quarta-feira, 4 de maio de 2016

CRISTAL DE ROCHA NEGRO

CRISTAL DE ROCHA NEGRO

Raríssimo. Um cristal de rocha com tintura negra ou preta. Diferencia de seus irmãos de cores, como o cristal incolor (transparente), hialino (puríssimo como o vidro), leitoso (como o leite), citrino (amarelo cítrico), violeta (ametista), róseo (rosado) e morion (marron) e outras tantas variedades. O nome “cristal” vem da palavra grega krystallos, significando gelo, pois pensava-se que o cristal era gelo formado pelos deuses. Cristalografia: trigonal. Dióxido de silício. Dureza 7. Densidade 2,6. Brilho vítreo. Não é fusível. Qualidade: incolor, transparente e opaco. Clivagem fraca. Fratura concóide. Encontrado em todo o mundo, mas as jazidas mais importantes estão no Brasil.

PETRÓLEO, O ÓLEO DE PEDRA.

PETRÓLEO, O ÓLEO DE PEDRA.

Petróleo é uma palavra latina “petroleum” petra + oleum que quer dizer “óleo de pedra”. Talvez por que quando foi descoberto aflorando à superfície através de fendas no solo, vindo de rochas profundas, daí o termo óleo de pedra. Já que naquele tempo só se usavam óleos vegetais e animais. “Petróleo bruto” ou “óleo cru” é a mesma coisa, é o petróleo em seu estado natural como sai da terra. Os hidrocarbonetos como também são conhecidos, é constituído principalmente por carbono e hidrogênio. Quanto ao petróleo, ele pode ser líquido, em forma de asfalto, piche, betume ou alcatrão.  Também identificamos dois compostos intimamente relacionados, o gás natural, também conhecido como metano e o óleo. E há os sólidos como os xistos betuminosos. Esta substância é tão velha que o Antigo Testamento, há mais de 2.000 antes de Cristo, em Gênesis 6:14, Noé, sob orientação divina, construiu a Arca de Noé, toda de madeira e a selou com “piche”. Os egípcios também usavam o alcatrão, piche e betume para mumificação de seus mortos.
Quando fazemos a destilação do petróleo, numa torre de destilação atmosférica, em fornalha de 400°C, apuramos por etapas decrescente de graus até o topo da torre que estacionará em 20°C, uma profusão de materiais inflamáveis. Resíduos pesados de refinação, como o óleo diesel pesado, cera parafínica, graxas e asfalto ocorrem em 400°C. Em 350 a 250°C, aparece o gasóleo transformado em combustível para motores diesel e caldeiras. De 250 a 160°C, acontecem os querosenes para jatos e óleo de calefação. Nos graus 160 a 70°C, surgem à nafta, transformada em plásticos, gasolina e outras substâncias químicas. E em 70 a 20°C, se extraem a gasolina e matéria prima para plásticos. E na constância dos 20°C, aparecem os gases para refino que são o metano, etano, butano e propano. E o que mais me intriga deste hidro+carbono, do grego, líquido+carbono = que é o petróleo líquido, é, como ele foi feito nas profundezas da Terra? Há duas polêmicas, uma antiga e outra mais recente para conceber o aparecimento do petróleo nas entranhas do solo. Alguns cientistas e geólogos acreditam em deposição de detritos biológicos, acumulados e enterrados em bacias reservatórias e conservadoras ao longo dos tempos. Com o passar das eras geológicas, formou-se o petróleo, óleo e gás, ou hidrocarbonetos. Mas existe outro grupo de cientista e geólogos (eu endosso este grupo), que acreditamos, os hidrocarbonetos eram um dos componentes minerais que constituiu as rochas no interior da Terra, quando da formação, por meio da acrescentação de sólidos. Ou ainda, pela mineralização proveniente da decomposição de carbonatos metálicos em contato com a água superaquecida. Segundo essa teoria, os elementos do petróleo já estavam nas profundezas do planeta, desde a origem da Terra. Raciocine, tente entender e depois me fala. Nestes últimos 150 anos extraíram-se tanto óleo e gás, que creio, eu pessoalmente, que o planeta Terra esteja encolhendo ou se deformando. Só a cidade de São Paulo nestes cento e tantos anos quanto de asfalto gastaram para asfaltar suas ruas e avenidas. E soma novamente os tapas buracos e recapeamentos. Agora, contamos todas as cidades e as rodovias do mundo. É muita “lama preta” que saiu e continua saindo das profundezas de nossa Terra. E podemos acrescentar os derivados do petróleo, plásticos de todos os tipos, adubos, tintas, remédios, combustíveis, graxas e mais de 4.000 produtos derivados do petróleo. Creio que o planeta está emagrecendo ou tomando uma forma alterada. É possível. E o petróleo não vai acabar tão cedo, um dia acaba, acho, mas ele está aparecendo e acumulando de novo na “capa” da Terra. E em todos os terrenos e mares do mundo.

terça-feira, 3 de maio de 2016

2 - ESMERALDA DE CARNAÍBA

1 - CIANITA DE ANAGÉ
Características: Jazida com 188 mil toneladas de reserva medida, situada no município de Anagé, a cerca de 22km a oeste de Vitória da Conquista. Esta área, de titularidade da CBPM, também inclui a jazida de bentonita licitada e ganho pela empresa Companhia Brasileira de Bentonita – CBB cuja unidade mínero-industrial de produção de bentonita ativada está implantada e em fase pré-operação. São 352,5 hectares, onde ocorrem quatro corpos elúvio-coluviais de concentrações residuais principalmente de cianita, mas com participações subordinadas de granada, estaurolita e quartzo, em meio a material areno-argiloso inconsolidado, resultante da decomposição de xistos. Cinqüenta e seis por cento da reserva são formados por cristais de cianita maiores do que 5mm. Nos 44% restantes o comprimento dos cristais de cianita oscila entre 0,6 e 5mm. As concentrações de cianita apresentam a seguinte composição (%): SiO2 - 42,5 a 40,0; Al2O3 - 57,6 a 53,5; Fe2O3 - 2,5 a 0,93; MgO - 0,18 a 0,05; Na2O - 0,17 a 0,03; e K2O - 0,35 a 0,04. O minério é adequado para utilização como refratário, dentro das especificações da indústria nacional. A operação de lavra e beneficiamento da jazida poderá ser realizada com baixo custo, em razão da favorabilidade de suas características geológicas e da simplicidade das operações para a concentração do minério.
2 - ESMERALDA DE CARNAÍBA
CARACTERÍSTICAS: As zonas mineralizadas em esmeralda ocorrem em três áreas de pesquisa da CBPM, totalizando 1.512,49 hectares, situadas no Distrito de Esmeralda de Carnaíba, município de Pindobaçu, no norte da Bahia. A zona mineralizada mais importante, e já investigada com sondagem, situa-se na parte da reserva garimpeira numa área com 41,54 hectares. A esmeralda concentra-se na zona de interação metassomática de filões de pegmatitos, ou de mobilizados graníticos, com corpos ultramáficos serpentinizados. Esta interação resulta na formação de filões de biotita xistos, muitas vezes com um núcleo quartzo-feldspático. Esses filões são os hospedeiros das esmeraldas, que se apresentam como cristais hexagonais de berilo verde, em geral zonados (mais claros no interior) e de tamanhos variados (poucos milímetros a poucos decímetros de comprimento). Os fatores que controlam a concentração preferencial e a qualidade das gemas, como intensidade da cor, cristalinidade e inclusões, dentro dos filões, ainda não são bem compreendidos. A CBPM não só realiza trabalhos de pesquisa em suas áreas, principalmente através de sondagem, como também dá apoio técnico aos garimpeiros e micro-empresários da região. Em suas áreas de pesquisa, ela dimensionou, recentemente, uma reserva total de 18,3 milhões de toneladas de biotita xistos, das quais 6,3 milhões são de reserva medida e 12 milhões de reserva indicada. Em outras áreas de titularidade da CBPM, prevê-se um bom potencial de xistos hospedeiros de esmeralda-berilo. Dados históricos nos garimpos apontam para uma produtividade de 1,11kg de esmeralda total (gemológica e não gemológica) por tonelada de biotita xisto lavrado. Com base nesta relação, presumem-se, respectivamente, reservas da ordem de 7 mil e 13,4 mil toneladas de esmeraldas gemológica e não gemológica.
3 - AREIAS ILMENÍTICAS DE PRATIGI, MUNICÍPIO DE ITUBERÁ
CARACTERÍSTICAS: Compreende mineralizações de placers de ilmenita, com rutilo, cianita e zirconita associados, relacionadas com cordões litorâneos localizados na região de Valença a Itacaré. Dez áreas de pesquisa de titularidade da CBPM distribuem-se numa área de 8.697,12 hectares. Os trabalhos de pesquisa e avaliação mineral desenvolvidos pela CBPM nas áreas de pesquisa de sua titularidade localizadas na região de Pratigi, no litoral sul da Bahia, resultaram no dimensionamento de 8,2 milhões de toneladas de areias ilmeníticas (cut-off 1,5%), com teor médio de 3,09% de minerais pesados, predominantemente ilmenita, estaurolita e zirconita, em depósitos placers antigos relacionados a cordões litorâneos.
Com o objetivo de estudar em detalhe os aspectos ambientais envolvidos na futura explotação dos depósitos, a CBPM contratou um grupo multidisciplinar de consultores externos que desenvolveram estudos de zoneamento ambiental na área de ocorrência das areias ilmeníticas. Os resultados desses estudos demonstraram que é perfeitamente possível compatibilizar as operações de lavra com as normas ambientais em vigor, tanto mais quando se considera que o método de lavra proposto (dragagem por sucção, seguida de concentração gravimétrica) executa imediatamente, e de modo contínuo, a recomposição das áreas lavradas.
A área avaliada, com extensão de 21km por 11km, abrange depósitos de minerais pesados formados em extensos cordões litorâneos, de idade holocênica e pleistocênica (Figura 1), durante fases de avanço e recuo do mar (jazidas do tipo paleopraia). Os depósitos foram amostrados com furos de trado, em malha de pesquisa de 500m x 50m. As amostras, após concentração dos minerais pesados, foram submetidas a estudos mineralométricos para identificação dos minerais e determinações de teor. Os resultados subsidiaram a elaboração da modelagem do depósito, feita com o software Gemcom. As análises mineralométricas efetuadas em 50 amostras de concentrados têm os seus valores médios expressos na tabela 1:
TABELA 1 - COMPOSIÇÃO MINERAL MÉDIA DO CONCENTRADO
DE MINERAIS PESADOS DA REGIÃO DE PRATIGI, ITUBERÁ- BAHIA
MINERAL
PESO (%)
MINERAL
PESO (%)
Ilmenita
75,14
Rutilo
0,35
Estaurolita
9,31
Hiperstênio
0,23
Zirconita
4,83
Espinélio
0,07
Cianita
4,26
Epidoto
0,02
Silimanita
1,65
Monazita
0,02
Turmalina
1,33
Muscovita
Traços
Actinolita
1,22
Anatásio
Traços
Andaluzita
0,97
Clorita
Traços
Granada
0,59
Biotita
Traços
Para a modelagem do depósito foram considerados os dados das pesquisas realizadas pela CBPM nas áreas de Barra dos Carvalhos, Rio do Campo e Barra do Serinhaém e o contorno das áreas de preservação ambiental definidas nos estudos de zoneamento realizados por consultoria contratada pela CBPM (Figura 2).
Para o cálculo das reservas foram usados teores de corte (cut-off) de 1,5%, 1,8% e 2,0%, que normalmente são utilizados por empresas que explotam depósitos de minerais pesados similares. A distribuição das reservas por intervalo de teor de minerais pesados nos depósitos de Pratigi, para o cut-off 1,5%, é mostrada na Figura 3. A Tabela 2 sintetiza as reservas da região de Pratigi, discriminadas por zona ambiental e por diferentes teores de corte.
TABELA 2 - RESERVAS DE MINERAIS PESADOS NA REGIÃO DE PRATIGI (em toneladas)

Teor
de
Corte
(%)
ZONAS AMBIENTAIS DO DEPÓSITO

RESERVA TOTAL
Zona de
Mangue (ZM)
Zona de vida silvestre (ZVS)
Zona sem restrição ambiental (SRA)
Reserva (t)
Teor Médio (%)
Reserva (t)
Teor Médio (%)
Reserva
(t)
Teor Médio
(%)
Reserva
(t)
Teor Médio
(%)
1,5
510.003
2,36
187.528
2,35
7.520.509
3,18
8.218.040
3,09
1,8
386.029
2,74
142.549
2,71
6.647.654
3,62
7.176.233
3,54
2,0
319.486
3,02
119.675
2,71
6.139.055
3,93
6.578.216
3,54

A pesquisa foi desenvolvida pela CBPM em três etapas distintas (Valença-Itacaré, Ilmenita de Serinhaém e Rio do Campo) cujos resultados, conjugando informações geológicas, econômicas e ambientais, apontam para a viabilidade da explotação sustentável dos depósitos de areias ilmeníticas de Pratigi, em harmonia com as normas legais e princípios de preservação do meio ambiente.
4 - OURO E METAIS BASE DO RIO SALITRE
CARACTERÍSTICAS: Prospectos em estágio inicial de exploração - Anomalias geoquímicas e geofísicas, sondagens e registros de massas de sufetos maciços, essencialmente a pirita-pirrotita, rastreados por uma extensão de 1,5km ao longo do strike.
5 - OURO E METAIS BASE DE SOBRADINHO
CARACTERÍSTICAS: Prospectos em estágio inicial de exploração - Anomalias geoquímicas e geofísicas, e um furo de sonda rotativo com interseção de mais de 100m de um horizonte pelito-grafitoso com persistentes valores de Au entre 0,1 e 0,4 g/t Au;
6 - OUTROS PROSPECTOS DE METAIS EM ESTÁGIO INICIAL DE AVALIAÇÃO
CARACTERÍSTICAS: Além dos depósitos minerais já avaliados, a CBPM possui outros prospectos em diversos ambientes geológicos do Estado, ainda em estágio inicial de avaliação. Na maior parte, apresenta potencial para ouro, metais-base e ferro. A maioria dos indícios de mineralização está localizada em ambientes vulcanossedimentares do tipo greenstone belt, que ocorrem em várias partes do Estado. Esses prospectos foram selecionados a partir de dados de levantamentos geológicos e aerogeofísicos, realizados em áreas requeridas pela CBPM. As informações contidas nos prospectos, ainda em estágio preliminar de avaliação de dados, relacionam-se com registros isolados ou agrupados de ocorrências minerais e de anomalias geoquímicas e geofísicas. O acervo já reunido está disponível para análise e avaliação por parte dos investidores e empresas de mineração. Ainda assim, a CBPM planeja realizar progressivos trabalhos de pesquisa e avaliação nessas áreas, que apresentam perspectiva de sucesso na atração de novos investimentos para o setor mineral do Estado. Os prospectos mais destacados são aqueles com potencialidade para minérios de ferro, ouro e metais base (Ni, Cu, Pb e Zn). Incluem-se nesta situação os conjuntos de áreas situados na extensão do Vale do Rio Paramirim, no centro-oeste da Bahia, e na borda ocidental da Chapada Diamantina. Em alguns desses prospectos a CBPM já iniciou os trabalhos de pesquisa e avaliação.
7 - NEFELINASSIENITO DE ITARANTIM
CARACTERÍSTICAS: A nefelina é um insumo mineral de largo emprego industrial na fabricação de vidros e produtos cerâmicos. O Canadá e a Noruega são praticamente os únicos produtores mundiais, enquanto os Estados Unidos e a Europa Ocidental são os maiores consumidores. O depósito, situado no Município de Itarantim, no sudoeste do Estado da Bahia, em sete áreas de titularidade da CBPM, com 5.782,57 hectares, compreende um maciço de biotita-nefelina-sienito com 16km de comprimento, largura variando de 3 a 12km e elevação máxima de 300 metros em relação ao terreno circundante. Nos corpos pesquisados, que constituem apenas uma pequena parte do maciço sienítico, foram dimensionadas reservas da ordem de 55,15 milhões de toneladas, das quais 2,65 milhões são de reserva medida (Serra do Felícimo) e 52,5 milhões de reserva indicada. A parte central do maciço alcalino, ainda não pesquisada em detalhe, sugere um potencial superior a 200 milhões de toneladas. A composição mineralógica média dos corpos pesquisados é a seguinte: K-feldspato (30-36%); albita (27-35%); nefelina (23-24%); carbonato (2-3%); minerais contendo ferro, principalmente biotita, com menor quantidade de ferro-hastingsita e magnetita (8-10%) e traços de apatita, titanita e zirconita. O minério do depósito foi submetido com sucesso a testes de beneficiamento e ensaios tecnológicos. Como resultados foram obtidos produtos com valores médios de 61% de sílica, 22% de alumina, 13,6% de álcalis e menos de 0,1% de ferro total, que atendem, portanto, às especificações exigidas pelas indústrias de vidro e cerâmica. Por se tratar de uma jazida de classe mundial, o empreendimento mínero-industrial para produção de nefelina poderá suprir, além de uma indústria de vidros associada ao próprio empreendimento, todo o mercado nacional, seguindo a estratégia de promover a substituição do feldspato.
Os depósitos de Nefelina Sienito de Itarantim e da Areia de Alta Pureza de Santa Maria Eterna, são jazidas de classe mundial que distam entre si aproximadamente 120km, e constituem insumos minerais essenciais para a produção de vidros planos e vidros especiais. Ensaios industriais de produção de vidro plano utilizando a areia de alta pureza de Santa Maria Eterna, juntamente com a nefelina da jazida de Itarantim, resultaram em excelentes produtos, que superam em qualidade as mais rígidas especificações industriais.
8 - CALCÁRIO CALCÍTICO DA REGIÃO DE JACOBINA
CARACTERÍSTICAS: Depósitos aflorantes de calcário calcítico, identificados e investigados pela CBPM no âmbito das áreas de 7 direitos minerários de sua titularidade, totalizando 4.745,57 hectares, situadas nas localidades de Lages do Batata, Fazenda Bonsucesso, Fazenda Ouro Verde, Taquarandi e Caatinga do Moura, no município de Jacobina (seis áreas com 3.880,21 hectares) e Taquarandi, no município de Mirangaba (uma área com 865,36 hectares), distando cerca de 330km a NW de Salvador. O minério desses depósitos é de excepcional qualidade para uso nas indústrias de cal, de cimento portland e de carbonato de cálcio precipitado. Os valores médios, em percentagem (%), de seus principais componentes são os seguintes: CaO – 54,18; MgO – 0,72; SiO2 – 1,36; Al2O3 – 0,19; P2O5 < 0,02; S < 0,04, Fe Total< 0,05; e TiO2 < 0,03.
Nestes depósitos foram dimensionados reservas da ordem de 149,66 milhões de toneladas, das quais 106,24 milhões são medidas, 7,42 milhões são indicadas e 36 milhões são inferidas. Os depósitos da fazenda Bonsucesso e da fazenda Ouro Verde, com reservas medidas de 51,26 milhões e 49,86 milhões de toneladas, respectivamente, são os mais importantes. Os depósitos apresentam excelentes condições de lavra, em razão da baixa relação estéril/minério; incipiente cobertura de solo; inexistência de intercalações silicosas e de níveis dolomíticos checados através de sondagens; mergulho suave das camadas (5o); e grande largura aflorante. A área dispõe de excelente infra-estrutura (energia elétrica, estradas asfaltadas, ferrovia relativamente próxima, água, telecomunicações e serviços) para implantação de um empreendimento mínero-industrial.
9 - LITHOTHAMNE – DEPÓSITOS CALCÁRIOS BIODETRÍTICOS
CARACTERÍSTICAS: Corresponde a acumulações de sedimentos marinhos biodetríticos originados da fragmentação, desagregação e deposição de colônias de algas que foram naturalmente extintas e acumuladas o fundo do mar. Os depósitos estão situados na região litorânea de Belmonte, no extremo Sul da Bahia, no âmbito de áreas de pesquisa de titularidade da CBPM, que totalizam 11.207,21 hectares. As acumulações de calcários biodetríticos marinhos de Belmonte constituem um importante depósito, que apresenta condições econômicas de explotação numa profundidade entre 10 e 25m de lâmina d’água. A CBPM desenvolveu trabalhos de pesquisa e bloqueou uma reserva total de 84 milhões de toneladas, das quais 35,7 milhões são de reserva medida e 48,3 milhões de reserva indicada. O minério carbonático possui os seguintes teores médios: CaO - 36%, MgO - 4% e CaO+MgO - 40%. Estes teores definem o minério dos depósitos avaliados como um calcário calcítico a magnesiano, de acordo com as classificações oficiais de calcário agrícola. Além desses principais componentes, o minério contém trinta micronutrientes sob forma livre e não composta. Isto mostra que, quando dissolvidos, esses elementos tornam-se disponíveis no solo e perfeitamente assimiláveis, tanto pelos organismos animais como vegetais. Esse calcário poderá, então, ser utilizado em agricultura na fertilização de solo e na constituição de ração animal. Essas características físicas e químicas do minério calcário lhes dão aptidão para usos industriais, como um produto carbonatado, rico em micronutrientes, 100% natural e por conseqüência, perfeitamente ecológico, não ocasionando contaminação no meio ambiente marinho e terrestre. Os depósitos reúnem excelentes características que são amplamente favoráveis ao seu aproveitamento econômico.
10 - ROCHAS ORNAMENTAIS – GRANITOS
Buscando ampliar a produção de granitos ornamentais no Estado da Bahia, hoje o terceiro maior produtor do país, a CBPM vem realizando trabalhos de pesquisa visando identificar e avaliar novas jazidas de granito. O objetivo é colocá-las à disposição da iniciativa privada para implantação de novos empreendimentos no setor de rochas ornamentais do Estado. Na atualidade a CBPM detém direitos minerários sobre 41 áreas de pesquisa para rochas ornamentais, distribuídas em várias partes do território baiano, totalizando 9.366,38 hectares. Nestas áreas, a CBPM delimitou 21 jazimentos, dos quais 9 foram transferidos para a iniciativa privada, por meio de processos de concorrência pública. Os outros 12 jazimentos definidos, totalizando reservas superiores a 2,5 milhões de metros cúbicos, permanecem disponíveis ao interesse de empresas privadas.
11 - COBRE DE RIACHO SECO
CARACTERÍSTICAS: As mineralizações de cobre estão situadas no extremo norte do Estado, na região de Riacho Seco, em cinco áreas de titularidade da CBPM, equivalentes a 2.404,52 hectares, no município de Curaçá. As mineralizações são constituídas por disseminações de sulfetos de cobre em rochas gabróicas anfibolitizadas, bastante deformadas. Em superfície, as mineralizações mostram-se oxidadas, transformadas em malaquita. Os trabalhos de pesquisa e avaliação mineral desenvolvidos pela CBPM dimensionaram uma reserva total da ordem de 5 milhões de toneladas de minério, com teor médio de 0,8% de cobre. A reserva é de pequeno porte, mas permanece em aberto a possibilidade de existência de reservas de maior porte. O depósito necessita do desenvolvimento de trabalhos adicionais de avaliação, considerando-se que está situado numa região com alto potencial para mineralizações de cobre, a exemplo da mina da Caraíba.

DNPM aprova relatório de pesquisa de projeto de ouro da Brazil Minerals no Amazonas

DNPM aprova relatório de pesquisa de projeto de ouro da Brazil Minerals no Amazonas 




A Brazil Minerals teve o relatório de pesquisa do direito minerário referente ao projeto de ouro Apuí/Borba, na cidade de Borba (AM), aprovado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), na sexta-feira (29). O projeto, segundo a mineradora, tem mineralização potencial de 4,3 milhões de onças. O próximo passo da Brazil Minerals é o estudo de viabilidade do ativo.

MINÉRIO DE FERRO: Preço do minério recua 4% e fica em US$ 63,41

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 Mercado fraco na volta do feriado; Preço melhor do minério contribui para superavit recorde em abril; Estoque de minério do Brasil na China volta a subir.