terça-feira, 20 de outubro de 2015

Maior esmeralda do mundo é exibida na Colômbia



Maior esmeralda do mundo é exibida na Colômbia

Esmeralda em estado bruto é exposta em Bogotá, na Colômbia. Segundo seus proprietários, a pedra que pesa quase dois quilos e meio e com 11 mil quilates é a maior do mundo
Esmeralda em estado bruto é exposta em Bogotá, na Colômbia. Segundo seus proprietários, a pedra que pesa quase dois quilos e meio e com 11 mil quilates é a maior do mundo
Aquela que, segundo os proprietários é a maior esmeralda do mundo, está em exposição em Bogotá pela primeira vez desde que foi extraída, há 12 anos, das profundezas de Muzo, na região esmeraldífera da Colômbia. A pedra, ainda em estado bruto, tem quase dois quilos e meio e 11.000 quilates.
"Seu valor é incalculável", diz Santiago Soto, porta-voz da feira Minergemas 2011, realizada em Bogotá e que apresenta a gema de propriedade da empresa Coexminas. De um verde opaco intenso, a pedra foi encontrada em uma das minas da cidade de Muzo, departamento (província) de Boyacá (centro-leste), há doze anos, mas é a primeira vez que é exibida publicamente.
"Fura", como foi batizada em homenagem a uma bela indígena que, segundo uma lenda histórica morou nessa região, está exposta dentro de uma urna de vidro sob severas medidas de segurança.
Fica sozinha em um pequeno salão ao qual têm acesso, paulatinamente, grupos de não mais de quinze pessoas, que a podem observar por alguns minutos a metros de distância e sob o olhar atento de cinco guardas à paisana. Cerca de 4.000 pessoas a visitaram até este sábado, quando termina a feira, disse Soto.
Muzo, junto com as localidades vizinhas de Chivor, Coscuez e Santa Bárbara (em Boyacá), integram a zona esmeraldífera da Colômbia, de onde brotam as mais belas gemas do mundo. A Colômbia fornece 55% do mercado mundial de esmeraldas, com exportações da ordem de 200 milhões de dólares anuais.

Índios acusam polícia de cobrar propina para liberar garimpo no Pará

Índios acusam polícia de cobrar propina para liberar garimpo no Pará


Compartilhar
Garimpo (Ibama)
Image captionA Terra Indígena Kayapó convive com surtos esporádicos de garimpo há décadas
Índios kayapós acusam policiais civis e militares do Pará de cobrar propina para liberar o garimpo ilegal de ouro nos limites da Terra Indígena Kayapó, no município de Ourilândia do Norte, no sudeste paraense.
A denúncia foi feita na quarta-feira da semana passada (23 de julho) em uma reunião entre líderes kayapós e autoridades na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Tucumã, município vizinho a Ourilândia do Norte.
A região enfrenta um surto de garimpo que tem poluído rios e destruído vastas áreas de floresta em um dos últimos redutos de mata nativa no sudeste do Pará.
"A PM e a Civil vão toda sexta no rio Branco e no rio Fresco para receber um grama e meio (de ouro) por cada balsa", disse, na reunião, o cacique Niti Kayapó, da aldeia Kikretu.
Segundo a Funai, os garimpeiros operam nos dois rios cerca de 90 balsas. Os equipamentos reviram o solo dos rios em busca do metal.
Levando em conta o preço atual do grama do ouro (R$ 93), a coleta renderia à polícia, segundo a denúncia, R$ 12.510 por semana, ou cerca de R$ 50 mil por mês.
O cacique não informou se o valor era dividido entre as polícias Civil e Militar ou se cada uma arrecadava esses valores individualmente
Segundo Niti, os agentes chegam até os garimpeiros em viaturas policiais por uma estrada vicinal. Outros índios confirmaram a denúncia no encontro.
Presente na reunião, o primeiro tenente da PM paraense Bruno Gama Pereira disse que a polícia abriria um inquérito para apurar a denúncia.
Pereira afirmou à BBC Brasil que, caso a investigação encontre indícios de que de fato houve pagamento de propina, os agentes serão julgados pela Justiça Militar.
Segundo ele, a corregedoria da PM se encarregaria da ação.
A Corregedoria da Polícia Civil do Pará diz que também apurará o caso. Responsável pelo órgão, a delegada Nima Lima afirmou à BBC Brasil que ainda não foi comunicada da denúncia, mas que procuraria a Funai para obter a ata da reunião e dar início à investigação.

Garimpo descontrolado

A Terra Indígena Kayapó convive com surtos esporádicos de garimpo há décadas. Segundo a Funai, porém, a atividade alcançou níveis sem precedentes nos últimos meses.
A coordenadora-geral de monitoramento territorial da Funai, Thaís Dias Gonçalves, diz que o território é a área indígena do país onde o garimpo está mais descontrolado.
O território – que ocupa cerca de 33 mil quilômetros quadrados, área equivalente à de Alagoas e do Distrito Federal somados – é quase inteiramente coberto por mata nativa, mas a floresta vem sendo destruída rapidamente pelo garimpo.
Segundo a Funai, há cerca de 5 mil garimpeiros na área – o equivalente a quase um terço da população indígena residente (16 mil).
A BBC Brasil acompanhou uma operação contra o garimpo na área na semana passada. De helicóptero ou avião, veem-se as enormes clareiras com lagos artificiais abertos pelas escavadeiras.
Algumas frentes de garimpo têm dezenas de quilômetros quadrados.
Agentes da Funai e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) desceram em alguns pontos e deram prazo de dez dias para que os garimpeiros deixassem a área.
Os órgãos afirmam que, ao fim do prazo, voltarão ao local para destruir equipamentos e expulsar garimpeiros que tenham permanecido.

O ouro verde da Colômbia

O ouro verde da Colômbia


BBC
A família de Américo é uma das que integram a cooperativa
Quem quer fazer suas juras de amor eterno usando um anel que não tenha sido produzido pela exploração, causado graves danos ambientais e mesmo violência?
Para os poucos que se perguntam tais questões, Américo Mosquera, um mineiro de ouro que mora na floresta tropical do noroeste colombiano, tem uma alternativa interessante.

Sua pequena mina fica no meio da selva, cerca de 10 km de Tado, uma dos maiores vilas mineiras da área.Como muitos outros mineiros descendentes de africanos na região, ele trocou o uso de químicos tóxicos e o desmatamento extensivo da floresta, por técnicas tradicionais que permitem a extração mais sustentável do ouro, mineral que vem sendo explorado na região desde os tempos da colonização espanhola.
Para chegar na mina de Américo, é preciso percorrer trilhas estreitas rodeadas por vegetação luxuriante, pequenos rios de água cristalina e pássaros exóticos de penugens coloridas.
Cicatrização
"Se esta mina usasse maquinário em vez de técnicas tradicionais, seria uma devatação terrível", diz Américo enquanto cava lama vermelha de sua mina, localizada no coração de uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta.
Aos 53 anos de idade, ele empilha cuidadosamente a terra que remove em terraços, onde crescem plantas para que as áreas já exploradas possam voltar a ser cobertas de verde, como um cicatrização que ocorre com o tempo.
O mineiro então usa um líquido viscoso extraído das folhas de uma árvore para separar o ouro das impurezas naturais.
"Você pode ouvir o som do ouro?" me pergunta Américo enquanto sacode um recipiente de metal no qual, graças ao líquido, é possível ver pequenas pepitas no fundo.
BBC
As pedras retiradas são recolocadas para que a vegetação volte a crescer
"Quanto mais grosso o ouro, maior o barulho", diz ele.
Américo integra a Associação do Ouro Verde, um projeto comunitário de mineração em uma das partes mais pobres e negligenciadas da América Latina.
"Uma das coisas que mais me impressionaram quando visitei a região foi que as pessoas estavam literalmente sentadas em uma mina de ouro e passando fome", diz Catalina Cock, fundadora da cooperativa que recebeu no ano passado um prêmio da ONU que reconhece iniciativas em desenvolvimento sustentável pelo mundo.
Os mineiros da Ouro Verde recebem 15% a mais por seu ouro, pagos pelos consumidores finais. O dinheiro vai para um fundo comunitário e é reinvestido em mineração ou dividido pelas famílias.
No entanto, as técnicas usadas por Américo e outras 114 famílias da associação são raras entre as milhares de minas espalhadas por esta região remota.
Cratera e mercúrio
Para ver os efeitos da mineração mecanizada é suficiente andar poucos quilômetros pela selva, seguindo a mesma trilha.
Após alguns minutos, o verde intenso da vegetação dá lugar para uma cratera imensa, que se estende por vários acres, como se uma enorme bomba tivesse caído dos céus.
BBC
A produção tradicional para um anel gera entre 2 e 5 toneladas de detritos
O estrondo de motores que escavam se sobressaem aos ruídos naturais da selva.
"Procuramos ouro e platina por lá", disse Humberto Montenegro, que deixou um emprego na cidade de Caldas para tentar a sorte na região.
"É uma aventura. Tanto pode quadruplicar seu investimento, como pode perder tudo", diz ele.
Tratores são usados em minas como esta para derrubar a floresta e produtos tóxicos, como mercúrio e cianureto, para separar o ouro das rochas. Ao final do processo, os químicos terminam no solo e na água, deixando poluídos rios e terras férteis.
"Temos relatos de tratores entrando nos rios e nos pântanos", afirma Giovanni Ramírez, pesquisadora do Instituto Choco para Pesquisa Científica.
"Costumo dizer que a eles só faltam as asas para extinguir completamente a vida em Choco", diz ela.
Segundo um relatório confidencial do governo, pelo menos 220 mil hectares desta floresta estão nas mãos de mineiros ilegais, muitos ligados a grupos armados como as Farc.
Mercado Global
No entanto, a Ouro Verde de Choco conquistou nichos de mercado na Inglaterra, Finlândia e Canadá.
Atualmente, ela detém selos como "Fair Trade" (Comércio Justo) e "Fair Trade" (Mineração Justa), classificações independentes que garantem as práticas nos mercados internacionais.
"Quando começamos, joalheiros tradicionais nos viam como uma ameaça para as suas reputações", disse Christian Cheesman, diretor da Cred, uma pequena joalheria no centro de Londres que trabalha há sete anos com ouro certificado.
Embora os números variem de região para região, se calcula que em média, para extrair o ouro necessário para fazer um anel de noivado (cerca de 1.5 gramas) usando métodos industriais se gere entre 2 e 5 toneladas de detritos.
Esta realidade tem chocado consumidores conscientes como Kristina Johnson, uma sueca que viajou de Estocolmo para Londres para escolher seu anel de noivado na loja de Cheesman.
"Lendo e conversando com amigos, percebemos que queríamos algo que seja justo e apropriado para o nosso casamento", disse Johnson.
BBC
Muitos mineiros ilegais atuam na selva colombiano
"O Ouro Verde nos pareceu a melhor opção."
Produção baixa, mas crescendo
No entanto, os mineiros da Ouro Verde conseguem produzir apenas cerca de 6 quilos de ouro anuais, volume insuficiente para despertar o interesse de grandes joalheiros.
"O Ouro Verde é uma ideia maravilhosa, mas o problema é que o mercado demanda mais do que é possível produzir usando estes métodos", diz Cristina Echavarria, diretora da Aliança para a Mineração Responsável (AMR), organização global que ensina mineiros a usar com responsabilidade mercúrio e outros químicos.
Segundo Echavarria, mineiros da AMR produzem cerca de 400 quilos por ano, volume que poderia ter um impacto maior no mercado ao mesmo tempo em que respeita um pouco mais o meio-ambiente.
Para ela, é vital que se encontre um modelo de produção sustentável que permita a inclusão de mais mineiros e a produção de mais ouro.
Atualmente, 150 milhões de pessoas dependem da mineração do ouro para viver, o dobro do que há 10 anos.
"Muitas pessoas que tiveram suas colheitas ou rebanhos dizimados por mudanças climáticas, ou foram deslocadas por conflitos, se voltaram para a mineração", diz ela.
"Este é um dos poucos trabalhos no mundo que você pode começar sem ter nenhuma experiência e ganhar em um dia o suficiente para alimentar seus filhos."

Garimpeiro amador encontra pepita de ouro gigante na Austrália

Garimpeiro amador encontra pepita de ouro gigante na Austrália



Pepita de ouro gigante encontrada em Ballarat, na Austrália
Dimensão da pepita aumentou seu valor no mercado
Um garimpeiro amador no Estado australiano de Victoria surpreendeu especialistas ao encontrar uma pepita de ouro de 5,5 quilos.
O homem não identificado, que usava um detector de metais portátil, encontrou a pepita na quarta-feira, enterrada da cidade de Ballarat.
O valor foi estimado em mais de 300 mil dólares australianos (cerca de R$ 645 mil).
Especialistas locais afirmam que a prospecção de ouro na região é comum há décadas, mas que, até então, nenhuma descoberta semelhante havia sido feita.
"Sou um prospector e negociador há duas décadas e não me lembro da última vez que uma pepita de mais de 100 onças (cerca de três quilos) foi encontrada localmente'', afirma Cordell Kent, proprietário da loja especializada Ballarat Mining Exchange Gold Shop.

Corrida do ouro

"É extremamente significativo como um espécime mineral", acrescentou Kent. "A corrida do ouro por aqui já dura 162 anos, e Ballarat continua produzindo pepitas. É sem precedentes."
Um vídeo exibindo a pepita que tem um formato de ''Y'' foi postado no YouTube na quarta-feira pelo usuário TroyAurum.
O dono da loja especializada afirma que a pepita estava enterrada, mas que o garimpeiro usou um detector de metais ultramoderno, o que possibilitou que ele a encontrasse a uma profundidade considerável, em uma área em que prospecções já foram realizadas várias vezes no passado.
O ouro atualmente é comercializado na Austrália a cerca de 1,6 mil dólares australianos (cerca de R$ 3,4 mil) por onça, o que significa que a descoberta valeria cerca 283,2 mil dólares australianos (cerca de R$ 600 mil), mas a sua raridade e o fato de que a pepita pesa bem mais do que um quilo encarece o valor.
Antes de encontrar a pepita gigante, o garimpeiro amador só havia feito pequenas descobertas.

Antártida pode abrigar depósito de diamantes, dizem cientistas

Antártida pode abrigar depósito de diamantes, dizem cientistas


Compartilhar
Antártida (Reuters)
Image captionMesmo se for confirmada a presença de diamante, tratado internacional proíbe a mineração na região
Um grupo de cientistas descobriu que fortes evidências de as montanhas da Antártida têm muito mais do que gelo – elas podem abrigar depósitos de diamantes.
Em um trabalho publicado na revistaNature Communications, o grupo (liderado por pesquisadores australianos) revelou ter encontrado pela primeira vez na região rochas conhecidas como kimberlitos, que costumam abrigar diamantes.
Diamantes são formados a partir de carbono puro encontrado em locais profundos sob temperaturas e pressão extremas.
Erupções vulcânicas trazem esses cristais valiosos para a superfície, normalmente preservados dentro dos kimberlitos.
A presença dessas rochas é considerada um indício da existência de depósito de diamantes em várias partes do mundo, incluindo África, Sibéria e Austrália.
Os pesquisadores encontraram e collheram três amostras do material nas montanhas Príncipe Charles.

Mineração

Mesmo se descobrirem uma grande quantidade de diamantes na região, isso não significa que haverá mineração no local.
Um tratado internacional proíbe qualquer extração de fontes minerais, a não ser em casos de pesquisas científicas.
O tratado, no entanto, será revisto em 2041 e pode alterar esse cenário.
"Não sabemos quais serão os termos do tratado após 2041 ou se haverá alguma tecnologia que possa tornar economicamente viável a extração de dimamentes na Antártida", disse Kevin Hughes, do Comitê Científico para Pesquisas na Antártida.