domingo, 4 de setembro de 2016

Temer: caminho do crescimento está sendo reconstruído

Temer: caminho do crescimento está sendo reconstruído

No encontro, o presidente afirmou estar seguro de que, em breve, a economia brasileira vai voltar a crescer

© Reuters
ECONOMIA BRICSHÁ 4 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO
Em encontro informal do Brics – bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, o presidente Michel Temer disse neste domingo (4) que o caminho do crescimento está sendo reconstruído no Brasil.
“Estamos promovendo um ajuste fiscal amplo e sustentável”, destacou.
Durante a reunião, realizada no âmbito da Cúpula do G20 – grupo das 20 maiores economias do planeta –, Temer afirmou que o crescimento real zero do gasto público vai levar à redução da dívida do Estado brasileiro e que “uma ambiciosa agenda de reformas estruturais” está em curso no país para elevar a produtividade da economia.
“Estimularemos os investimentos em infraestrutura, sobretudo por meio de concessões”, disse. “Com as medidas tomadas nos últimos meses, já há sinais de retomada da confiança na economia brasileira”, completou.
No encontro, o presidente afirmou estar seguro de que, em breve, a economia brasileira vai voltar a crescer, “em benefício dos brasileiros e da economia global”. Ao final, Temer avaliou a ênfase no tema do crescimento econômico inovador, durante a presidência chinesa do G20, como bastante oportuna.
“Vivemos um momento de profundas transformações nos modos de produção”, disse. “Nosso desafio é compreender o significado desse momento e encontrar novas fontes de dinamismo”, completou. Com informações da Agência Brasil.

Jornal suíço compara Marcela Temer a Maria Antonieta

Jornal suíço compara Marcela Temer a Maria Antonieta

A matéria destaca que a esposa de Temer conta com 50 empregados na residência oficial, ostenta uma rotina de compras e viagens de luxo

© Reprodução / Fotos Públicas / Beto Barata / PR
POLÍTICA PRIMEIRA DAMAHÁ 8 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO
O jornal suíço Tagesanzeiger publicou, na última quinta-feira (1º), um texto assinado pela jornalista Beat Metzler que compara a primeira-dama brasileira, Marcela Temer, à rainha francesa Maria Antonieta. A matéria destaca que a esposa de Michel Temer conta com 50 empregados na residência oficial às custas do Estado, ostenta uma rotina de compras e viagens de luxo e é apontada como o reflexo de um governo que não dá protagonismo às mulheres
De acordo com a publicação da revista Fórum, a reportagem faz uma referência à vida de Marcela como modelo e ao casamento com um homem 43 anos mais velho. A publicação ressaltou ainda as contradições das despesas atribuídas a ela diante do abismo social existente no país. “Os críticos encontraram a quem comparar Marcela Temer: Maria Antonieta. A rainha francesa ostentava, enquanto o povo governado por seu marido passava fome”, afirmou.

Mina de diamantes entrará em operação na Bahia

Mina de diamantes entrará em operação na Bahia
A primeira mina de diamantes extraídos diretamente da rocha na América do Sul entrará em operação comercial até Novembro. O projeto Braúna – que está sendo implantado no município de Nordestina pela Lipari Mineração – terá capacidade para beneficiar 720 mil toneladas por ano de minério (kimberlito) e a produção estimada é de 300 mil quilates por ano.

Todo diamante será exportado para a Antuérpia, na Bélgica, onde o comércio do minério é tradicional. O projeto vai gerar 250 empregos diretos. Cerca de 150 pessoas da região já foram treinadas em funções como motorista de caminhão fora de estrada, operador de máquinas pesadas e operador de planta.

A implantação da unidade exigiu investimentos de R$ 184 milhões. “Felizmente não tivemos que rever o nosso plano de negócios por conta do momento econômico. Estamos executando o que foi planejado, inclusive com contratações de novos empregados conforme a fase e demanda do projeto”, diz o presidente da Lipari, Kenneth Johnson.

Obtenção de ferro

Obtenção de ferro


Obtenção de ferro 
A obtenção de ferro e de aço é feita em indústrias siderúrgicas
Ao nosso redor existem inúmeros objetos feitos de ferro, aço ou alguma outra liga metálica que contenha ferro. Por isso, é pouco provável que alguém não saiba que metal é esse. Porém, o ferro não é encontrado na sua forma metálica isolada, livre na natureza, mas sim na forma de seus minérios. Os principais minérios de ferro são:
  • Hematita (Fe2O3);
  • Magnetita (Fe3O4);
  • Siderita (FeCO3);
  • Limonita (Fe2O3.H2O);
  • Pirita (FeS2).
Através dos minérios existentes na natureza é possível obter os mais diversos metais, tais como a prata, o mercúrio, o cobre, o chumbo e o zinco. A metalurgia é a área que estuda essas transformações. Um dos ramos da metalurgia é a siderurgia (do grego “trabalho feito sobre o ferro”), que estuda as formas de obtenção do ferro e do aço a partir de seus minérios, sendo que a mais utilizada é a hematita, mostrada a seguir:
Hematita, um minério de ferro
A siderurgia é muito antiga, surgiu entre 3000 e 2000 a.C., mas foi somente por volta de 1200 a.C. (época conhecida como “Idade do Ferro”) que o ferro passou a ser obtido em quantidades apreciáveis por meio de seus minérios. O processo mais empregado é o do alto-forno, que, de modo geral, obedece aos seguintes procedimentos:
  • O alto-forno é carregado com carvão coque, que é queimado para aquecer esse forno;
  • Coloca-se pela parte superior do alto-forno uma mistura do minério de ferro (hematita), calcário (CaCO3) e carvão coque, que é um carvão rico em carbono. Essa mistura funciona como fundente, abaixando o ponto de fusão da hematita;
Esquema de obtenção de ferro em alto-forno
  • É injetada na parte inferior do alto-forno uma corrente de ar quente. Ocorre, então, a combustão incompleta do carvão coque na presença do oxigênio molecular injetado, formando-se monóxido de carbono (CO):
2 C + O2 → 2 CO
Muito antigamente, o minério de ferro e o carvão coque eram colocados em um buraco no chão e aquecidos, sendo que a entrada de ar era feita manualmente.
  • O monóxido de carbono reage com a hematita (óxido de ferro - Fe2O3), originando óxido de ferro II (FeO) e dióxido de carbono;
3 Fe2O3 + CO → 2 Fe2O4+ CO2
Fe2O+ CO → 3 FeO + CO2
  • O óxido de ferro II reage com o monóxido de carbono, formando ferro metálico (Fe0) e dióxido de carbono:
FeO + CO → Fe +  CO2
Essa é uma das duas camadas formadas no alto-forno, é a mais densa e esse ferro é chamado deferro-gusa, que contém de 2% a 5% de carbono, sendo muito quebradiço.
Produção de ferro a partir da hematita em metalúrgica
Por meio dele, obtém-se o aço – liga metálica formada por aproximadamente 98,5% de ferro, 0,5 a 1,7% de carbono e traços de silício, enxofre e oxigênio. É usado em peças metálicas que sofrem elevada tração, pois é mais resistente à tração do que o ferro puro. O aço também tem maior dureza que o ferro e pode ser trabalhado pela forja, laminação e extrusão.
Além disso, o aço é uma liga usada para produzir outras ligas metálicas, como o aço inox, que é formado por 74% de aço, 18% de cromo e 8% de níquel. Por ser praticamente inoxidável, é usado em talheres, peças de carro, brocas, utensílios de cozinha e decoração. Graças a esses fatores, em 2008, a produção de aço superou em um bilhão de toneladas a do ferro no mundo todo.
Objetos de aço - catracas mecânicas, parafusos e porcas
  • A camada menos densa que é formada no alto-forno é chamada de escóriaEla é formada quando o calcário se decompõe em CaO, CO e impurezas. O CaO reage com a sílica (impurezas do minério):
CaCO→ CaO + CO
CaO + SiO2 → CaSiO3
Cada uma dessas camadas sai por condutos separados. A escória não é descartada, ela pode ser usada na produção de cimento.
  • Para obter o ferro doce, que é o ferro purificado em praticamente 100%, utilizam-se várias técnicas. Uma delas consiste na injeção de gás oxigênio puro dentro do alto-forno, a elevadas pressões. Desse modo, o oxigênio reage com o carbono, que se transforma em dióxido de carbono e desprende-se do ferro, sendo removido.

O boom do minério de ferro se recusa a terminar

O boom do minério de ferro se recusa a terminar

Desde que os preços do minério de ferro deram um salto de 19 por cento em um dia em março, as grandes mineradoras e siderúrgicas do mundo vêm esperando o momento em que a China desligará seus altos-fornos e a bolha finalmente estourará. São poucos os sinais de que a festa pode estar chegando ao fim. O minério entregue em Qingdao sofreu a maior queda em um único dia em um período de dois meses na sexta-feira e registrou declínio em agosto pela primeira vez desde maio.
O monitoramento dos carregamentos a granel que deixam os terminais portuários australianos sugere que as exportações de minério de ferro caíram fortemente em julho, mostram dados da Bloomberg. Os números não são um reflexo perfeito dos dados finais de exportação, mas têm funcionado como um dos principais indicadores dos dados oficiais nos últimos dois anos.
E então, o colapso finalmente chegou ou trata-se apenas de uma ligeira queda mensal? A calmaria parece contradizer as evidências de que a indústria siderúrgica da China ainda está a todo vapor. O espaço físico dos edifícios em construção na maior economia da Ásia continua subindo e um indicador da atividade industrial subiu em agosto, atingindo o nível mais alto em quase dois anos.
E embora a produção das usinas siderúrgicas do país tenha caído um pouco nos últimos meses, ela só está em linha com o declínio sazonal normal que se vê na China nos seis meses que antecedem o Ano-Novo Lunar.
É muito cedo para ter um quadro definitivo das exportações de agosto da Austrália, já que só se pode confirmar realmente que os carregamentos deixaram o país após várias semanas no mar. Mas os dados preliminares trazem más notícias para os pessimistas sobre o minério de ferro, porque sugerem uma forte recuperação em relação aos números fracos de julho para algum ponto acima de 76 milhões de toneladas de peso morto — maior nível desde novembro de 2014, pelo menos.
O número bate com a análise de Paul Gait, da Bernstein, que estima que os carregamentos de minério de ferro do trimestre, até o momento, subiram 13 por cento em relação ao mesmo período do ano passado em uma base global.
Além disso, esses carregamentos estão sendo usados. O estoque de minério nos portos chineses quebrou a marca de 100 milhões de toneladas em maio e continua subindo — mas em relação à demanda de importação, os estoques do país estão mantendo apenas 37 dias de oferta.
Em algum ponto a China precisa se livrar de sua perigosa dependência em relação ao crescimento impulsionado pelo crédito e pela construção. Mas os cortes prometidos pelo governo na produção de aço continuam não se materializando e, nesse intervalo, o investimento em ativos fixos no setor na verdade está subindo, não caindo.
As causas do excesso de capacidade no setor de metais da China são tão profundas que nem mesmo as ordens de Pequim são capazes de frear o problema. Ou seja, esse barco vai levar um tempo para fazer a volta.
Fonte: Bloomberg