segunda-feira, 4 de julho de 2016

Preços de pedras preciosas podem se recuperar em dois anos

Preços de pedras preciosas podem se recuperar em dois anos

Consultoria prevê diminuição da oferta e aumento da demanda por diamantes nos próximos anos
Com redução da oferta em função do fechamento das minas, há previsão de aumento de demanda em até 4%
A Bain & Company, uma consultoria de negócios, lançou a quinta edição do Relatório Anual da Indústria de Diamantes, que estima que a demanda por diamantes crescerá de 3% a 4% nos próximos 15 anos. A oferta, por sua vez, deve cair de 1% a 2% entre 2015 e 2030, em função da exaustão das minas existentes e do crescimento baixo das linhas de produção, fazendo com que o gap entre oferta e procura aumente a partir de 2019. China, Índia e Estados Unidos devem continuar sendo os principais consumidores de joias com diamantes.
No entanto, o mesmo estudo revelou uma queda de 25% nos preços a partir da segunda metade de 2014, consequência, principalmente, de uma desaceleração da economia chinesa.

Dentre os destaques do relatório, desenvolvido em parceria com o Centro Mundial de Diamantes da Antuérpia, há a possibilidade dos preços se recuperarem em um período de até dois anos. “Trata-se de um tempo de recuperação mais rápido do que o enfrentado pelas empresas em anos passados, entretanto não é um período breve a ponto de as empresas envolvidas não precisarem reviver seus modelos de negócios”, afirma Olya Linde, sócia da Bain e responsável pelo desenvolvimento do estudo.

“A queda na demanda chinesa por joias com diamantes em 2014 ocasionou a redução na compra de pedras brutas e polidas em 2015. Consequentemente, os varejistas do segmento reduziram seus pedidos, gerando aumento de estoque e a redução de 12% e 23% nos preços de diamantes polidos e brutos, respectivamente, desde maio de 2014, e de 8% e 15%, se considerados apenas os nove primeiros meses de 2015” ressalta Olya.

Entre 2001 e 2009, período que compreende a crise do subprime nos Estados Unidos, os preços dos diamantes levaram entre 18 a 24 meses para se recuperarem. Segundo os autores dos estudos, a situação atual, com fatores macroeconômicos positivos, é decididamente diferente. Os preços tendem a se recuperar mais rápido desta vez. “Prevemos uma recuperação rápida nos preços do segmento, entre um ou dois anos, contando que as empresas do segmento monitorem de perto seus estoques para não os deixar crescer demais”, comenta a especialista.

Os principais players do mercado de diamantes continuam sendo a China e a Índia, que juntos detêm cerca de 80% do mercado de corte e polimento de diamantes. Em contrapartida, o market share de players do continente africano, com Namíbia, África do Sul e Botsuana tem caído drasticamente, uma vez que esses países têm apresentado dificuldades para se tornarem competitivos dos pontos de vista de mão de obra e de tecnologia. Já Bélgica, Israel e os Estados Unidos, cujos mercados se caracterizam pelas pedras de alta qualidade, apresentaram declínio na receita obtida com a comercialização de diamantes polidos em decorrência da concorrência com as pedras indianas – atualmente, a Índia corta e pole mais de 40% dos diamantes com mais de um quilate, com padrão de qualidade similar ao dos mercados desenvolvidos.

Produção
No primeiro semestre de 2015, a produção global de diamantes cresceu 7% em relação ao mesmo período de 2014, em grande parte devido ao aumento da produção pela Alrosa e Rio Tinto. No entanto, os preços caíram significativamente no mesmo período, entre 20% e 27%.

O s cinco principais produtores foram responsáveis por mais de 70% da produção mundial, em volume – Desses, De Beers, Alrosa e Dominion foram responsáveis por cerca de 90% das vendas de US$ 1,2 bilhão de diamantes brutos em 2015.


A aliança da celebridade americana Kim Kardashian, com seu raro diamante, avaliada entre US$ 7 a 8 milhões
Fonte: Revista Minérios

Garimpo (legal) aberto ao público

Garimpo (legal) aberto ao público
Parque estadual de diamantes nos EUA atrai turistas com o intuito de descobrir pedras preciosas com certificado de autenticidade

Não se trata de uma promessa de enriquecimento fácil, mas uma maneira divertida de fazer mineração de diamantes. O Parque Estadual da Cratera de Diamantes da pacata cidade de Murfreesboro, localizada em Arkansas, Estados Unidos, é o único local público do mundo que permite que os visitantes garimpem pedras preciosas e as levem para casa de forma legal.

Pode parecer estranho e até mesmo surreal. No entanto, grupos e mais grupos se dirigem todos os anos à superfície da antiga cratera vulcânica, com a finalidade de encontrar diamantes, além de outras pedras semipreciosas como jaspe, ametista e garnet.
O local surgiu há cerca de 95 milhões de anos, quando uma rachadura na crosta terrestre permitiu que magma quente escapasse, criando um duto vulcânico que trouxe diamantes para cima. Este é o oitavo maior depósito de diamantes de superfície do mundo, um campo com mais de 14,900 m2.

A notoriedade do solo do Parque Estadual da Cratera de Diamantes já havia sido descoberta pelos geólogos no século XIX, mas somente em 1906 os primeiros diamantes foram encontrados por John Wesley Huddleston, o agricultor que possuía a propriedade na época. Huddleston, que também ficou conhecido como Diamond John (ou John Diamante), vendeu a terra pelo valor de $36,000.

O parque mudou de mãos várias vezes ao longo dos anos e várias tentativas de mineração industrial foram feitas. No entanto, o local provou ser mais valioso como atração turística. Mais de 25 mil diamantes já foram encontrados na região, desde que o Estado de Arkansas comprou a terra em 1972 para transformá-la em um parque estadual.


Muitos diamantes encontrados no Parque Estadual do Arkansas (EUA) foram catalogados pela Sociedade Americana de Pedras Preciosas
Como garimpar
Uma vez por mês o solo de onde são feitas as buscas por diamante passa por um processo de aração, o que contribui para que mais diamantes subam para a superfície da terra a fim de facilitar a busca. De acordo com os dirigentes do parque, não são necessárias ferramentas para escavar a terra, já que os visitantes podem encontrar as pedras na superfície apenas caminhando ao redor dos montes arados.

Contudo, a maioria dos “caçadores” prefere cavar o solo. O parque permite que os visitantes tragam as suas próprias ferramentas  e ainda oferece a opção de aluguel ou compra. Entretanto, não é permitido o uso de veículos elétricos ou movidos a motor para transporte de equipamentos dentro ou fora da área.

Segundo o parque, procurar por diamantes depende de quanto tempo o caçador dispõe, além das condições do clima. Existem três métodos para achar as pedras. A primeira consiste em andar em todas as direções dos montes com os olhos atentos, preferencialmente, quando tenha acabado de cair alguma chuva forte.

Outra opção é a que a maioria dos visitantes prefere: cavar cerca de 15 cm abaixo e usar uma tela para peneirar o solo. O terceiro método envolve um trabalho árduo e certa experiência, já que necessita uma escavação mais profunda, repetição de processos e classificação de cascalhos. Tudo para encontrar rejeitos das usinas comerciais de exploração do início do século passado.

Diamantes famosos
Entre os fabulosos achados do local estão o “Strawn-Wagner”, o mais perfeito diamante já catalogado pela Sociedade Americana de Pedras Preciosas e em exposição permanente no centro de visitantes do parque. Pesando 1,09 quilates (3,03 em estado bruto), a joia foi desenterrada pela residente Shirley Strawn e foi avaliada em US$ 37.000 depois de lapidada.

O maior diamante já encontrado na América também foi encontrado na cratera. Apelidado de “Tio Sam”, a pedra tinha 40,23 quilates (12,42 quilates após ser lapidado). Outra pedra rara encontrada no mesmo terreno foi o “Estrela do Arkansas”, com 15,33 quilates.

Até a primeira-dama Hilary Clinton usou um dos diamantes da região com o intuito de representar o estado durante as duas posses do presidente Bill Clinton na Casa Branca. A pedra conhecida como Kahn Canary pesava 4,25 quilates e foi emprestada por um amigo do presidente. O parque funciona o ano inteiro, exceto no Dia de Ação de Graças, Natal e Ano Novo. Adultos pagam US$ 8 e crianças a partir de 6 anos US$ 5.

Os dez maiores diamantes encontrados desde 1972
Nome
Origem
Quilates
Ranking
Cor
Ano
W.W. Johnson
Texas
16.37
Branco
1975
C. Blankenship
Louisiana
8.82
Branco
1981
B. Gilbertson
Colorado
8.66
Branco
2011
B. Lamle
Oklahoma
8.61
Marrom
1978
K. Connell
Illinois
7.95
Branco
1986
M. Dickinson/C. Stevens
Louisiana
7.28
Amarelo
1998
T. Dunn
Missouri
6.75
Marrom
1975
R. Cooper
Arkansas
6.72
Marrom
1997
Kinney III/Walker/Elterman/Higley
Michigan
6.67
Amarelo
2011
D. Roden
Texas
6.35
10º
Marrom
2006

 
Fonte: Revista Minérios

O mapa da mina : Onde garimpar ouro em um rio, córrego ou até mesmo um "dry-ravina"

O mapa da mina : Onde garimpar ouro em um rio, córrego ou até mesmo um "dry-ravina", onde um velho vapor era no passado.:

    FONTE: Garimpeiros e Geólogos Amadores

                O mapa da mina:

Abaixo está um mapa de ouro que eu criei para os meus netosSe por acaso o "Gold-Bug" morde você um dia e você gostaria de sair a extração de ouroeste mapa vai lhe dar todas as informações que você precisa para encontrar o ouro em mais nenhuma área. Você pode sair e comprar um monte de livros, mas, em geral, tudo se resume a essas oito áreas críticas que você deve pan primeiro. Depois de bater pay-sujeira, então mova lentamente a montanteaté encontrar a Mãe-Load, então você pode meenviar um cheque para 20% do que você encontrar (Just kidding)

Lembre-se: AREIA PRETA (tem muito ferro no mesmo), é pesado e vaiafundar mais baixa e menor para a corrente como o ouro, uma vez que você encontrar AREIA PRETA (Pode ser sob a areia Blond), há uma boachance de que você está muito perto do ouro que você está procurando.

Divirta-se Efeito panning

Walt Tofel

Gold Map
Where to pan for GOLD in a river, stream, or even a "dry-gulch", where an old steam was in the past.
Below is a GOLD MAP that I created for my grandchildren. If by chance the "Gold-Bug" bites you someday and you would like to go out panning for gold, this map will give you all the information that you will need to find gold in most any area. You can go out and purchase a ton of books, but in general it all comes down to these eight critical areas that you should pan first. Once you hit pay-dirt, then slowly move up-stream, until you find the Mother-Load, then you can send me a check for 20% of what you find (Just kidding)
Remember: BLACK SAND (It has lot of Iron in it), it is heavy and will sink down lower & lower into the stream like GOLD, so once you find BLACK SAND (It might be under the Blond Sand), there is a good chance that you are very close to the GOLD that you are seeking.   
Have Fun Panning
Walt Tofel
See additional pictures below

                                                                 
 O ouro se deposita no rio , como o motociclista entra em uma curva ; Sempre pelo miolo. ( por dentro ) .



 Veja outras fotos abaixo

Q # 1 O que é "Black Sand", e por que é tão importante?

A. Quando a extração de ouro, é bom estar à procura de "Black Sand", muitas vezes, o ouro é encontrado nessas areias mais escuras. Preto da areia é geralmente composto deferro, bem como a platina e paládiosão os metais pesados, como o ouro, assim, devido ao seu peso, todos eles têm uma tendência de afundar inferior num leito bem comoagrupamentoDa mesma forma, se você está encontrando Areia Preta, você pode encontrar ouro nesta área.

Q # 2 Por que está à procura de quartzo é tão importante?

A. O ouro é encontrado frequentemente com e ou em pedras de quartzo, pode serpanning um córrego ou escavação em ravina seca, se você está vindo em cima de pedras e rochas de quartzoter tempo para olhar cuidadosamente para esta quartzo. Muitas vezes você vai ver flocos finos e veias de ouro ou, eventualmente, um nice grande pepitaencaixada nesta rochas. Encontrar Quartz é uma boa indicação de possíveis ouro para ser encontrado nesta área.

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

Abaixo estão fotos adicionais, de modo a compreender melhor onde você pode encontrar ouro quando se olha para o rio seco ou ravina de uma perceptiva diferente.


Q #1 What is "Black Sand" and why is it so important?
A. When panning for gold, it good to be looking for "Black Sand", often gold is found in these darker sands. Black Sand is usually composed of Iron, as well as Platinum and Palladium, these metals are heavy like gold, thus because of their weight they all have a tendency of sinking down lower in a stream bed as well as grouping together. Likewise if you are finding Black Sand, you may find gold in this area.
Q #2 Why is looking for Quartz so important?
A. Gold is often found with and or in Quartz stones, you may be panning a stream or digging in dry gulch, if you are coming upon quartz stones and rocks, take the time to look carefully at this quartz. Quite often you will see fine flakes and veins of gold or possibly a nice large nugget incased in this rocks. Finding Quartz is a good indication of possible gold to be found in this area.
~~~~     ~~~~     ~~~~     ~~~~
Below are additional pictures, so as to better understand where you can find gold when looking at the river or dry gulch from a different perceptive.
  
   
   
Se, em um rio ou riacho, é uma boa maneira de manter a calma em um dia quente, com ouro de US $ 1.200 por onça troyvocê pode fazer alguns milhares de dólares, enquanto se diverte. 

If in a river or stream, it is a good way to stay cool on a hot day, and with gold over $1200 per troy ounce, you might make a few thousand dollars while having fun.
Have fun

OURO, DIAMANTES, ETC...;OCORRENCIAS MINERAIS NO BRASIL , ATRAVÉS DOS TEMPOS

OURO, DIAMANTES, ETC...;OCORRENCIAS MINERAIS NO BRASIL , ATRAVÉS DOS TEMPOS

FONTE:Garimpeiros e Geólogos Amadores

                                      

 TEM MUITO MAIS INFORMAÇÕES ( TENHO QUE CONVERTER OS ARQUIVOS )

                                                                  OURO
Os garimpos de ouro, que no século XIX desenvolveram-se apenas em duas áreas do Amazonas (Amapá e Gurupi), começaram a adquirir importância produtiva na década de 1960, com a descoberta dos aluviões do Distrito Aurífero do Tapajós, situado no sudoeste do estado do Pará. Entretanto, somente no início da década de 1980, com a descoberta de ouro na região de Carajás, é que se alastrou uma grande "corrida do ouro", que ultrapassou as fronteiras da Amazônia brasileira, envolvendo quase um milhão de garimpeiros. A explosão dessa atividade garimpeira foi motivada por vários fatores, destacando-se o agravamento da miséria de boa parte da população brasileira, principalmente a rural e nordestina, decorrente da falta de uma solução adequada para a questão agrária. A elevação do preço do ouro — ampliada no Brasil, até poucos anos atrás, pela diferença excessiva entre as cotações do dólar oficial e do mercado paralelo —, o atrativo despertado pela ampla divulgação na imprensa da descoberta de depósitos ricos como serra Pelada e a complacência — e mesmo um certo estímulo — das autoridades governamentais, durante a década passada, foram fatores que também contribuíram para a expansão da atividade garimpeira por toda a Amazônia.
Entretanto, devido à exaustão dos depósitos superficiais mais ricos, acompanhada pela queda do preço do ouro e sensível redução da diferença cambial, esse modelo social e econômico de ocupação da Amazônia encontra-se em rápido declínio.
Muitos dos depósitos auríferos secundários — eluviões, aluviões ou leitos dos rios — estão relacionados com jazimentos primários passíveis do aproveitamento econômico. Parte dos empresários do garimpo, desde que com orientação e políticas adequadas, poderão transformar-se em pequenos ou médios mineradores. Algumas tentativas governamentais nesse sentido foram implementadas na "Reserva Garimpeira do Tapajós", mas ainda sem resultados expressivos. Essa região foi responsável, nos últimos trinta anos, por uma produção da ordem de 400 toneladas, a maior de toda história do Brasil resultante de atividade artesanal. Houve mais de mil locais com atividade garimpeira, distribuídos numa área da ordem de 80 mil quilômetros quadrados. Apesar disso, os geólogos brasileiros estão divididos quanto à real potencialidade da região: uns acreditam que os indícios são muitos fortes para a existência de grandes depósitos; outros lembram que, como ocorreu na "corrida de ouro" do Alasca, uma infinidade de pequenos depósitos primários podem dar origem a concentrações residuais muito ricas.
Contudo, seja qual for o resultado empresarial da produção de ouro na Amazônia, os milhares de migrantes que foram atraídos pela "febre do ouro" da década passada estão engrossando as legiões dos "sem terra", que clamam por uma solução para a questão agrária, num país com dimensões continentais, mas onde as elites dominantes, desde o tempo das "capitanias hereditárias", têm na posse de grandes extensões territoriais uma das formas de seu poder político. O garimpo na Amazônia correspondeu a simples paliativo, apenas adiando por duas décadas — conforme já era previsível na época — a necessidade de uma solução para a questão agrária.
Além da reserva do Tapajós, a atividade garimpeira foi mais atuante ao sul de Carajás (Andorinhas, Tucumã e Cumarú), na região do rio Gurupi, no Amapá, no norte do estado de Mato Grosso (Juruena e Teles Pires), no alto rio Negro (Cabeça do Cachorro), em Rondônia (rio Madeira) e em Roraima (Surucucus e vizinhanças).
Ao sul de Carajás, o ouro está associado a seqüências de greenstone belts. Algumas ocorrências estão sendo pesquisadas por empresas, como as situadas nas proximidades da serra das Andorinhas. Também há pesquisa empresarial na região do Gurupi. Entretanto, apenas no antigo garimpo do Lourenço, no Amapá, houve atividade produtiva por empresa de mineração [Fig. 4].
Os ricos aluviões estaníferos de Rondônia foram responsáveis pela primeira "corrida garimpeira" da Amazônia, na década de 1960 — cerca de 10 mil garimpeiros estiveram envolvidos na produção de cassiterita, número bastante expressivo para a época. No final de década, a garimpagem foi proibida pelo governo federal, passando a produção para a mineração empresarial.
Na década de 1970, surgiram novos distritos estaníferos na Amazônia. Nas proximidades do rio Xingú, a oeste de Carajás, no estado do Pará, a descoberta foi feita por empresas de mineração, mas houve invasão garimpeira temporária. Posteriormente, a explotação foi completada por mineradoras. Na serra de Surucucus, no extremo oeste do estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela, a descoberta foi conseqüência de levantamentos radarmétricos realizados pelo governo federal. A invasão garimpeira ocorrida em 1976 correspondeu ao primeiro contato de atividade produtiva capitalista com os índios ianománi. Por ser um contigente pequeno, da ordem de 800 pessoas, foi possível a rápida desativação do garimpo, sem grandes seqüelas para os ianománi - isso ocorreu com a "corrida do ouro" da década seguinte.
Somente no início dos anos 1980 é que foram descobertos os mais expressivos depósitos de cassiterita da Amazônia. A jazida do Pitinga, no estado do Amazonas, está em produção por uma empresa de mineração e a de Bom Futuro, no estado de Rondônia, continua com atividade garimpeira, apesar dos esforços governamentais para regularizar uma atividade empresarial [Fig. 4].
A sensível queda do preço do estanho no mercado internacional tem desestimulado a abertura de minas, bem como a busca de novos depósitos.
Os corpos graníticos da Amazônia também são potenciais para depósitos de zircônio, nióbio, tântalo, tungstênio e terras-raras. Na mina do Pitinga há mineralizações associadas de columbita-tantalita, zirconita e criolita. No sudeste do estado do Pará há pequenos depósitos de volframita, que foram explorados parcialmente através da garimpagem.
Na Amazônia são conhecidos três complexos alcalino-ultrabásicos potenciais para depósitos de titânio, fosfato, nióbio e terras-raras: Seis Lagos, no estado do Amazonas, e Maicuru e Maraconaí, no estado do Pará. Em Seis Lagos há um grande potencial em nióbio. O complexo de Maicuru está associado a um corpo de cabornatito; além de suas reservas de fosfato, há um considerável potencial em titânio, mas sob a forma de anatásio, mineral para o qual ainda não há tecnologia que permita o seu aproveitamento industrial em bases econômicas [Fig. 4].
               


                                             DIAMANTES
No passado, houve garimpos de diamante no rio Tocantins, nas proximidades da cidade de Marabá. Hoje, a pequena produção de diamante está restrita à atividade garimpeira no norte de Roraima, na fronteira com a Venezuela, e à pequena mineração no estado de Mato Grosso. Há notícias de ocorrências de mineralizações primárias de diamante, associadas a kimberlitos, sem haver, contudo, produção
 sses estudos permitiram a seleção de mais de cem alvos com potencialidade para ocorrências de cobre, alguns com programas de pesquisa em desenvolvimento (Gameleira, Sossego, Liberdade, etc.). Os depósitos têm como característica fundamental a associação com magnetita e ouro. Alguns apresentam semelhanças com o tipo pórfiro [Figs. 7 e 8].
Após a privatização da CVRD, a partir de alvos pré-selecionados pelos levantamentos aerogeofísicos, dois novos depósitos foram selecionados e estão em fase final de avaliação: Cristalino e 118.
A CVRD readquiriu o controle total da jazida do Sossego (durante a fase de pesquisa, 50% estava sob o controle da Phelps Dodge) e está iniciando a implantação da lavra. Será a primeira mina de cobre de Carajás.
pesquisa da anomalia de cobre do igarapé Bahia possibilitou a descoberta, em 1985, de um depósito residual de ouro, resultante da atuação dos processos de laterização em rochas vulcânicas básicas mineralizadas a cobre e ouro. Corresponde à mais importante jazida de ouro pesquisada até o presente na Amazônia. Sua lavra foi iniciada em 1991; sua capacidade atual de produção é de 10 toneladas por ano, o que a classifica como a maior mina de ouro do Brasil. Os recursos totais em ouro, na zona intemperizada, eram da ordem de 100 toneladas.
No leste da província, entre as jazidas de manganês do Sereno e de ferro de serra Leste, situa-se expressivo depósito de ouro — onde, no início da década de 1980, surgiu uma das mais espetaculares áreas de produção artesanal do mundo contemporâneo. O garimpo de serra Pelada chegou a ter 60 mil homens em atividade, numa cava que atingiu 200 metros de diâmetro e 80 metros de profundidade. Durante seis anos, foram produzidas cerca de 50 toneladas de ouro. Entretanto, mais do que a quantidade, o que impressiona nesse depósito é a concentração do ouro: durante o garimpo, foram retirados blocos com até 60 quilos. Associado ao ouro, há platina, paládio e ródio. Com o encerramento da produção garimpeira, foram reiniciadas as pesquisas geológicas para se verificar a possibilidade de implantação da mineração [Figs. 7 e 8].
Deverá haver expressiva produção de ouro, como subproduto da mineração dos depósitos de cobre de Carajás. Na lavra da jazida do Salobo, está prevista a recuperação de 8 toneladas de ouro, para uma produção anual de 200 mil toneladas de cobre.
Os processos de laterização, que atuaram nos corpos ultramáficos de Carajás, deram origem a três depósitos limoníticos e garnieríticos de níquel: Vermelho, Onça e Puma. Entretanto, os recursos avaliados ainda não permitiram a sua explotação em bases econômicas [Figs. 7 e 8].
Além dos elementos citados, a região apresenta potencialidade para depósitos de zinco, estanho e, eventualmente, diamante. Entretanto, sua evolução metalogenética determinou uma vocação preferencial para ferro e cobre, com ouro subordinado.
Deve ser lembrado que o programa de exploração geológica em Carajás encontra-se na sua terceira onda. Na primeira, no final da década de 1960 e início dos anos 1970, foram localizados os depósitos minerais com fortes indícios superficiais: ferro, manganês e níquel. Com a entrada da DOCEGEO, em 1974, a utilização de técnicas mais aprimoradas de geoquímica e geofísica possibilitou um novo ciclo de descobertas: cobre-ouro do Salobo e Pojuca, e ouro do Igarapé Bahia e Andorinhas. A partir de década de 1990, a introdução de tecnologia de ponta em geofísica e a utilização de softwares especializados para a integração rápida, e com inúmeras simulações, dos dados de geologia, geoquímica e geofísica, permitiram a elaboração de um novo modelo metalogenético para a província. A primeira conclusão desse processo foi a identificação do seu alto potencial para cobre e ouro, associado a óxidos de ferro, muitas vezes magnéticos — a descoberta do expressivo depósito de cobre e ouro do Corpo Alemão, junto à mina de ouro do igarapé Bahia, foi a primeira comprovação dessa hipótese.
A província mineral de Carajás é considerada uma das mais importantes anomalias metalogenéticas da crosta terrestre, comparável, em potencial mineral e econômico, às regiões do Abitibi Belt, no Canadá, e de Witerwatersrand, na África do Sul. Tem a seu favor a imaturidade do nosso conhecimento geológico, pouco mais de 30 anos, enquanto que as demais províncias apresentam mais de um século de história. Mesmo assim, sua produção de minério de ferro, manganês e ouro corresponde a um valor bruto da ordem de US$ 1 bilhão por ano.
Considerações finais
O conhecimento da geologia da Amazônia, de modo geral, ainda é bastante preliminar — no mesmo nível em que os países com mineração desenvolvida encontravam-se no início do século XX. Tornam-se necessários maiores investimentos em estudos básicos, bem como para o desenvolvimento de uma tecnologia de prospecção e pesquisa adaptada à realidade regional, para que se possa ter um melhor conhecimento de seus recursos minerais.
Mesmo assim, os trabalhos executados nas três últimas décadas já obtiveram expressivos testemunhos da riqueza de seu subsolo. A fertilidade de alguns de seus ambientes geológicos — onde jazidas de classe mundial já foram dimensionadas — indicam que a Amazônia deverá ocupar posição de destaque na produção de alguns bens minerais, tais como minério de ferro, alumínio, cobre, ouro, manganês, caulim, estanho e, eventualmente, gás.
A mineração empresarial caracteriza-se pelo uso intensivo de capital e tecnologia, mas com baixa utilização de mão-de-obra, normalmente especializada. Entretanto, essa atividade tem contribuído para o crescimento regional, através da infra-estrutura implantada, dos empregos indiretos gerados e dos impostos pagos. Indiretamente, tem agravado o problema social da região, por criar pólos de atração e facilidades para a penetração das correntes migratórias.
Por outro lado, o garimpo utiliza mão-de-obra intensiva, geralmente despreparada, e tecnologia primitiva. A atividade garimpeira ocupou um grande contingente de trabalhadores, porém de imigrantes, transferindo a miséria do Nordeste para a Amazônia.
O aproveitamento da riqueza mineral tem sido responsabilizado pelos problemas ambientais e sociais impostos à região nos últimos anos. Na realidade, a Amazônia passou a fazer parte das opções dos marginalizados pelo processo socioeconômico brasileiro, que tentam encontrar caminhos de sobrevivência no garimpo, na posse da terra ou na periferia dos grandes projetos e das cidades.
Como a atividade garimpeira encontra-se em declínio, seus trabalhadores estão engrossando as legiões dos "sem terra". Torna-se necessário criar opções econômicas que permitam a participação dessa população — como, por exemplo, o desenvolvimento agrícola sustentado das terras férteis e o reflorestamento das zonas degradadas da região. Os simples assentamento dessa população em lotes, sem qualquer orientação técnica e científica, vai contribuir para agravar os problemas ambientais e sociais.
A discussão da problemática ambiental, relacionada com a extração mineral na Amazônia, tem sido exacerbada em função dos conflitos decorrentes da atividade garimpeira. De fato, merecem cuidado e preocupação os danos causados por centenas de milhares de homens, que no período de duas décadas vasculharam boa parte das drenagens da região.
Considerando que o garimpo normalmente atua em depósitos minerais superficiais, a área desmatada é bastante significativa — mas muito inferior à das queimadas motivadas pela posse da terra. Na exploração do cascalho mineralizado, feita normalmente com uso de jatos de água, há remoção de uma quantidade maior de material argiloso, que é lançado nos pequenos e grandes rios, tornando-os barrentos.
Entretanto, o problema ambiental que tem causado maior polêmica está relacionado com o uso do mercúrio na concentração do ouro. Além da situação do próprio garimpeiro envolvido na amalgamação do ouro, foi levantada a possibilidade de ter havido contaminação dos peixes nas regiões com maior atividade garimpeira, como na bacia do Tapajós. Felizmente, estudos recentes sugerem que a metilização do mercúrio, e sua entrada na cadeia biológica, ocorreu apenas em casos isolados, e uma maior conscientização dos garimpeiros tem reduzido a contaminação profissional.
A expansão garimpeira também contribuiu de maneira direta para a disseminação da malária na região, tanto em função do aumento da população nas áreas de risco, agravado pelas condições sanitárias do garimpo, como pela constante migração de seus habitantes.
O caos da atividade garimpeira impede a apuração das responsabilidades pelo danos ambientais do passado, mas torna necessário um maior controle e fiscalização pelas autoridades governamentais no presente.
Quanto à mineração empresarial, os principais projetos implantados na Amazônia têm apresentado controle ambientais bastante satisfatórios. Nas minas de Carajás — ferro, manganês e ouro — o desmatamento tem ficado restrito às áreas de mineração e acesso, tendo havido reflorestamento, com espécies locais, das zonas não mais utilizadas. A construção de barragens de rejeito impedem que os resíduos sólidos da mineração sejam lançados na drenagem regional.
A Companhia Vale do Rio Doce, enquanto era estatal e com a participação de institutos de pesquisa e universidades, patrocinou estudos da flora, da fauna, dos sítios arqueológicos, bem como desenvolveu programas de apoio às comunidades indígenas nas áreas sob influência do projeto Carajás. Com a empresa privatizada, espera-se que os novos donos continuem seguindo a mesma política.
Tudo isso não impediu que a área do projeto corresponda a uma verdadeira "ilha" de preservação ambiental, rodeada por um cinturão de ocupação, motivada pelos mais diversos objetivos — posse da terra, pecuária, extração da madeira e garimpagem.
Superados os equívocos iniciais, as demais áreas de mineração da Amazônia — manganês de serra do Navio, caulim do Jari e do Capim, bauxita do Trombetas e cassiterita do Pitinga — também apresentam cuidados ambientais satisfatórios.
Algumas áreas da Amazônia apresentam vocação natural para uma industrialização baseada nos insumos minerais. No caso específico de Carajás — onde, ao lado da riqueza mineral da própria província, somam-se os distritos da bauxita de Paragominas-Tiracambú e de caulim do Capim — deverão ser contemplados os projetos relacionados com a siderurgia, metalurgia do alumínio, silício, cobre e níquel, e refino do ouro, bem como a fabricação de papel [Fig. 8].
É necessário que se encontrem novas soluções para a questão energética da região. As grandes hidrelétricas têm apresentado altos custos financeiros e ambientais, que comprometem todo o processo de desenvolvimento. Alternativas poderiam ser encontradas na utilização sustentada da biomassa e do gás natural. O crescimento industrial da Amazônia vai depender de disponibilidade energética competitiva, mas de fontes ecologicamente corretas, para que seus produtos não sofram rejeição nos mercados cada vez mais seletivos e críticos.
Os recursos minerais da Amazônia somente poderão dar maior contribuição ao desenvolvimento nacional — e regional — quando o processo de industrialização do país permitir a elaboração de produtos finais com elevado grau de tecnologia agregada. Só assim será possível uma melhor remuneração para os produtos de origem mineral, que tenham maior competitividade nos mutantes mercados atuais, num mundo onde há enorme diferença entre exportar potato chips ou micro chips.
Investimentos terão que ser feitos para o desenvolvimento de uma competência científica e tecnológica na Amazônia, voltada para a sua realidade e seus recursos. E, antes de tudo, é necessário que sejam feitos esforços para a valorização do homem da região, para que ele possa participar — com responsabilidade — e usufruir — com qualidade de vida — do aproveitamento de suas riquezas.
A Amazônia precisa ser melhor conhecida em toda sua complexidade física e biológica para que a utilização de seus recursos realmente possa significar evolução econômica e social da população do Brasil, e da própria humanidade.
Talvez a avidez por lucros a curto prazo e a qualquer preço desses tempos de globalização econômica insensível venha a contribuir para acelerar o saque de seu patrimônio mineral e biológico — e essas preocupações venham a ser lembradas apenas como um sonho utópico de alguns cientistas.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA, Leia na * FONTE:
www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142002000200009&...
Breno Augusto dos Santos é geólogo, ex-secretário de Minas e Metalurgia do Ministério de Minas e Energia, ex-presidente da Rio Doce Geologia e Mineração (DOCEGEO — CVRD) e autor do livro Amazônia: potencial mineral e perspectivas de desenvolvimento (prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, na categoria Ciências Naturais, em 1982).
Texto publicado originalmente em inglês em Amazonia - Heaven of a New World (Rio de Janeiro: Editora Campus, 1998), coordenado por Maria de Lourdes Davies de Freitas, a quem a revista agradece ter autorizado a publicação da versão em português



Ouro permanece perto de alta de 2 anos, prata sobre acima de US$ 21

Ouro permanece perto de alta de 2 anos, prata sobre acima de US$ 21

Commodities17 horas atrás
 
Ouro permanece perto de alta de 2 anos, prata sobre acima de US$ 21Ouro permanece perto de alta de 2 anos, prata sobre acima de US$ 21

Investing.com - Os preços de ouro ampliaram os ganhos desde a semana passada nas negociações europeias hoje, permanecendo perto do nível mais forte em mais de dois anos, ao passo que a prata disparou para níveis não vistos desde julho de 2014.
Em virtude do feriado do Dia da Independência de hoje, os mercados financeiros nos EUA estarão fechados na segunda-feira.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em agosto atingiu uma alta intraday de US$ 1.360,30 por onça-troy, antes de reduzir as perdas e ser negociado a US$ 1.353,00, às 06h53min. GMT, ou 14h53min. ET, um aumento de US$ 14,00, ou 1,05%.
O ouro saltou US$ 16,70, ou 1,27% na semana passada, o quinto ganho semanal consecutivo. O metal precioso operou em alta de quase 9% em junho, o maior aumento mensal desde fevereiro; Os preços subiram quase 25% até agora neste ano, completando um dos primeiros semestres mais fortes registrados.
O ouro foi bem apoiado nas últimas sessões, em meio a menores expectativas para um aumento das taxas do Banco Central dos EUA (Fed) nos próximos dois meses e uma vez que os investidores continuaram digerindo as consequências políticas e econômicas da decisão do Reino Unido de sair da União Europeia.
O metal amarelo aumentou para US$ 1.362,60 em 24 de junho, um nível não visto desde março de 2014, após a votação inesperada do Reino Unido de sair da União Europeia ter levado os investidores a procurar ativos seguros.
Os participantes do mercado praticamente descartaram um aumento de taxa este ano por parte do Banco Central dos EUA (Fed) após o Reino Unido ter inesperadamente votado por sair da UE. Na verdade, há agora no mercado de futuros a possibilidade de que o Fed possa, de fato, cortar as taxas de juros antes do fim do ano. De acordo com a ferramenta Fed Watch do CME, atualmente existe uma probabilidade de 0% de um aumento das taxas do Fed em julho e uma probabilidade de 3% de um corte das taxas.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro dispararam por mais de 6% para atingir uma alta diária de US$ $21,22 por onça-troy, o nível mais alto em dois anos, antes de desistirem um pouco dos ganhos e serem negociados a US$ 20,47, uma alta de 88,2 centavos, ou 4,5%.
Na semana passada, os futuros de prata subiram US$ 1,75, ou 9,87%, o melhor desempenho semanal desde agosto de 2013.
Enquanto isso, os futuros de cobre subiu 2,6 centavos, ou 1,17%, para US$ 2,243 por libra durante as negociações da manhã em Londres, com esperanças de que os legisladores na China desencadeariam mais estímulo para apoiar a economia lenta, melhorando as perspectivas para a demanda da matéria-prima.
Nesta semana, os participantes do mercado afastarão a sua atenção ligeiramente das notícias relacionadas com o Brexit, concentrando-se mais nos fundamentos econômicos e na política monetária dos EUA, com foco no relatório sobre folhas de pagamento não agrícolas e na ata da reunião FOMC de junho. Também haverá os dados sobre os serviços ISM na quarta-feira.