quarta-feira, 13 de abril de 2016

Fóssil de 400 mil anos é mais antiga evidência genética de neandertais


Fóssil de 400 mil anos é mais antiga evidência genética de neandertais


  • Recriação feita por artista mostra como seriam os habitantes de Sima de los Huesos
    Recriação feita por artista mostra como seriam os habitantes de Sima de los Huesos
O DNA nuclear de restos humanos de 400 mil anos encontrados na Espanha é a evidência genética mais antiga já encontradas dos neandertais, segundo estudo publicado na revista Nature. A investigação sobre ossadas de 28 indivíduos encontradas no sítio arqueológico Sima de los Huesos ("poço de ossos", na tradução livre), na Espanha, tirou as dúvidas sobre a identidade desses ancestrais encontrados há cerca de 30 anos.
Bastante preservados, os fósseis permitiram a coleta do mais velho DNA humano a partir de um dente e de um osso de perna encontrados na escavação.
Pesquisas iniciais em 2013 surpreenderam os cientistas ao indicar que o DNA mitocondrial era mais semelhante à linhagem dos denisovans, uma população antiga de humanos que habitaram a Ásia 50 mil anos antes dos neandertais. Contudo, o estudo genético feito com novas tecnologias aponta que os habitantes da Sima de los Huesos eram, de fato, parentes mais próximos da linhagem neandertal.

Javier Trueba/Madrid Scientific Films/Handout via Reuters
Foto sem data mostra um crânio recuperado no sítio arqueológico de Sima de los Huevos
A pilha de ossos é estudada há três décadas, mas o estudo publicado nesta terça é o maior avanço na investigação. "Nós esperamos por muitos anos que avanços nas técnicas de análise molecular ajudassem um dia em nossa investigação destes fósseis", disse Juan-Luiz Arsuaga, membro da Universidad Complutense de Madrid e que lidera escavações na Sima de los Huesos.
A revelação do DNA pode ajudar na investigação de como nossa espécie (Homo sapiens) e os neandertais se originaram de um mesmo ancestral. Recentemente, estudos mostraram que sexo entre humanos e neandertais ocorreu 40 mil anos antes do que se pensava. Além disso, outra pesquisa apontou que a depressão e o vício humanos podem ter origem em heranças genéticas dos neandertais, assim como a alergia

Fóssil de anfíbio de 260 milhões de anos é encontrado no RS

Fóssil de anfíbio de 260 milhões de anos é encontrado no RS

  • Fóssil pertence a um grupo de anfíbios primitivos que tinha a forma semelhante a uma salamandra Fóssil pertence a um grupo de anfíbios primitivos que tinha a forma semelhante a uma salamandra
O fóssil de um anfíbio pré-histórico foi descoberto na cidade de São Gabriel, na região central do Rio Grande do Sul. O animal era um predador que poderia atingir até 3 metros de comprimento e teria vivido na região há aproximadamente 260 milhões de anos.
O crânio do anfíbio foi achado em 2008 por um grupo de pesquisadores liderado pelo professor Sérgio Dias da Silva, na época da Unipampa (Universidade Federal do Pampa). Após pesquisas da universidade juntamente com a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e USP (Universidade de São Paulo), ficou comprovado que se tratava de uma nova espécie de um gênero anteriormente encontrado apenas na Rússia.

Rodrigo Müller/Divulgação
Espécie foi batizada de Konzhukovia sangabrielensis em homenagem ao município de São Gabriel (RS)
O animal pertence aos temnospôndilos, um grupo de anfíbios primitivos que tinha a forma semelhante a uma salamandra e que pode ter dado origem aos anfíbios atuais. O fóssil foi encontrado em um afloramento rochoso de idade permiana, o que equivale a um intervalo de aproximadamente entre 252 a 270 milhões anos atrás.
A existência de um mesmo gênero no Permiano do Brasil e da Rússia reforça a ideia de que nesta idade havia um "corredor biológico" que possibilitava o intercâmbio de espécies no supercontinente Pangeia.
O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Systematic Palaeontology, um dos mais importantes da área. Segundo Cristian Pacheco, um dos autores do artigo, é possível afirmar que o animal se tratava de um indivíduo adulto.
A nova espécie foi batizada de Konzhukovia sangabrielensis em homenagem ao município de São Gabriel.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

MINA DE DIAMANTES


MINA DE DIAMANTES
Na maioria dos casos, máquinas gigantes escavam em busca das pedras preciosas, que são separadas do cascalho pelo peso e identificadas por um sofisticado sistema de raios x. As minas são criadas em regiões com alta concentração de um tipo de rocha, denominado pelos geólogos de kimberlito. Esse material é formado pelo resfriamento do magma, que chegou até a superfície há milhões de anos, carregando elementos de regiões profundas da Terra. Feitos de carbono submetido a altíssima pressão, os diamantes foram forjados até 200 km abaixo da superfície há pelo menos 3 bilhões de anos. O tipo mais comum de mina é o de poço aberto – como a representada no infográfico a seguir –, baseada na escavação do kimberlito, e a maioria delas está na África. No Brasil, a produção se concentra em minas formadas por erosão de kimberlito. As águas de rios e lençóis freáticos carregam pedras, que se concentram em áreas superficiais e passam a ser exploradas por mineradores. As 26 toneladas de diamante produzidas no mundo movimentam US$ 13 bilhões. O maior comprador é a China.
MUNDOESTRANHO-131-46
TRABALHO ÁRDUO
Supermáquinas, explosivos e alta tecnologia são usados para vasculhar toneladas de rocha.
Amaciando a terra
Após encontrar provas geológicas da presença de diamantes, os mineiros escavam o kimberlito. Mas a ferramenta deles não é picareta, não: os caras colocam explosivos em buracos de até 17 m de profundidade feitos pela perfuradora. O objetivo é fazer a rocha dura virar cascalho.
Trio parada dura
Três máquinas gigantes fazem o trabalho pesado: a perfuradora abre buracos na rocha para a colocação de explosivos, a escavadora movimenta até 50 toneladas de rocha por minuto e o caminhão mineiro leva 100 toneladas de material para o beneficiamento.
Buraco fundo
Com o avanço da escavação, o poço fica mais afunilado, chegando a centenas de metros de profundidade e a quilômetros de largura. A maior mina de diamantes em operação, com 600 m de profundidade e 1,6 km de diâmetro na parte mais larga, é a Argyle Diamond, na Austrália.
Plano B
Quando a escavação afunila demais, é preciso cavar um túnel paralelo ao poço. Do túnel principal, partem túneis perpendiculares para extrair a rocha mais profunda. No subterrâneo, são usadas versões menores das máquinas empregadas na superfície.
Coisa fina
O material extraído da mina vai para o processamento. O cascalho é triturado duas vezes, lavado e peneirado. Em seguida, as pedrinhas – de 1,5 a 15 mm – vão para um tanque de flotação. As pedras mais pesadas, com potencial de ser diamantes, ficam no fundo e as mais leves são descartadas.
Catando milho
Uma máquina de triagem equipada com raios X identifica os diamantes. Ao rolarem na esteira e serem atingidos pela radiação, eles ficam fluorescentes. Um sensor registra essa luz e aciona um jato de ar, que separa o que importa do restante das pedras. Por último, rola uma checagem manual.
Feitos para brilhar
Cerca de 30% dos diamantes são gemas, ou seja, têm características ideais para se tornar joias: cor, claridade, tamanho e possibilidade de lapidação. O restante é usado na indústria para a produção de peças de corte, como brocas, discos, serras e bisturis. Como transmitem calor rapidamente, diamantes também são usados em termômetros de precisão.
VALE QUANTO PESA
Cada tonelada de terra extraída rende 1 quilate de diamantes (0,2 g)
Valor de mercado
Um caminhão carregado rende até 20 diamantes de 1 g. Pedras usadas em joias valem, em média, US$ 1 mil/quilate. Para uso industrial, paga-se em torno de US$ 10/quilate.
Além do brilho
O valor do diamante é baseado em cor, claridade, tamanho e lapidação. Gemas azuis, laranja, vermelhas e rosa são raras. Brancas e amareladas são mais comuns (98% do total).
Joia da coroa
O maior dos diamantes foi extraído na África do Sul em 1905. A pedra bruta tinha 3,1 mil quilates e foi lapidada em nove. As duas maiores (Cullinan I e II) foram dadas à realeza britânica.
- Em 1714, foi encontrado o primeiro diamante no brasil, em um garimpo de ouro próximo a Diamantina, MG.
- O diamante mais caro do mundo foi leiloado em Londres por US$ 46 milhões. O Graf Pink pesa 24,78 quilates e tem coloração rosada.

PEDRAS PRECIOSAS - PARTE-3

Turmalina Paraíba 

NOMES UTILIZADOS PELO MERCADOturmalina paraíba
CORazul a azul avioletado, verde, de rosa a rosa arroxeado; (as cores vívidas são denominadas pelo mercado como neon, fluorescente ou elétrica).
VARIEDADESturmalina paraiba.

 



Rubi 

NOMES UTILIZADOS PELO MERCADO
  • rubi birmanês ou oriental - geralmente considerado de melhor cor, que foi tradicionalmente denotada pelo termo sangue de pombo (de vermelho a vermelho ligeiramente arroxeado em tonalidade escura média e saturação vívida);
  • rubi sangue de boi - ligeiramente mais escuro que a cor sangue de pombo;
  • rubi cor francesa cereja - ligeiramente mais claro que a cor sangue de pombo;
  • rubi tailandês, siamês ou do Sião, também chamado de rubi lamacento - de vermelho escuro a vermelho amarronzado ou vermelho arroxeado;
  • rubi do Ceilão ou Sri Lanka - (tem tonalidade clara) muitas vezes mais brilhante que as gemas birmanesas ou as tailandesas;
  • rubi africano (rio Umba) - tipicamente vermelho alaranjado.
CORde vermelho alaranjado a vermelho arroxeado, vermelho amarronzado.
VARIEDADESrubi estrela.
 




Safira 

NOMES UTILIZADOS PELO MERCADO
  • safira dourada; safira ameixa ou ametista; safira jacinto; safira rosa; safira verde; safira incolor ou leucossafira; safira tipo alexandrita (safira com mudança de cor);
  • safira padparadscha - de laranja a rosa intenso, de claro a médio, a laranja-rosa;
  • safira kashmir - azul ligeiramente avioletado, aveludado, altamente satirada de tonalidade de média a média escura (muitas vezes descrita como flor de trigo azul), com transparência "adormecida"; reconhecida como a melhor qualidade de safira azul;
  • safira oriental ou birmanesa - azul ligeiramente avioletado, altamente saturado de tonalidade de média a média escura (normalmente descrita como azul-royal); pode apresentar uma aparência tinturada sob luz incandescente, mas é ainda considerada uma safira de muito boa qualidade;
  • safira do Ceilão ou Sri Lanka - do azul claro acinzentado ao avioletado, bastante brilhante;
  • safira do Sião, siamesa ou tailandesa - azul escuro; na Inglaterra um azul escuro intenso com ligeira aparência aveludada;
  • safira de montana - altamente transparente, a maioria de tonalidade clara, a cor é descrita como azul "adormecido";
  • safira africana - tipicamente de tonalidade clara;
  • safira australiana - muito escura e tinturada, muitas vezes apresenta cor dicróica verde forte;
  • safira "gueda" - gema de aparência leitosa proveniente do Sri Lankaque pode desenvolver a cor azul quando tratada com aquecimento.
NOMES UTILIZADOS (enganosamente) PELO MERCADOtopázio oriental, topázio rei, topázio imperial; esmeralda oriental; ametista oriental; água-marinha oriental; safira água-marinha.
CORverde, amarelo, rosa, roxa, violeta, marrom, preto, cinza, incolor, de azul avioletado a azul esverdeado de tonalidade indo de muito claro a muito escuro.
VARIEDADESsafira com mudança de cor, espato adamantino, safira estrela.







  

PEDRAS PRECIOSAS PARTE -2

Diamante 

NOMES UTILIZADOS PELO MERCADObrilhante canário, champagne, conhaque, river, premier, jager, diamante-do-cabo, diamante-savoiano, piqué, diamante fantasia.
CORNormalmente de amarelo, cinza e marrom muito claro ao incolor (muito raro) as cores fantasia-amarelo; cinza e marrom mais escuros e azul, verde, laranja, rosa, vermelho e roxo em tonalidades de muito clara a escura..

 
Esmeralda 

NOMES UTILIZADOS PELO MERCADO
  • esmeralda colombiana - denominação do mercado para esmeraldas de alta qualidade
  • esmeralda russa ou siberiana - denominação da menos azuladacom mais inclusões e cor mais clara que as gemas colombianas
  • esmeralda brasileira - termo usado algumas vezes para as gemas verde claro
  • esmeralda sandawana - termo usado para gemas de verde profundo, normalmente de tamanho pequeno e com muitas inclusões
  • esmeralda da Zambia - termo usado para as gemas ligeiramente acinzentadas
CORDe verde claro a muito escuro ao verde azulado muito forte.
VARIEDADESesmeralda trapiche.
Opala 

NOMES UTILIZADOS PELO MERCADOopala branca, opala negra, opala de fogo, opala d"água, opala-musgo, xilopala, entre outros.
CORBranca, cinzenta, azul, verde, alaranjada, negra, incolor, vermelha - virtualmente qualquer cor encorpada.
VARIEDADESopala nobre, opala comum, hialita.