domingo, 12 de junho de 2016

Tempos de ouro

Tempos de ouro


A cidade foi chamada de último faroeste brasileiro, a capital dos garimpos. No auge da febre do ouro, Itaituba recebia hordas de gente vinda de todos os cantos do país. Vinte toneladas de ouro por ano chegaram a ser extraídos dos garimpos do Alto Tapajós no fim dos anos 80.Mesmo com a decadência da mineração no rio do ouro, eles não perderam a esperança. Dos mais de 700 garimpos, só 200 ainda estão em funcionamento. A produção não chega a três ou quatro toneladas por ano.
Zé Arara é o mais lendário garimpeiro do Tapajós. Na década de 60, foi o garimpeiro mais famoso da Amazônia. Ele formou um império, no município de Itaituba, de aviões, mansões, fazendas, muito dinheiro, tudo tirado do ouro. Aí veio a crise e ele teve que recomeçar tudo.
“Antes da crise fui o único brasileiro que vendeu na faixa de 40 toneladas de ouro ao governo brasileiro”, conta ele. Zé Arara perdeu muito, mas nunca foi um garimpeiro de alma livre, capaz de gastar em uma noite, com mulheres e bebida, tudo o que levou meses para ganhar.
Ao contrário, ele construiu um patrimônio. “Além de ter um jato, tinha 15 aviões pequenos e quatro bandeirantes”, ressalta. Um problema com o jato em Itaituba fez com que Zé Arara trasladasse o avião de volta para a fábrica, em Nova York.“O avião explodiu no ar. Morreram dois tripulantes, dois comandantes e dois mecânicos. Para eu desenrolar esse rolo e não ser preso nos Estados Unidos, tive que gastar 200 quilos de ouro”, conta o garimpeiro.
Desde então, ele está sem sair do garimpo. São onze anos pagando dívidas. “Não devo mais, agora estou lutando para reerguer nosso negócio”, conta. Zé Arara se diz dono de 23 mil hectares de terra, toda a área do garimpo de Patrocínio. Mesmo assim, os moradores criaram uma associação e querem transformar a região em uma comunidade.
Zé Arara se sente ameaçado. “Temo até pela minha segurança. Hoje, estou recomeçando aos 70 anos”, ele diz. O garimpo não é mais como antes. Das dez mil pessoas que buscavam ouro em Patrocínio só restam duas mil.

A lenda de Manoa del Dorado

A lenda de Manoa del Dorado


Eldorado (do castelhano El Dorado, "O Dourado"), Manoa (da língua achaua manoa, "lago"), ou Manoa del Dorado (já citado anteriormente) é uma lenda que se iniciou nos anos 1530 com a história de um cacique ou sacerdote dos muíscas, indígenas da Colômbia, que se cobria com pó de ouro e mergulhava em um lago dos Andes. Inicialmente um homem dourado, índio dourado, ou rei dourado, foi depois fantasiado como um lugar, o reino ou cidade desse chefe lendário, riquíssimo em ouro.
Embora os artistas muíscas trabalhassem peças de ouro, algumas das quais hoje formam o rico acervo do Museu do Ouro ,em Bogotá, nunca foram encontradas entre eles grandes minas, muito menos as cidades douradas sonhadas pelos conquistadores que pretendiam repetir a façanha de Francisco Pizarro no Peru. Tudo indica que os muíscas ou chibchas obtinham o ouro por meio de trocas com indígenas de outras regiões ou extraindo ouro dos rios da região.
Sedentos por mais ouro, os conquistadores fizeram o mito migrar para leste, para os Llanos da Venezuela e depois para além, no atual estadobrasileiro de Roraima ou nas Guianas. Na forma tomada pelo mito a partir do final do século XVI, a cidade dourada, agora conhecida como Manoa, se localizaria no imenso e imaginário lago Parima e teria sido fundada ou ocupada por incas refugiados da conquista de Pizarro.

O mito é semelhante ao de Paititi ou Candire, que também seria uma cidade cheia de riquezas que teria servido de refúgio a incas que escaparam da conquista espanhola, mas costuma ser localizada muito mais ao sul, entre as selvas da Bolívia e Peru ou no Brasil, no Acre,,Rondônia ou Mato Grosso. Os dois mitos têm origem comum no sonho de conquistadores de enriquecer repetindo a façanha de Francisco Pizarro, o conquistador dos incas, e influenciaram-se mutuamente, mas o de Paitíti associou-se, em tempos mais recentes, com a nostalgia de povos andinos pelo antigo Império Inca, ganhando conotações nativistas.

Após o eldorado de Roraima (Manoa), o da Colombia

Após o eldorado de Roraima (Manoa), o da Colombia


Em 1534, logo depois que os espanhóis completaram a conquista do Império Inca e refundaram a Kitu dos incas como San Francisco de Quito (no atual Equador), o rei de uma tribo foi lá solicitar ajuda dos espanhóis para a guerra de seu povo contra os muíscas. Ele afirmou que na terra dos muíscas havia muito ouro e esmeraldas e descreveu a cerimônia do homem coberto de ouro que, durante séculos, despertaria a cobiça dos conquistadores.
Cronistas relatam que, assim que o impulsivo Sebastián de Belalcazar ouviu a história, exclamou "Vamos procurar esse índio dourado!" Mas não foi o único. Belalcázar saiu de Quito em busca de El Dorado já em 1535, mas Nicolás de Federmann, que saiu da Venezuela no mesmo ano; e Gonzalo Jiménez de Quesada, que partiu da costa norte da Colômbia no ano seguinte. O último foi o primeiro a chegar à terra dos musicas, perto de Bogotá e conquistá-los, em 1537. Os outros dois disputaram seu domínio da região em 1539, mas submeteram-se à arbitragem do rei da Espanha, que concedeu o governo da região de Popayán (ao sul) a Belalcázar. Quesada obteve os títulos de marechal do Novo Reino de Granada (nome que dera à região) e de Governador de El Dorado, voltando em 1549. Federmann nada obteve e foi processado pela família Welser de Augsburgo, que financiara sua expedição, acabando por morrer na prisão.

Em 1568, com 60 anos, Jiménez de Quesada recebeu a missão de conquistar Los Llanos ("As Planícies"), a leste dos Andes, com a ideia de encontrar Eldorado. A expedição partiu de Bogotá com 400 espanhóis e 1.500 indígenas e alcançou a confluência dos rios Guaviare e Orinoco, mas não pôde prosseguir e retornou quatro anos depois, derrotada e reduzida a 70 homens. Com sucessivas explorações, a localização do suposto Eldorado foi se deslocando cada vez mais para leste, em território do que é hoje a Venezuela e depois o atual estado brasileiro de Roraima e as Guianas.

Os pequenos veículos de transporte, meios de circulação do sangue do garimpo

Os pequenos veículos de transporte, meios de circulação do sangue do garimpo


O transporte de diesel, de peças sobressalentes ou mesmo as refeições dos trabalhadores em pequenas distâncias (da currutela ate a frente de serviço) em estradas estreitas e não carroçáveis podem ser feitas por motocicletas, quadriciclos e agora por jeeps a diesel.

Os jeeps levam mais material (500 kg) , tem cobertura para enfrentar a chuva, tração nas 4 rodas, podem ser dirigidos por motoristas menos habilitados e oferecem maior segurança do que as motos e os quadriciclos. Só o custo de compra que é mais elevado (na faixa de R$ 65.000,00), 3 vezes o quadriciclo e 5 vezes as motos tipo cross.

Vantagens e desvantagens de investir em ouro

Vantagens e desvantagens de investir em ouro



 Fernando Lemos



Essa deve ser a pergunta que a grande maioria dos leitores desse artigo procura uma resposta e, felizmente, eu tenho uma ótima solução sobre como investir em Ouro.
Apresentarei diversas modalidades de investimento em Ouro, assim como suas vantagens, desvantagens e custos.
1. Comprar Ouro Através de Jóias
Comprar jóias é uma das oportunidades para se investir em ouro. Assim como o investimento na Bolsa de Valores, o objetivo é tentar comprar barato para vender caro.
Há quem pense nas jóias simplesmente como patrimônio, acumulando ouro, prata e afins como parte dos bens familiares.
Apesar da facilidade do investimento, o Ouro presente nas jóias nem sempre será o de 24k (999 partes de Ouro para 1.000 partes do metal), mas sim 18k (750 partes de Ouro para 1.000 partes do metal).
Portanto, é preciso ter em mente que o teor de pureza para esse investimento é de 75%, ao contrário do investimento no Ouro através da BM&FBovespa, que é de 99,9%.
Vantagens:
·         Tendo dinheiro, é muito fácil entrar em uma joalharia e sair com uma jóia.
·         Facilidade para guardar, sendo ,inclusive, utilizável caso o comprador da jóia deseje.
Desvantagens:
Esta é uma modalidade pouco comum e que possui suas dificuldades por diversas questões como:
·         Necessidade de avaliação da qualidade da jóia no momento da venda.
·         Toda jóia guardada em casa necessita de um lugar muito seguro para evitar olhares de interesseiros.
·         Nem sempre o preço obtido ao vender ouro através da jóia é justo, dependendo da expertise do avaliador.
·         Opção de investimento pouco prática.
·         A correlação com o preço do Ouro não é muito forte.
Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!
2. Penhor de Jóias (Ouro)
Quem possui jóias ou barras de ouro pode utilizar o penhor como forma de capitalização.
A operação é muito mais vantajosa do que um empréstimo pessoal, por exemplo, já que a jóia serve como garantia do empréstimo feito a partir do penhor.
Esta é uma forma pouco tradicional, já que capitalização pode não ser considerada exatamente uma forma de investimento, mas resolvi colocá-la no artigo, já que envolve as barras de ouro.
Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!
3. Comprar Ouro através de Sites de Leilão
Sites famosos de leilão como o Mercado Livre e o eBay (links para a seção de ouro desses sites) oferecem oportunidades para se comprar tanto jóias como moedas e barras de ouro.
Apesar da grande variedade de opções e preços, é preciso tomar muito cuidado com a compra de ouro através desses sites, já que a informalidade é grande e a qualidade do material nem sempre pode ser confiável.
Vantagens:
·         Praticidade de comprar pela internet.
Desvantagens:
·         Qualidade do material vendido depende da credibilidade do vendedor, que nem sempre é confiável.
·         Preços altos em comparação ao preço do Ouro na BM&F.
·         Falta de uma padronização do material.
·         Dificuldade de revenda, já que você teria de seguir o mesmo caminho de sua compra, anunciando nesse tipo de site.
·         A Pureza do Ouro vendido (18k, ou 750 partes de ouro para cada 1.000 partes do metal) é diferente do ouro na BM&F (24k, ou 999 partes de ouro para cada 1.000 partes do metal).

Conclusão: Não Recomendado para Investimentos!