terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Petróleo cai e derruba as bolsas

Petróleo cai e derruba as bolsas



Publicado em: 2/2/2016 

O Brent caiu mais de 5% hoje devastando investimentos no mundo inteiro.

Aqui no Brasil o IBOVESPA cai quase de 4% e a Petrobras assusta com queda de quase 7% no momento.

Do outro lado do mundo as bolsas chinesas fecharam em alta.

Garimpo da Serra da Carnaíba em Pindobaçu é liberado para extração de esmeraldas

Garimpo da Serra da Carnaíba em Pindobaçu é liberado para extração de esmeraldas


IMG-20151221-WA0247-300x168Na noite desta segunda-feira, soldados do Exército Brasileiro, integrantes da 6ª Região Militar, estiveram na Serra de Carnaíba em Pindobaçu, onde oficialmente liberaram o retorno da extração de esmeraldas.
Segundo informações, foram 3 meses e 20 dias de interdição, onde muitos dos garimpeiros passaram necessidades com a paralisação. Ainda de acordo com informações, dois garimpeiros já identificados estavam desviando dinamites, que eram repassados para quadrilhas de assalto a agências bancárias.
com a interdição, milhares de pessoas foram prejudicadas na Serra da Carnaíba, Carnaíba de Baixo e na região de divisa com Campo Formoso. Em um texto publicado no aplicativo WhatsApp, o presidente da CMB (Cooperativa Mineral da Bahia) Walderey de Souza, agradeceu ao deputado estadual Adolfo Viana e ao Prefeito de Pindobaçu, Marlon André, pelo luta no retorno das atividades minerais.
Segundo o nosso correspondente Sandro Santana, as dinamites apreendidas foram devolvidas pelo Exército para a cooperativa e armazenadas de volta no Paiol, que é o depósito principal dos explosivos, de onde é comercializados para os garimpeiros. Sandro diz que mesmo sem dinheiro no bolso, a comunidade terá um Natal feliz, com a boa notícia da reabertura do garimpo.

Serra Pelada: clima entre garimpeiros é de medo

Serra Pelada: clima entre garimpeiros é de medo


  • TWITTER
  • GOOGLE+
  • IMPRIMIR
Serra Pelada: clima entre garimpeiros é de medo  (Foto: Rogério Uchôa/Arquivo)
Garimpeiros querem uma ação preventiva dos governos para evitar conflitos na região do município (Foto: Rogério Uchôa/Arquivo)
Os garimpeiros de Serra Pelada temem que, a qualquer momento, ocorra um banho de sangue naquele que já foi o maior garimpo a céu aberto do mundo.
Apesar de o Ministério Público e a Justiça terem aberto processo para apurar desvio de recursos da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) e ter sido realizada recentemente uma nova eleição para o comando da entidade, o principal problema que aflige os garimpeiros é o abandono da mina e de toda a estrutura montada pela mineradora canadense Colossus, que faliu e desapareceu de Curionópolis.
Depois disso, o clima ficou pesado na região e ninguém confia mais em ninguém. Os governos federal e estadual são acusados pelos garimpeiros de lavarem as mãos para o que de pior possa ocorrer em Serra Pelada.
“Estamos entrando em desespero e com muito medo. As instalações da mina de ouro já foram saqueadas, estão roubando tudo, e nenhuma autoridade dá qualquer garantia para tranquilizar os garimpeiros de que a extração de ouro ainda pode ser feita com total segurança”, declarou Paulo Gomes, ligado à União Nacional dos Garimpeiros. Ele veio a Belém pedir a ajuda da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA) para que
interfira junto às autoridades em busca de uma solução para tantos problemas que se avolumam no garimpo.
Em entrevista ao Diário, Gomes informou que sua audiência na OAB não foi bem sucedida. “Estive na comissão de direitos humanos da Ordem, mas lá me disseram que eu devia encaminhar as reivindicações dos garimpeiros diretamente à sede da OAB de Marabá. Ora, já fizemos isso e a OAB de lá nada fez, pelo contrário, engaveta nossas denúncias”, desabafou. Para Gomes, o Tribunal de Justiça precisa também chamar para si as demandas judiciais do garimpo, porque só dessa forma haverá celeridade nos processos.
“Já cansamos de falar sem que ninguém nos ouça. Serra Pelada está pegando fogo, mas as autoridades paraenses não tomam providências que dê alguma tranquilidade para os milhares de moradores da região”, declarou ele, acrescentando que a Colossus foi embora, demitiu 400 empregados e retirou até os vigias, desde o final de outubro passado.
Segundo Gomes, o governo paraense não pode ignorar o grave problema social que representa o impasse vivido pelos garimpeiros diante do abandono de um projeto que segundo a própria Colossus já teve investidos mais de R$ 400 milhões.
“A OAB deveria encampar essa luta e ainda tenho esperança de que isso ocorra, porque em Serra Pelada já ocorreram assassinatos, roubos, saques de equipamentos da mina, além da contaminação que afeta a vida das pessoas”, criticou, lembrando que no povoado há pessoas que sofrem de doenças como hanseníase e outras enfermidades oriundas das péssimas condições de vida. 
Ele também não poupa de críticas ao ministro Edison Lobão, afirmando que nada foi feito para resolver o problema da extração de ouro, após a falência da Colossus. E diz que a estrutura física de acesso à mina de ouro corre o risco de desabar por falta de manutenção e bombeamento da água que se acumula na cava com mais de 200 metros de profundidade.
Em resumo: o caos se instalou na área e o pavio do barril de pólvora foi acesso, podendo explodir se não houver uma ação preventiva dos governos estadual e federal. O presidente eleito da Coomigasp, Edinaldo de Aguiar Soares, também já reclamou da forma como a Colossus saiu do garimpo, deixando nas mãos da cooperativa a responsabilidade de vigiar as instalações de acesso à mina para evitar a ação de ladrões.
POLÍCIA
A Coomigasp chegou a registrar na polícia um boletim de ocorrência sobre o que já foi roubado do local. Carros e pessoas suspeitas rondam diariamente as instalações, deixando os associados temerosos de novos saques.
Parte do que foi retirado foi levado por empresas contratadas pela Colossus em represália por não terem recebido o pagamento pelos serviços prestados. A entidade dos garimpeiros publicou em sua página na Internet que equipamentos foram retirados em caminhões e levados para Marabá, Araguaína e Parauapebas. 
Até em quintais das residências de alguns funcionários da Colossus foram localizados bens. Grupos de vândalos também depredaram equipamentos antes de retirar do local centrais de ar condicionado, televisões, camas, sofás e colchões.
O Diário tentou falar com algum diretor da Colossus, mas a informação em Curionópolis é de que a empresa desativou definitivamente seu escritório na região. Em Belo Horizonte (MG), sede da empresa, os telefones estavam mudos. O presidente da OAB no Pará, Jarbas Vasconcelos, não foi localizado para comentar as declarações de Paulo Gomes. 
(Diário do Pará)

A longa luta entre o ouro e a prata

A longa luta entre o ouro e a prata



Sob o reinado de Carlos Magno (768-814), os Francos anexam a Bavaria (788-794) e a Baixa Saxônia em 804 depois de uma longa guerra contra os Saxons. Na morte de Carlos em 814, eles decidiram usar a prata  abundantena saxonia  para o dinheiro circulante, condenando assim a produção de ouro. Este monométalisme privilegiando a prata durou quatro séculos.
Os mineiros alemães tornaram-se especialistas em técnicas minerarias para a localização e extração de depósitos de prata em toda a Europa Central. Esses migrantes perpétuos estavam dispostos a deixar um distrito ja empobrecido para ir ate áreas remotas, onde o rumor de um novo boom era deflagrado tal as fofocas de hoje no Brasil.
Três grandes cidades comerciais da Itália no século XIII decidiram jogar a carta do ouro, o que mudaria para sempre a favor do ouro o embate entre os dois metais, cada cidade criando uma moeda própria fabricada neste metal, mais difícil de ser erodido. O florim de ouro, a moeda principal da Idade Média foi criado em 1252 pela sociedade, de cambistas e banqueiros (Arte del Cambio) de Florença. Genova cria no mesmo ano o Genovini. Saint Louis na França cria em 1264 os grandes torneios de prata e o Louis d´ oro proibindo ao mesmo tempo os nobres de criar moedas.A Veneza feudal, ou seja a terceira cidade italiana criou em 1284 o ducado de ouro. O florim de ouro se valoriza rapidamente frente ao antigo florin de prata e as demais moedas.

O florim permite aos fabricantes de tecidos da cidade de Florença a compra do lã Inglês em 1270. Sua pureza se impõe, porque sua fabricação é liderada por dois signori della zecca eleitos a cada seis meses para controle da qualidade e pureza dos florins. O sucesso do florin estímula a prospecção de ouro das minas de ouro, particularmente na Eslováquia. Kremnitz era praticamente a única fonte de ouro entre 1320 e 1350, ao lado de ouro sudanês que atingiu o Mediterrâneo e de la a italia.

O ouro como nervo das guerras e conquistas

O ouro como nervo das guerras e conquistas



O chanado ouro do Sudão vem de grandes territórios, cobrindo até o Mali e Gana. A Produção teria sido por um longo período, um total de toneladas de 3,5 por ano, segundo o professor de História Africano Raymond Mauny. A partir de 728, os árabes fundaram a cidade de Sijilmassa, que se tornou um importante centro de comércio de ouro com o norte do Sudão. Em 734, Abu al-Fakhri Oubaid traz um tesouro em ouro. Escritores árabes do décimo, décimo primeiro e décimo segundo séculos, Haouqal Ibn Al-Bakri e Al-Idrisi, fornecer detalhes sobre os compradores de ouro sudanês.
No século IX, Gana é um dos três mais organizado pais Africano ; em Gao (hoje no Mali) e no Reino de Kanem-Bornou, o comércio de ouro atrai muitos comerciantes do norte da África que querem o controle sobre as minas. No século XI, os governantes de Gana estendem seu império para o Atlântico e tomam dos berberes a cidade de  Aoudaghost, na fronteira com o Sahara. A capital de Gana, Kumbi-Saleh é construída perto de centros de ouro de Bouré Bambouk. Em meados do século XIV, 70% do ouro entregue no Ocidente vem do que se tornou o Império do Mali. A peregrinação no Egito do Imperador Kankan Moussa espanta pela profusão e a distribuição de ouro.
Nos anos 1050, As tribos berberes Almorávidas Sanhadjas nômadas no deserto entre o Senegal e o sul de Marrocos, através da Mauritânia levadas por Abu Bakr Ibn Omar al Lamtouni e em seguido por Youssef Ibn Tachfine, tomam o rico reino de ouro de Gana, subindo as rotas de caravanas, até Tafilalt. O mapa desenhado por Vitorino Magalhães Godinho e retomado por Fernand Braudel traça as rotas das caravanas de camelos de Timbuktu, Gao e Ouadane e uma cidade chamada Gana , a 60 quilômetros a oeste de Timbuktu.
Uma concentração muito elevada de minas de ouro está localizada a oeste das cidades de Mali e Niani, bem como no Alto Volta e no norte da Costa de marfim. O Estado Almoravida controla o fluxo do ouro, controla as áreas de produção e as rotas de abastecimento, do Gana até a bacia do Mediterrâneo. A guanéana "Gold Coast" desenvolveu uma "civilização do ouro", que transbordou na Costa do Marfim ao favor da migração de várias facções do reino Ashanti.
Na Idade Média, os árabes também cantaram riqueza no ouro do Sudão, que chegou do Cairo, principal fornecedor de todos os tipos de bens para o Ocidente, através dos portos italianos. No século XIII, os estados europeus em crescimento econômico completo tinham uma necessidade premente de metais preciosos para as suas moedas. A cidade italiana de Gênova pegou a maioria do ouro do Soudan, o que serviu como paliativo para os déficits temporários ou prolongados nas minas de ouro da Europa Oriental, especialmente no século XV, onde o Regulador quanto a produção  entre ouro e prata ameaçava criar uma instabilidade monetária na Europa.

O Ouro do Sudão foi o motivo para os Portuguêses conquistar o porto de Ceuta, o ponto final do comércio de ouro trans-sahariana. Nas regiões da África negra de onde vinha o metal reuniu se então informações valiosas a respeito deste ouro. A tentação foi forte para estabelecer um acesso marítimo para desviar as caravanas comerciais do oeste do Sudão controladas pelos berberes muçulmanos. Depois de décadas de reconhecimento da costa ocidental da África, a viagem de Vasco da Gama, em 1498-1499, finalmente permitiu encontrar a passagem através do Cabo da Boa Espérança. No século XVI, as rotas marítimas superam as velhas estradas do  Sahara.