domingo, 5 de junho de 2016

Como Comprar Pedra Preciosa de Água marinha

Como Comprar Pedra Preciosa de Água marinha


A água-marinha é uma pedra preciosa popular e mais barata. Ela é membro da família dos berilos e tem o tom azulado devido a traços de ferro em sua composição química. Diferentemente de sua prima, a esmeralda, a água-marinha é altamente resistente a inclusões e relativamente fácil de minar, tornando-a bastante comum e mais barata. Se quiser comprá-la, deve aprender como identificar uma pedra de qualidade. Você também deve ser esperto ao comprá-la, estipulando um valor que possa pagar e evitando vendedores não confiáveis.


Método 1 de 2: Procure por Qualidade

  1. Imagem intitulada Buy Aquamarine Gemstone Step 1
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    Procure por uma água-marinha impecável ou quase perfeita para uma joia mais agradável. Por natureza, a água-marinha é uma das pedras mais limpas disponíveis. As principais inclusões são raras e, muitas vezes, um sinal de maus-tratos. A água-marinha de qualidade não deve ter inclusões que são visíveis a olho nu, e quaisquer inclusões que sejam visíveis através de ampliação devem ser leves e interiores.
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    Considere uma água-marinha com inclusões mais visíveis se for usar a pedra para contas ou peças casuais. Mesmo que ela tenha uma dureza de 7,5 a 8 na escala de Mohs, ainda pode ser danificada se usada com frequência ou se atingir uma superfície dura. Se você espera um pedaço de joia para ser agredido, poupe dinheiro comprando uma água-marinha com inclusões interiores que sejam perceptíveis a olho nu. No entanto, evite inclusões de superfície, uma vez que estas podem fazer a sua pedra mais propensa a trincar ou quebrar depois de ser atingida.
  3. Imagem intitulada Buy Aquamarine Gemstone Step 3
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    Decida sobre a tonalidade certa. Pedras ricas em azul são geralmente mais valiosas do que tons de verde, mas a maioria de tons de azul-esverdeado são mais valiosas do que as pedras com bordas mais claras. Em última análise, no entanto, a tonalidade certa é uma questão de preferência pessoal.
  4. Imagem intitulada Buy Aquamarine Gemstone Step 4
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    Escolha uma intensidade adequada. Pedras azuis cor de céu profundo (azul mais escuro) são as mais valiosas e, em geral, tons mais escuros são mais cobiçados do que os claros. Cores mais escuras são mais raras e também têm uma cor mais viva do que cores pálidas. Mas isso também é, no entanto, uma questão de preferência pessoal.
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    Determine quantos quilates você quer.
    • Pedras menores ficam bonitas em peças delicadas, enquanto as água-marinhas grandes podem chamar mais atenção.
    • Já que a água-marinha é bastante comum, normalmente você pode encontrar pedras de muitos quilates por preços acessíveis. Para a maioria das pedras preciosas, o preço por quilate aumenta consideravelmente quanto mais peso tiverem, mas o valor de uma água-marinha de 30 quilates é apenas um terço superior ao preço de uma água-marinha de 1 quilate.
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    Escolha o corte de alta qualidade. O corte de qualquer pedra preciosa determina o seu brilho, ou a maneira como ela reflete a luz. Água-marinhas bem cortadas são altamente reflexivas. Segure a pedra contra a luz e vire-a para examinar como a luz incide sobre ela a partir de vários ângulos.
  7. Imagem intitulada Buy Aquamarine Gemstone Step 7
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    Escolha um formato. Águas-marinhas são bastante fáceis de cortar e resistentes a fraturas, o que permite aos joalheiros oferecer a pedra em uma grande variedade de formas. Formas tradicionais incluem redonda, pera, oval, quadrada e esmeralda, mas muitas variedades e formas modernas também estão disponíveis. Escolha uma que lhe agrade.
  8. Imagem intitulada Buy Aquamarine Gemstone Step 8
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    Pergunte sobre o tratamento térmico. Esse tratamento é uma prática amplamente aceita usada para melhorar o azul de uma pedra. Pedras amarela-acastanhadas e amarela-esverdeadas são aquecidas a uma temperatura entre 400 e 450 graus Celsius, ou 752 e 842 graus Fahrenheit. Este tratamento é permanente e não danifica a pedra.

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    Defina um orçamento. Determine o quanto você pode gastar antes de comprar uma joia para evitar se apaixonar por uma pedra cujo preço não cabe no seu bolso. Só examine peças que você sabe que pode pagar com base no seu orçamento.
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    Saiba o que esperar do preço. A clareza, ou o número de inclusões, muitas vezes determina a qualidade de uma pedra. Os preços também variam dependendo da cor.
    • Águas-marinhas de baixa a média qualidade podem variar cerca de R$ 10 a R$ 200 por quilate.
    • Águas-marinhas de média qualidade com mais de 10 quilates podem custar entre R$ 300 e R$ 400 por quilate.
    • Águas-marinhas de alta qualidade são muito mais caras. Uma pedra azul clara sem aquecimento pode custar cerca de R$ 180 por quilate, enquanto uma pedra azul-esverdeada clara pode custar entre R$ 360 a R$ 480 por quilate.
    • As pedras não aquecidas mais caras são de tom médio a forte céu azul (azul mais escuro), e elas podem custar até cerca de R$ 1100 a R$ 1200 por quilate.
    • Águas-marinhas aquecidas com uma forte tonalidade azul-esverdeadas podem custar cerca de R$ 360 por quilate.
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    Escolha um metal bonito. Muitos compradores preferem configurações de prata e ouro branco, uma vez que esses metais de tons frios combinam bem com tons de azul. No entanto, configurações em ouro amarelo muitas vezes são mais bonitas com águas-marinhas de cor azul-esverdeada profunda.
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    Esteja atento às pedras falsas. O topázio azul é muito menos valioso do que a água-marinha, mas as duas pedras podem ser muito parecidas.
    • Evite pedras rotuladas como "água-marinha brasileira" ou "água-marinha Nerchinsk", já que ambas, na verdade, se referem ao topázio azul.
    • Também evite "água-marinha Siam", que é, na verdade, zircão azul.
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    Evite pedras sintéticas. Já que águas-marinhas naturais são predominantes e fáceis de minar, elas são mais baratas do que as sintéticas.
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    Negocie com joalheiros de renome. Lojas em cadeia (ou em rede) confiáveis são um bom lugar para começar, mas se você quiser uma opção mais barata, procure por joalheiros locais e vendedores individuais. Quando for a uma fonte menos conhecida, peça para ver a certificação oficial de uma organização gemológico reconhecida nacionalmente.
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    Considere comprar águas-marinhas soltas por atacado. Pedras soltas são geralmente mais baratas, e você pode examinar a qualidade da pedra mais a fundo. Pedras soltas também lhe fornecem maiores oportunidades de personalização da joia.
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    Faça uma pesquisa. Confira os preços e a seleção de pedras em várias joalherias, tanto on-line quanto pessoalmente. Monitore cada local para vendas e folgas.

Rara turmalina paraíba só é encontrada em cinco minas em todo o planeta, três delas no Brasil

Rara turmalina paraíba só é encontrada em cinco minas em todo o planeta, três delas no Brasil

Pedra recebeu o brasileiríssimo nome porque foi encontrada no interior do estado

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RIO - De um azul profundo, com brilho próprio, a turmalina paraíba é hoje considerada a pedra mais rara do mundo. Descoberta na década de 1980 no estado do Nordeste que lhe dá nome, a gema é encontrada em apenas cinco minas ao redor do planeta; três delas no Brasil, de onde saem os exemplares mais valiosos. A produção, entretanto, é muito escassa, quase extinta, tornando-a cada vez mais cara e cobiçada. As principais joalherias do país têm algumas peças com a pedra preciosa, guardadas a sete chaves, e o valor de uma dessas exclusivas joias pode chegar a R$ 3 milhões. O país produz ainda outras pedras raras, como o topázio imperial, exclusivo de Ouro Preto, e as esmeraldas verdes.
Mesmo que não sejam mais caras que os diamantes, as gemas raras conferem exclusividade às joias e a quem as usa. Para calcular a qualidade de uma pedra preciosa, especialistas usam o critério dos quatro Cs, adaptado da língua inglesa: lapidação (cut), pureza (clarity), quilate (carat) e, o mais importante, cor (color). Para além disso, a raridade de uma gema e o design exclusivo de uma joia podem fazer o seu preço se multiplicar rapidamente.
A produção da turmalina paraíba é cada vez mais escassa, meros 20 mil quilates por ano, contra 480 milhões dos diamantes.
— Se hoje existem sete bilhões de pessoas no mundo, são sete bilhões que querem ter um diamante — diz o relações-públicas da joalheria H.Stern, Christian Hallot. — Não é o caso da turmalina paraíba, que pouca gente conhece, justamente por ser muito rara, difícil de encontrar. Se tivesse a mesma demanda, seu preço iria para a estratosfera, para uma outra galáxia.
A pedra recebeu o brasileiríssimo nome porque foi encontrada pela primeira vez no distrito de São José da Batalha, no interior da Paraíba. O país é rico em turmalinas verdes, mas ninguém nunca tinha visto aquela pedra de azul tão intenso que logo foi chamada de azul neon. Houve quem chegasse a pensar que se tratava de uma falsificação. Para sanar as dúvidas, em 1989 a gema foi enviada para o Instituto de Gemologia da América, nos Estados Unidos, o maior laboratório de pedras do mundo. E a resposta foi surpreendente: tratava-se de uma nova pedra, nunca antes vista.
Nos anos 1990 foram achadas outras duas minas na mesma região, mas, desta vez, do outro lado da divisa, no Rio Grande do Norte. Por fim, duas minas foram descobertas na África, uma em Moçambique, outra na Nigéria.
O fator determinante para se afirmar que se tratava de uma pedra até então desconhecida foi a sua composição química. A turmalina paraíba contém cobre, que lhe confere o tom de azul intenso e o brilho único. A mesma composição incomum foi registrada nas pedras africanas.
— As outras turmalinas não têm cobre — explica Jurgen Schnellrath, do Laboratório de Gemologia do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) da UFRJ. — E é por conta dessa substância que ela parece emitir luz.
De início, os brasileiros não teriam dado muita atenção à nova descoberta.
— Na realidade, eles não deram a menor importância àquela pedra azul que resplandecia como um brilhante — conta Laja Zylberman, presidente da joalheria Sara. — Mas os japoneses ficaram fascinados com as gemas e começaram a comprar e revender na Ásia, fazendo com que alcançassem preços inacreditáveis.
Como são muito raras, os joalheiros não costumam partir as pedras, mas sim trabalhar com elas mais ou menos no formato em que aparecem. Isso faz com que seja difícil, por exemplo, fazer brincos, o que requer pedras bastante parecidas. A lapidação, no entanto, é fundamental para intensificar o brilho da pedra.
— A pedra é facetada em ângulos determinados de forma que a luz possa penetrar nela e voltar aos olhos com a maior beleza possível — explica o geólogo Daniel Sauer, presidente da joalheira Amsterdam Sauer. — A lapidação aprimora cor e brilho, tira da pedra seu melhor potencial.
Outra pedra brasileira rara é a esmeralda. Buscadas desde os tempos dos bandeirantes (que, na realidade, acharam turmalinas verdes), as esmeraldas somente começaram a ser encontradas em solo nacional na década de 1960.
— O fascínio que pedras dessas cores exercem se explica porque o azul é um tom ligado à água, ao céu; e o verde se relaciona às plantas, à vida — acredita Sauer. — São cores muito próximas do ser humano.
E, embora as esmeraldas brasileiras não sejam tão valiosas quanto às da Colômbia, o país tem potencial, analisam os especialistas.
— O Brasil demorou 440 anos para achar esmeraldas, mas hoje é um dos solos mais promissores para essas gemas de alta qualidade. Já foram achadas pedras verde-azuladas, o tom colombiano — conta Hallot.
Embora não tão precioso quanto a turmalina paraíba, o topázio imperial é bastante raro. Sua produção se restringe a Ouro Preto. Das profundezas da terra, a pedra surge nas mais variadas cores, como amarelo, rosa e cereja. Outra gema bastante exclusiva, embora não tão valiosa, é a chamada opala de fogo em tons alaranjados, que vão do laranja ao vermelho. Elas são mais comuns no México, mas começam a ser encontradas aqui também, no Nordeste.
— Diferentes das opalas comuns, mais leitosas, essas são muito translúcidas — explica a designer de joias Yrys Albuquerque.


Glass Beach e seus coloridos seixos de vidro

Glass Beach e seus coloridos seixos de vidro

A erosão provocada pelas águas do mar designa-se por erosão marinha ou abrasão marinha, por meio da qual as ondas atuam fortemente contra as rochas, desagregando-as e formando materiais soltos que, ao passarem por um processo natural de arredondamento e polimento, formam os seixos.

Alguns fragmentos duros de objetos criados pelo homem podem ser arredondados e transformados em seixos artificiais: por exemplo, vidro, tijolo e até certos tipos de plástico. Em Fort Bragg, Califórnia (EUA), existe uma localidade repleta de seixos de vidro: Um conjunto de três praias chamado de Glass Beach.


Entre 1906 e 1967, os moradores da região tinham o costume de jogar nessa localidade todo o tipo de lixo (que era lançado das falésias). A área servia de depósito para eletrodomésticos e até mesmo carros velhos. Às vezes, incêndios eram provocados para reduzir o tamanho da pilha de lixo.

Entre o material descartado estava o vidro. Milhares de pedaços de vidro descartados foram sendo polidos pela ação das ondas do mar ao longo de décadas. Com o passar dos anos, os vidros quebrados pela ação das ondas  formaram pequenos e arredondados fragmentos, dificultando a separação dos cacos de vidro dos fragmentos rochosos naturais.

Em 1967, a área foi fechada para o início de uma série de programas de limpeza, numa tentativa de recuperar a praia. Hoje Glass Beach é uma área de proteção ambiental e turistas visitam o local procurando por esse tesouro de vidro.

 Esse é um exemplo da forma espetacular de como a natureza é capaz de superar impactos provocados pela ação humana.