terça-feira, 2 de agosto de 2016

TURQUESA


TURQUESA 



Esta gema deve sua beleza a sua extraordinária cor azul celeste e é utilizada desde a mais remota Antiguidade. Há relatos de sua aplicação como pedra ornamental desde aproximadamente 3.000 a.C. e, possivelmente, antes da Primeira Dinastia do Antigo Egito. Era também muito apreciada pelas antigas civilizações astecas do México e da América Central.

O termo turquesa, empregado desde a Antiguidade, tem origem incerta. Uma versão sustenta que deriva do francês arcaico “tourques”, que significa “pedra da Turquia”, não por proceder deste país, mas pelo fato de que as pedras provenientes da Península do Sinai chegavam a Europa através dele.
Outra versão dá conta de que o termo referia-se a algo estranho ou distante, como tudo que se referia ao Oriente. O certo é que os turcos estavam familiarizados com esta gema, especialmete com exemplares oriundos da antiga Pérsia, o atual Irã.
Em termos de composição química, a turquesa consiste de um fosfato hidratado de alumínio e cobre, cuja exeuberante cor deve-se a este último elemento. Geralmente, parte do alumínio é substituída por ferro. À medida que isto ocorre, o material tende a uma tonalidade verde azulada, que geralmente possui menor aceitação comercial.
A turquesa é uma das gemas que planteia maior dificuldade de identificação, por conta da existência de minerais de aspecto semelhante, além de possuir um equivalente sintético e inúmeros tratamentos e imitações.

Em geral, admite-se que a turquesa é criptocristalina e sua massa está constituída por um sem número de diminutos cristais misturadas com material amorfo e poroso. A textura superficial irregular da turquesa autêntica é muito característica: o material amorfo de cor azul pálida aparece salpicado de partículas de cor branca e frequentemente se observam veios de limonita (um óxido de ferro) escuros.

A turquesa é opaca a semi-translúcida, possui brilho céreo (presente em qualquer fratura ou superfície quebrada), dureza 5 a 6,  densidade 2,76 (- 0,45 a + 0,08), índices de refração 1,610 - 1,650 (- 0,006), sendo a leitura do índice médio, pelo método de visão distante, em torno de 1,61 a 1,62.
O espectro de absorção da turquesa na região da luz visível apresenta bandas no azul e no violeta, que são dificilmente observáveis, mesmo através das bordas dos exemplares traslûcidos com iluminação intensa.
A turquesa ocorre principalmente em rochas sedimentares, na forma massiva compacta ou reniforme, no Irã (minas de Nishapur, na Província de Khorassan), México, China, Perú e EUA (sudoeste do país, nos Estados do Arizona, Colorado, Nevada, Novo México e Califórnia).
No Brasil, até onde sabemos, houveram ocorrências sem produção significativa no Estado da Bahia, na região de Casa Nova, hoje encoberta pelas águas da barragem de Sobradinho; e em Minas Gerais, na localidade de Conselheiro Mata.
Sua alta porosidade permite a impregnação com ceras, resinas, plásticos ou outras substâncias, com o objetivo de estabilizar a cor e manter o polimento.
A turquesa foi obtida por síntese pela primeira vez pelo fabricante Pierre Gilson em 1972. O material tem uma textura superficial diferente do natural e cujo aspecto, curiosamente, se assemelha ao do creme de trigo. Pode ser separado do natural também por meio de susceptibilidade magnética ou da técnica avançada de espectroscopia de infra-vermelho.
Vários tipos de turquesa reconstituída são produzidos a partir de turquesa natural de baixa qualidade (muito clara e pouco dura) e dela se diferenciam pelas ausências da típica textura superficial e do espectro de absorção, bem como pela menor densidade e maior porosidade.
A turquesa é mais comumente lapidada em cabochões de diversas formas, além de contas, sendo também utilizada em esculturas e outros objetos de adorno.

FENÔMENOS ÓPTICOS ASTERISMO

FENÔMENOS ÓPTICOS 
ASTERISMO

Um dos mais exuberantes fenômenos ópticos observados em gemas é o denominado asterismo, termo derivado do grego áster, significando estrela. Este efeito consiste no aparecimento de uma figura com aspecto de estrela em determinadas gemas, quando corretamente lapidadas em estilo cabochão ou em forma de esferas.
O efeito-estrela tem lugar quando a luz se reflete em inclusões aciculares (com aspecto de agulhas) dispostas paralelamente na gema, provocando o surgimento de raios luminosos que, ao se cruzarem, dão origem à figura. O fato da estrela parecer mover-se sobre a superfície da gema à medida que esta é girada torna ainda mais espetacular o efeito. A presença de cavidades, canais ou tubos de crescimento, no lugar das inclusões aciculares, também pode ocasionar o fenômeno.O asterismo é mais evidente se observado à luz refletida sob o sol ou proveniente de um único foco artificial; as iluminações difusas ou múltiplas prejudicam a apreciação deste fenômeno.Usualmente, estão presentes 3 ou 6 raios luminosos, dando origem a estrelas de 6 ou 12 braços, respectivamente, embora em alguns tipos de gemas ocorram somente 2 bandas luminosas, originando estrelas de apenas 4 pontas.
O coríndon, constituído das variedades rubi, de cor vermelha, e safira, das demais cores e incolor, é o mineral astérico por excelência.
Usualmente, o rubi e a safira apresentam 3 raios que se entrecruzam formando ângulos de 60o entre si, dando lugar a uma estrela de 6 braços, idealmente com mesmo comprimento e brilho.
Nos casos do rubi e da safira, o asterismo deve-se à presença de inclusões aciculares do mineral rutilo e, em muito menor proporção, dos minerais ilmenita e/ou hematita.
Os rubis e safiras astéricos de cores muito atraentes são extremamente raros, sendo as mais belas estrelas geralmente encontradas em safiras translúcidas de cor azul acinzentada.


--->Safira Estrela Sintética produzida pelo Método de Fusão à Chama (Verneuil) (Foto: Mitchell Gore)

A ocorrência do efeito-estrela não indica, necessariamente, que a gema seja natural, pois desde 1947 obtém-se coríndon astérico sintético de muito boa qualidade, inicialmente nos EUA e mais tarde em vários outros países. A técnica empregada denomina-se Fusão à Chama e é também conhecida como método de Verneuil, em alusão ao seu inventor.O procedimento para obter-se o asterismo consiste em adicionar, além dos elementos que formam parte da composição do mineral e dos cromógenos, uma pequena quantidade de óxido de titânio, que se precipita na forma de finas agulhas de rutilo (TiO2).
A distinção entre os coríndons astéricos natural e sintético é feita de maneira semelhante à do material sem asterismo, isto é, observando-se as linhas de crescimento retilíneas e as inclusões minerais presentes no material natural e, por outro lado, as linhas de crescimento curvas e bolhas de gás porventura existentes no sintético produzido pelo método de Verneuil. Ademais, no coríndon sintético, a estrela de 6 braços é mais brilhante e definida que a apresentada pela maior parte dos exemplares naturais e, curiosamente, chega a transmitir ao observador a impressão de que flutua fora da massa da gema.
Alguns rubis e safiras naturais possuem dispersos em suas estruturas o titânio necessário para a formação de estrelas e, ao serem aquecidos a temperaturas entre aproximadamente 1100 a 1500 o C, por períodos de tempo relativamente longos, ocasionam a precipitação deste titânio em forma de rutilo, induzindo o desenvolvimento de estrelas. Este procedimento é o mesmo adotado na produção de coríndon sintético estrela. Simultaneamente a este tratamento, no entanto, pode ocorrer um efeito indesejado de mudança de cor ou aumento da opacidade, provocado pela presença de outras impurezas na gema que não o titânio.

Além do rubi e da safira, algumas outras gemas podem apresentar asterismo, entre elas:

  • Quartzo (usualmente exibe estrelas com 6 braços, quando lapidado em forma de esfera, preferencialmente. O fenômeno é melhor observado em luz transmitida e, neste caso,  conhecido como diasterismo, enquanto o efeito mais facilmente visível sob luz refletida denomina-se epiasterismo. As variedades de quartzo nas quais o fenômeno é mais freqüente são a rósea, a fumê, a incolor e a amarelada);
  • Berilo (efeito ocasional e muito débil);
  • Granada Almandina (estrela de 4 ou 6 braços pouco nítidos);
  • Diopsídio (estrela de 4 braços);
  • Crisoberilo (este mineral, o mais característico dentre os que podem apresentar o efeito olho-de-gato, isto é, com apenas um raio luminoso, raramente exibe asterismo, mas quando o faz apresenta duas faixas luminosas, dando lugar a uma estrela de 4 braços);
  • Espinélio (estrêlas de 4 ou 6 pontas, muito raras, cujo aparecimento deve-se à presença de inclusões de agulhas de rutilo e, menos frequentemente, de lâminas do mineral esfênio).

Pedras Preciosas: Esmeralda




Pedras Preciosas: Esmeralda

PedraPreciosaEsmeralda
A Esmeralda é uma variedade do mineral berilo (Be3Al2(SiO3)6), a mais nobre delas.
Sua cor verde é devida à presença de quantidades mínimas de crômio e às vezes vanádio.
No Brasil tem minas na Bahia, Minas Gerais e Goiás, com pedras de qualidade para lapidação, com preços
altos, competindo com as melhores esmeraldas do mundo, Colombia etc..
É altamente apreciada como gema e o preço por quilate a coloca entre as pedras mais valiosas do mundo, perdendo algum desse valor frequentemente devido às inclusões que ocorrem em todas as esmeraldas.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Descubra onde você pode encontrar as brilhantes opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.


Descubra onde você pode encontrar as brilhantes opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.

Todas as cores do arco-íris aparecem nas opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.   Na verdade, de acordo com a lenda aborígine, o redemoinho de cores foi criado quando um arco-íris caiu na terra.  A Austrália produz 95% das opalas do mundo, o que faz dessas hipnóticas pedras um souvenir tipicamente australiano.  Elas variam desde as opalas brancas ou 'leitosas' mais comuns, encontradas em Coober Pedy, até as raras opalas negras de Lightning Ridge.  Faça um passeio pelos famosos campos de opalas ou compre opalas em lojas especializadas em todo o país.
Todas as principais cidades e centros turísticos australianos têm lojas especializadas, onde você pode comprar opalas incrustadas em joias ou como pedras soltas e não lapidadas.  As opalas negras são as mais valiosas, seguidas das opalas boulder, cristais de opalas e opalas brancas.  Esse sistema de valor se baseia na ideia de que as pedras mais escuras têm cores mais vibrantes, embora exista variações de pedra para pedra.
Para viver uma aventura repleta de opalas, visite os campos de opala pelo outback daAustrália do Sul, Nova Gales do Sul e Queensland.  Eles ficam no local da Grande Bacia Artesiana, que no passado foi um vasto mar interno.  As opalas evocam esse antigo mundo submarino, com listras fluorescentes verde-azuladas e semelhantes ao coral.  Também são conhecidas como o ‘fogo do deserto', sendo garimpadas em algumas das partes mais quentes e inóspitas da Austrália. Você deve visitar os campos de opalas entre abril e setembro, quando as temperaturas são menos intensas.
Na pitoresca cidade mineradora de Coober Pedy, na Austrália do Sul, a maioria dos habitantes locais vivem em moradas subterrâneas, para evitar o calor abrasador do verão.  Hospede-se em um hotel subterrâneo e visite as residências, igrejas e lojas subterrâneas.   Acima do solo, faça um passeio pelas minas e campos de opalas e veja uma demonstração das técnicas de lapidação de opalas.  Alugue um veículo com tração nas quatro rodas para visitar as outras cidades produtoras de opalas: Andamooka, Mintabie e Roxby Downs.  Juntos, esses campos da Austrália do Sul produzem a maior parte das opalas brancas ou leitosas do mundo.
As opalas negras são as mais cobiçadas do mundo, sendo encontradas em Lightning Ridge, a quase 800 km a noroeste de Sydney.   Os caçadores de fortunas têm vindo para cá desde 1800 e hoje são acompanhados pelos turistas, que também querem vivenciar a experiência do outback. Conheça a mina em Bald Hill, compre souvenires ou jogue golfe no antigo campo de opalas.   Relaxe nos spas artesianos minerais, caminhe pela paisagem esburacada e observe os pássaros nativos.   Na cidade são realizados o Black Opal Rodeo e peculiares corridas de bode durante a Páscoa e o Lightning Ridge Opal Festival, em julho.
A trilha das opalas serpenteia mais além pelo interior até White Cliffs, que já foi uma agitada cidade centrada nas opalas, mas que hoje tem apenas algumas centenas de habitantes.  Explore as colunas de mineração abandonadas, onde os habitantes locais vivem durante o verão e veja claros cristais de opala, valorizados por sua translucidez e a claridade de suas cores.
Opalas boulder são exclusivas de Queensland, e você pode procurá-las em remotas cidades do outback, como Quilpie, Yowah e Opalton. Compre opalas rústicas e polidas no animado Yowah Opal Festival, realizado em julho, ou visite Opalton, onde a maior opala do mundo foi encontrada em 1899.
Saia à caça das opalas no outback ou capture sua opala em uma loja da cidade.  De qualquer forma, esta exclusiva pedra preciosa australiana é uma vibrante lembrança de sua aventura australiana.

O ouro junta no fundo da cuia?

O ouro junta no fundo da cuia?



do mesmo tema; O ouro sumiu
O segredo do garimpeiro para evitar aventura e prejuízo: Uma análise empírica do ouro com a cuia:
Se, da amostra colhida pelo garimpeiro no cascalho, ou no filão, o ouro formar uma tocha amarela no fundo da cuia, após a bateação, é que o teor é econômico para ele.
Se não formar, se não juntar as pintas de ouro numa tocha unida, não adianta tentar, vai dar prejuízo.
Uma analise por laboratório pode ate acertar, mas a chance de fracasso é enorme:
Um certo dia do ano de 2007, o geólogo gaúcho José Alirio Lenzi detectou uma área rica no Tapajós, detalhando um antigo trabalho da Rio Tinto de 1995; fez uma malha de solo com resultados positivos e desceu trados no centro destas anomalias. Enviados para laboratório no sul do pais, as amostras destes trados confirmaram altos teores de ouro: a jazida estava achada.....!
Ele passou a negociar com empresas estrangeiras, mas logo iniciou a famosa crise das bolsas de 2008 e nenhum interessado sério apareceu.
Condenado a pagar as taxas de TAH ao DNPM, ele procurou uma alternativa mais caseira: tirar o ouro e enriquecer. Na prática, retirando ouro e não com papeis.
Mas sem capital para passar para essa fase de lavra, compra de equipamentos, guia de utilização no DNPM, ele se associou com uma empresa brasileira experiente em operações no Tapajós que passou a continuar os trabalhos para preparar a extração do ouro já achado.
Contratado por essa empresa em 2012, eu fui com o geólogo do Lenzi ate o local; reencontramos os piquetes e os locais dos trados, apesar dos seis anos decorridos. Tufo feito com zelo e técnica conforme a Lei canadense 43101.
Mas uma coisa atraiu a minha atenção. No local dos melhores trados analisados, havia poços de garimpeiros iniciados e não concluídos, sem produção, abandonados antes mesmo de iniciar a produção. Se tivessem esse teor informado pelo laboratório, os garimpeiros estariam trabalhando e fazendo muito dinheiro.
Como não se podia duvidar da capacidade do garimpeiro, nem da idoneidade da equipe do Lenzi e nem do laboratório com certificação internacional, infiltrou-se a duvida: é que o ouro não juntou na cuia, ou seja, o ouro testado pelos garimpeiros mostrou se fraco para eles apesar do teor do laboratório ser altíssimo.
O laboratório analisa o ouro contido na amostra, tanto o ouro livre como o ouro preso na pirita. Mas o garimpeiro só consegue retirar o ouro livre
Abrimos outro poço bem em cima de uma anomalia e DITO E FEITO, uma amostra de arenito piritoso rico em ouro, mas impossível de ser lavrado de maneira artesanal por causa da pirita;
A Dúvida foi confirmada e o Resultado, um Fracasso, mas um fracasso muito menor do que iniciar uma lavra com pesado investimento sem o ouro estar livre e poder ser retirado.
Agora, o projeto só poderá ser utilizado pelas Junior Companys, quando o mercado voltar a funcionar.
É por isto, que, se tiver o intuito de lavrar ouro, não adianta analisar em laboratório. Basta fazer o teste da cuia. Se tiver o intuito de vender para uma empresa estrangeira que vai usar esses dados para inflar as ações, envie as amostras para o laboratório, pois os canadenses não acreditam em teste empírico como este, só no laboratório.