No Blog Gemas Do Brasil, você encontra tudo sobre pedras preciosas, Curso de Gemologia Online, Outros cursos online na promoção e com garantia Hotmart. Garimpo de ouro, Garimpo de Diamante, Garimpo de Esmeralda, Garimpo de opala em PedroII e Feira de Pedras Preciosas no Brasil e no Mundo, enfim tudo para vc ganhar muito dinheiro com pedras preciosas, pois o Brasil é o País mais rico em Gemas.
Brazil Resources: como comprar muito com tão pouco
Todo mundo sabe que crise é sinônimo de oportunidade. Mas são poucos aqueles que colocam na prática esse conceito.
Esse é o caso da junior canadense Brazil Resources (BRI) que está se
tornando uma gigante no setor com investimentos incrivelmente pequenos.
A empresa conseguiu, em poucos anos, amealhar um portfólio de mais de 13 milhões de onças de ouro equivalentes comprando, na baixa, aqueles projetos onde outros investiram dezenas de milhões, no período das vacas gordas.
É o que o principal acionista Amir Adnani fala ao “trocar dólares por centavos”...
Foi assim que Amir e a sua Brazil Resources compraram um excelente
portfolio de ouro no Brasil, de outra canadense a Brazilian Gold Corp
que inclui jazimentos certificados (43-101) como o S. Jorge, Boa Vista,
Surubim e outros que somam mais de 3,9 milhões de onças. Nesta aquisição
a BRI pagou menos de US$13 milhões por uma empresa que, pouco tempo
atrás, tinha um valor de mercado de mais de US$120 milhões...
Como se não bastasse a Brazil Resources comprou, por menos de US$2
milhões, o projeto Whistler no Alaska, um verdadeiro distrito aurífero
onde outras mineradoras já perfuraram mais de 70.000m de sondagens
exploratórias.
Calcula-se que Whistler tenha mais de 5,6 milhões de onças entre reservas indicadas e inferidas.
Somem-se a isso outros projetos como Raintree e o jazimento de urânio Rea no Canadá.
Esse portfolio equivale a 13 milhões de onças de ouro o que torna a
Brazil Resources, uma junior em esteroides, que deve estar listada entre
as grandes mineradoras de ouro no mundo no quesito recursos.
Como não podia ser diferente o mercado já percebeu que a Brazil Resources estava muito depreciada (veja o gráfico) e reagiu.
Em poucos dias a ação passou de $0,52 para $2,25, um aumento extraordinário de mais de 330%.
Era o inicio dos anos 1990, época de incerteza política e
financeira no Brasil. A fiscalização pegava leve e não era tão difícil
entrar em outros países. Isso facilitava o trânsito de vendedores de
pedras preciosas autônomos para o Leste Europeu, que simplesmente
vendiam as pedras para clientes de hotéis luxuosos.
Meu pai era um deles.
Ele possuía uma lapidação em Governador Valadares, um
negócio quase inexplorado no Brasil, e ainda hoje diz que aquela foi uma
época muito próspera, pois o dinheiro entrava em caixa com facilidade.
As margens de lucro eram absolutamente imensas, por exemplo: 50 quilates
de ametista (ou seja, 10 gramas) comprados em Minas Gerais por U$ 200
tinham margens de lucro de até U$ 2 mil. O resultado desta matemática
foram centenas de histórias homéricas do meu velho pelo mundo,
demonstrando que o mesmo se tornara um dia um bon vivant.
Essa é a historia do meu pai. A minha nasceu por conta de um garimpo de esmeraldas.
Fonte: Blog- Eu garimpeiro
Pequenos tesouros verdes
Eis uma riqueza adormecida no coração da terra
Estava concluindo os estudos do ensino médio e,
diferentemente da maioria dos meus amigos que se preparavam para o
vestibular, eu me preparava para ir a um garimpo de esmeraldas.
Localizado em Nova Era (MG), o Garimpo de Capoeirana foi referência em
qualidade de esmeraldas por mais de 20 anos. Dizia-se que, no inicio dos
anos 1990, as pessoas não precisavam ir muito fundo para encontrar
pedras de qualidade, e infelizmente o acesso a muito dinheiro para pessoas com pouco conhecimento trouxe um resultado bastante negativo.
Quando lá cheguei, comecei a ouvir diversas histórias
sobre mortes por conta de roubos de pedras ou desacertos de sócios.
Lembrava-me os bons filmes de Velho Oeste dos anos 1960, só que dessa
vez as histórias eram reais. Nada disso me desanimou, muito pelo
contrário: fui tomado pela curiosidade. Queria saber como funcionava
todo o sistema, como o garimpeiro, apesar do pouco conhecimento teórico,
lidava com o fato de poder se tornar milionário com apenas a detonação
de algumas dinamites.
Compramos um bom shaft (o acesso ao nível
subterrâneo) que funcionara alguns anos antes e que fora impedido
judicialmente por conta de rixa de antigos sócios. Pegamos o serviço
praticamente pronto, era só continuar. Imaginem o que é descer
pela primeira vez em um buraco estreito (perto de 1,5m de largura) e
profundo (por volta de 100m de extensão) pendurado!
Essa é só a primeira etapa.
Lá embaixo, na primeira galeria, havia um antigo troller
(à la Indiana Jones) que foi reativado. Descemos através dele mais
algumas dezenas de metros até chegarmos em um segundo guincho com cabo
de aço e mais um cavalo para descer outros 150m. Foi uma viagem
alucinante visitar aquelas galerias que foram trabalhadas havia dezenas
de anos por homens em busca da gema verde, cheios de sonhos e projetos
megalomaníacos.
O que acontece no subsolo fica no subsolo?
Do garimpo, eu trouxe boas histórias, como essas:
A luz acabou!
Já estávamos a quase 700m abaixo da terra. Para se
chegar na linha de frente demorávamos cerca de 1 hora e 20 minutos. O
processo de descida era extremamente cansativo, mas chegar naquele
lugar, ver aquele veio de cristal e ter a possibilidade de tirar as
esmeraldas me fazia esquecer um pouco do cansaço. A parte da detonação
não era madeirada, ou seja, sustentada por um conjunto de vigas de
madeira. Isso era preocupante.
De repente, a luz apaga.
Não víamos coisa alguma e estávamos na linha de frente!
Eu comecei a ficar mais preocupado. Ficamos no breu por quase três
horas, até que o eletricista do nosso serviço encontrou o local do corte
da energia e consertou. Voltamos ao trabalho...
Link YouTube | Filmagem feita pelo autor em mina de Nova Era
"Saiba negociar. Sua vida depende disso"
Em certo dia, tiramos um lote de esmeraldas bom,
avaliado em R$ 50 mil. Pegamos as pedras e fomos negociar com os judeus e
indianos, que geralmente ficam no local comprando as mercadorias. Vocês
pensam que quem pechincha é turco? Fale isso para os judeus e os
indianos! Os caras choram preço o tempo inteiro!
Começaram ofertando R$ 5 mil, acreditem! Isso também se
deve ao fato de que o garimpeiro é um homem humilde, que passa por
muitas dificuldades durante o ano e, quando vê algumas pedras, as vende a
preço de banana. Por isso, era importante manter uma ideologia fixa
sobre valores, afinal eu tinha plena convicção de que os gringos
venderiam as pedras com margens de lucro de, no mínimo, 100%.
Garimpeiro: profissão que exige culhões
Por meio destas aventuras, descobri que a profissão de
garimpeiro é algo nobre. E que é preciso ter bolas para enfrentar os
problemas e os dilemas com os quais esses profissionais lidam todos os
dias. Afinal, não é para qualquer um descer 700m no subsolo e voltar com
uma única pedra.
Mas o risco é altamente compensador. Esta única pedra pode definir o seu futuro financeiro.
Rubi é vendido por US$ 30 milhões e bate recorde mundial
Gema 'sangue de pombo' estava encaixada em um anel Cartier. Preço também representa um recorde para uma joia Cartier em um leilão.
Da France Presse
FACEBOOK
Um rubi birmanês de 25,59 quilates estabeleceu um novo recorde mundial ao ser vendido por US$ 30,3 milhões (aproximadamente R$ 90 milhões) em um leilão organizado em Genebra pela Sotheby's.
O chamado Rubi do amanhecer, com peso em quilates considerado extraordinário para a pedra preciosa, foi adquirido por um comprador anônimo, (Foto: AFP)
O chamado "Rubi do amanhecer", com peso em quilates considerado extraordinário para a pedra preciosa, foi adquirido por um comprador anônimo, que apresentou o lance final por telefone, de 28,25 milhões de francos suíços (27,3 milhões de euros), incluindo a comissão da casa de leilões, anunciou a Sotheby's.
A cor "sangue de pombo" da gema, que estava encaixada em um anel Cartier, é a mais procurada nos rubis. A joia tinha preço estimado em algo entre 12 e 18 milhões de dólares.
Além de estabelecer um novo recorde para um rubi, o preço também representa um recorde para uma joia Cartier em um leilão, destacou a Sotheby's
No mesmo leilão, um notável diamante rosa de 8,72 quilates, que teria pertencido à sobrinha de Napoleão, foi vendido por 15,9 milhões dólares.
A pedra extremamente rara foi estimada entre US$ 14 e 18 milhões. O diamante é extremamente claro e de cor intensa. Um comprador na sala arrematou a peça pela soma de 14,8 milhões de francos suíços (US$ 15,9 milhões ou 14,3 milhões de euros).
De talhado "travesseiro clássico", com cantos arredondados e de cor "Fancy Vivid Pink", esta pedra chamada de "Historique Diamant Rose" teria feito parte da coleção da princesa Mathilde, sobrinha de Napoleão I, de acordo com Instituto Gemológico Americano (GIA).
Depois pertenceu à milionária americana Huguette Clark, que se dedicava à filantropia e que faleceu em 2007 aos 105 anos.
As origens da pedra permanecem incertas, o que a torna ainda mais misteriosa. As características técnicas da pedra e o fato de ser tão antiga sugere que ela pode ter sido encontrada nas famosas minas de Golconda, na Índia, de acordo com David Bennett, presidente do departamento internacional de joias da Sotheby's.
No total, a Sotheby's arrecadou 149,85 milhões de francos suíços (US$ 160,31 milhões) em seu tradicional leilão de maio, no qual 93,6% dos lotes encontraram comprador.
A maior pedra preciosa de água-marinha do mundo, batizada de Dom Pedro e extraída em Minas Gerais na década de 1980, foi doada por um casal de americanos para o Museu de História Natural de Washington e fará parte da exibição permanente da instituição.
A água-marinha é a variedade azulada do mineral berilo. O cristal bruto, lapidado em forma de obelisco, foi concedido ao museu por um casal da Flórida. A peça pesa pouco mais de 2 quilos e mede 36 centímetros de altura. Seu nome é uma homenagem aos dois imperadores que o Brasil já teve.
Pedra preciosa de água-marinha (Foto: Donald E. Hurlbert/Smithsonian's National Museum of Natural History)
"Após passar por várias mãos e museus na Europa, (a pedra) ficou em propriedade do casal, com quem fiz contato e acertamos sua doação ao museu para que todo mundo possa contemplar essa maravilha tão especial", disse em entrevista à Agência EFE o curador da exibição, Jeffrey Post.
Segundo Post, o cristal original, quando foi extraído da mina, pesava cerca de 45 quilos, mas acabou se rompendo em três partes, e da maior, com pouco menos de 30 quilos, foi esculpido "Dom Pedro".
"Desconhecemos seu valor de mercado, fundamentalmente porque se trata de uma peça única e, portanto, incomparável. A única maneira de obter um preço aproximado seria colocando em leilão", afirmou o curador.
"A água-marinha é uma variedade do berilo, mineral que se fosse desenvolvido em laboratório seria incolor", explicou Post. "No entanto, como os cristais são gerados em lugares 'sujos', sempre há certas impurezas ao redor, como nesse caso, no qual o berilo incorporou pequenas quantidades de ferro", prosseguiu.
É justamente o ferro que, em interação com a luz, dá ao berilo o precioso tom turquesa que caracteriza a água-marinha. "São as impurezas que fazem essas gemas tão especiais", explicou o curador da exposição.
A maioria de cristais de água-marinha provém de depósitos geológicos de rocha pegmatito, muitos dos quais se encontram no Brasil, o que transforma o país na maior fonte de água-marinha do mundo.
A cada ano, quase sete milhões e meio de visitantes passam pelo Museu de História Natural, que pertence ao Instituto Smithsonian.
O Tapajós é conhecido mundialmente por abrigar a maior
província aurífera do Brasil. Foi o ouro que atraiu milhões de
garimpeiros nos últimos 46 anos que, como formigas, criaram milhares de
garimpos no meio da selva. Foi o ouro que atraiu as empresas de
mineração que descobriram as principais jazidas da região. E foi o ouro
que desenvolveu os importantes centros regionais como Itaituba.
No entanto é o diamante que está adicionando uma nova dimensão aos garimpos do Tapajós.
O diamante não é uma raridade na história da Amazônia. Importantes
ocorrências de diamantes foram lavradas ao longo do tempo nos Rios
Tocantins, a sul e norte de Marabá, no Xingu a leste de Altamira, e em
Cachoeira Porteira as margens do Rio Mapuera.
Grandes empresas como a Rio Tinto e a De Beers investiram elevadas somas atrás das fontes primárias desse diamante.
Na década de 90 a Rio Tinto cobriu uma boa parte do Tapajós com
levantamentos aerogeofísicos e com follow-ups de sedimentos de correntes
visando a identificação de diamantes e dos minerais satélites de
kimberlitos e lamproitos. Os trabalhos da Rio Tinto mostraram algumas
interessantes ocorrências de diamantes e a descoberta de alguns corpos
kimberlíticos e lamproíticos.
Os minerais indicadores, que foram formados em grandes profundidades,
dentro do campo de estabilidade do diamante, praticamente não foram
descobertos. São esses indicadores juntamente com o próprio diamante
que realmente interessam ao geólogo de exploração.
Na época a Rio Tinto considerava o fato do Tapajós estar em uma região
afetada por um forte magmatismo Proterozóico, o Uatumã, como um ponto
negativo. Afinal o magmatismo poderia ter aquecido aquela região
crustal inviabilizando o desenvolvimento de jazidas primárias de
diamantes.
O Tapajos foi colocado em segunda prioridade e a empresa nunca mais
voltou, fechando todos os principais projetos de prospecção, alguns anos
depois.
Ainda na década de 90 os garimpeiros descobriram diamantes em um garimpo
de ouro na Cachoeira Porteira e, mais tarde, nos sedimentos a sudeste
de Itaituba. Foi quando foi explorado o primeiro garimpo de diamantes do
Tapajós, o estopim das descobertas que vieram a seguir.
O que ninguém sabia é que uma boa parte dos aluviões que já estavam
sendo lavrados para ouro continham, também, milhares de quilates de
diamantes de altíssima qualidade.
Aos poucos alguns garimpeiros mais espertos começaram a adaptar suas
obsoletas caixas (sluice boxes) para a recuperação, também, de diamantes
(detalhe foto abaixo).
A experiência foi bem sucedida e as descobertas começaram a aparecer, principalmente no interflúvio do Jamanxim e do Tapajós.
As notícias atraíram os garimpeiros do Mato Grosso, acostumados a lavras
de grande volume, com equipamentos bem mais pesados do que os usados no
Tapajós. Esta nova invasão trouxe, também, os experientes garimpeiros
da região diamantífera de Juína, que já haviam passado por um ciclo de
garimpagem de diamantes.
Não demorou para que mineradores estrangeiros, vindos de Israel, também
começassem a investir na pesquisa e prospecção dos diamantes do Tapajós.
Está formado o quadro atual.
Com esse contingente o Tapajós passou a produzir, além do ouro, milhares
de quilates de diamantes (oficiais) por semana que aguçam a cobiça de
muitos atraindo um grande número de garimpeiros e mais mineradores
estrangeiros.
Estima-se que existam, hoje, mais de 2.000 PCs, retroescavadeiras de
grande porte, que fazem o trabalho de dúzias de garimpeiros em poucos
minutos. A remoção de terra e escavações, geralmente manuais, passaram a
ser feitas por equipamentos cada vez maiores.
Os grandes rios como o Tapajós estão sendo invadidos por gigantescas
balsas de sucção, de 18 polegadas, verdadeiros monstros que sugam
milhões de metros cúbicos de sedimentos ricos em ouro e diamantes do
fundo dos rios.
Essas balsas (foto) são fabricadas em Rondônia e usam motores de 400HP,
chegando a custar R$1.200.000 cada. Algumas já foram adaptadas com
caixas para a retenção dos diamantes (foto). Estes gigantescos
equipamentos só podem ser utilizados em áreas realmente ricas, pois tem
um custo operacional muito elevado, acima de 50 gramas de ouro
equivalente por dia.
A invasão dos grandes equipamentos demonstra, na prática, a riqueza dos aluviões que estão sendo lavrados.
Será que agora serão descobertas as primeiras jazidas primárias de diamantes no Tapajós?
Segundo o conhecimento geológico atual a região não tem grande potencial
para jazimentos primários. Ainda falta um cráton antigo, estável e frio
como os que existem em praticamente todas as regiões onde os
kimberlitos ricos são encontrados.
Um outro ponto que endossa essa hipótese negativa é a quase ausência de diamantes de baixa qualidade.
A grande maioria dos diamantes do Tapajós é de qualidade gema: uma boa notícia para os mineradores.
Isso indica que os diamantes foram transportados por grandes
distâncias. Ao longo deste transporte as pedras de qualidade inferiores,
mais frágeis, se quebram e praticamente, desaparecem. É essa a
explicação para a excelente qualidade dos diamantes da costa da Namíbia,
que foram transportados pelo rio Orange por centenas a milhares de
quilômetros. Talvez seja por isso que não são encontrados os frágeis
minerais satélites tão comuns nas proximidades de kimberlitos.
Com ou sem fontes primárias próximas os diamantes do Tapajós já fazem
parte da história da região. Eles deverão mudar, mais ainda, o perfil
dos mineradores e até da própria comunidade.
Em breve veremos a instalação de grandes washing plants equipadas com
equipamentos de alta recuperação como os sortex. Esse será o momento em
que o profissionalismo tomará conta e que o diamante começará, realmente , a ser recuperado no Tapajós.
Enquanto isso, em Itaituba, motivado pela produção de diamantes, um
vereador local já prega que todos os diamantes devem ser lapidados
localmente antes de saírem do Tapajós...Realmente, o diamante veio para
mudar.