TURQUESA | |
Esta gema deve sua beleza a sua extraordinária cor azul celeste e é utilizada desde a mais remota Antiguidade. Há relatos de sua aplicação como pedra ornamental desde aproximadamente 3.000 a.C. e, possivelmente, antes da Primeira Dinastia do Antigo Egito. Era também muito apreciada pelas antigas civilizações astecas do México e da América Central.
O termo turquesa, empregado desde a Antiguidade, tem origem incerta. Uma versão sustenta que deriva do francês arcaico “tourques”, que significa “pedra da Turquia”, não por proceder deste país, mas pelo fato de que as pedras provenientes da Península do Sinai chegavam a Europa através dele.
Outra versão dá conta de que o termo referia-se a algo estranho ou distante, como tudo que se referia ao Oriente. O certo é que os turcos estavam familiarizados com esta gema, especialmete com exemplares oriundos da antiga Pérsia, o atual Irã.
Em termos de composição química, a turquesa consiste de um fosfato hidratado de alumínio e cobre, cuja exeuberante cor deve-se a este último elemento. Geralmente, parte do alumínio é substituída por ferro. À medida que isto ocorre, o material tende a uma tonalidade verde azulada, que geralmente possui menor aceitação comercial.
A turquesa é uma das gemas que planteia maior dificuldade de identificação, por conta da existência de minerais de aspecto semelhante, além de possuir um equivalente sintético e inúmeros tratamentos e imitações.
Em geral, admite-se que a turquesa é criptocristalina e sua massa está constituída por um sem número de diminutos cristais misturadas com material amorfo e poroso. A textura superficial irregular da turquesa autêntica é muito característica: o material amorfo de cor azul pálida aparece salpicado de partículas de cor branca e frequentemente se observam veios de limonita (um óxido de ferro) escuros.
A turquesa é opaca a semi-translúcida, possui brilho céreo (presente em qualquer fratura ou superfície quebrada), dureza 5 a 6, densidade 2,76 (- 0,45 a + 0,08), índices de refração 1,610 - 1,650 (- 0,006), sendo a leitura do índice médio, pelo método de visão distante, em torno de 1,61 a 1,62.
O espectro de absorção da turquesa na região da luz visível apresenta bandas no azul e no violeta, que são dificilmente observáveis, mesmo através das bordas dos exemplares traslûcidos com iluminação intensa.
A turquesa ocorre principalmente em rochas sedimentares, na forma massiva compacta ou reniforme, no Irã (minas de Nishapur, na Província de Khorassan), México, China, Perú e EUA (sudoeste do país, nos Estados do Arizona, Colorado, Nevada, Novo México e Califórnia).
No Brasil, até onde sabemos, houveram ocorrências sem produção significativa no Estado da Bahia, na região de Casa Nova, hoje encoberta pelas águas da barragem de Sobradinho; e em Minas Gerais, na localidade de Conselheiro Mata.
Sua alta porosidade permite a impregnação com ceras, resinas, plásticos ou outras substâncias, com o objetivo de estabilizar a cor e manter o polimento.
A turquesa foi obtida por síntese pela primeira vez pelo fabricante Pierre Gilson em 1972. O material tem uma textura superficial diferente do natural e cujo aspecto, curiosamente, se assemelha ao do creme de trigo. Pode ser separado do natural também por meio de susceptibilidade magnética ou da técnica avançada de espectroscopia de infra-vermelho.
Vários tipos de turquesa reconstituída são produzidos a partir de turquesa natural de baixa qualidade (muito clara e pouco dura) e dela se diferenciam pelas ausências da típica textura superficial e do espectro de absorção, bem como pela menor densidade e maior porosidade.
A turquesa é mais comumente lapidada em cabochões de diversas formas, além de contas, sendo também utilizada em esculturas e outros objetos de adorno.
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Todas as cores do arco-íris aparecem nas opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália. Na verdade, de acordo com a lenda aborígine, o redemoinho de cores foi criado quando um arco-íris caiu na terra. A Austrália produz 95% das opalas do mundo, o que faz dessas hipnóticas pedras um souvenir tipicamente australiano. Elas variam desde as opalas brancas ou 'leitosas' mais comuns, encontradas em Coober Pedy, até as raras opalas negras de Lightning Ridge. Faça um passeio pelos famosos campos de opalas ou compre opalas em lojas especializadas em todo o país.
Todas as principais cidades e centros turísticos australianos têm lojas especializadas, onde você pode comprar opalas incrustadas em joias ou como pedras soltas e não lapidadas. As opalas negras são as mais valiosas, seguidas das opalas boulder, cristais de opalas e opalas brancas. Esse sistema de valor se baseia na ideia de que as pedras mais escuras têm cores mais vibrantes, embora exista variações de pedra para pedra.
Para viver uma aventura repleta de opalas, visite os campos de opala pelo outback daAustrália do Sul, Nova Gales do Sul e Queensland. Eles ficam no local da Grande Bacia Artesiana, que no passado foi um vasto mar interno. As opalas evocam esse antigo mundo submarino, com listras fluorescentes verde-azuladas e semelhantes ao coral. Também são conhecidas como o ‘fogo do deserto', sendo garimpadas em algumas das partes mais quentes e inóspitas da Austrália. Você deve visitar os campos de opalas entre abril e setembro, quando as temperaturas são menos intensas.
Na pitoresca cidade mineradora de Coober Pedy, na Austrália do Sul, a maioria dos habitantes locais vivem em moradas subterrâneas, para evitar o calor abrasador do verão. Hospede-se em um hotel subterrâneo e visite as residências, igrejas e lojas subterrâneas. Acima do solo, faça um passeio pelas minas e campos de opalas e veja uma demonstração das técnicas de lapidação de opalas. Alugue um veículo com tração nas quatro rodas para visitar as outras cidades produtoras de opalas: Andamooka, Mintabie e Roxby Downs. Juntos, esses campos da Austrália do Sul produzem a maior parte das opalas brancas ou leitosas do mundo.
As opalas negras são as mais cobiçadas do mundo, sendo encontradas em Lightning Ridge, a quase 800 km a noroeste de Sydney. Os caçadores de fortunas têm vindo para cá desde 1800 e hoje são acompanhados pelos turistas, que também querem vivenciar a experiência do outback. Conheça a mina em Bald Hill, compre souvenires ou jogue golfe no antigo campo de opalas. Relaxe nos spas artesianos minerais, caminhe pela paisagem esburacada e observe os pássaros nativos. Na cidade são realizados o Black Opal Rodeo e peculiares corridas de bode durante a Páscoa e o Lightning Ridge Opal Festival, em julho.
A trilha das opalas serpenteia mais além pelo interior até White Cliffs, que já foi uma agitada cidade centrada nas opalas, mas que hoje tem apenas algumas centenas de habitantes. Explore as colunas de mineração abandonadas, onde os habitantes locais vivem durante o verão e veja claros cristais de opala, valorizados por sua translucidez e a claridade de suas cores.
Opalas boulder são exclusivas de Queensland, e você pode procurá-las em remotas cidades do outback, como Quilpie, Yowah e Opalton. Compre opalas rústicas e polidas no animado Yowah Opal Festival, realizado em julho, ou visite Opalton, onde a maior opala do mundo foi encontrada em 1899.
Saia à caça das opalas no outback ou capture sua opala em uma loja da cidade. De qualquer forma, esta exclusiva pedra preciosa australiana é uma vibrante lembrança de sua aventura australiana.



