domingo, 5 de junho de 2016

Escala de Mohs

Escala de Mohs A escala criada pelo mineralogista austríaco Friedrich Mohs (1773-1839) no início do século 19 classifica os minerais segundo sua dureza. Entre o talco, o mais ‘tenro’, e o diamante, o mais resistente, Mohs reconheceu oito diferentes graus de dureza entre os minerais. Mas esses intervalos não são regulares. A escala é uma simples classifica- ção da dureza dos minerais e foi feita levando em conta que cada mineral arranha os de número inferior. Assim, entre o diamante (dureza 10) e seu seguidor imediato, o coríndon (dureza 9), há uma diferença de dureza 10 vezes maior que aquela entre o coríndon e o talco (dureza 1).  10 • Diamante 9 • Coríndon 8 • Topázio 7 • Quartzo 6 • Ortoclásio 5 • Apatita 4 • Fluorita 3 • Calcita 2 • Gipsita 1 • Talco

COMO GARIMPAR OURO

Como garimpar ouro


1. Escolha o lugar certo para garimpar
O melhor é ir até um riacho com fama de já ter dado ouro antes. Mesmo que haja apenas lendas que correm dentro da família sobre um certo riacho ou lugar, vale a pena tentar. Geralmente, há um pouco de verdade por trás de cada história passada de geração em geração. Pode-se até achar que um riacho que já foi explorado no passado não tem mais nada a oferecer.

Mas o fato é que riachos e rios carregam pequenos flocos e pepitas de minérios vindos de depósitos da nascente do rio. As tempestades podem trazer quantidades pequenas de ouro à superfície, e no garimpo esse tesouro pode ser seu.
como garimpar ouro
2. Escolha o ponto certo do rio ou riacho. Ele deve ser a onde a água tem pelo menos 15 cm de profundidade. Se a água for mais rasa do que isso, ela pode ter lama ou detritos (folhas, por exemplo), o que pode atrapalhar na hora de examinar a sua batéia dentro de água.
Como garimpar ouro
3. Escolha um lugar onde a corrente seja calma. A água deve-se mover em uma velocidade rápida o suficiente para levar embora os detritos e impurezas, mas não a ponto de atrapalhar os movimentos necessários para o garimpo quando a sua batéia estiver submersa.
Como garimpar ouro
4. Escolha um local com pedras grandes ou uma árvore caída. Esse passo é opcional, mas poder sentar nas pedras ou no tronco de uma árvore enquanto você garimpa tornará o seu trabalho muito mais fácil (e suas pernas e costas agradecem).
Como garimpar ouro
5. Escolha a sua batéia. Normalmente, elas são feitas de plástico ou de metal. Por serem à prova de ferrugem, mais leves e pretas (o que facilita a visualização do ouro), as de plástico são melhores para iniciantes. Além disso, elas vêm com relevos para facilitar na hora de reter o ouro.
Caso decida usar uma batéia de alumínio, retire toda e qualquer oleosidade da superfície. Se a batéia for nova, não é preciso ter esse trabalho. Para retirar o óleo, segure a batéia sobre uma fogueira usando luvas térmicas ou uma pinça grande de cozinha. Esquente a batéia até que ela fique vermelha e incandescente. Mergulhe na água logo depois. Esse processo retira a oleosidade e as folhas, além de deixar uma coloração azul-marinho, o que facilita a visualização do ouro.
Como garimpar ouro
6. Saiba como usar a peneira da batéia. A peneira pode ser colocada em cima da batéia e serve para separar os itens grandes dos pequenos. Ela não é necessária, mas pode ajudar bastante caso o garimpo aconteça em areias negras e/ou com limo.
Lavando rochas maiores e musgo
Como garimpar ouro
1. Encha a batéia com cascalho até um pouco mais da metade. Mantenha a batéia debaixo da água.
Como garimpar ouro
2. Sacuda a batéia várias vezes. Sacuda para a frente e para trás, e depois de um lado para o outro. Cuidado para não sacudir demasiado forte a ponto dos materiais acabarem por sair da batéia.
como garimpar ouro
3. Páre de sacudir a batéia e comece a fazer um movimento circular suave. O cascalho vai começar a rodar dentro da batéia. Desta forma a maior parte da sujidade e da argila vão sair ou dissolver-se. Aproveite as raízes e musgos para enrolá-los em volta da batéia com os dedos--isso fará com que qualquer resíduo que contenha ouro acabe dentro da batéia.
como garimpar ouro
4. Pegue as pedras maiores. Repita os passos acima até que todas as pedras maiores tenham saído, e as substâncias mais pesadas (como ouro e areia) fiquem depositadas no fundo da batéia.
Lavando a areia mais leve e o cascalho
Como garimpar ouro
1. Segure a batéia debaixo de água, deixe-a completamente submersa. Incline-a levemente para "parar a corrente" e assim expor a batéia a mais força.
como garimpar ouro
2. Gire a batéia de um lado para o outro. Mexa levemente para a frente, como se virasse uma panqueca na frigideira (mas com a batéia, não vire o seu conteúdo). O objetivo é mexer o conteúdo da superfície da batéia, levando o cascalho mais leve para a borda.
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3. Deixe a batéia plana. Deixe-a na posição inicial ainda debaixo da água. Ao nivelar e sacudir a batéia, o ouro que houver vai decantar, enquanto o material mais leve virá à tona.
como garimpar ouro
4. Repita esse processo várias vezes. No final desse processo de garimpo, deve sobrar mais ou menos duas xícaras de materiais mais pesados na batéia, não deve haver mais pedrinhas ou pedregulhos. O material que fica no fundo é o mais pesado, e costuma consistir em areia negra ou material concentrado, ou seja, se você tiver sorte, um pouco de ouro.
Lavando a areia negra
como garimpar ouro
1. Levante a batéia para fora da água. Deixe mais ou menos 2 cm de água dentro. A água é necessária, pois será preciso continuar peneirando e separando a areia do ouro ao retirar a batéia da corrente.
como garimpar ouro
2. Incline levemente a batéia na sua direção. Mexa a água e os materiais devagar para que se movam em círculos. Isso irá permitir que você veja se há pepitas maiores que podem ser pegas com a mão.
Se você tiver a sorte de encontrar pepitas, coloque-as em um recipiente à parte. Pequenos frascos de vidro ou plástico vazios são perfeitos para esta função.
como garimpar ouro
3. Deixe a batéia debaixo da água. Repita os passos da terceira parte (sacudindo para frente e para trás, além de girá-la, nivelá-la e balançá-la). Todo cuidado é pouco neste passo. Se você mexer a batéia com muita força, pode acabar por perder parte do ouro.
como garimpar ouro
4. Use um íman, caso sua batéia seja de plástico. TIre a batéia da corrente, deixando o mínimo de água possível dentro. Coloque um íman no fundo da batéia, do lado de fora, e mova o mesmo devagar ao redor dela. A areia negra é magnética e será atraída pelo íman. Esse processo irá ajudar a separar o ouro da areia rapidamente.
como garimpar ouro
5. Coloque o resto da areia negra e do ouro em uma garrafa. Depois de ter separado o máximo possível de areia do ouro, guarde o restante em uma garrafa.
Para evitar perdas, use um funil na boca do pote e por fim, coloque o conteúdo da batéia na garrafa.

Batimetria e sub-bottom, metodologias para ficar rico de um dia para o outro no ouro ou diamantes

Batimetria e sub-bottom, metodologias para ficar rico de um dia para o outro no ouro ou diamantes


Já falamos das armadilhas para os diamantes, armadilhas que também valem para o ouro, mas agora estamos vendo como achar essas armadilhas em profundidade abaixo das águas:



Através de um sistema de batimetria ou sonar que desenha a calha do rio e mostra os buracos e as barreiras para o ouro e os diamantes no fundo do rio, mas esses buracos foram preenchidos por areia e cascalho, justamente o material que contem tanto os diamantes como o ouro.
Portanto além da batimetria que ira mostrar a lamina d´agua ate o fundo, temos que determinar a camada de áreia e cascalho que preencha os buracos ate o fundo rochoso, pois é lá que podem ficar fortunas em diamante e ouro. E este sistema é o sub-bottom. O material abaixo do fundo.
Mas não vamos poder testar todo o rio, o custo seria muito alto, temos que escolher áreas discrepantes de granulometria de ouro. E quem vai poder nos informar a respeito destas discrepâncias são os dragueiros e balseiros, mas eles são muitos e trabalharam em fases diferentes.
O nosso trabalho prévio será mapear as informações de dragagem a respeito não das produções, mas da granulometria do ouro: ouro grosso ou fino, cada garimpeiro sabe disto e pode informar onde saiu ouro grosso e onde saiu o fino.
Imagina uma barreira no fundo do rio, um buraco ou uma barragem de rocha tal uma tarisca de cobra fumando, a montante ficara o ouro grosso, a jusante só o ouro fino passara, e, portanto se as dragas encontraram do lado de baixo, só ouro fino e do lado de cima, só ouro grosso, o correto sera procurar essa anomalia do fundo, um buraco cheio de ouro ou diamantes que as dragas normais não conseguiram atingir por causa da profundidade ou uma barreira com ouro grosso colado na parte de cima da barreira, ou um filão de ouro submerso.
A batimetria e o sub-bottom poderão mostrar isto em detalhe neste local e se for confirmado, terá que adaptar a draga para esse tipo de profundidade e aí será o bamburro, a sonhada riqueza de um dia para o outro

Os três fácies do kimberlito

Os três fácies do kimberlito



Seguindo o nosso trabalho de base a respeito da geologia do diamante, iniciado com:Qualquer um pode achar um corpo com diamantes, estamos apresentando os diversos tipos de kimberlitos através das diversas morfologias e petrologias, ou seja, os seus fácies conhecidos.


KIMBERLITO DE CRATERAS
A morfologia de superfície de kimberlitos intemperizados é caracterizada por uma cratera de até dois quilômetros de diâmetro cujo piso pode estar a centenas de metros abaixo da superfície. A cratera é geralmente mais profunda no meio. No entorno da cratera há um anel de tufa relativamente pequeno (em geral com menos de 30 metros) quando comparado com o diâmetro da cratera. Duas categorias principais de rochas são encontradas em kimberlitos de crateras: piroclásticas, depositadas por forças eruptivas e epiclásticas, retrabalhadas por água.
Rochas Piroclásticas: Encontradas preservadas em anéis de tufa no entorno da cratera ou dentro da cratera. Os anéis possuem pequena relação altura por diâmetro da cratera e são preservados em muito poucos kimberlitos. Os únicos locais com anéis de tufa bem preservados no mundo são Igwisi Hills na Tanzânia e Kasami em Mali. Os depósitos são normalmente acamados, vesiculares e carbonizados.
Rochas Epiclásticas: Estes sedimentos representam retrabalho fluvial no material piroclástico do anel de tufa no lago formado no topo da diatrema. Apresentam-se dispersas quanto mais afastadas do centro e das paredes rochosas.
Considerando a raridade de kimberlitos de crateras é difícil desenvolver um modelo para determinar com certeza que todos os kimberlitos serão conformados segundo as características observadas acima.
KIMBERLITO DE DIATREMAS
Diatremas kimberlíticas possuem de 1 a 2 quilômetros de profundidade e geralmente apresentam-se como corpos cônicos que são circulares ou elípticos na superfície e afinam com a profundidade. O contato com a rocha hospedeira é dado usualmente entre 80 e 85 graus. A zona é caracterizada por material kimberlítico vulcanoclástico fragmentado e xenólitos agregados de vários níveis da crosta terrestre durante a subida do kimberlito à superfície.
KIMBERLITO ABISSAL
Estas rochas são formadas pela cristalização de magma kimberlítico quente e rico em voláteis. Geralmente não possuem fragmentação e parecem ígneos.
São notáveis as segregações de calcita-serpentina e as segregações globulares de kimberlito em uma matriz rica em carbonato.
Vários modelos de classificação foram desenvolvidos para os kimberlitos e as grandes variações de textura e mineralogia apresentadas por estas rochas implicam em dificuldades para classificá-los. O modelo mais conhecido e geralmente bem aceito foi proposto por Clement e Skinner (1985). Esta classificação é largamente utilizada, no entanto é importante notar aqui as implicações genéticas neste modelo. O termo “tufisítico” significa presumir que o kimberlito foi formado através de processo de fluidização, porém ainda existem controvérsias com relação à formação dos kimberlitos.
As subdivisões das fácies principais são determinadas visualmente por diferenças na textura. As características diferenciadoras podem ser resumidas:
Kimberlitos de crateras são reconhecidos por características sedimentares. Kimberlitos de diatremas são reconhecidas por formações geodésicas do magma cristalizado e formações semelhantes geradas durante a perda dos gases. Kimberlitos abissais são comumente reconhecidos pela presença abundante de calcita e textura segregada com macro/mega-cristalizações.

A divisão entre “breccia” e “não breccia” denomina rochas fragmentadas e é comumente aportuguesada do italiano pelo termo “brecha”. A denominação aqui é baseada no volume percentual dos fragmentos visíveis macroscopicamente. Qualquer rocha com mais de 15% do volume de fragmentos visíveis é denominada “breccia”. Fragmentos podem ser acidentados ou cognatos. Vale ressaltar que não existem classificações inteiramente aceitas para o kimberlito.. 

Qualquer um pode achar um corpo com diamantes

Qualquer um pode achar um corpo com diamantes




Com as descobertas de diamante secundário pipocando na região do Tapajós, o intenso interesse dos nossos leitores no assunto e as discussões a respeito de sua origem, seja em lamproitos já detectados,kimberlitos já encontrados ou mesmo conglomerados mapeados na região dos diamantes do Tapajós, iremos iniciar um indispensável trabalho de base explicando aos nossos leitores leigos com a ajuda dos nossos leitores informados, o que significam esses termos um tanto complicado e como é possível encontrar um corpo primário com diamantes numa área menor do que um campo de futebol, mas que pode enriquecer você, sua região e ate o seu pais. apesar de difícil, queremos mostrar que achar um corpo primário com diamantes não é exclusividade de empresas especializadas e que um curioso com conhecimentos de base tem a mesma chance que uma empresa com parafernália técnica
Iremos iniciar pelos kimberlitos, termo famoso como fonte de diamantes, mas de origem africana.
Segundo Rodrigo Correia Barbosa, o kimberlito é uma rocha ígnea intrusiva, um peridotito composto por olivina (normalmente serpentinizada) com quantidades variáveis de flogopita, ortopiroxênio, clinopiroxênio, carbonatos e cromita. Todos esses minerais formam uma rocha ultra básica e escura e extremamente fraca perante as intempéries e portanto não vai ser fácil o encontrar sob a forma de rocha fresca mas sob formas alteradas e de cores totalmente diferentes da sua cor e aspecto original.
Os kimberlitos são a mais importante fonte de diamantes, porém sua existência só se tornou conhecida no ano de 1866. Os depósitos da região de Kimberley na África do Sul foram os primeiros reconhecidos e deram origem ao nome. Os diamantes de Kimberley foram encontrados originalmente em kimberlito laterizado. Classifica-se grosseiramente, em função das características do kimberlito de Kimberley o kimberlito como sendo “yellow ground” e “blue ground”. Yellow ground é relativo ao kimberlito intemperizado que se encontra na superfície. Blue ground é relativo ao kimberlito não intemperizado, encontrado em profundidades variáveis.
O kimberlito ocorre principalmente nas zonas de crátons, porções da crosta terrestre estáveis desde o período Pré-Cambriano. No Brasil existem três áreas cratônicas. O cráton Amazônico onde situa-se o Tapajós é a principal delas, porém ao sul de Rondônia e norte do Mato Grosso também encontra-se kimberlitos. O cráton do São Francisco ocupa grande parte de Minas Gerais e destaca-se na região sudeste do Brasil, porém nele, com exceção dos kimberlitos pobres da Serra da Canastra, não se conhecem rochas kimberlíticas mineralizadas.
Os kimberlitos são um grupo de rochas ultrabásicas ricas em voláteis (principalmente dióxido de carbono). Normalmente apresentam textura inequigranular característica, resultando na presença de macro-cristalizações inseridas em uma matriz de grãos finos. A montagem destas macro-cristalizações consistem em cristais anédricos de ilmenita magnesiana, piropo titaniano pobre em cromo, olivina, clinopiroxênio pobre em cromo, flogopita, enstatita e cromita pobre em titânio, sendo que a olivina é o membro dominante. Os minerais da matriz incluem olivina e/ou flogopita juntamente com perovskita, espinélio, diopsídio, monticellita, apatita, calcita e serpentina.
Alguns kimberlitos contém flogopita-estonita poiquilítica em estágio avançado.
Sulfetos de níquel e rutilo são minerais acessórios comuns. A substituição de olivina, flogopita, monticellita e apatita por serpetina e calcita é comum.
Membros desenvolvidos do grupo do kimberlito podem ser pobres ou desprovidos de macro-cristalizações e compostos essencialmente de calcita, serpentina e magnetita juntamente com flogopita, apatita e perovskita, os últimos em menor quantidade.
Segundo Kopylova (2005), em referência a Clement e Skinner (1985), o kimberlito pode ser dividido em três unidades que iremos estudar mais tarde, baseadas em sua morfologia e petrologia:

Kimberlitos de crateiras, kimberlitos de diatremas e kimberlitos abissal