segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Endiama confirma descoberta de maior diamante em Angola

Endiama confirma descoberta de maior diamante em Angola


O Projecto Lulo é operado no âmbito de uma associação em participação, onde a Endiama detém (32%), a Lucapa Diamond Company Limited (40% ) e a operadora Rosas & Pétalas (28%). A concessão do Lulo, de 3,000 km², está localizada a cerca de 150 km da mina de diamantes de Catoca, operada pela Alrosa, e é a quarta maior mina de diamantes do mundo, representando aproximadamente 75 porcento da produção diamantífera anual angolana.
A mina do Lulo está em exploração desde 2015, após ter recebido o título de exploração em Novembro de 2014. O maior diamante encontrado anteriormente na concessão Lulo tinha 133.4 quilates, mas o recorde anterior pertencia a um diamante registado com o nome “Estrela de Angola”, de 217,4 quilates, proveniente da Luarica, em 2007.
Em comunicado de imprensa da concessionaria, o presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Diamantes (Endiama), António Carlos Sumbula, afirmou que a recuperação do diamante de 404,2 quilates constituía um marco importante no crescimento e desenvolvimento da indústria de mineração de diamantes em Angola.
“Estamos muito felizes por termos recuperado o maior diamante jamais descoberto em Angola. Este é um passo significativo para o nosso país, a nossa indústria diamantífera e o Projecto Diamantífero do Lulo”, frisou Carlos Sumbula. Acrescentou que o campo de diamantes do Lulo constitui um exemplo do que “gostaríamos de mostrar ao mundo” a fim de encorajar o investimento internacional na indústria de mineração de diamantes em Angola”.
Já o PCA da Lucapa Diamond Company Ltd, Stephen Wetherall, disse que a Lucapa e seus associados no Lulo, a Endiama e a Rosas & Pétalas, estavam extremamente orgulhosos em terem recuperado um diamante tão excepcional.  “Sempre destacamos as particularidades muito especiais do depósito de diamantes do Lulo. Esta descoberta, assim como as outras de diamantes superiores a 100 quilates extraídos em menos de um ano, constitui mais uma prova desse facto”, afirmou Wether.
“E, enquanto continuamos a explorar estes diamantes aluvionares excepcionais dos blocos de mineração 6 e 8 do Lulo, continuamos igualmente a avançar com o nosso programa de prospecção sistemático para encontrar a fonte destes diamantes”, disse.
Por sua vez, o PCA da Rosas & Pétalas, Celso Rosas, considera-se orgulhoso pelos resultados magníficos alcançados no Lulo desde o início da exploração em 2015. Já o porta-voz da Endiama, António de Freitas, afirma que a descoberta deste diamante prova que a mina tem potencial e é um grande chamariz para captar investidores para o sector e não só e existem diamantes valorizados em Angola.
Sublinhou também que a descoberta vai possibilitar que surjam outras potenciais minas e se tenha uma ideia mais aproximada da realidade do potencial que Angola tem neste sector. Estudos feitos concluíram que 90 porcento dos Kimberlitos mineralizados se encontra no subsolo angolano, e os diamantes explorados ao longo dos últimos cem anos representam apenas uma pequena parte do explorado.

Venda de US$ 1 bi em diamantes pode ser demais para mineradoras

Venda de US$ 1 bi em diamantes pode ser demais para mineradoras


As duas maiores empresas exploradoras de diamantes do mundo acabam de vender US$ 1 bilhão em gemas. Isso está deixando as rivais de menor porte nervosas. As vendas de janeiro da De Beers e da russa Alrosa PJSC, que controlam quase dois terços do mercado, superaram de longe as expectativas de todos.
Os resultados foram impulsionados pelos cortes na oferta no ano passado que provocaram escassez, reduções de preço e uma demanda melhor que a esperada nas festas de fim de ano. Mas há quem tema que seja cedo demais para um montante assim em um setor que ainda está se recuperando do maior colapso em sete anos.
“Vai ser muito difícil sustentar a exuberância atual do mercado”, disse William Lamb, presidente executivo da Lucara Diamond, que no ano passado descobriu o segundo maior diamante da história. “Muito provavelmente veremos os preços do diamante diminuírem no fim deste ano”.
As produtoras menores estão à mercê das duas maiores, cujo domínio do mercado as ajuda a controlar os preços reduzindo a produção ou segurando as vendas.
Cerca de um quarto da oferta global desapareceu no ano passado porque as mineradoras tentaram deter uma queda de 18% nos preços brutos após a desaceleração da China e depois que a crise de crédito do setor limitou a demanda.
Auxiliada por um corte de 7% no preço, a De Beers, de propriedade da Anglo American, vendeu US$ 540 milhões de diamantes em sua primeira venda deste ano, mais de duas vezes sua oferta de dezembro, superando as expectativas dos analistas.
A Alrosa ampliou sua venda de janeiro e registrou aproximadamente o dobro dos US$ 200 milhões a US$ 250 milhões que planejava originalmente.

Cedo demais?

“Janeiro foi um bom começo na estrada para a recuperação, mas é cedo demais para dizer que estamos firmes nessa estrada”, disse Stuart Brown, presidente executivo da Firestone Diamonds e ex-diretor financeiro da De Beers. “O tempo dirá. Ninguém é premiado por ser otimista nesse setor”.
Os preços das pedras menores da Gem Diamonds caíram 30%, para cerca de US$ 150 por quilate no ano passado, mas subiram cerca de 5% desde então, segundo o presidente executivo Clifford Elphick.
“Este poderia ser um indicador de que está começando a haver um pouco de apetite e de que o declínio foi interrompido”, disse ele em entrevista na Cidade do Cabo. “Mas são necessários três ou quatro meses seguidos para poder dizer que há uma tendência”.
O ano passado foi doloroso para o setor de US$ 80 bilhões, com os preços registrando a maior queda desde a crise financeira global de 2008. Cortadores, lapidários e investidores disseram que as mineradoras ainda estavam exigindo mais do que muitos poderiam pagar.

Recuperação de mina

Os preços deverão permanecer estáveis neste ano, disse Paul Loudon, presidente executivo da DiamondCorp. A empresa com sede em Londres planeja recuperar no fim deste ano a mina Lace dos anos 1930, na África do Sul, que teria ganho o nome da amante do rei Eduardo VII.
“No início deste ano há uma demanda real das fábricas por [diamantes] brutos”, disse Loudon em entrevista na Cidade do Cabo. “Isso não é sustentável. Isso não vai durar o ano todo”.
Em dezembro, a De Beers disse que a demanda por diamantes polidos cairia 1% a 2% em 2015, contra um crescimento de 3% um ano antes. No mês passado, a Tiffany diminuiu sua projeção de lucro para o ano cheio e a Chow Tai Fook Jewellery Group, a maior das joalherias, reduziu os planos de expansão.
Os preços serão instáveis, mas começarão a aumentar mais no fim do ano, segundo o UBS Group. A Panmure Gordon também prevê uma recuperação no fim de 2016.
“Ainda precisamos ver o que acontecerá com o ano-novo chinês”, que está sendo celebrado nesta semana, disse Brown, da Firestone. “O fluxo de notícias vindo da China às vezes é negativo, às vezes positivo. É muito difícil de entender”.

Orinoco lançará ações para ampliar projeto de ouro em Goiás

Orinoco lançará ações para ampliar projeto de ouro em Goiás
Visando acelerar o desenvolvimento do projeto de ouro Cascavel, em Goiás, a australiana Orinoco Gold fará uma oferta de ações para levantar A$ 6 milhões e ampliar a produção da unidade de 40 mil para 60 mil t até o final de 2016. De acordo com informações publicadas no site da mineradora, a maior parte dos recursos, cerca de A$ 2,5 milhões, será destinada para a compra de equipamentos para a mina e planta. O restante será aplicado em projetos de licenciamentos, mão de obra e obras de infraestrutura.

Estudantes de Minas Gerais desenvolvem método para extrair ouro de lixo eletrônico

Estudantes de Minas Gerais desenvolvem método para extrair ouro de lixo eletrônico




Estudantes de engenharia química do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste) desenvolveram uma nova forma de recuperar ouro e cobre presentes no lixo eletrônico. O novo método seria uma alternativa mais rápida e segura, sem usar cianeto de potássio no processo de recuperação, segundo os autores.

Economia'WSJ': Empresa britânica se empenha para dar vida nova ao mercado de esmeraldas e rubis

Economia

'WSJ': Empresa britânica se empenha para dar vida nova ao mercado de esmeraldas e rubis

Matéria publicada no The Wall Street Journal, conta que uma empresa de mineração pouco conhecida está modernizando o caótico comércio de pedras preciosas na esperança de gerar demanda para suas esmeraldas e rubis.
Na maior mina de esmeraldas do mundo, perto da fronteira da Zâmbia com a República Democrática do Congo, a Gemfields PLC está extraindo milhões de quilates a cada mês.
Segundo a reportagem, em novembro, dezenas de trabalhadores da mina Kagem coletavam fragmentos de rocha e os enviavam para a “sala de lavagem”, onde cerca de 50 pessoas debruçadas sobre esteiras transportadoras usavam ganchos de metal para tentar encontrar vestígios de esmeralda. Observados de perto por gemólogos e seguranças, os funcionários separavam as rochas com esmeraldas em cestos.
Em 30 de junho, a receita da Gemsfields somou US$ 171 milhões. Além da Zâmbia, a empresa, que conta com 2 mil funcionários, também opera em Moçambique e detém licenças para exploração em Madagascar e no Sri Lanka.
A Gemfields é dona de 75% da mina Kagem e o governo da Zâmbia detém os outros 25%
A Gemfields é dona de 75% da mina Kagem e o governo da Zâmbia detém os outros 25%
A operação na Zâmbia tem ajudado a empresa — que negocia suas ações no AIM, o mercado de pequenas empresas da bolsa de Londres — a dominar um setor que vem crescendo rápido e se tornando cada vez mais lucrativo.
A Gemfields é dona de 75% da mina Kagem e o governo da Zâmbia detém os outros 25%.
Desde 2008, a empresa triplicou a produção na Kagem ao contratar geólogos para identificar as melhores áreas de mineração e usar caminhões e equipamentos pesados, além de mais trabalhadores, para processar e transportar as pedras de forma mais eficiente.
Além disso, a Gemfields — ao adotar técnicas de marketing mais astutas que evocam a estratégia da gigante dos diamantes De Beers para dar impulso à demanda por brilhantes nas décadas de 40 e 50 — ajudou a aumentar os preços globais da esmeralda em quase 14 vezes desde 2009, segundo dados de vendas fornecidos pela empresa.
Estatísticas da Organização das Nações Unidas mostram que o comércio global de esmeraldas, rubis e safiras dobrou desde 2011, para cerca de US$ 5 bilhões por ano, e continua crescendo. E a Gemfields não enfrenta concorrentes do seu porte.