serra.

Leia mais:
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O tenente coronel da Polícia Militar Eduardo Luiz Silva dos Santos, que atua no município, concedeu entrevista ao Olhar Direto na última quinta-feira (15) e garantiu que caso seja confirmada a participação de policiais –civis ou militares – na atividade ilegal, os casos serão encaminhados para a Justiça para que os envolvidos sejam punidos. “Levantamos algumas informações, estamos tratando com certo sigilo, precisamos de provas, mas nosso relatório foi constado algumas coisas e isso está sendo encaminhado para que a Justiça possa apurar”, declarou, sem dar detalhes.

Eduardo Luiz recebeu Olhar Direto na véspera de a Justiça Federal determinar o fechamento do garimpo. Até o momento, a PM não vinha fazendo policiamento ostensivo na região, mas vinha atuando estrategicamente, levantando informações da atividade ilegal instalada na região. “Nós precisamos de mais informações [sobre a possível participação de policiais]. Mas isso chegou até nós, temos informes disso, caso se confirme, isso vai ser levado à Justiça para que a pessoa seja responsabilizada”, completou.

Paralelamente ao levantamento da PM, a Polícia Federal também vinha acompanhando a extração de ouro desde o começo. As informações devem ser juntadas para a preparação do plano estratégico da retirada dos garimpeiros. “Nosso efetivo local não é suficiente [para fazer a retirada], vai ter que ser uma ação integrada. Estamos atuando também com o Ministério Público daqui, Judiciário, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Estamos bastante unidos, trocando bastante informação, nossa intenção também é manter esse contato com os órgãos federais para fazer esse trabalho da melhor maneira possível, sem precisar usar uso da violência”, afirmou.

Horas antes de entrevistar o tenente coronel Eduardo Luiz Silva dos Santos, a reportagem do Olhar Direto esteve na delegacia do município para falar com o delegado Gilson Silveira. Ele, no entanto, preferiu não conceder entrevista. Informalmente, afirmou que os índices de violência no município caíram com o início da extração de minério. Silveira informou que preferia não comentar a atividade pelo fato de ela ser crime federal.

Energia eólica: chineses atingem 120 gigawatts em 2015

Energia eólica: chineses atingem 120 gigawatts em 2015




Quando muitos analistas tentam desmerecer o crescimento da China que foi “somente” de 6,9% nos primeiros trimestres de 2015 eles, obviamente, não percebem o significado deste crescimento em uma economia de quase oito trilhões de dólares.

Na China quase tudo é maiúsculo. Um bom exemplo é que se refere ao esforço dos chineses para mudar a matriz energética, reduzindo o uso do carvão.

Esta estratégia está pagando dividendos.

O país embarcou em uma verdadeira revolução energética onde quem ganha são os consumidores que se beneficiam de custos baixos e menor poluição. Para coroar esses macro investimentos em 2015 a China está atingindo, somente na energia eólica, uma capacidade gigantesca, de 120gigawatts.

É um número estupidificante, quase igual a toda a produção instalada de energia elétrica do Brasil, que é de 138 gigawatts.

Para efeito comparativo a capacidade instalada das usinas eólicas brasileiras, que duplicou em relação a 2014, é de 6.645MW. Ou seja, a produção brasileira de energia eólica ainda é 18.000 vezes menor do que a chinesa... O Brasil pretende adicionar 5.000 MW a este total até o ano de 2017.

Temos muito que evoluir neste quesito. Se quisermos realmente adicionar valor a matriz energética brasileira teremos que investir significativamente no setor, pois ainda estamos no jardim da infância quando o assunto é energia eólica...

Já os chineses planejam ampliar a produção de energia renovável em 18 Gigawatts até 2020, otimizando e reduzindo custos que, mais tarde irão repercutir positivamente na economia global.