terça-feira, 20 de outubro de 2015

Conheça 7 minerais que são mais raros do que os diamantes

Conheça 7 minerais que são mais raros do que os diamantes



Apesar de os diamantes serem pra lá de caros, quando o assunto são as gemas — ou seja, minerais com pureza e tamanho suficientes para que eles possam ser lapidados e transformados em joias —, a verdade é que existem rochas muito mais raras do que os diamantes pelo mundo.
Pois Robbie Gonzalez do portal io9 reuniu uma bela colação dessas pedras preciosas em um interessante artigo, e nós aqui do Mega Curioso selecionamos sete exemplares excepcionalmente incomuns para você conhecer. Confira:

1 – Benitoíte

A benitoíte é uma rocha com coloração quase sempre azulada que pertence ao grupo dos ciclosilicatos, e foi descrita no início do século 20, pouco depois de sua descoberta. No entanto, apesar de sua composição química ser conhecida, uma das características mais interessantes da benitoíte é a sua fluorescência quando submetida à radiação ultravioleta, propriedade que ninguém sabe explicar ao certo.
A raridade desse belo mineral que você acabou de ver na imagem acima se deve ao fato de ele ter sido encontrado em quantidades bem limitadas apenas em algumas áreas dos EUA e do Japão. Aliás, seu nome foi inspirado no local onde a benitoíte foi descoberta pela primeira vez, o condado de San Benito, localizado na Califórnia.

2 – Diamante vermelho

Apesar de ser possível obter diamantes sintéticos de várias tonalidades, essas gemas também ocorrem em outras colorações — além da incolor com a qual estamos mais acostumados — na natureza. Assim, em ordem (crescente) de raridade, os diamantes podem ser amarelos, marrons, incolores, azuis, verdes, pretos, rosados, laranjas, roxos e vermelhos.
E como estamos falando de gemas extremamente incomuns, só para que você faça uma ideia de quão raros os diamantes vermelhos são, o maior exemplar que existe no mundo, o “Moussaieff Vermelho”, conta com meros 5.11 quilates — ou o equivalente a 1 grama —, e foi obtido e polido a partir de um cristal de 13.9 quilates descoberto aqui no Brasil.
No caso dos diamantes tradicionais, como os obtidos a partir do Diamante Cullinan — um dos maiores já encontrados, com 3.106,75 quilates —, existem exemplares que chegam a contar com mais do que 500 quilates.

3 – Grandidierite

Descoberta apenas em 1902, a grandidierite é um mineral de coloração azul-esverdeada que pode ser encontrado quase que exclusivamente em Madagascar. A gema recebeu esse nome em homenagem a Alfred Grandidier, um explorador francês que se dedicou a pesquisar a história natural da ilha, e até hoje apenas um único exemplar facetado puro foi recuperado, só que no Sri Lanka.

4 – Musgravita

A musgravita foi descoberta no final da década de 60 na serra de Musgrave, localizada na Austrália, e foi a partir daí que o mineral recebeu o seu nome. Pequenas quantidades dele também já foram encontradas em Madagascar e na Groelândia, mas foi só em meados dos anos 90 que o primeiro exemplar com pureza e tamanho suficiente para lapidação foi recuperado. Aliás, até 2005, existiam apenas oito gemas de musgravita no mundo.

5 – Poudretteite

Incrivelmente rara, a poudretteite foi descoberta na década de 60 em uma pedreira chamada Poudrette — daí o nome da gema — localizada em Mont-Saint-Hilaire, no Canadá. Apenas pequenos cristaizinhos foram encontrados, e esse mineral só foi reconhecido como “nova espécie” no final dos anos 80.
poudretteite só foi descrita cientificamente em 2003 e, segundo os geólogos, são pouquíssimas as pessoas que sequer ouviram falar dela. Além disso, é bem pouco provável que alguém tropece com esses desses minerais na vida.

6 – Jeremejevita

Apesar de a jeremejevita ter sido descoberta na Sibéria no final do século 19, cristais com pureza e tamanhos suficientes para a obtenção de gemas só foram descobertos na Namíbia — e em quantidades bem limitadas. A maior jeremejevita facetada do mundo conta com 60 quilates, o que equivale a aproximadamente 12 gramas, e na imagem acima você pode ver um exemplar azul e cristalino excepcionalmente raro.

7 – Berílio vermelho

Também conhecido como “esmeralda escarlate” e “bixbite”, o berílio vermelho só foi descrito pela primeira no início do século 20, e apesar de ser quimicamente parecido com a esmeralda e a água-marinha, sua ocorrência é muito mais rara.
Até onde se sabe, só é possível encontrar o berílio vermelho em algumas regiões dos estados de Utah e do Novo México, nos EUA, e sua obtenção, além de ser extremamente difícil, é financeiramente pouco vantajosa.
Algumas estimativas apontaram que — considerando minerais com qualidade semelhante — existem cerca de 8 mil vezes mais rubis do que berílios vermelhos no mundo, portanto, não é de se estranhar que seu valor ronde os US$ 10 mil por quilate de rocha cortada.

Se o ouro é naturalmente amarelo, como é que o ouro branco é feito?

Se o ouro é naturalmente amarelo, como é que o ouro branco é feito?



Uma das características mais marcantes do ouro é, sem dúvida, sua coloração naturalmente amarela. No entanto, se esse elemento ocorre na natureza com essa tonalidade, então, como é que as joias de ouro branco são produzidas? E mais: se esse material também é ouro, por que é que ele passa a ter um matiz prateado?
Quem explica essas questões é Sarah Stone, do site Today I Found Out, mas, antes de conferir as respostas, que tal conhecer o ouro um pouco melhor e descobrir como ele é empregado pelos ourives? Em sua forma mais pura, esse elemento é conhecido como ouro 24 quilates — que, por sinal, apesar de ser valioso, é maleável demais para ser utilizado na fabricação de joias.
Coroa dinamarquesa
Por esse motivo, para produzir anéis, correntes e outras peças, é necessário criar uma liga metálica com outros materiais para torná-lo mais resistentes. Assim, considerando que o ouro 24 quilates é o mais puro — e que ele é composto por 24 partes do elemento —, quando falamos em uma joia de 18 quilates, por exemplo, nos referimos a uma peça que consiste em 18 partes de ouro e seis partes de outro material, e o mesmo se aplica a joias de 14 quilates.

Ligas metálicas

Segundo Sarah, a escolha dos materiais que serão utilizados para criar as ligas metálicas depende do resultado que o ourives deseja conseguir. Então, para joias que terão coloração dourada, é bastante comum que sejam empregados metais como o zinco e o cobre. Agora, como você já deve ter deduzido, chegamos à questão do ouro branco.
Para fabricar joias de ouro branco, os ourives normalmente empregam metais como o manganês, a prata e o paládio. O níquel, que sempre foi muito utilizado devido ao seu baixo custo, começou a cair em desuso por ser um material que pode provocar reações alérgicas. Entretanto, apesar de as peças produzidas com esses materiais terem coloração puxada para o prata, seu brilho não é tão vibrante assim, e elas ainda trazem um leve tom amarelado.
Ródio
Assim, para conseguir as joias vistosas que conhecemos, os ourives banham as peças com uma camada de ródio, um elemento do mesmo grupo da platina que, além de possuir um belo brilho prateado, é extremamente durável. Com o uso, esse material acaba se desgastando e, dependendo da composição da liga utilizada na fabricação da joia, o tom amarelado da peça começa a aparecer novamente — o que pode ser facilmente resolvido com outro banho de ródio.

Curiosidades

Sim... o carrinho acima é de ouro branco!
De acordo com Sarah, assim como é possível fabricar joias de ouro amarelo e branco, também existe a possibilidade de produzir peças de outras cores. Portanto, para fazer um brinco de ouro rosado, por exemplo, basta aumentar a proporção de cobre na liga metálica. No entanto, se a intenção é conseguir uma tonalidade esverdeada, é só adicionar mais zinco, prata e cobre à mistura.
Já para conseguir uma peça de ouro azulado, basta acrescentar um pouco de índio ou gálio, e, segundo Sarah, inclusive é possível fabricar joias feitas de ouro escuro, banhando as peças com ródio negro.