quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dez pedras azuis de pirar o cabeção

Dez pedras azuis de pirar o cabeção

Todos nós sabemos que no nosso planeta os elementos químicos se combinaram em incríveis variações de temperatura e pressão, produzindo uma miríade fascinante de tipos de cristais de rocha. Graças á presença de alguns elementos, essas pedras podem ganhar cores, brilhos e características de cristalizações que são tão variadas que uma vida inteira não bastará para conhecer tudo. O mundo das gemas, jóias e pedras preciosas é, como eu disse, um mundo à parte, onde a ampla maioria dos mortais jamais arranhará sua superfície. O que será que o seio da terra ainda guarda nas suas escuras e impenetráveis entranhas? Certamente podem existir pedras super raras e incríveis que nem podemos sonhar…
Neste post veremos algumas  sensacionais pedras na cor azul. Se você gostar deste post, escreva pedindo uma versão na sua cor preferida, e eu vou atrás!

1- O topázio Azul

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O topázio é uma das mais lindas pedras azuis que existem na natureza. O topázio é uma pedra semi-preciosa. Ele vale pela versatilidade. Tem de diversas cores. Seu nome real é   nesossilicato de flúor e alumínio.
O Topázio azul é a pedra preciosa estado do estado americano do Texas.  A ocorrência natural do topázio azul é bastante raro. Tipicamente, o material incolor, cinzento ou amarelo pálido é tratado com calor e irradiado para produzir uma pedra com tom de azul mais escuro. 
O azul é o preferido de muitos designers de jóias. Sua coloração intensa e transparência dão ao Topázio uma chance efetiva de ser a mais linda pedra azul que existe. Mas sabemos que não será uma disputa fácil, e você perceberá isso no decorrer deste post!

2- Labradorite

Esse é maneiro, olha só:
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A Labradorite é um mineral do grupo dos feldspatos, sendo um dos membros cálcicos intermédios da série da plagioclase. São frequentes os cristais maclados. Tal como todos os membros da série da plagioclase, cristaliza no sistema triclínico e possui três direções de clivagem duas das quais formam prismas quase retos.
Se você não entendeu nada, tudo bem. O que você precisa saber mesmo é que esta pedra é lindamente azul e iridescente, isso é, seu brilho muda de acordo com o ângulo da luz que atinge a pedra. Isso a torna tão legal que seria uma boa pedra para ganhar de presente de um Elfo na terra Média.
Essa pedra ocorre em sob a forma de grãos de cor branca a cinza em rochas ígneas máficas, sendo um feldspato comum em basaltos, gabros e anortositos. A sua característica mais facilmente reconhecível são as sua reflexões superficiais com aspecto de mancha de óleo.

3-Azurita azul

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Pensa só numa pedra de alto teor de cor azul. Ela tem uma cristalização belíssima até em estado bruto. Uma coisa interessante deste mineral é que ele está entre os raros minerais que você vai achar nas pinturas antigas! Sim, porque antigamente, não rolava ir comprar uma tinta azul na loja. O cara que precisasse de azul para pintar, necessitava obter a tinta em forma de pó, que era o corante, no qual ele iria misturar um líquido qualquer (geralmente clara de ovo) para gerar uma tinta. O nome azurita tem origem na palavra árabe para azul. Desde há muito tempo usada como pigmento mineral azul. Usada também em jóias; os melhores espécimes são apreciados por colecionadores de minerais.
Muitas vezes, a azurita está misturada com a malaquita, e isso nos dá duas cores azuis pelo preço de uma!
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4- Água-Marinha

Falar em pedra azul sem citar a fabulosa água-marinha é praticamente um crime hediondo! A pedra tem este nome porque ela parece uma água magicamente endurecida. Sua transparência e tonalidade de azul claro contrasta com as rochas adjacentes, como nesta acachapante cristalização com turmalina negra e albita branca.
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A água-marinha é uma variedade do berilo, com uma composição química de silicato de alumínio e berílio. A cor da água-marinha varia do verde-azul a azul-claro. O Brasil é o maior produtor do mundo, mas esta gema é encontrada um pouco por todo o mundo. No Brasil existem cerca 10000 variedades de águas-marinhas que assim como os animais também estão entrando em extinção nas minas de Rondônia e Rio Grande do Norte onde são encontradas as melhores pedras do país. A Rainha da Inglaterra possui várias gemas daqui, que lhe foram dadas de presente quando ela esteve em visita no Brasil.
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A pedra da morte:
Na década 50 foi encontrada em Resplendor, Minas Gerais, a maior água-marinha do mundo que, devido à sua beleza, foi denominada “Martha Rocha”, a Miss Universo da época. Foi também motivo de muitas brigas e mortes na região. A mais pesada tinha 110 kg, e suas dimensões eram de 48,5 cm de comprimento e 42 cm de diâmetro. Tem fractura desigual e clivagem imperfeita. A sua cor varia desde o azul-claro ao azul-esverdeado ou até mesmo tende aos tons escuros. São raros os exemplares com um azul intenso e sem tons esverdeados, uma vez que a maioria das águas-marinhas com um azul perfeito foram sujeitas a tratamentos especiais, o sendo o principal o aquecimento da gema. Este tratamento elimina os tons esverdeados fazendo com que a gema fique com um aspecto mais impressionante. Contudo, nem sempre as pessoas preferiram assim, algumas pessoas preferem os tons naturais por ser mais parecido com o “azul do mar” que lhe deu o nome.

5-Cristais de Clinoclase


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Muitas vezes, a grandiosidade de uma pedra azul não está exatamente em sua cor ou transparência, mas em sua sensacional cristalização. Com cristais que lembram belos ouriços azuis, a Clinoclase garante seu lugar nesta lista. Clinoclase, é um mineral, composto de arsenato de cobre.

6-Kianite Água Aura 

É quase um nome de filme. Com um titulo pomposo desses, não podemos esperar nada menos que um espetáculo natural de colar nosso queixo no chão. E o melhor: éééééé do Brasiiiiil!
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cianite ou cianita cujo nome deriva do grego kyanos, que significa azul, é um silicato tipicamente azul, mas que pode ser também incolor, verde ou castanho. É geralmente encontrada em pegmatitos metamórficos ourochas sedimentares ricos em alumínio.
É também chamada de distênio (ou distena) , que significa duas forças (do gr. sthenos) , porque tem durezas bem diferentes conforme a face considerada.
A cianite é um polimorfo da andaluzita e da sillimanita. É um mineral fortemente anisotrópico, ou seja, muda de cor de acordo com o ângulo da luz.

7-Chacantita

Outra pedra de incrível azul e cristalização impressionante chama-se chacantita, que por sua vez é a versão pura do sulfato de cobre encontrada na natureza.
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A cor é de tirar o fôlego! E graças a sua composição química, essa pedra causa irritação na pele e mucosas. Se não estou enganado, dá pra fazer essa pedra em laboratório!
Muitas vezes, ela pode aparecer dando aquele toque de genialidade que torna um cristal “Ok” numa pura obra de arte da natureza:
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8-Cavansite

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Na foto acima podemos ver cristais pequenos de cavansite impregnando cristais maiores de Stilbite, encontrada na Índia.
A Cavansite , cujo nome é derivado de sua composição química, (ca lcium van adium si lica te) , é uma pedra de um azul profundo, mineral de cálcio hidratado, e filosilicato de vanádio. Foi descoberta em 1967 em Malheur County , Oregon. Ele é um mineral relativamente raro. É polimórfico com o mineral mais raro ainda, pentagonite . É mais freqüentemente encontrado em Poona , Índia e nas armadilhas de Deccan , uma grande província ígnea .

9-Conichalcite

Outro que está aqui por sua cristalização que parece mais um pequeno milagre. Olha que coisa linda e delicada:
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Com tom de azul piscina, o Conichalcite está aflorando de uma grande pedra de Agardite. Esta forma de cristalização é comum e áreas de oxido de cobre e em jazidas de cobre. Conichalcite é frequentemente encontrada incrustada em pedras de cores que vão do amarelo às cores vermelhas.

10- Tanzanita

A Tanzanita deve ser o cristal mais “azulaço” que tem. Esse mineral é tão azul que dependendo da luz do ambiente pode parecer preto. Na luz do sol ele revela seu esplendor:
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A Tanzanita  é uma variedade do mineral zoisite descoberta nos Montes Meralani no norte da Tanzânia em 1967 próximo de Arusha, afirma-se que por um natural de Goa de nome Manuel de Sousa. Desde então, a gema causou grande popularidade,principalmente  nos EUA, onde a Tiffany & Co. teve um papel fundamental tanto no seu batismo, como na sua apresentação ao mercado e subsequente promoção.
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Trata-se de uma gema popular e valiosa, sobretudo por sua cor e raridade (Ela é só 10.000 vezes mais rara que o Diamante!). Digno de realce é o forte tricroísmo que apresenta (azul safira, violeta e verde dependendo da orientação do cristal). No entanto, a maior parte da tanzanite recebe tratamento térmico artificial para melhorar a sua cor, o que reduz significativamente esse tricroísmo.
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A pedra tem cor azul-safira, devida ao vanádio. A Tanzânia é ainda a única fonte conhecida dessa pedra no mundo!
E pensar que essas magníficas obras de arte da natureza já estavam aqui quando o nosso planeta nem vida possuía!

Pedras Preciosas do Rio Grande do Sul

Pedras Preciosas do Rio Grande do Sul
 

A importância das nossas gemas
O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores brasileiros de pedras preciosas e um dos mais importantes produtores mundiais de duas delas, ágata e a ametista.
Se você já ouviu falar em pedra semipreciosas, esqueça. A distinção preciosa/semipreciosa é arbitrária, confusa, desnecessária, não tem fundamento científico ou econômico e, para o Brasil, é até prejudicial.
Hans Stern, dono da H. Stern, empresa brasileira com 90 joalherias no país e mais 85 espalhadas por quatorze países, diz que " não existe pedra semipreciosa como não existe mulher semigrávida ".
Segundo o IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), o Rio Grande é o segundo maior exportador brasileiro de gemas brutas (US$ 10.175.000 em 1997) e lapidadas ((US$ 18.622.000), só perdendo para Minas Gerais. Com relação a obras feitas com pedras preciosas, ocupamos o primeiro lugar (US$ 5.863.000), bem à frente do Rio de Janeiro (US$ 2.070.000) e de Minas Gerais (US$ 1.568.000).
O que produzimos
A produção gaúcha é grande mas se apóia em apenas três gemas: ametista, citrino e ágata, todos variedade de quartzo.
A ametista é a mais valiosa das três pedras preciosas. É um quartzo de cor roxa, em tons que vão do bem claro ao roxo profundo. De toda nossa grande produção, apenas 3% são adequadas para lapidação, sendo o restante vendido como peças decorativas e/ou para coleção.
O citrino é amarelo a laranja, excepcionalmente vermelho, caso em que vale bem mais. É mais raro que a ametista, mas vale menos, provavelmente porque sua cor é bem mais comum entre as pedras preciosas. É importante salientar que citrino é extremamente raro no Rio Grande do Sul e que nossa produção provêm do aquecimento da ametista, o que provoca oxidação do ferro nela existente e conseqüente mudança de cor. Isso é feito quando a cor da ametista é muito fraca, impedindo-a de alcançar bom preço no mercado. Nem sempre, porém, o tratamento térmico dá um produto de maior valor.
O que chamam, no comércio, de " topázio Rio Grande " nada mais é que esse citrino.
A ágata caracteriza-se por ter cores variadas, dispostas em faixas paralelas, retas e/ou concêntricas. As cores mais comuns são cinza e cinza-azulado, havendo também faixas de cores branca, preta, amarela, laranja, bege, vermelha e marrom. Quando as cores não são atraentes, limitando-se a tons de cinza, por exemplo, pode-se aproveitar o fato de a ágata ser porosa e tingi-la.
Surgem assim ágatas muito bonitas de cores verde, rosa, roxa e azul. Esse processo é usado em muitos países e até mais do que aqui. Nossas ágatas são consideradas as mais bonitas do mundo e só uns 40% delas são tingidas, enquanto no Exterior o tingimento é usado em mais de 50% das ágatas. É importante frisar que o fato de ser tingida não diminui em nada o valor comercial dessa gema.
Nosso Estado é também muito rico em madeira fóssil (xilólito), com a qual se podem obter belíssimos objetos decorativos, bijuterias e mesmo jóias. Atualmente sua produção está suspensa por medida legal, aguardando-se uma avaliação do nosso potencial para então se decidir onde pode ser extraída e em que volume.
Outras gemas gaúchas, menos valiosas, são o cristal-de-rocha (quartzo incolor), abundante mas aproveitado apenas como peça de coleção ou decorativa; jaspe (verde ou vermelho); cornalina (alaranjada a vermelha) e ônix (preto). Há ainda variedades de sílica de formas e arranjos exóticos, conhecidas entre produtores e comerciantes por nomes populares: conchinha de ágata (ou medalha), pratinho, flor de ametista, geodinhos, pedra d´água, etc.
Por fim, merecem ser citadas a calcita e a selenita, que não são pedras preciosas mas são produzidas comercialmente em nosso Estado para decoração e coleções. A selenita, aliás, forma cristais tão grandes e límpidos como em nenhum outro país.
Onde estão
A ametista gaúcha provém principalmente da região em torno de Ametista do Sul, no Norte do Estado. Além desse município, produzem gemas Iraí, Frederico Westphalen, Rodeio Bonito, Cristal do Sul, Planalto e, em menor quantidade, Trindade do Sul e Gramado dos Loureiros. É dessa região também que sai a selenita, os pratinhos, flores-de-ametista e belas ágatas (estas pouco abundantes).
A ágata provém principalmente de Salto do Jacuí, no centro do Estado. Mas é largamente produzida em vários outros municípios, como Lagoão, Fontoura Xavier, Progresso e Nova Brescia. Além da ágata, gemas encontradas com mais freqüência são ametista, cornalina, cristal-de-rocha e ônix.
Em todas as áreas produtoras de ametista se faz sua transformação em citrino.
O cristal-de-rocha é abundante em toda a metade Norte do Estado, aparecendo em menor quantidade na porção sul.
A madeira fóssil ocorre principalmente nos municípios de Mata e São Pedro do Sul, mas pode ser vista em Pantano Grande, Butiá, São Vicente do Sul, Santa Maria, e vários outros, ao longo de uma faixa este-oeste, no centro do Estado.
Onde comprar
O melhor lugar para comprar é Soledade, 190 km a Noroeste de Porto Alegre. O município não é produtor de gemas (ao contrário do que muitos pensam), mas é o maior centro de beneficiamento, comercialização e exportação do Estado. Dezenas de lojas e indústrias oferecem enormes quantidade e variedade de gemas e outros minerais, provenientes de vários estados brasileiros e até mesmo do Exterior.
Lá, você encontra ametista bruta, em belos geodos, por US$ 8,00 a 12,00 / kg. Citrino, ágata, cristal-de-rocha, quartzo róseo, quartzo verde, jaspe, sodalita, selenita e calcita são facilmente encontradas, por preços menores que os da ametista.
Lajeado, a 90 km de Porto Alegre (no caminho para Soledade) já foi um grande centro comercial nesse setor, mas hoje conta com pouquíssimas lojas. Em Porto Alegre, há várias lojas que vendem pedras brutas e lapidadas, mas ainda são poucas frente ao tamanho da cidade. Os preços, é claro, são mais altos que em Soledade e a variedade, bem menor.



Ametista
ametista


Agata
ágata


mina de selenita
mina de selenita
(Não, a guria não é a selenita
Olha o que ela segura, aquilo sim é a selenita)

CIRCUITO DO OURO

CIRCUITO DO OURO


Cada esquina sussurra a liberdade nas 19 cidades desse importante destino turístico. O Ciclo do Ouro foi o mais rico período da história do século XVIII. O metal amarelo e tão cobiçado, revolucionou o mundo. Em todos os municípios, o patrimônio arquitetônico é testemunha desse passado histórico-cultural. Ao lado desse fabuloso acervo, a natureza oferece belezas que precisam ser conhecidas e preservadas. O Circuito do Ouro é um programa turístico desenvolvido e apoiado pela Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais, que se propõe a promover o turismo, difundir cultura, preservar o ambiente natural e gerar empregos e renda para os municípios mineiros.
Compõem este percurso os municípios de Barão de Cocais, Belo Vale, Bom Jesus do Amparo, Caeté, Catas Altas, Congonhas, Itabira, Itabirito, Mariana, Nova Lima, Ouro Branco, Ouro Preto, Piranga, Raposos, Rio Acima, Sabará, Santa Bárbara, Santa Luzia e São Gonçalo do Rio Abaixo
O  Circuito do Ouro teve seu acesso facilitado ao ser desbravado pelos bandeirantes, devido à presença do Rio das Velhas, utilizado como caminho natural de penetração pelo interior. Em suas margens, foram encontradas as primeiras pepitas de ouro da região, em local denominado Sabará - buçu, onde, nos fins do século XVII, se formou o arraial de Sabará. 
O Circuito do Ouro foi palco, ainda, dos primeiros conflitos ocorridos na zona mineradora. O conflito que mais destacamos denomina-se 'Guerra dos Emboabas', cuja luta baseou-se na disputa do controle do sistema de mineração pelos paulistas que julgavam-se no direito de possuí-las, já que as haviam descoberto, conquistando assim privilégios econômicos e políticos.
Figura extremamente popular na época do descobrimento do ouro foi o 'tropeiro'. Além de sua função econômica, ele adquiriu um papel social de portador de notícias, representando, assim, um verdadeiro elo entre os grandes e os pequenos núcleos urbanos. O tropeiro era quem comprava, nos grandes centros abastecedores, gêneros de toda a espécie e os levava para o interior, ganhando, sobre as vendas, porcentagens exorbitantes. Em pouco tempo, adquiria fortuna, prestígio social e ingressava na carreira política.
A Igreja, nesta época, representou um papel relevante no processo de colonização e organização da sociedade do Circuito do Ouro. No momento em que o ouro era detectado em determinada região, iniciava-se o processo de ocupação da área. Uma das primeiras providências tomadas pelos povoadores era a construção de uma capela. Sua construção era feita em local estratégico, ou seja, à beira dos caminhos, funcionando como ponto de atração das populações diversas que, construíam suas moradias em torno do santuário, formando, assim, os primeiros núcleos urbanos.
Capela - Estrada Real -  Foto: Haroldo CarneiroO papel da Igreja, e mais especificamente dos clérigos, foi da maior importância, já que eram as únicas autoridades capazes de pôr freio aos abusos cometidos pela população, na sua maioria composta de aventureiros ávidos de riqueza fácil. Inicialmente, a capela era de construção muito pobre, mas à medida que o arraial progredia, a capela era reconstruída com material de melhor qualidade e ampliava seu tamanho. Com sua reforma, a capela era alçada à categoria de Igreja Matriz.
As sociedades locais se dividiam em Irmandades, compostas geralmente pelos homens mais categorizados do arraial. Desta maneira, formou-se a Irmandade do Santíssimo Sacramento e das Ordens Terceiras de Nossa Senhora do Carmo e de São Francisco, ocupadas pelos homens brancos.Os homens de cor, em geral escravos, ocupando a base inferior da sociedade, formaram as Irmandades de Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e Nossa Senhora das Mercês; os mestiços e mulatos  ficaram, por sua vez, associados às Irmandades de São José, Cordão de São Francisco e Nossa Senhora do Amparo. Esta divisão justifica o número excessivo de construções religiosas nas cidades que compõem o Circuito do Ouro.
Como exemplo desta manifestação, para visitar, admirar e se exaltar, citamos a Igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição e Igreja do Carmo de Sabará, a matriz de Santo Antônio de Santa Bárbara, a matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Caeté, a matriz de Nossa Senhora da Conceição de Catas Altas, e muitas outras irmandades mais pobres como as do Rosário dos Pretos, espalhadas pelas diversas cidades que compõem o Circuito do Ouro.
A cidade de Ouro Preto é considerada o foco central desse Circuito, dada a grandeza de seu legado histórico, artístico e arquitetônico. Patrimônio Universal da Humanidade, tem como marco inicial a Igreja de Nossa Senhora de Conceição de Antônio Dias (1727), projeto de Manoel Francisco Lisboa.


Cada esquina sussurra a liberdade nas 19 cidades desse importante destino turístico. O Ciclo do Ouro foi o mais rico período da história do século XVIII. O metal amarelo e tão cobiçado, revolucionou o mundo. Em todos os municípios, o patrimônio arquitetônico é testemunha desse passado histórico-cultural. Ao lado desse fabuloso acervo, a natureza oferece belezas que precisam ser conhecidas e preservadas. O Circuito do Ouro é um programa turístico desenvolvido e apoiado pela Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais, que se propõe a promover o turismo, difundir cultura, preservar o ambiente natural e gerar empregos e renda para os municípios mineiros.
Compõem este percurso os municípios de Barão de Cocais, Belo Vale, Bom Jesus do Amparo, Caeté, Catas Altas, Congonhas, Itabira, Itabirito, Mariana, Nova Lima, Ouro Branco, Ouro Preto, Piranga, Raposos, Rio Acima, Sabará, Santa Bárbara, Santa Luzia e São Gonçalo do Rio Abaixo
O  Circuito do Ouro teve seu acesso facilitado ao ser desbravado pelos bandeirantes, devido à presença do Rio das Velhas, utilizado como caminho natural de penetração pelo interior. Em suas margens, foram encontradas as primeiras pepitas de ouro da região, em local denominado Sabará - buçu, onde, nos fins do século XVII, se formou o arraial de Sabará. 
O Circuito do Ouro foi palco, ainda, dos primeiros conflitos ocorridos na zona mineradora. O conflito que mais destacamos denomina-se 'Guerra dos Emboabas', cuja luta baseou-se na disputa do controle do sistema de mineração pelos paulistas que julgavam-se no direito de possuí-las, já que as haviam descoberto, conquistando assim privilégios econômicos e políticos.
Figura extremamente popular na época do descobrimento do ouro foi o 'tropeiro'. Além de sua função econômica, ele adquiriu um papel social de portador de notícias, representando, assim, um verdadeiro elo entre os grandes e os pequenos núcleos urbanos. O tropeiro era quem comprava, nos grandes centros abastecedores, gêneros de toda a espécie e os levava para o interior, ganhando, sobre as vendas, porcentagens exorbitantes. Em pouco tempo, adquiria fortuna, prestígio social e ingressava na carreira política.
A Igreja, nesta época, representou um papel relevante no processo de colonização e organização da sociedade do Circuito do Ouro. No momento em que o ouro era detectado em determinada região, iniciava-se o processo de ocupação da área. Uma das primeiras providências tomadas pelos povoadores era a construção de uma capela. Sua construção era feita em local estratégico, ou seja, à beira dos caminhos, funcionando como ponto de atração das populações diversas que, construíam suas moradias em torno do santuário, formando, assim, os primeiros núcleos urbanos.
Capela - Estrada Real -  Foto: Haroldo CarneiroO papel da Igreja, e mais especificamente dos clérigos, foi da maior importância, já que eram as únicas autoridades capazes de pôr freio aos abusos cometidos pela população, na sua maioria composta de aventureiros ávidos de riqueza fácil. Inicialmente, a capela era de construção muito pobre, mas à medida que o arraial progredia, a capela era reconstruída com material de melhor qualidade e ampliava seu tamanho. Com sua reforma, a capela era alçada à categoria de Igreja Matriz.
As sociedades locais se dividiam em Irmandades, compostas geralmente pelos homens mais categorizados do arraial. Desta maneira, formou-se a Irmandade do Santíssimo Sacramento e das Ordens Terceiras de Nossa Senhora do Carmo e de São Francisco, ocupadas pelos homens brancos.Os homens de cor, em geral escravos, ocupando a base inferior da sociedade, formaram as Irmandades de Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e Nossa Senhora das Mercês; os mestiços e mulatos  ficaram, por sua vez, associados às Irmandades de São José, Cordão de São Francisco e Nossa Senhora do Amparo. Esta divisão justifica o número excessivo de construções religiosas nas cidades que compõem o Circuito do Ouro.
Como exemplo desta manifestação, para visitar, admirar e se exaltar, citamos a Igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição e Igreja do Carmo de Sabará, a matriz de Santo Antônio de Santa Bárbara, a matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Caeté, a matriz de Nossa Senhora da Conceição de Catas Altas, e muitas outras irmandades mais pobres como as do Rosário dos Pretos, espalhadas pelas diversas cidades que compõem o Circuito do Ouro.
A cidade de Ouro Preto é considerada o foco central desse Circuito, dada a grandeza de seu legado histórico, artístico e arquitetônico. Patrimônio Universal da Humanidade, tem como marco inicial a Igreja de Nossa Senhora de Conceição de Antônio Dias (1727), projeto de Manoel Francisco Lisboa.

O SUBSEQÜENTE TRATAMENTO TÉRMICO DE GEMAS IRRADIADAS

O SUBSEQÜENTE TRATAMENTO TÉRMICO DE GEMAS IRRADIADAS POR COBALTO-60 (RADIAÇÃO GAMA)



Saber tratar termicamente as gemas submetidas primariamente ao tratamento por radiação gama (cobelto 60) é uma tarefa muito importante. Muitos comerciantes de gemas já dominam técnicas de aquecimento, que de um modo geral são realizadas em fornos casieros (ou tipo mufla), em temperaturas que não ultrapassem os 500ºC.
Aqui veremos alguns minerais irradiados e seu subseqüente tratamento térmico.

TOPÁZIOS
Topázios incolores quando submetidos ao tratamento por radiação gama voltam ao cliente com a cor fumê. A cor azul tão desejada vai aparecer após subseqüente tratamento térmico em temperaturas na faixa dos 150º a 180ºC, aplicado em fornos convencionais. Essa temperatura não é uma regra. Irá depender da origem do topázio, porém valores mais elevados tendem a deixá-lo esbranquiçado.
Se depois de passar por irradiação gama o topázio venha a apresentar tons de “coca-cola”, já é uma garantia que após o tratamento térmico ele obterá um azul excelente. O Topázio azul irradiado com gama é o preferido dos joalheiros, pois possui o tom similar ao da água-marinha, em contraste com os topázios irradiados por outros métodos como aceleradores de elétrons e neutrons.
QUARTZOS
Quartzos irradiados tipo green-gold, quartzos conhaques e quartzos beer, apresentam tratamento térmico em temperaturas variáveis entre 180 a 360ºC. O tempo de exposição ao calor deste material também é variável: cerca de 15 minutos em aquecimento rápido até aquecimentos que envolvem cerca de duas horas com resfriamento lento e gradual.

Quartzos green-gold, conhaque e beer tratados por radiação gama e subseqüente tratamento térmico (180 a 350ºC)
Diferentemente, a prasiolita (ametista verde - que também é uma espécie de quartzo irradiado abundantemente), após a aplicação da radiação gama, necessitará apenas da simples exposição aos raios ultravioletas do sol ou de lâmpadas especiais que contenham este tipo de luz, procedimento que deixa a gema com verde mais puro e acentuado, sem tons acinzentados. Um grande diferencial no tratamento de prasiolitas é que o tom verde já pode ser observado logo após a irradiação do material, o que não acontece com o quartzo green-gold, conhaque e beer, que voltam da radiação gama totalmente escuros. Em relação à prasiolita, é necessária a exposição ao sol durante três dias no mínimo. Todos os quartzos apresentam excelente estabilidade de cor após os referidos processos.
BERILOS
Grande parte dos berilos incolores (Goshenitas) submetidos à radiação gama apresentam cerca de quatro possibilidades:
1- podem tornar-se amarelos (heliodoros),
2- podem tornar-se berilos verdes,
3- podem tornar-se berilos róseos (morganitas)
4- podem tornar-se berilos azuis (maxixe - não comercial).

Nos berilos incolores que após irradiação apresentam-se amarelos, tons fumês indesejados entram no seu escopo e a filtragem com a simples exposição ao sol é necessária em alguns casos. O amarelo transforma-se em laranja; berilos incolores que adquirem cor verde já voltam no tom desejado; berilos róseos (morganitas) podem ser conseguidos após a queima de berilos verdes irradiados ou depois da queima de berilos azuis (maxixe) em temperaturas entre 240ºC - 280ºC.

Berilos amarelos após irradiação e suseqüente tratamento térmico à baixa temperatura ou simples exposição ao sol
Na maioria dos casos em que berilos incolores culminam no aparecimento de berilos verdes após irradiação, estes não necessitam de subseqüente tratamento térmico. Alguns comerciantes de gemas preferem vendê-los com esta cor; outros os submetem à queima, para transformá-los em róseos.
Berilos azuis (maxixe) originados através de aplicação de radiação gama.
Tal material apresenta baixa foto-estabilidade e não deve ser comercializado; esta cor é perdida em alguns dias. No entanto, em alguns casos, berilos deste tipo podem ser aquecidos a temperaturas de 240ºC, passando para morganitas com cores estáveis termicamente.
TURMALINAS (RUBELITAS e TURMALINAS ROSA)
Turmalinas róseas, como as da foto ao lado, saem da natureza com um tom desbotado; as cores mais intensas observadas em joalherias são produtos de radiação gama. O procedimento é o seguinte: gemas deste tipo devem ser submetidas primariamente a um desbotamento completo a uma temperatura de aproximadamente 600ºc antes de serem submetidas à radiação gama. Após o tratamento, em geral, a gema já volta na cor.
---> Brincos em ouro 18k, turmalinas rosa e topázios
(design by Hamilton Miranda - patrocínio: Manoel Bernardes - foto: Almir Pastore)
Rubelitas são casos mais específicos. Geralmente, elas saem da natureza também rosadas, porém pode-se preferir que se tornem vermelhas por se tratar de uma variedade de turmalina de valor mais acentuado quando comparada com as rosadas. Ou seja, há uma agregação fantástica de valores quando tal material é susceptível ao processo com raios gama. Cores cinza (indesejadas) podem vir após a radiação.
Seu tratamento térmico também não é muito simples para deixá-la com o vermelho sangue de pombo. Para tal, deve-se aquecer lentamente este material durante três dias em forno com temperatura controlada.
1- Deve se aquecer durante 1 dia até chegar em 150ºC
2- No segundo dia passar para 250ºC
3- No terceiro dia subir para a temperatura de 275ºC


KUNZITAS
Após ser submetido à radiação gama, o mineral espodumênio (incolor ou levemente rosado) pode originar o aparecimento da kunzita - ou também da hidenita (espodumênio verde). Neste último caso, a cor verde é instável e o mineral torna-se “não comercial”. Entretanto, algumas hidenitas irradiadas com gama podem originar a cor rósea das kunzitas (cor estável), a aproximadamente uma temperatura de 240ºC.
Espodumênios da região de Itamarandiba-MG e espodumênios do Afeganistão têm sido tratados na Embrarad com excelente resultados em suas cores, como mostra a foto ao lado. Uma dica para o tratamento de kunzita é comprar o espodumênio incolor com topo do cristal levemente azulado.