sábado, 12 de dezembro de 2015

Garimpo de Margem e de Leito

Garimpo de Margem e de Leito

O garimpo é a atividade de exploração de minérios muitos deles valiosos como, por exemplo, o ouro, diamantes, topázio imperial entre outros... A atividade garimpeira pode ser feita em céu aberto ou em minas escavadas por maquinas, é um modo de extração mineral já há muito tempo no mundo.

Garimpo de margem



O que é...
O garimpo de margem pode ser feito com peneiras manualmente em córregos como está mostrando a imagem, o garimpo de margem destrói a mata ciliar do local (o que pode causar erosão em um dia de chuva). E também há o decapeamento que é a retirada do solo do local que estão sendo extraído, para facilitar o trabalho dos garimpeiros a retirada do minério (que no caso da imagem é o topázio) os garimpeiros fazem uma expansão do território de extração usando as lavras que são cortes no solo para maior espaço de mineração, e ao decorrer da escavação para baixo das lavras, nas rochas é muito comum encontrar quartzo onde a ocorrência de topázio imperial. Essas fontes de escavação podem medir em media de 2 a 7 metros dependendo do terreno trabalhado.


Garimpo de leito


O que é...
O garimpo de leito manual é muito simples como mostra na imagem o garimpeiro escava no leito do rio, pega o material que ele escavou e faz o processo de peneiração, para pegar os minérios como topázio imperial, ouro e outros... Mas também existe outro tipo de garimpo de leito que não é feito manualmente, é feito com uma draga para ter melhor rendimento veja na imagem.





Draga
A draga faz uma escavação e pega os materiais muito mais rápido do que manualmente, e quando a draga pega esse material, o material cai numa peneira e separa o minério da lama e água e depois só é necessário o garimpeiro recolher o minério.

Os diamantes do Tapajós

Os diamantes do Tapajós






O Tapajós é conhecido mundialmente por abrigar a maior província aurífera do Brasil. Foi o ouro que atraiu milhões de garimpeiros nos últimos 46 anos que, como formigas, criaram milhares de garimpos no meio da selva. Foi o ouro que atraiu as empresas de mineração que descobriram as principais jazidas da região. E foi o ouro que desenvolveu os importantes centros regionais como Itaituba.

No entanto é o diamante que está adicionando uma nova dimensão aos garimpos do Tapajós.

O diamante não é uma raridade na história da Amazônia. Importantes ocorrências de diamantes foram lavradas ao longo do tempo nos Rios Tocantins, a sul e norte de Marabá, no Xingu a leste de Altamira, e em Cachoeira Porteira as margens do Rio Mapuera.

Grandes empresas como a Rio Tinto e a De Beers investiram elevadas somas atrás das fontes primárias desse diamante.

Na década de 90 a Rio Tinto cobriu uma boa parte do Tapajós com levantamentos aerogeofísicos e com follow-ups de sedimentos de correntes visando a identificação de diamantes e dos minerais satélites de kimberlitos e lamproitos.  Os trabalhos da Rio Tinto mostraram algumas interessantes ocorrências de diamantes e a descoberta de alguns corpos kimberlíticos e lamproíticos.

Os minerais indicadores, que foram formados em grandes profundidades, dentro do campo de estabilidade do diamante, praticamente não foram descobertos.  São esses indicadores juntamente com o próprio diamante que realmente interessam ao geólogo de exploração.

 Na época a Rio Tinto considerava o fato do Tapajós estar em uma região afetada por um forte magmatismo Proterozóico, o Uatumã, como um ponto negativo. Afinal o magmatismo  poderia ter aquecido aquela região crustal inviabilizando o desenvolvimento de jazidas primárias de diamantes.

O Tapajos foi colocado em segunda prioridade e a empresa nunca mais voltou, fechando todos os principais projetos de prospecção, alguns anos depois.

Ainda na década de 90 os garimpeiros descobriram diamantes em um garimpo de ouro na Cachoeira Porteira e, mais tarde, nos sedimentos a sudeste de Itaituba. Foi quando foi explorado o primeiro garimpo de diamantes do Tapajós, o estopim das descobertas que vieram a seguir.

O que ninguém sabia é que uma boa parte dos aluviões que já estavam sendo lavrados para ouro continham, também, milhares de quilates de diamantes de altíssima qualidade.

Aos poucos alguns garimpeiros mais espertos começaram a adaptar suas obsoletas caixas (sluice boxes) para a recuperação, também, de diamantes (detalhe foto abaixo).

caixa para diamante

 A experiência foi bem sucedida e as descobertas começaram a aparecer, principalmente no interflúvio do Jamanxim e do Tapajós.

As notícias atraíram os garimpeiros do Mato Grosso, acostumados a lavras de grande volume, com equipamentos bem mais pesados do que os usados no Tapajós. Esta nova invasão trouxe, também, os experientes garimpeiros da região diamantífera de Juína, que já haviam passado por um ciclo de garimpagem de diamantes.

Não demorou para que mineradores estrangeiros, vindos de Israel, também começassem a investir na pesquisa e prospecção dos diamantes do Tapajós.

Está formado o quadro atual.

Com esse contingente o Tapajós passou a produzir, além do ouro, milhares de quilates de diamantes (oficiais) por semana ou seja milhões de dólares que aguçam a cobiça de muitos atraindo um grande número de garimpeiros e mais mineradores estrangeiros.

Estima-se que existam, hoje, mais de 2.000 PCs, retroescavadeiras de grande porte, que fazem o trabalho de dúzias de garimpeiros em poucos minutos. A remoção de terra e escavações, geralmente manuais, passaram a ser feitas por equipamentos cada vez maiores.

Os grandes rios como o Tapajós estão sendo invadidos por gigantescas balsas de sucção, de 18 polegadas, verdadeiros monstros que sugam milhões de metros cúbicos de sedimentos ricos em ouro e diamantes do fundo dos rios.

Essas balsas (foto) são fabricadas em Rondônia e usam motores de 400HP, chegando a custar R$1.200.000 cada. Algumas já foram adaptadas com caixas para a retenção dos diamantes (foto). Estes gigantescos equipamentos só podem ser utilizados em áreas realmente ricas, pois tem um custo operacional muito elevado, acima de 50 gramas de ouro equivalente por dia.

A invasão dos grandes equipamentos demonstra, na prática, a riqueza dos aluviões que estão sendo lavrados.

Será que agora serão descobertas as primeiras jazidas primárias de diamantes no Tapajós?

Segundo o conhecimento geológico atual a região não tem grande potencial para jazimentos primários. Ainda falta um cráton antigo, estável e frio como os que existem em praticamente todas as regiões onde os kimberlitos ricos são encontrados.

Um outro ponto que endossa essa hipótese negativa é a quase ausência de diamantes de baixa qualidade.

 A grande maioria dos diamantes do Tapajós é de qualidade gema: uma boa notícia para os mineradores.

 Isso indica que os diamantes foram transportados por grandes distâncias. Ao longo deste transporte as pedras de qualidade inferiores, mais frágeis, se quebram e praticamente, desaparecem. É essa a explicação para a excelente qualidade dos diamantes da costa da Namíbia, que foram transportados pelo rio Orange por centenas a milhares de quilômetros. Talvez seja por isso que não são encontrados os frágeis minerais satélites tão comuns nas proximidades de kimberlitos.

Com ou sem fontes primárias próximas os diamantes do Tapajós já fazem parte da história da região. Eles deverão mudar, mais ainda, o perfil dos mineradores e até da própria comunidade.

Em breve veremos a instalação de grandes washing plants equipadas com equipamentos de alta recuperação como os sortex. Esse será o momento em que o profissionalismo tomará conta e que o diamante começará, realmente , a ser recuperado no Tapajós.

Enquanto isso, em Itaituba, motivado pela produção de diamantes, um vereador local já prega que todos os diamantes devem ser lapidados localmente antes de saírem do Tapajós...Realmente, o diamante veio para mudar. 

DEPOIS DO PARÁ E MATO GROSSO, GIGANTE DAS DRAGAS DE RONDÔNIA FAZ CHOVER DINHEIRO NAS CIDADES DO AMAZONAS

DEPOIS DO PARÁ E MATO GROSSO, GIGANTE DAS DRAGAS DE RONDÔNIA FAZ CHOVER DINHEIRO NAS CIDADES DO AMAZONAS

Objeto principal da ‘Operação Eldorado’, da Polícia Federal brasileira, atônitos, aliados da entidade, ‘estão migrando em revoada para os garimpos ao longo do Rio Madeira e de cidades do Amazonas’, revelam garimpeiros tradicionais que há mais de 50 anos exercem a lavra eco-familiar sem a utilização de mercúrio.

Humaitá, Sul do Amazonas – Como na cidade de Cacoal dos anos 90, que quase não teve prostituta pobre, as cidades desta parte da Amazônia Brasileira também são agredidas pela força do dinheiro sujo atribuído por supostos grupos de mafiosos que fizeram da atividade garimpeira a principal fonte de renda das corporações que representam na região.
O ouro tirado dos garimpos locais e do Vale do Madeira [em alguns casos, sem a declaração de origem do produto por dragueiros e compradores clandestinos], firma cada vez mais a presença de agentes ligados à Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia [COOGAM], apesar da forte investigação da Polícia e da Justiça Federal nos estados do Mato Grosso, Pará, Amazonas e Rondônia em desfavor desta entidade.
Objeto principal da ‘Operação Eldorado’, da Polícia Federal brasileira, atônitos, aliados da entidade, ‘estão migrando em revoada para os garimpos ao longo do Rio Madeira e de cidades do Amazonas’, revelam garimpeiros tradicionais que há mais de 50 anos exercem a lavra eco-familiar sem a utilização de mercúrio. E que agora estão sujeitos às leis de grupos especuladores de Rondônia, da Bolívia, China e Países Baixos.
Mas o que chamou a atenção das autoridades em 2012, sobretudo nos municípios de Humaitá e Manicoré, foi ‘a afronta à Constituição cidadã do povo amazonense pela ousadia de dragueiros rondonienses liderados pelo brasileiro-boliviano Arão Mendes Rodrigues’, que é detentor de mais de vários equipamentos de extração de longo alcance e poder destrutivo do meio ambiente. Eles chegaram e nos tomaram nossos garimpos, disseram habitantes locais.  
Segundo entidades que defendem o segmento das populações tradicionais dentro da República Aurífera do Amazonas, ‘esse senhor, de forma arrogante chegou a afrontar o prefeito Dedei Lobo, de Humaitá, que em alto e bom som, ameaçou entrar nos garimpos de cá nem que tivesse que levar a Polícia Federal junto com ele’.
O disparate foi tanto, que, ‘Arão teria investido, pesadamente, na campanha do ex-prefeito da cidade, o técnico agrícola Roberto Ruy Guerra de Souza’, na esperança de, caso derrotasse Dedei Lobo, obter o Alvará de Funcionamento das dragas da COOGAM’ presidida pelo presidente Geomário Leitão Sena - peça principal da Operação Eldorado no Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.
Para chegar ao fio da meada, lideranças locais descobriram que ‘é Arão o maior de todos os operadores dos garimpos amazônicos dentro do quadro de ações da COOGAM investigadas pela PF’. Considerado ainda como ‘o gigante das dragas inscritas na entidade comandada por Geomário Sena, nem por isso, teria sido alcançado pelas operações ‘Rio de Ouro’, ‘Operação Eldorado’ ou mesmo pelas ‘malhas finas da Receita Federal’.
DNPM É FICHINHA – Com forte atuação na Amazônia, a COOGAM deu, recentemente, mais uma prova de força contra o poder público federal. A façanha, desta vez, é atribuída a Arão Rodrigues. Segundo disse nos distritos de São Carlos, Nazaré e Calama, ‘em breve irei controlar as áreas de lavra outorgadas às pequenas cooperativas eco-familiares de Porto Velho ao Amazonas’.
A pujança do dragueiro não surpreendeu nenhum presidente de cooperativa de garimpeiros de Rondônia e do Amazonas. Nos governos Waldir Raupp [PMDB] e Ivo Cassol [PP], a dupla Geomário Sena e Arão Rodrigues transitou com ‘desenvoltura nos meandros do DNPM [RO-AM] e da SEDAM [RO]’. A prova disso, revelam novas fontes, ‘é que Arão exibiu, de uma só vez, nos dias e noites de Humaitá, mais de nove Licenças Ambientais e Projetos de Lavra Garimpeiras [PLG], liberadas em tempo recorde’.
CAIXA 2 – A possibilidade de o dragueiro vir ser o suposto Vice-Presidente de Geomário Sena, ainda não foi descartada por autoridades amazonenses. No rol das investigações da PF, com o desdobramento da ‘Operação Eldorado’, ‘esta semana, Cooperativas consideradas lesadas por ele, pedirão à Policia Federal, que a ‘Operação Eldorado’ chegue até ele, a partir das operações noturnas de suas dragas no Baixo Madeira, Humaitá e Manicoré’.
LAVAGEM DE DINHEIRO – O gigante das dragas de Rondônia é acusado, ainda, de ‘ser o autor do descaminho do ouro extraído, ilegalmente, das áreas outorgadas à MINACOOP [Cooperativa de Garimpeiros, Mineração e Agroflorestal]. Segundo o presidente Washington Charles Cordeiro Campos, ‘as dragas dele mineram, à noite, ilegalmente, em nossas áreas há anos’.
Denúncias são feitas à Polícia Federal, SEDAM, Ministério Público [MPE-MPF], Receita Federal [RF], Secretaria de Finanças [SEFIN], Prefeitura de Porto Velho e ao Governo do Amazonas. Quando há fiscalização, disse ele, ‘parece que avisam a ele sobre as operações, e ele sai ileso’. Da parte da MINACOOP e pequenos mineradores, ‘só resta contarmos os prejuízos’, desabafou o líder garimpeiro.
Em a Humaitá, Washington fez um alerta ao governo do Amazonas. De acordo com o que protagonizou, ‘a COOGAM de Geomário Leitão Sena e Arão Mendes Rodriguesainda vai deixar muitos garimpeiros tradicionais e suas famílias amazonenses passando fome e na extrema pobreza’. Fizeram isso em Porto Velho, fazem nos rios Tapajós, Amazonas e farão em Humaitá e Manicoré’.
O apelo final do líder ficou por conta de, na segunda fase da ‘Operação Eldorado’, todas as cooperativas de dragueiros e pequenos mineradores sejam investigadas cujo foco principal da nova ação ‘seja na apuração de crimes de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, contrabando de minérios, corrupção de agentes públicos ambientais, falsidade ideológica e de documentos públicos, bem como, ações da Polícia e da Justiça que imprimam grandes baques ao crime organizado que atua nos garimpos de Rondônia, Mato Grosso, Pará, Amazonas, Roraima, Amapá e Maranhão’, sentenciou Washington Campos, 65.
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Profeta do apocalipse prevê terremoto que irá mudar os Estados Unidos em 48 horas

Profeta do apocalipse prevê terremoto que irá mudar os Estados Unidos em 48 horas






Volta e meia a mídia é inundada com previsões de terremotos, tsunamis, catástrofes que poderão, segundo os falsos profetas, mudar o mundo.

Agora é a vez de Frank Hoogerbeets um holandês que diz ter previsto cinco dos principais terremotos deste ano de 2015.

Frank diz que entre o dia 11 (hoje) e 12 haverá um gigantesco terremoto na região sul do Oregon que poderá “mudar o mundo”.

Neste mundo de redes sociais sempre existirão milhares de crédulos que já se preparam para o dia final.

UMA VIAGEM PELO RIO TAPAJÓS ATÉ AS DRAGAS

UMA VIAGEM PELO RIO TAPAJÓS ATÉ AS DRAGAS


  Fiz uma viagem pelo Rio Tapajós, até próximo à comunidade do Acará, onde estão trabalhando cerca de 70 dragas (balsas). A viagem começou às 8:30 horas, quando sai de casa em companhia do meu cunhado Erasmo Braga e do meu amigo Tola. Seguimos de carro até o Buburé, onde encontrei o amigo Índio, que já estava “melado”, como sempre, tinha tomado todas. Ali encontrei o Veloso, um pioneiro da garimpagem na região do Jatobá, o piloto de Voadeira Mamede, que me emprestou uma cadeira, para que minha viagem fosse mais confortável, o piloto Zé da Conci do Pimental e duas moças, que nos pediram carona até as dragas. Embarcarmos na minha voadeira ANDRIA, que estava há dias no Buburé, aguardando esta nossa viagem, sob o comando do experiente Erasmo Braga, filho do grande Carlito Braga, um dos comandantes de barco mais conhecidos e experientes do Rio Tapajós. Nossa viagem ocorreu a partir das 10:00 horas, e fui conversando com as duas jovens, que inicialmente me disseram que trabalhavam de cozinheira nas balsas. Na conversa revelaram que ganham em torno de 35 gramas de ouro por mês para cozinhar e lavar roupa. Uma coisa que me chamou atenção foi que as moças declararam que nas dragas se come bem, ou seja, tem de tudo. Para se ter uma idéia, a cozinheira tem que saber fazer pão, bolo, salgados e até pizza, já que ali é servido café, almoço e jantar, além de merenda. Isto nós constatamos na nossa visita nas dragas, pois tudo que é servido nestas é de primeira. Mas voltando ao depoimento das moças, elas disseram que estão trabalhando nas balsas porque na cidade de Itaituba não há emprego. Inclusive afirmaram que depois que começou a exploração de ouro com draga a vida de muita gente mudou em Itaituba e na região, inclusive a delas. Chegando à região onde estavam as dragas, deixamos uma moça na Draga MARIANA e a outra na Draga  RABUGENTA. Passamos a visitar de uma em uma das dragas, vendo todos os detalhes. Pude ver uma estrutura de primeiro mundo das duas dragas MARIANA I e II, que muito me impressionou pela sua qualidade. Os apartamentos todos de madeira macheada, como nas demais dragas, bem pintadas e com centrais de ar condicionado. Na conversa com os dragueiros, fui informado que cada balsa gasta diariamente 1.000 litros de óleo diesel, o que em 30 dias, somados, gastam 30 mil litros e as cerca de 70 dragas mensalmente gastam em torno de 2 Milhões de litros de óleo diesel. Outra informação importante, que colhi ali foi com relação à produção de ouro. Calcula-se que cada draga produz cerca de três quilos de ouro por mês, mas tem draga que chega a produzir mais de cinco quilos. Isto é relativo, porque também tem balsa que gasta 10 mil litros de óleo diesel e não tira nenhum quilo de ouro. Este é o risco da garimpagem. Entretanto, só estas balsas ou dragas, como queiram chamar, produzem mensalmente em torno de 100 a 150 quilos de ouro. Cada draga possui cinco funcionários e cada um dos empregados ganha como pagamento pelo trabalho 4% da produção de ouro. Exemplo: se a balsa produzir três quilos de ouro, cada empregado ganha 120 gramas de ouro, ou seja, equivalente, hoje, cerca de RS: 12.000 (Doze Mil Reais). Em torno destas dragas, vive muita gente trabalhando em atividades que subsidiam o funcionamento destas diariamente, como as distribuidoras de combustível, comércio de gêneros alimentícios, as lojas de peças, os pilotos de voadeiras, hotéis, restaurantes, o transporte terrestre entre Itaituba o Buburé. Muita gente vive da movimentação destas dragas, que têm proporcionado melhoria de qualidade de vida de dezenas e dezenas de famílias. No entanto, as dragas são acusadas de gerar impactos ambientais, como a poluição dos rios. Esse é um problema sério, mas que precisa ser tratado de forma técnica, jurídica e criteriosa, uma vez que as atividades econômicas ligadas a esse ramo da mineração na região é de fundamental importância para o município de Itaituba e para o Brasil. É preciso conciliar o desenvolvimento econômico, o social e o ecológico, o “tripé” do desenvolvimento sustentável, tão discutido na Conferência das Nações Unidas Rio-92, e exigido num dos principais documentos desta conferência, a Agenda 21, que precisa ser seguido pelas nações. Portanto, é preciso repensar a forma de como lidar com essa realidade, para evitar com que muito mais problemas possam surgir como os socioeconômicos, que a meu ver, também é impactante, uma vez que grande parte da economia do município gera em torno da mineração do ouro. Todos que trabalham nas dragas e no seu entorno, estão preocupados com a possibilidade da paralisação do trabalho destas, que caso aconteça, causará um colapso social e econômico na região, pois muita gente fez investimento apostando na exploração de ouro com estas balsas e estão devendo na praça.