sábado, 12 de dezembro de 2015

Qual foi a maior pedra preciosa já encontrada?

Qual foi a maior pedra preciosa já encontrada?



Diamante

A estrela anã branca Lucy - referência à canção "Lucy in the Sky with Diamonds", dos Beatles - pode ser considerada o maior diamante do Universo. Descoberta em 2004, ela tem volume parecido ao da Terra e fica a 50 anos-luz daqui, na constelação de Centauro. Uma anã branca é o que restou do núcleo quente de uma estrela após queimar todo o seu combustível - ainda demora uns 5 bilhões de anos, mas o Sol vai chegar lá. Cerca de 2 bilhões de anos após a morte do núcleo, composto basicamente de carbono, ele cristaliza e vira diamante. Pulsações sonoras emitidas por esse tipo de estrela permitiram que os cientistas mapeassem o interior com tecnologia parecida com a dos sismógrafos usados para mapear as camadas geológicas da Terra.
Recordistas Terrestres
Conheça as maiores pedras preciosas do planeta
Diamante
Golden Jubilee109 g
Esmeralda
Gift from heaven536 kg (pedra bruta
Safira
MilleNnium16,1 kg

Como são lapidados os diamantes?

Como são lapidados os diamantes?


O processo - que, além de aperfeiçoar o formato do diamante, serve para poli-lo - é feito de maneira artesanal. A qualidade da lapidação não apenas é fundamental para determinar o valor de uma jóia, como dá brilho e beleza à pedra.
Como o diamante é o material mais duro que se conhece na natureza, lapidá-lo não é moleza - sem contar o alto risco de estragar a caríssima pedra. "Quase sempre os lapidários a quem se confiam pedras maiores têm mais de 50 anos de idade. Isso porque leva muito tempo para aprender todos os macetes do processo", afirma o lapidário Renato Santos, presidente da Brasil Comércio de Diamantes.
Há duas formas de cortar o diamante bruto: na clivagem, o método mais comum, o diamante é partido com um rápido golpe. Em algumas pedras, porém, essa técnica não funciona. Usa-se, então, a serragem, processo longo e tedioso, feito com uma serra elétrica rotatória ou, mais recentemente, com raios laser.
Depois do corte, vem a etapa do bloqueamento, em que o diamante é raspado em outro até que se aproxime do formato desejado. As facetas (como são chamadas as várias pequenas faces de um diamante) são feitas na etapa seguinte, chamada de abrilhantamento. A pedra é encaixada na ponta de uma vareta chamada dop e pressionada contra um disco giratório forrado de pó de diamante. O processo lembra um pouco o de uma agulha riscando um disco de vinil na vitrola.
Em geral, os brilhantes pequenos são lapidados em um único dia. Já nas pedras grandes (acima de 20 gramas) esse trabalho pode levar até mais de um ano!

Como funciona uma mina de diamantes?

Como funciona uma mina de diamantes?





Na maioria dos casos, máquinas gigantes escavam em busca das pedras preciosas, que são separadas do cascalho pelo peso e identificadas por um sofisticado sistema de raios x. As minas são criadas em regiões com alta concentração de um tipo de rocha, denominado pelos geólogos de kimberlito. Esse material é formado pelo resfriamento do magma, que chegou até a superfície há milhões de anos, carregando elementos de regiões profundas da Terra. Feitos de carbono submetido a altíssima pressão, os diamantes foram forjados até 200 km abaixo da superfície há pelo menos 3 bilhões de anos. O tipo mais comum de mina é o de poço aberto – como a representada no infográfico a seguir –, baseada na escavação do kimberlito, e a maioria delas está na África. No Brasil, a produção se concentra em minas formadas por erosão de kimberlito. As águas de rios e lençóis freáticos carregam pedras, que se concentram em áreas superficiais e passam a ser exploradas por mineradores. As 26 toneladas de diamante produzidas no mundo movimentam US$ 13 bilhões. O maior comprador é a China.

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TRABALHO ÁRDUO

Supermáquinas, explosivos e alta tecnologia são usados para vasculhar toneladas de rocha.

Amaciando a terra

Após encontrar provas geológicas da presença de diamantes, os mineiros escavam o kimberlito. Mas a ferramenta deles não é picareta, não: os caras colocam explosivos em buracos de até 17 m de profundidade feitos pela perfuradora. O objetivo é fazer a rocha dura virar cascalho.

Trio parada dura

Três máquinas gigantes fazem o trabalho pesado: a perfuradora abre buracos na rocha para a colocação de explosivos, a escavadora movimenta até 50 toneladas de rocha por minuto e o caminhão mineiro leva 100 toneladas de material para o beneficiamento.

Buraco fundo

Com o avanço da escavação, o poço fica mais afunilado, chegando a centenas de metros de profundidade e a quilômetros de largura. A maior mina de diamantes em operação, com 600 m de profundidade e 1,6 km de diâmetro na parte mais larga, é a Argyle Diamond, na Austrália.

Plano B

Quando a escavação afunila demais, é preciso cavar um túnel paralelo ao poço. Do túnel principal, partem túneis perpendiculares para extrair a rocha mais profunda. No subterrâneo, são usadas versões menores das máquinas empregadas na superfície.

Coisa fina

O material extraído da mina vai para o processamento. O cascalho é triturado duas vezes, lavado e peneirado. Em seguida, as pedrinhas – de 1,5 a 15 mm – vão para um tanque de flotação. As pedras mais pesadas, com potencial de ser diamantes, ficam no fundo e as mais leves são descartadas.

Catando milho

Uma máquina de triagem equipada com raios X identifica os diamantes. Ao rolarem na esteira e serem atingidos pela radiação, eles ficam fluorescentes. Um sensor registra essa luz e aciona um jato de ar, que separa o que importa do restante das pedras. Por último, rola uma checagem manual.

Feitos para brilhar

Cerca de 30% dos diamantes são gemas, ou seja, têm características ideais para se tornar joias: cor, claridade, tamanho e possibilidade de lapidação. O restante é usado na indústria para a produção de peças de corte, como brocas, discos, serras e bisturis. Como transmitem calor rapidamente, diamantes também são usados em termômetros de precisão.

VALE QUANTO PESA

Cada tonelada de terra extraída rende 1 quilate de diamantes (0,2 g)

Valor de mercado

Um caminhão carregado rende até 20 diamantes de 1 g. Pedras usadas em joias valem, em média, US$ 1 mil/quilate. Para uso industrial, paga-se em torno de US$ 10/quilate.

Além do brilho

O valor do diamante é baseado em cor, claridade, tamanho e lapidação. Gemas azuis, laranja, vermelhas e rosa são raras. Brancas e amareladas são mais comuns (98% do total).

Joia da coroa

O maior dos diamantes foi extraído na África do Sul em 1905. A pedra bruta tinha 3,1 mil quilates e foi lapidada em nove. As duas maiores (Cullinan I e II) foram dadas à realeza britânica.

- Em 1714, foi encontrado o primeiro diamante no brasil, em um garimpo de ouro próximo a Diamantina, MG.

- O diamante mais caro do mundo foi leiloado em Londres por US$ 46 milhões. O Graf Pink pesa 24,78 quilates e tem coloração rosada.

Qual é a coisa mais cara do mundo?

Qual é a coisa mais cara do mundo?



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A resposta depende de vários fatores. Primeiro, para fazer qualquer comparação entre coisas que custam os olhos da cara, é preciso adotar uma medida única, que sirva como referência para todos os produtos. Nós, de Mundo Estranho, escolhemos 1 quilo como unidade de comparação para montar esse ranking (para os líquidos, convertemos o equivalente em litros, de acordo com a densidade do produto). Claro que algumas substâncias são usadas em quantidades ínfimas no dia-a-dia. É o caso do DNA humano, que serve de base para pesquisas de engenharia genética. "Um quilo abastece todos os laboratórios do mundo por muito tempo", diz o químico Henrique Eisi Toma, da Universidade de São Paulo (USP). Outro critério importante é a possibilidade de compra. Só apresentamos coisas que podem ser adquiridas - embora algumas sejam quase inacessíveis, como as pedras preciosas da lista, e outras, perigosas e ilegais, como as drogas.
Uma terceira regra foi privilegiar as matérias-primas, para evitar que os produtos fossem inflacionados pelo preço de uma marca famosa. Esse critério derrubou as roupas de grife do ranking, mas trouxe para o topo as chamadas essências ou absolutos, as substâncias que dão o aroma aos perfumes mais cobiçados. A exceção foi a lista de bebidas, que em vez dos ingredientes traz as garrafas mais valiosas do planeta. O último critério foi dividir a lista em categorias. Algumas, como a de tecidos, ficaram de lado porque é quase impossível estimar o custo dos itens mais caros. As tapeçarias mais valiosas estão em museus e, literalmente, não têm preço. Com base em tudo isso, a coisa mais cara do mundo é o raríssimo diamante vermelho. Um quilo dessa pedra preciosa chega a custar 15 bilhões de reais! Junto com outros 19 produtos, ela lidera a lista de coisas exorbitantes, divididas em seis categorias.

Bebidas
Uísque Glenfiddich 1937
80 mil reais
Esse é o uísque mais antigo — e caro — do planeta. As 61 garrafas existentes são disputadas em concorridos leilões na Europa
Vinho Château Lafite Rotschild 1811
75 mil reais
Esse vinho não é para ser bebido, é de colecionador. O raríssimo exemplar de 192 anos foi arrematado em junho de 2000
Vinho Château Mouton-Rotschild 1945
70 400 reais
Uma garrafa dessa safra, tida pelos especialistas como a mais saborosa, foi vendida em 1997 em uma casa de leilões inglesa
Vinho Romanée-Conti 1985
34 700 reais
É a bebida mais cara disponível no Brasil. A safra de 1985 é considerada especial e vem batendo recordes de preço no mundo todo
Minerais Preciosos
Diamante Vermelho
15 bilhões de reais
Uma jóia grande de 1 quilate (200 mg) custa a bagatela de 3 milhões de reais. O diamante incolor sai mais em conta: 1 quilo vale "só" 255 milhões de reais
Rubi Da Birmânia
450 milhões de reais
Essa pedra de cor roxa é encontrada também em jazidas da Tailândia e do Sri Lanka. Um anel de 1 quilate, por exemplo, custa 90 mil reais
Alexandrita
450 milhões de reais
Essa gema fascina pela mudança de cor: durante o dia, ela fica azulada. À noite, vira vermelha. Um quilate também sai por 90 mil reais
Esmeralda Colombiana
300 milhões de reais
Esse mineral é usado como ornamento há mais de cinco milênios. As jazidas da Colômbia produzem as pedras mais perfeitas, a 60 mil reais o quilate
Cosméticos
Absoluto De Íris
157 mil reais
Essa essência, extraída do caule da flor de íris, é usada no famoso perfume Channel nº 19 e corresponde a menos de 1% do produto
Absoluto De Violeta
37 mil reais
Purificado a partir das folhas da violeta, o aroma é utilizado em perfumes e sabonetes. Bastam poucas gotas desse absoluto para inflacionar o preço
Âmbar Gris
10 mil reais
Esse óleo, extraído das secreções do cachalote (um parente da baleia), é usado para fixar aromas em perfumes e cosméticos em geral
Comidas
Trufa Branca Italiana
12 mil reais
A trufa verdadeira não é um doce, mas o cogumelo mais caro do mundo. Em restaurantes sofisticados, cada prato leva, no máximo, 20 gramas do produto
Caviar Beluga Iraniano
10 600 reais
Caviar sempre foi sinônimo de coisa cara. As ovas pretas da beluga são as mais cobiçadas, ainda mais agora que o peixe corre risco de extinção
Matsutake
6 mil reais
Esse é outro cogumelo raríssimo. Na culinária, costuma ser muito usado em requintados preparados da cozinha oriental, especialmente sopas e pratos grelhados
Substâncias Químicas
DNA Humano
15 milhões de reais
Quantidades ínfimas da substância são usadas em laboratórios para fazer exames de paternidade e em pesquisas de engenharia genética
Ácido Abcísico
600 mil reais
Esse caríssimo hormônio vegetal é importante para os botânicos porque evita que as sementes das plantas germinem antes do tempo
Rodopsina
300 mil reais
É uma proteína essencial para a captação de luminosidade na visão. O tipo sintetizado em laboratório é extraído de bactérias
Drogas**
Crack
450 mil reais
Na Inglaterra, onde a oferta é reduzida, uma pedra de 150 mg de crack sai por 67 reais. No Brasil, a droga é mais barata do que a cocaína
Heroína
210 mil reais
Essa droga extraída da papoula tem poder viciante oito vezes superior à morfina, que vem da mesma planta. Um grama vale 210 reais
Cocaína
139 mil reais
O pó extraído do arbusto de coca encarece na refinação: na Inglaterra, cada papelote com 1 grama desse entorpecente custa 139 reais
* Os preços foram calculados com base em uma cotação em que 3 reais equivalem a 1 dólar
** Média dos valores praticados na Inglaterra, em 2001. No Brasil, não há dados consensuais sobre os preços das principais drogas

O que define se uma pedra é preciosa ou semipreciosa?

O que define se uma pedra é preciosa ou semipreciosa?


Para começo de conversa, essa distinção há muito tempo perdeu sua validade científica. Toda pedra usada como ornamento por sua beleza, durabilidade e raridade, deve ser chamada só de gema. A beleza de uma gema é determinada por um conjunto de fatores como cor, transparência, brilho, efeitos ópticos especiais (variação de cores, dispersão da luz, opalescência); enquanto a durabilidade está relacionada à resistência a ataques químicos e físicos. A raridade com que uma pedra ocorre na natureza é outro fator importante na determinação de seu valor comercial. No entanto, a tradição e a moda podem influenciar decisivamente no preço final. Assim, o diamante — que não é uma das gemas mais raras na natureza - costuma ter um alto valor de mercado por ser uma das pedras mais antigas e tradicionais para uso em jóias, ou seja: ele nunca sai de moda.
A grande maioria das gemas são minerais, classificados de acordo com a seguinte divisão: substâncias cristalinas (diamante, topázio, ametista, esmeralda, água-marinha); substâncias amorfas (como opala e vidro vulcânico); substâncias orgânicas (pérola, coral, âmbar) e rochas (lápis-lazúli, turquesa e outras). Todas essas substâncias são naturais. Além delas, há hoje no mercado um grande número de produtos parcial ou totalmente fabricados pelo homem, tentando reproduzir o brilho e a beleza desses minerais. São as gemas sintéticas: chamadas de revestidas, reconstituídas ou compostas.
A denominação "pedra preciosa" costumava ser usada apenas para o diamante, a esmeralda, o rubi e a safira, por serem as mais conhecidas e apreciadas desde a antigüidade; as demais eram denominadas popularmente de semipreciosas. "Esses termos são artificiais e confusos desmerecendo gemas como opala, água-marinha, crisoberilo, ametista ou alexandrita, entre outras pedras de grande beleza, apreciadas no mundo todo. Por isso, a distinção entre pedras preciosas e semipreciosas deve ser evitada, usando-se o termo gema", afirma o gemologista Pedro Luiz Juchem, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).