sábado, 5 de dezembro de 2015

Preço do diamante faz De Beers fechar mina

Preço do diamante faz De Beers fechar mina




A mina de diamantes Snap Lake, nos Territórios do Noroeste Canadense, está sendo fechada.

O motivo, segundo a De Beers, é o mercado desfavorável. Snap Lake está com custos operacionais elevados e no prejuízo há algum tempo.

À De Beers não restava outra opção.

Foram demitidos 434 empregados. Os restantes remanejados para a nova mina da De Beers Gahcho Kue e para o escritório de Snap Lake que permanecerá ativo a espera de melhores condições..

Snap Lake é um jazimento sobre o kimberlito de mesmo nome.

Este kimberlito é diferente da maioria por ser composto por várias intrusões hipoabissais de idade Cambriana. Por estar debaixo de um lago e pela sua complexidade geológica Snap Lake não pode ser lavrado a céu aberto o que implica em custos operacionais elevados.

Minério de ferro a preços baixos, mas Vale continua otimista

Minério de ferro a preços baixos, mas Vale continua otimista



A Vale declarou, através do seu executivo do minério de ferro Peter Poppinga, que vê um mercado saudável para 2016.

Poppinga acredita que o mercado mundial estará em torno de 1,4 bilhões de toneladas no ano que vem.

O mesmo sentimento foi expresso pela Rio Tinto, na última conferência em Perth. A Rio prevê um aumento do comércio mundial para três bilhões de toneladas em 2030.

Apesar do preço do minério de ferro ter caído abaixo de US$40/t, a Vale prevê um preço médio ao redor de US$50/t em 2016.

Caso esse cenário se concretize a mineradora irá ter lucros extraordinários já que os seus custos operacionais se aproximam de US$10/t com a entrada em produção da sua nova supermina a S11D.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O fim da mineração?

O fim da mineração?



 
Se existe um fato que todos da área mineral muito bem sabem é que a mineração mundial precisa, urgentemente, se reinventar.

As notícias que vemos na mídia global são alarmantes.

Muitas minas estão produzindo no prejuízo e não poderão continuar por mais tempo.

Grandes empresas amargam prejuízos imensos que se acumulam nos últimos anos. Somente neste primeiro semestre de 2015 os lucros da Rio Tinto, Glencore e Anglo caíram mais de 30%. Já os da BHP superam os 50%. Os produtores menores, por serem menos diversificados, sofrem bem mais.

Projetos, minas e mineradoras estão começando a fechar as portas em todos os cantos do planeta. Eles já não mais conseguem atuar com a qualidade esperada e de mocinhos passaram a ser considerados pela sociedade como vilões.

A quebradeira é geral e a herança deixada pelas massas falidas não se resume somente ao desemprego, mas ao abandono das operações mineiras sem a devida reabilitação ambiental.

As comunidades que antes vicejavam com a mineração colhem uma contrapartida de ambientes poluídos e cicatrizes abertas de cavas abandonadas.

Com a quebra das mineradoras as comunidades e o Estado se deparam com o pior: o desemprego e a falta de renda. E, para piorar, os preços dos metais e das commodities continuam caindo, reduzindo ou simplesmente extirpando o lucro dos mineradores.

É um cenário sombrio sentido por aqueles que veem desaparecer a sua principal fonte de renda. É o caso do Prefeito de Mariana, que tem que lidar com o desaparecimento de 80% dos recursos do seu município que vinham de uma única mineradora.

Os exemplos são muitos e repetitivos.

Segundo a Standard Chartered PLc 70% da produção de níquel mundial já sai da mina no prejuízo. O mesmo ocorre com o alumínio onde 60% de toda a produção que chega ao mercado chega no vermelho, ou com o zinco, (25%) e o cobre (15%).

No caso do minério de ferro o número de empresas afetadas pode ser muito maior.

A quantidade de empreendimentos mineiros que já não mais conseguem lucrar aumenta a cada dia. Os efeitos colaterais deste megadesastre econômico são muitos. A falta de lucratividade leva aos cortes de custos que induzem a maioria das empresas a baixar a qualidade e, até mesmo demitir os funcionários mais bem pagos.

É um processo que se espirala.

Sem qualidade, sem investimentos ou manutenções, com equipes mais baratas surgem os erros que frequentemente podem finalizar a própria empresa.

É o caso da Samarco que vinha acelerando a produção ao mesmo tempo em que reduzia seus custos para poder enfrentar um mercado em recessão.

Será que o rompimento da barragem do Fundão não é um efeito colateral desta difícil situação que as mineradoras enfrentam?

O fato é que com menos investimentos e a consequente queda da qualidade aumentam as possibilidades de desastres como o da Samarco. Não somente no Brasil, mas no mundo inteiro.

Este é o momento que atravessamos: commodities em queda, empresas em crise.

Quem irá sobreviver a esta crise global?

Se você acredita que a mineração está desaparecendo pode começar a repensar.

O que move a mineração mundial é a necessidade que o homem tem de matérias-primas para poder crescer e desenvolver. Neste cenário, onde o mundo todo está crescendo (com exceção de poucos países como o Brasil) não há como extinguir a mineração.

Enquanto existir crescimento populacional a humanidade vai continuar a construir, consumir e se alimentar e, por trás de TUDO que consumimos (literalmente) existe o dedo de um geólogo e um produto originado na mineração.

O que a mineração vai fazer é se reinventar.

Veremos um gigantesco processo de falências a nível mundial. Mas veremos, também, o fortalecimento daquelas mineradoras mais eficientes, aquelas que, apesar de toda a crise, conseguem produzir com qualidade a custos competitivos.

Será o renascimento de uma mineração forte, autossustentável, com compromisso, não só com o lucro, mas com o meio ambiente e com a sociedade.

Atingir o equilíbrio entre a produção e a preservação do meio ambiente será o maior desafio futuro de todos os mineradores. Aqueles que não conseguirem se enquadrar serão declarados obsoletos e extintos.

Para os céticos que não acreditam nessas mudanças é bom lembrar a velocidade com que as coisas mudam neste mundo de comunicação global.

Esta revolução já começou. Adapte-se!!!

Janot quer manter Onça Puma fechado

Janot quer manter Onça Puma fechado



 
O projeto de níquel da Vale, Onça Puma, fechado em agosto deste ano por não atender e mitigar os impactos nas comunidades indígenas pode permanecer fechado.

O Procurador Geral Rodrigo Janot fez a solicitação para a manutenção da paralisação da mina. Mesmo assim a Vale manteve a planta operando e, no terceiro trimestre, foram produzidas 5.900t de níquel.

A procuradoria diz que a Vale está infringindo uma decisão judicial.

A petição de Janot fala, também, da contaminação do meio ambiente por metais pesados que não foi adequadamente neutralizada pela Vale.

São 850 empregos que deverão ser extintos caso o impasse permaneça.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Leilão de joias na Suíça estabelece um novo recorde mundial para diamantes.

Leilão de joias na Suíça estabelece um novo recorde mundial para diamantes.
- Nesta quarta-feira (11), a Sotheby’s promoveu mais um leilão de joias em Genebra e o raro diamante azul, que era o grande destaque da venda, não decepcionou. O Blue Moon, de 12,03 quilates, estabeleceu um novo recorde mundial de preço para um diamante, por quilate e também para uma joia em um leilão. Foi comprado por 48,5 milhões de dólares por um colecionador de Hong Kong, que o renomeou “The Blue Moon of Josephine”
O leilão ainda ofereceu preciosos diamantes coloridos, além de joias de procedência nobre e também de marcas famosas, como Cartier, Van Cleef & Arpels, Chaumet e JAR.
Outros destaques foram um diamante rosa-púrpura (fancy vivid, cor natural, SI1, tipo IIa) de 8,24  quilates, montado em um anel com diamantes – vendido por US$13,8 milhões; um diamante amarelo de 22,43 quilates - classificado como "extravagante vivid yellow" pelo GIA, com claridade VS2, montado em um anel com dois diamantes de cerca de 4 ct cada (vendido por 2,5 milhões de dólares, valor bem acima do estimado, que estava entre  US$1,3 e 1,6 mi) e um anel com uma safira da Cachemira de 16,40 quilates ladeada por dois diamantes em lapidação baguete - joia vendida por US$ 2,7 milhões.
Da coleção de joias de Dolores Sherwood Bosshard veio o magnífico colar de esmeraldas e diamantes, assinado por Harry Winston (1959). A joia foi vendida por 3,8 milhões de dólares.
Tiaras
Encomendada pelo armador canadense Sir Hugh Allan Montagu por volta de 1909,  a tiara da foto abaixo pertencia à coleção de sua esposa Lady Marguerite Allan (1873-1957). Estava entre as joias que Lady Allan levou com ela a bordo do RMS Lusitania em 1915. O navio naufragou depois de ser torpedeado por um submarino alemão. Lady Allan sobreviveu ao desastre e levou consigo a tiara, que permaneceu na família. Foi vendida por 799 mil dólares, quase o dobro do valor estimado!
Outra tiara, que tem uma história interessante, foi feita pela Cartier com aço enegrecido e decorada com fileiras de diamantes. A peça fez parte de uma de uma série de cinco diademas criados pela maison francesa entre 1912 e 1915. A joia foi arrematada por US$536 mil, dentro das expectativas.
Entre os cobiçados itens da venda de hoje, ainda estava incluído um pingente de diamante laranja/rosado, que pertence ao  ator Sean Connery, famoso por sua atuação como James Bond, entre outros sucessos. A pedra, em lapidação briolet, pesa 15,20 quilates Com valor estimado entre 1,2 e 2,4 milhões de dólares, a peça foi arrematada por muito mais do que o esperado. O lance vencedor foi de 4 milhões de dólares. O comprador, além de apreciar uma bela gema, deve ser fã do agente secreto 007 também!
Entre os lotes que não foram arrematados estava um anel de rubi e diamantes, que fez parte da coleção pessoal da última rainha da Itália, Maria-José (1906-2001). A joia tem proveniência impecável: foi um presente do bibliófilo italiano Tammaro de Marinis, por ocasião do casamento de Maria-José com o príncipe herdeiro Umberto, em 1930. O rubi birmanês tem 8.48 quilates, sem evidências de tratamento térmico, e ostenta a mais procurada tonalidade para rubis: "sangue de pombo". De acordo com o Instituto Gemológico da América (GIA), "qualquer rubi birmanês superior a 5 quilates é considerado muito raro, mesmo hoje. Assim, no século XIX, um como este - com mais de 8 quilates e cor intensa – já era considerado verdadeiramente excepcional". O preço do anel estava estimado entre 5,8 e 8,7 milhões de dólares...