| A produção garimpeira em Brotas de Macaúbas |
No Blog Gemas Do Brasil, você encontra tudo sobre pedras preciosas, Curso de Gemologia Online, Outros cursos online na promoção e com garantia Hotmart. Garimpo de ouro, Garimpo de Diamante, Garimpo de Esmeralda, Garimpo de opala em PedroII e Feira de Pedras Preciosas no Brasil e no Mundo, enfim tudo para vc ganhar muito dinheiro com pedras preciosas, pois o Brasil é o País mais rico em Gemas.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Ametista : conheça o Garimpo das Pedras
Ametista : conheça o Garimpo das Pedras
Localizado em território do
município de Marabá, a 60 quilômetros do centro de Parauapebas, o
Garimpo das Pedras foi descoberto há 27 anos por garimpeiros da região.
De lá para cá, as jazidas têm produzido e comercializado milhares e
milhares de toneladas de pedras de ametista para o Brasil e o mundo,
tornando-se a segunda maior jazida do mundo, em termo de quantidade de
reserva.

No último domingo (23), a reportagem da Sucursal do
CORREIO DO TOCANTINS em Parauapebas esteve na Vila Garimpo das Pedras e
conversou com exclusividade com a ex-deputada estadual Elza Abussafi
Miranda, membro da família detentora da área onde se localiza o garimpo.

De acordo com Elza Miranda, a família dela adquiriu a
propriedade rural em 1975, sem saber da existência das reservas em
subsolo de ametista. Em 1983, por acaso, alguns garimpeiros acostumados
com a exploração de pedra semipreciosa descobriram a jazida de ametista,
considerada a segunda maior do mundo, em termo de quantidade de
reserva, só perdendo para a África.
Elza Miranda explica que a extração da pedra é
subterrânea, em túneis verticais, perpendiculares e horizontais com
extensão que vão até 300 metros de profundidade. Mas a ametista começou a
ser descoberta à flor da terra.
Perguntada sobre segurança na exploração das pedras
no fundo da terra, Elza respondeu que os garimpeiros trabalham com total
segurança, e por isso o índice de acidente é zero. “Mas já foram
registrados acidentes com um ou dois garimpeiros que não observaram os
itens de segurança”, admite.
CESSÃO DA ÁREA Ela conta que
após a descoberta das jazidas de ametista na fazenda a família Miranda
administrava com exclusividade toda a produção do minério. Algum tempo
depois, para dar legalidade jurídica à exploração das jazidas, foi
celebrado um termo de cessão gratuita de uso por tempo indeterminado de
uma área de 240 alqueires com a Cooperativa dos Produtores de Gemas do
Sul do Pará (Coopergemas), criada pelos próprios garimpeiros da vila.
A partir daí, a exploração das pedras passou a ser
controlada pela cooperativa, que dá origem ao produto, emitindo nota
fiscal para saída do minério e descontando 6% do valor comercializado. A
família Miranda explora uma mina com seis trabalhadores com direito a
100% da produção.
A produção, que chega até 100 toneladas de pedras
semipreciosas por mês, é toda comercializada no próprio garimpo. Os
maiores comparadores são da Bahia e de Minas Gerais. “Alguns clientes
diretamente da China, que não sabem nem falar a língua portuguesa, vêm
também comprar pedras aqui na vila com intérpretes”, revela a
garimpeira.
Elza Miranda lembra que quando ela era deputada
chegou a levar o então governador Almir Gabriel ao garimpo, e ele viu a
necessidade se implantar na vila uma escola de lapidação de pedra, com o
objetivo de gerar emprego e renda, “mas esbarramos na falta de
mão-de-obra qualificada para instruir a comunidade. A ideia continua de
pé”.
Segundo Elza Miranda, a comunidade do Garimpo das
Pedras conta hoje com uma população aproximada de quatro mil pessoas que
moram em duas vilas: a de baixo e a de cima, e todos os adultos vivem
em função da exploração do minério.
A vila, que geograficamente pertence ao município de
Marabá, conta com escola, posto de saúde, destacamento da Polícia
Militar, supermercados, igrejas, energia elétrica, associação de
moradores, farmácia e até pista para pouso e decolagem de pequenas
aeronaves.
ÁGUA QUENTE
No caminho entre uma vila e outra existe uma nascente que jorra água
com 40 graus de temperatura. Há alguns anos, os Miranda construíram
rusticamente uma piscina para acumular água e possibilitar banho de
pessoas que são atraídas pelo local. Há poucos meses, uma das paredes da
piscina ruiu, ficando apenas a bica jorrando água quente, fato que vem
frustrando os visitantes.

“Estudo engenharia ambiental e costumo dizer que
esta área é vulcânica, que pode ou não ter entrado em erupção, daí a
existência dessas pedras e também da água quente, cuja temperatura fica
na ordem de 40 graus, rica em potássio, própria para o consumo,
inclusive medicinal”, descreve.

Elza Miranda anuncia que nos próximos meses a família
dela deve começar a reconstruir a piscina, agora com trabalho técnico
de engenharia, e disponibilizá-la ao público que vai à vila. Ela lembra
que com a conclusão da estrada do Projeto Salobo para Parauapebas o
asfalto vai passar a oito quilômetros da Vila Garimpo das Pedras.
Região serrana do ES tem histórico de garimpo de pedras preciosas
Região serrana do ES tem histórico de garimpo de pedras preciosas
Em Santa Teresa, a atividade garimpeira já trouxe muitas riquezas.
Até pedra de 250 kg já foi encontrada no local.
A região já trouxe riquezas para muitos garimpeiros. Em vez de ouro, o que despertava interesse na região eram as pedras preciosas.
"Tudo começou com um caçador que, atrás de um tatu, achou uma pedra brilhante perto de sua toca", diz o comerciante da região Antônio Lopes.
A corrida das pedras começou na década de 40 do século passado. O produtor rural Vandacir Roncon conta que já encontraram até pedra de 250 kg na área. "Teve que descer um varão, carregada nas costas", lembra.
Antônio Lopes ressalta que a atividade garimpeira trouxe muitas riquezas, mas que nem todos souberam desfrutar dela. "Muita gente ficou rica, mas perderam tudo, nem eles existem mais. Aqui na pedra da onça dava águas marinhas e outros cristais também", diz Antônio.
Hoje a área está abandonada, mas antigamente era bem movimentada, vivia repleta de garimpeiros em busca do sonho de ficar rico. A última descoberta foi em 2004, quando o produtor rural Alonso Possatti encontrou uma água marinha pura. "Com o dinheiro, deu pra quitar dívidas, comprar casa e terreno para os filhos", diz.
Trabalhadores que viviam da extração de cristais criam o tesouro verde do Brasil
Trabalhadores que viviam da extração de cristais criam o tesouro verde do Brasil
Cristalina é privilegiada, com mais de 250 rios, córregos e nascentes. Com muita água correndo por todos os cantos, foi possível fazer brotar nessas terras alimento o ano todo.
Solo fértil, de onde já brotaram cristais. Riqueza que deu fama e nome a cidade: Cristalina, no Planalto Central, em Goiás.
Mas os cristais deram lugar a um novo tesouro, que mudou a paisagem e impulsiona a economia: o agronegócio. Hoje, Cristalina é o maior pib agrícola do país.
Segundo o IBGE, a agricultura de Cristalina movimenta R$ 1,3 bilhão.
A região é privilegiada, com mais de 250 rios, córregos e nascentes. Com muita água correndo por todos os cantos, foi possível fazer brotar nessas terras alimento o ano todo. Os agricultores de Cristalina cultivam 34 tipos diferentes de lavoura.
De milho a soja. De cenoura a batata. Plantações a perder de vista. E que abriram novos horizontes para quem vivia do garimpo.
Olhar cuidadoso de uma mulher que passou a vida inteira procurando pedras preciosas, mas foi na lavoura do café, que Aparecida está garimpando a vida que sempre quis ter.
Aparecida
Globo Repórter: O que mudou na sua vida entre do garimpo agora pra trabalhar aqui na lavoura?
Aparecida Marques de Araújo, trabalhadora rural: Eu pude comprar as minhas coisas com mais facilidade, porque antes eu não podia, eu ganhava pouco, no garimpo.
Carlita lembra que o garimpo era uma aventura.
“Você ganhava R$ 10 e corria o risco de cair num buraco, quebrar uma perna”, conta Carlita Santana Souza, trabalhadora rural.
Foi na lavoura que ela conseguiu colher muitas preciosidades. Com emprego fixo e contracheque, Carlita conquistou junto com o marido, Francisco, o que antes parecia impossível: a casa própria.
Isael também mudou de endereço e de vida. Ele começou na roça. Hoje trabalha na oficina da indústria do beneficiamento de batatas. E não se arrepende de ter deixado o interior de São Paulo há 15 anos.
Globo Repórter: Mas não deu aquele medo de pensar nossa é um lugar longe?
Isael Nunes de Oliveira, técnico em manutenção de máquinas: Medo não. A gente pensou mais na condição de poder melhorar de vida. E melhorou.
Isael mostra orgulhoso a casa que comprou há cerca de um ano e meio.
Globo Repórter: Como é entrar na sua própria casa?
Isael: Sempre com o pé direito, porque com o pé esquerdo a gente deixa o aluguel e o pé direito a gente deixa pra casa própria. Tem o computador, tem a televisãozinha razoável, aparelho de som, o sofá não é dos ricos, mas serve pra gente se abrigar.
A procura pela casa própria aqueceu o mercado imobiliário. Na cidade e no campo.
Luciano acompanhou de perto o crescimento de Cristalina. Trabalhou na lavoura, antes de se tornar um bem sucedido corretor.
“Eu já tinha uma certa inclinação pra mexer com venda e aconteceu. Eu não esperava que fosse tão rápido o resultado. Vim de uma família muito humilde. Me considero um cara vitorioso sim”, revela Luciano Botelho, corretor de imóveis.
A família Figueiredo foi visionária. Eles vieram do Paraná na década de 80 para desbravar uma região selvagem.
“Quando meu pai chegou, uma região totalmente pra ser descoberta, totalmente pra fazer tudo. Nunca se imaginava as coisas que hoje acontecem”, conta Reinaldo Figueiredo, fazendeiro.
Os irmãos Reinaldo e Reginaldo chegaram a duvidar que os negócios teriam futuro.
“No início, eu achei que não ia dar certo. A gente precisava de um parafuso, tem que andar 300 km até Goiânia atrás de um parafuso”, lembra Reginaldo Figueiredo, fazendeiro.
Mas deu tão certo que os irmãos começam a inovar. Além da lavoura apostaram na produção de leite.
Os irmãos investiram no conforto para mimar as vacas. Elas retribuem com carinho e com a maior produção de leite em todo o estado de Goiás.
É ou não é uma terra próspera para plantar sonhos?
Saudade dos olhos da miss- água-marinha de 35 quilos (175 mil quilates)
| Saudade dos olhos da miss |
||||||||||||||||
Mas se a pedra fosse vendida hoje, ela valeria no mínimo 20 milhões de dólares, e depois de lapidada, 200 milhões de dólares fácil, pedra única em todo o mundo. Com raras exceções, sua história pessoal repete a da maioria dos garimpeiros do Brasil, país pródigo em recursos minerais, pobre em investimentos no setor, confuso quanto à legislação e à fiscalização, ignorante quanto ao volume produzido, o valor movimentado, o número de pessoas envolvidas e a importância de tal contingente na economia, especialmente nas pequenas cidades. “Garimpeiro é esbanjador; vive sonhando”, afirmam Maurino dos Santos e Valdomiro Pinheiro, parceiros nas catas e túneis de Padre Paraíso, município ao norte de Teófilo Otoni.
Maurino e Valdomiro foram contratados para VALDOMIRO, com a picareta, alargando o túnel pelo qual entrará com um carrinho de mão para retirar o entulho: “Qualquer hora a gente acha a pedra grande” mostrar aos visitantes, especialmente aos compradores estrangeiros, de onde vêm e como são extraídas algumas das pedras preciosas que eles, avidamente, procuram. Franceses, holandeses, alemães, ingleses, chineses, indianos, israelenses e sul-africanos, as feiras brasileiras do setor atraem gente do mundo inteiro. Tem até quem venha e fique, como o engenheiro mineral Markham Wilson, da Carolina do Norte, EUA. Ele veio duas vezes ao ano nos últimos 15 anos. Neto de joalheiros, comerciante de pedras brutas para colecionadores, certa vez foi convidado a visitar túneis e minas na região de Téofilo Otoni, algo que jamais ocorrera nos demais países que visitara. Ele sonhava com tal oportunidade. Queria saber como os garimpeiros chegavam às pedras que ele aprendeu a gostar – sempre usa uma em forma de colar. Encantado, descobriu nos túneis que tinha “coração garimpeiro” e mudou-se de mala e cuia para o Brasil. “As pedras me chamaram.” Virou otoniense.
Robson também reclama da legislação por favorecer, indiretamente, a “máfia do GPS” – expressão com a qual se designa os que usam aparelhos de GPS (sistema de posicionamento global via satélite) para “marcar” terrenos potencialmente produtivos em terras alheias e reivindicar o direito de explorá-los, adiantando-se ao proprietário da terra. A propósito, o subsolo brasileiro é propriedade da União. A concessão é dada a quem a peça primeiro e demonstre condições de exploração, desde que cumpra uma série de exigências (leia O que fazer, na última página). O presidente do IBGM – Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos, Écio Moraes, concorda com Robson nesse ponto. “Se um alemão, por exemplo, chega em Teófilo Otoni ou Valadares (Governador Valadares, palco da Brazil Gem Show, outra grande feira comercial de caráter internacional) e compra uma pedra bruta, ele sai do país com imposto de exportação zero. Se eu trago essa mesma pedra para lapidar (agregar valor) em São Paulo, pago 12% de ICMS”, compara. Em sua opinião, a tributação excessiva é o principal entrave ao desenvolvimento do setor – chega a 53%. Além de restrições de natureza tributária, Écio reclama da burocracia, capaz, segundo ele, de fomentar a informalidade, cujo índice ultrapassa 50% atualmente. Ou seja, mais da metade da produção e da comercialização de pedras preciosas no Brasil é feita por baixo do pano. Não se sabe ao certo quanto se tira do subsolo nem quanto se vende, muito menos o montante real nas transações. Problemas à parte, as exportações vêm crescendo 20% ao ano, de acordo com o IBGM – uma espécie de confederação de associações estaduais e empresas do setor.
O Brasil produz 90 tipos diferentes de pedras preciosas. Há de tudo no mercado. Pedras sintéticas, artificiais, coloridas por irradiação, tratadas por difusão, tingimento, imersão em óleo e outras técnicas. Encontra-se até diamantes sintéticos, embora ainda de qualidade inferior àqueles formados há milhões de anos no interior da Terra, de cujo magma emergiram para cristalizar em Diamantina, Gran Mogol, no mundo inteiro, enfim, para satisfação de seu Ida, Totôca, seu Marão e tantos outros.
Todos os estados brasileiros abrigam riquezas minerais. Alguns, mais, outros, menos, como se pode ver no mapa ao lado. Legalmente, o subsolo pertence à União. Se um fazendeiro quiser saber o que há em suas terras deve contratar um geólogo. O segundo passo e pedir um Requerimento de Autorização de Pesquisa ao DPNM – Departamento Nacional de Produção Mineral, vinculado do MME – Ministério de Minas e Energia, descrevendo o tipo de mineral e sua localização. Também é preciso incluir um plano de pesquisa, detalhando prazo e orçamento – a descrição da área e o plano deve ser preparado e assinado obrigatoriamente por um geólogo ou engenheiro de mineração. O DNPM o avalia e, caso não haja nenhum impedimento legal – se não estiver dentro de área indígena, parque nacional ou área de proteção ambiental e não houver requerimentos sobrepostos – emite um “Alvará de Pesquisa”, válido geralmente por três meses, mas renovável. Antes, porém, de pôr a mão na massa, o fazendeiro precisará de licenciamento do órgão responsável pelo meio ambiente (varia de estado para estado), de estudo e relatório de impacto ambiental (EIARima) e autorização de outras instituições, caso necessite cortar árvores, usar muito água ou atingir área de proteção ou hidrovia federais. Nesse caso, terá de bater na porta do Ibama. Por baixo, gastará mais de 20 mil reais.
|
||||||||||||||||
Assinar:
Comentários (Atom)




